Viagens no inverno: qual é a sua estratégia para não passar frio?
Turistar no frio é uma ciência. Tão importante quanto não perder as principais atrações é manter-se aquecido. Assim que bate o primeiro vento, descobrimos que é impossível ficar muito tempo ao ar livre. Precisamos nos refugiar periodicamente em cafés, lojas, museus (ou mesmo em meios de transporte) para acumular novamente um mínimo de calor — que se esvairá meia hora depois de voltarmos à rua.
Todos os que já zanzaram pela Europa ou norte dos Estados Unidos no inverno vão concordar em dois pontos: é preciso ter sapatos impermeáveis e estar com as extremidades protegidas; luvas e gorro são tão fundamentais quanto um bom casaco.
Mas não basta apenas estar protegido contra o frio extremo. É preciso também estar preparado para a temperatura dos ambientes fechados, que são aquecidos. A temperatura desses lugares pode variar muito: vai do agradabilíssimo inverno-no-Rio-de-Janeiro (17ºC) a socorro!-estou-em-Manaus (sensação térmica de 40ºC embaixo da sua segunda pele).
O ponto mais delicado da estratégia de como se vestir no frio é encontrar a fórmula mais confortável (e prática) para administrar essa diferença de temperatura. Eu já encontrei a minha fórmula, mas sei que cada corpo tem um termostato diferente. E tem também a questão look-do-dia, que não me afeta mas desempenha um papel importante na mala das meninas.
Então vou pinçar alguns pontos de discussão, dar a minha a opinião — e esperar a sua, na caixa de comentários. Combinado?
Roupa de baixo de malha x Segunda pele
Segunda pele é uma roupa de baixo térmica, bastante recomendada por comentaristas do sexo feminino. Eu nunca usei, mas sei que não agüentaria. Para mim, uma camiseta de manga comprida de algodão, bem justa, já serve para otimizar o aquecimento de um suéter de lã, sem me fazer suar em ambientes fechados. Já usei ceroulas, mas acho desconfortáveis. Uso jeans e não me importo de passar um pouco de frio nas pernas (que acaba passando depois que caminho em modo acelerado).
Efeito cebola x Casaco pesado + suéter
Rodo bastante por aí, e vejo que “vestir-se em camadas” continua sendo a recomendação mais comum. Para mim, não serve. Eu não consigo ficar em ambiente aquecido com mais do que camiseta justa e suéter de lã. Sempre enfrentei o frio com um casacão pesado e pouca roupa por baixo; ao entrar num restaurante, só é preciso pendurar o casacão (e ao passear por uma loja, abrir os botões já funciona). Na última viagem, aderi a esses horrorosos casacos que deixam a gente com cara de bonequinho da Michelin (“down jacket” em inglês, “doudoune” em francês, “piumino” em italiano, “Daune Jacke” em alemão, “plumífero” em espanhol, “casaco de penas” ou “blusão” em português de Portugal). O que têm de feios, têm de práticos: você se veste para o outono, se fecha dentro daquele edredon plastificado, e o frio ficará do lado de fora.
Levar sapato social ou não?
Eu não tenho a menor preocupação (ou experiência) nesse tópico, então adoraria ouvir o que as nossas trips têm a ensinar. Como vocês fazem quando saem arrumadas no frio? Onde Carrie Bradshaw compraria botas impermeáveis? Ou o inverno é pra desencanar da sua Imelda interior?
Comprar casaco e acessórios aqui ou lá?
Eu iria com o casaco mais pesado que tivesse (mesmo que não fosse tão pesado assim) e no primeiro dia passaria numa loja de departamentos para comprar o casaco definitivo. Acessórios podem ser comprados por aqui mesmo, em lojas como a Decathlon. Mas se você tem uma sugestão melhor, por favor, compartilhe!
Conte a sua estratégia! Obrigadinho
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101 comentários
Para nos mineirinhos, indico a Loja Nerea em BH ( https://www.lojanerea.com.br ) com uma atendimento excelente e produtos de qualidade que não vão me deixaram na mão e seguro bem o frio em NY.