Sim, pessoas. Aconteceu comigo. Ontem à noite.
Cheguei pontualmente às 19h, duas horas antes do embarque em Ezeiza (o Cumbica/Galeão de Buenos Aires) apenas para descobrir que, desde 14 de março, todos os vôos da Aerolíneas para o Brasil operam no Aeroparque (o Congonhas/Santos Dumont de Buenos Aires).
Perdi a fala. A última coisa que eu tinha lido sobre o assunto era que a Infraero não tinha autorizado o pouso ou a decolagem do Brasil enquanto o benefício (de usar o Aeroparque) não fosse estendido às companhias brasileiras.
A moça do check-in disse que todos os passageiros tinham sido avisados. Mas como não fui eu que fiz a reserva (esse vôo estava atrelado àquele cruzeiro láááááá do início da viagem -- em 26 de fevereiro), a comunicação não chegou a mim.
Eu teria muitos argumentos para usar caso perdesse o vôo e fosse obrigado a pernoitar em Buenos Aires ou pagar uma diferença por uma passagem nova. Mas no fundo eu sabia que tinha sido total imprevidência eu não ter conferido a minha reserva alguns dias antes para ver se estava tudo OK. Isso é o que faz todo turista ajuizado. Que um sujeito que mantenha um site de viagens não proceda assim é um absurdo, prontofalei.
(De qualquer maneira, mesmo se eu tivesse conferido, talvez eu não me ligasse na siglazinha AEP do Aeroparque; poderia ter checado apenas o horário e o status da reserva, sem me dar conta da troca de aeroporto.)
Zuni pelo saguão e tomei o primeiro táxi da fila. Ele disse que indo pelas autopistas daria para chegar em 45 minutos.
Passei o trajeto todo sem olhar no relógio, para não ficar mais nervoso do que já estava. Felizmente o trânsito fluía que era uma beleza.
Até que... na saída da segunda autopista, entrando na Costanera Norte, o trânsito parou. Demoramos uns quatro sinais até conseguir entrar na Costanera. Não sei quantos minutos passamos ali, mas foram os mais longos da minha história recente.
O taxista me desembarcou na calçada do Aeroparque pontualmente às 20h. Meu vôo era o das 21h05. Deixei os últimos 135 pesos que tinha no bolso (quer dizer: ainda me sobraram 10 pesitos) e corri para o balcão de embarque internacional da Aerolíneas.
Como era o último vôo da noite, estava tranqüilo. E olha que simpático: eles estavam me esperando (e também a um outro passageiro), tinham sido avisados por Ezeiza; sabiam meu nome e tudo.
Depois do sustão, foi muito bom embarcar no Aeroparque. Parecia Congonhas de antigamente, antes do congestionamento.
Tomara que as brazucas também possam voar para lá.
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