New Orleans pra Renatinha

New Orleans

A Renatinha vai passar o Natal em New Orleans e pediu dicas. Eu estive por lá nessa mesma época, só que em… 1989, quando eu nem pensava em escrever sobre viagem e a internet colaborativa não estava sequer prevista pela ficção científica.

Pelo que leio por aí, de lá pra cá Bourbon Street, o ponto focal do charmoso French Quarter (Vieux Carré), descambou para um biritódromo permanente, com clima de micareta americana. Mas eu não me deixaria deter por isso, não. A arquitetura é linda e o ambiente da cidade é totalmente diferente de tudo o que você vai achar nos Estados Unidos.

É o lugar que eu mais identifico com o Brasil. (Tenho uma teoria que pertencemos culturalmente a um continente que começa na Louisiana, inclui também Cuba-Haiti-República Dominicana e continua pela costa brasileira até… bom, não vou dizer até onde porque quem ficar de fora vai me xingar.)

A comida é espetacular — desde que você não tenha nojinhos e curta uma pimenta. Eu voltaria a New Orleans só pra comer.

Quando fui, adorei o passeio de bonde ao Garden District, cheio de mansões de época. Peguei também um passeio a uma “antebellum plantation house” — como são chamadas as casas-grandes construídas antes da Guerra da Secessão. Totalmente “E o vento levou”.

E você? Que dicas de New Orleans tem a dar pra Renatinha? Como sempre, a caixa de comentários é toda ouvidos.

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84 comentários

Vou dar minhas impressões de minha visita em 2007:

-restaurantes: todo mundo já falou que come-se muito bem – os bares de ostras do centro são todos muito parecidos e muito bons. Agora, para algo realmente diferente, sugiro dois lugares:
Commander´s Palace, numa linda mansão no belíssimo Garden District, já várias vezes votado um dos melhores restaurantes dos EUA (e hoje em dia comer nos EUA é mais barato que no Brasil, ainda mais no sul…);
K-Paul- mais perto, em pleno French Quarter, é o restaurante do chef Paul Prudhomme, também muito conhecido (fica bem perto da Napoleon House, onde simpatizantes da época planejaram uma maneira de roubar Napoleão de Santa Helena e levar para ali – hoje é um agradabilíssimo restaurante com um pátio interno, famoso pela Mufuletta-sanduíche típico de New Orleans)

-Noite: além do Preservation Hall que é tudo o que falam mesmo, vale muito a pena, recomendo o bairro de Faubourg Marigny –> é o local dos mais descolados, com diversos pequenos bares e restaurantes nas acanhadas ruazinhas… dá pra ir a pé, com um pouco de pique -é só seguir a Royal ou a Decatur St até o fim

-Atrações: o Aquário ainda existe (vi um post acima perguntando), mas toda cidade nos EUA tem o seu, então nunca acho algo muito característico;
sugiro os cemitérios negros no bairro de Tremé, que ainda aludem um pouco ao voodoo, como o St. Louis no. 1;
passear a esmo pelo French Quarter, principalmente a Royal St e ir para a Bourbon só se você também gosta da Passarela do Álcool em Porto Seguro;

tem também um Katrina Tour- Riq, deixo aqui até uma sugestão de um bom tópico que seria sobre Turismos de Tragédias (como campos de concentração e extermínio, prisões)- o porquê de gostarmos tanto, o que aprendemos com isso, o que trazemos de volta… enfim gera boas discussões, acho-
aqui pode-se argumentar que tem empresas faturando dinheiro com o sofrimento alheio, visto que você não sai de dentro da van quase nunca para interagir com os locais nos bairros mais afetados- mas mesmo assim, apesar de eu odiar esse tipo de passeio, acho que aprendi e refleti muito durante o passeio, que passa em lugares realmente impressionantes (ainda mais quando você se lembra que está nos EUA, que sempre passa aquela idéia de tão organizado e civiilizado)- já faz 3 anos, muita coisa deve ter mudado, mas do jeito que muitos bairros estavam na época (e já eram 2 anos após o Katrina), duvido que não haja mais nada a ser visto…

Em relação a hotéis, não posso dar muitas dicas, porque fui num congresso e meu hotel era do lado do Centro de Convenções… mas lembro que na Bourbon Street numa região mais tranqüila, gostei muito de um hotel histórico chamado Lafitte Guest House- muito charme e personalidade- mas não sei como é ficar lá.

Abraços a todos

Simulei no hotwire.com , e tem hoteis nesta epoca a partir de 70 dolares no French Quarter, que é onde voce deve ficar se não quiser alugar um carro.

Me lembro tambem que a cidade tinha um aquario, e um cassino flutuante, mas não sei como ficou isto depois do furacão;

Oi Riq e tripulação do VnV, muito obrigada pelas dicas. Vocês são realmente maravilhosos.

Abusando mais um pouquinho, vocês indicariam algum hotel?

Sydney estou indo com meu marido, mas não pensei em alugar carro e devo ficar 3 dias também. Vocês acham que dá pra nos virar a pé?

bjuuussss e muito obrigada 🙂

Estive em New Orleans por três dias na semana passada, e concordo plenamente com a colocação do Freire a respeito do grande continente cultural a que pertencemos e que começa na Louisiana!
Alí música, gastronomia, misticismo, possuem características bem próprias, parecendo um outro país, aliado a uma atmosfera festiva e muita receptividade!
Guardadas as proporções, a Bahia deles, cheia de um certo charme francês. Resultado: apaixonante!

Chegando: Se estiver viajando sozinha aconselho pegar o Aiport Shuttle (reservas: http://www.airportshuttleneworleans.com ou dirija-se diretamente ao balcão na área 6 do desembarque), atualmente o valor é USD20 (ida ou volta) ou USD38 (ida e volta). Leva você do aeroporto à porta do seu hotel.
A partir de duas pessoas já se pode ser viável pensar num taxi, e grupos podem compartilhar uma van.

Recomendo procurar um hotel no French Quarter, e você estará minutos a pé de quase todas as atrações.
Durante a noite a Bourbon Street fica fechada para carros e durante o dia, a paralela Royal Street fica parcial mente fechada para que músicos e bandas se apresentem no meio da rua mesmo.

Frutos do mar, principalmente ostras, têm grande oferta, a região é uma das poucas nos EUA, onde a comida tem um tempero característico. Pratos que experimentei: Gumbo (arroz branco, com feijão, suavemente picante, lembra nossa feijoada.
Entre os sanduíches destaco Muffuletta e o PO-Boy, dependo da sua fome, talvez seja melhor dividir com alguém.

Outro simpático diferencial é o fato de ser permitido beber na rua, facilitando a atividade nômade-etílico-musical, principalmente nas noites da Bourbon St.

Beber: variedade e quantidade, de cervejas a frozen drinks, passando por coquetéis a base de rum , vodka , tequila… Porém o drink mais tradicional é o Hurricane, saboreado preferencialmente no Pat O’brien.

Como minha estadia foi curta, me deleitei apenas trilhando as ruas do French Quarter, optei por não aderir a nenhum tour ou passeio, com exceção do passeio de Barco a vapor, que fiz, mas não recomendo, por ser longo e um pouco monótono.

Feliz Natal em ritmo de jazz!

A região do “countryside” a sudoeste de New Orleans é bem legal, e para explorá-la bem, é necessário carro. Há algumas fazendas antigas, e uma paisagem muito interessante. A área a sudeste já não é tão bonita porque dominada por instalações petrolíferas, estaleiros etc.

Minha dica é ir comer num restaurante chamado Irene’s. Sensacional!! Precisa fazer reserva ou esperar na fila. Estive lá no Halloween de 2009 e foi engraçadíssimo!! Fizémos também um passeio pelos mangues para ver jacaré que achei bem interessante pois vai até o lugar de ônibus e passa pelos arredores de Nola. É isso aí!!

Fui para lá num momento Pós-Katrina e recomendei a meus pais, que voltaram de lá tem duas semanas…

Honestamente, é minha cidade preferida dos EUA (talvez porque é a que menos se parece com o resto dos EUA)…

Katrina fez muitos estragos, mas o Quarteirão francês, que é a parte boêmia, não foi afetado. Dá para curtir bastante.

Comidas: Adorei a culinária de lá, chamada Cajun. É bem apimentada, mas saborosa. Eu passei o reveillón lá em 2009, e comemos nosso primeiro almoço do ano num restaurante chamado The Court of the Two Sisters. Era um esquema buffet e todos os pratos eram deliciosos, com destaques para tudo o que era frutos do mar (especialmente crab). Adorei o atendimento e tinha ainda música instrumental ao vivo, embora não sei se isso só acontece em datas festivas. Tocaram até “ela é carioca”!
Outra coisa típica lá é o Praliné. É um doce – meio enjoativo na minha opinião – mas que faz parte da cultura lá.. O mais clássico é da Aunt Sally’s. Bem charmosinha a loja e as embalagens.

Artesanato – Lá tem várias ruelas com muitas lojinhas de artesãos que esculpem, pintam quadros e fazem outras obras de arte super diferentes. Meio carinhas, mas gostoso para passear e encher os olhos de coisas bonitas.

Noitadas – Fui no reveillón, o que nao é muita referência… As ruas estavam lotadas e a cidade era pura festa. Mas à noite, em especial de quinta a sábado, tem vários barzinhos onde é possível dançar ao som de um bom jazz e acompanhado de uma ótima cerveja.

Passeios – tem o bondinho (clássico! bonitinho!) e o de barco pelo Mississipi. Não fui nesse, mas algumas pessoas que já foram falaram que é meio sem graça

Música – Além do show do Preservation Hall, como o Gustavo falou, durante o dia você encontra vários músicos sentados nas calçadas (alguns excelentes!) tocando um jazz de primeiríssima qualidade.. assim, na rua! Vale a pena.
Teve um documentário há alguns anos chamado “Playing for a Change” em que os organizadores pegaram músicos de vários lugares do mundo e sincronizavam suas vozes e ritmo para formar uma versão fantástica de músicas famosas. Uma delas é a “Stand for me”, e muitas das contribuições vieram dos músicos de rua de New Orleans. O link dessa música é https://www.youtube.com/watch?v=Us-TVg40ExM&feature=player_embedded#!

Muito legal para entrar no clima de Jazz.

Riq, a sua teoria tem tudo a ver! Esses lugares são unidos culturalmente pela influência africana – são os lugares das Américas que mais dependeram do trabalho escravo, ou seja, onde a influência africana mais se fez notar na música, na comida, nas artes em geral… 😉

Também estive em New orleans pré Katrina.
Fui em Dezembro, próximo ao Natal, era muito, Frio mesmo, tinha um vento como o Vento Sul aqui de Floripa vindo do Mar/Rio/Lago geladíssimo.
Gostei do passeio no Rio, que nos leva para as Plantation, antigas fazendas dos Sulista, total “E o Vento levou” como o Riq comentou.
Veja o filme ou leia o livro O Juri, do John Grisham,
Me hospedei no French Quatier, próximo a Bourbon st, acho que é uma boa dica.
Imagino que muito da estrutura da cidade mudou, mas esta parte Histórica e sobrevivente de muitos anos e furacões ainda são os pontos forte da cidade.
Não deixe de ir num show do Preservation Hall, clima Jazz total.

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