Como você “vende” a viagem para seu filho?

Paris com crianças

Todo dia aparece gente aqui no site perguntando o que fazer em Três Pontinhos com seu filho de xis anos.

Em algumas dessas perguntas eu consigo enxergar o interesse específico em saber quais são os programas infantis mais recomendáveis naquele lugar.

Muitas vezes, porém, o que eu percebo é meio que um pedido de socorro: “Help, tô indo viajar com as crianças pra um lugar que não é nem a Disney nem Bariloche nem um resort, e agora???”.

Eu não tenho filhos, e nem ao menos viajei com meus sobrinhos. Mas me parece que  o primeiro passo, antes mesmo de procurar onde são os parques e os lugares divertidos de cada destino, é tentar vender a viagem como uma aventura.

As diferenças de idioma, a mudança de costumes e mesmo os lugares aparentemente mais aborrecidos para crianças podem se tornar grandes estímulos, desde que transportados para o universo de fantasia da criança.

Treinar em casa — ou seja, fazer na sua cidade programas diferentes do parquinho e do teatro — também ajuda a semear no pimpolho a curiosidade das viagens. Não deixe a escola deter o monopólio sobre os passeios educativos. Aprenda você também a ser guia do seu filho.

E você? Como faz quando quer levar seu filho para uma viagem não estritamente infantil? Compartilhe com a gente seus sucessos, seus progressos — e também suas tentativas malsucedidas!

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40 comentários

Ja levei minha filha de 6 anos a Buenos Aires, Berlim e Praga.
Primeiramente tive a preocupação de não fazê-la andar além da conta, assim, levei o carrinho apesar da idade.
Durante o dia, incluIa na programação uma atividade infantil.
Em Praga tive que repetir a mesma pracinha os 4 dias em que estive lá. Um sorvetinho aqui, outro ali…SUCESSO TOTAL!
Ah, nos trens, e nos voos, um DVD portátil..MARAVILHOSO!

Bom …não dá para viajar com filhos e achar que voce vai cumprir seu roteiro como gostaria.Viajar com filho é meio slow travel.Voce pode envolve-los no planejamento,mas eles cansam,não entendem seus objetivos.Voce vai de tenis horrivel mas que aguenta o tranco,eles não, querem ir com o tenis bonitinho,que está apertando o pé e no dia seguinte está com bolha e aquele seu roteiro planejado para o dia ,vai por “agua abaixo”.
Quando viajo com meu filho, tento fazer roteiros A e B diarios – A(essenciais,que não abro mão) e B ( plus,que tb gostaria de ver mas se não der,fica para próxima) e sempre ponho um programa no meio da semana que realmente o interesse.E´uma troca…

Quando ainda não tinha filhos, testemunhei um evento que me traumatizou : os 2 filhos de amigos proximos ( com uns 5 anos de idade na época) me falaram : tiiia , o mais legal da viagem foi subir e descer a escada do avião!
Depois dessa só levei crianças pra viajar junto, quando fizeram uns 8 anos, e mesmo assim hoje são adultos -viajantes-adictos 😎

    Silvia
    Concordo com vc.Muitas vezes os pais querem incluir as crianças em absolutamente tudo, sem levar em conta o desejo delas.Aí vira esse ” trauma”. E isso não vale só pra viagens, vale pra passeios,restaurantes,etc.
    A meu ver, e muito mais saudável assumir que aquele determinado passeio se presta a atender as necessidades dos adultos, deixar as crianças em segurança , e, quando houver real disposição leva -las junto para estar junto de fato.
    P.S.: Desculpe a falta de alguns acentos devido ao teclado e não auto-correção .

Ia ser legal o depoimento da Luciana Misura aqui. No proprio blog dela já tem várias dicas legais, como livros sobre a proxima cidade a ser visitada (livros infantis, claro) ou estorias que se passem na cidade. Mas tenho certeza de que ela vai conseguir explicar muito melhor do q eu, sem filhos E instinto maternal…

Sempre faço programas prá eles em viagens conjuntas. Se quero fazer programa de adulto, os deixo em casa bem acompanhados. Simples assim!

Passei quase 1 ano planejando nossa viagem pra Disney. Envolvi os dois, Felipe e Alex (7 e 5 anos) em todos os detalhes, por meses trazia os 2 pro computador ver fotos e videos dos lugares que visitariamos, dos parques, tudo. Eles vibravam a todo momento, marcavam no calendario todo dia, ansiosos pela viagem. Durante as 2 semanas que ficamos lá, sabe o que mais eles queriam fazer? Ficar na piscina do condominio (alugamos um apê)! Chegavamos nos parque cedo, em 1 hora eles já estavam perguntando se já podiamos voltar pra piscina do condominio… :(((

    Inacreditável, mas é assim mesmo Alexia .
    Tenho gravado uma choradeira sem fim , 24 horas antes de embarcar para uma semana parisiense; o motivo era uma festinha que não daria pra ir :-)Ainda bem que isso foi esquecido rapidinho..

O livro Crianças a Bordo – como viajar com seus filhos sem enlouquecer tem dicas bem legais sobre isso. Fala de como preparar os pequenos, de cimo envolve-los nos preparativos. é uma boa dica pra quem vai viajar com os filhos

Ce tá certo Ricardo, tudo depende de como vc fala. Lembro de um ano em que eu estava meio curta de $$ e fui pra Trancoso, mas sem alugar carro. Falei pra Lordrastajr que a gente ia fazer uma coisa diferente, íamos pegar várias coisas pra chegar no hotel. Fomos de taxi até a balsa, balsa e pegamos um ônibus até Trancoso. Na volta, eu já tinha cansado de brincar de gincana e cacifei um taxi direto do hotel pro aeroporto (acho que na ida a gente aguenta perrengues que não volta são mais pesados). Não é que ele reclamou? Disse que a ida tinha sido mais legal. Moral da história: criança saca o seu humor. Se vc sabe mostrar as coisas bacanas, elas vão curtir.
Quanto às menores, não tem jeito: tem que distrair mesmo…

O Dudu está com 1 ano e não dá pitaco (ainda). O Gabriel está com 10 e ADORA viajar, pra onde quer que seja. Acho que acabei por desenvolver esse sentimento de vontade de viajar nele de tanto contar pra ele dos lugares, de mostrar fotos de viagens antigas e de combinar planos de viagens futuras… ele mesmo tem a sua própria wishlist (com a Austrália no primeiro lugar).

Ano passado o Gabriel teve a excursão das Missões Jesuítas, em São Miguel. Agora no carnaval vms levá-lo para conhecer Colonia do Sacramento e assim concluir a aula dobre o Tratado de Madrid 😉

Não funciona mais aquela coisa do “because I said so”? 😆 😆
Agora falando sério: tive muita sorte, pois minha filha sempre gostou de viajar. Genética?
Mas os passeios na própria cidade provavelmente ajudaram, sim.

    Marcie, acho que é exatamente o ´because I said so´ que cria crianças educadas, que respeitam os pais e que acabam sendo muito felizes e seguras por causa disso. Na minha casa a coisa funcionou na linha de um ´because´ muito amoroso, e eu aprendi a gostar de viajar desde muito cedo.
    Tá meio fora de moda hoje né, mas vai ver é por isso que tem tanta criança de seis anos que manda em casa ou faz terapia :).

    Vou na , mesma linha, aprendi com a minha mãe muito cedo, que esta era uma das melhores coisas da vida e minha filha de 15 anos já está contaminada pela paixão!!!! Ainda bem …….

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