Os Estados Unidos montam um grande aparato de imigração na chegada aos Estados Unidos. Mas na hora sair a coisa é bem menos rígida.
Já reparou que não existe controle de passaportes no embarque internacional? O seu passaporte serve apenas como identificação. Mas nenhum oficial carimba a data de saída.
É por isso que é importantíssimo ver o que fazem com o seu canhoto do cartão de entrada. O nome oficial deste formulário é I-94.
Você é responsável por guardar o canhoto (algumas vezes o oficial de imigração grampeia o papelzinho no seu passaporte, outras não). E é responsabilidade da companhia aérea recolher o cartãozinho na hora do embarque e repassar ao controle imigratório.
Caso não recolham o seu papelzinho, você pode ter problemas ao voltar aos Estados Unidos -- simplesmente porque o sistema não terá como registrar a sua saída. Você pode ser investigado por ultrapassar o período permitido de estadia. (Este período é concedido na chegada pelo agente de imigração: pode ser um, três ou seis meses.)
Neste caso, guarde o seu cartão de embarque do vôo de volta e siga essas instruções da Embaixada Americana em português (você vai precisar mandar o canhoto com a cópia do cartão de embarque para um endereço em Londres London, Kentucky).
Deixando os Estados Unidos por via aérea, o cartão só não vai ser recolhido pela cia. aérea se eles dormirem no ponto.
Mas se você sair dos EUA por via terrestre, realmente não haverá ninguém para recolher o seu cartão, então guarde todas as provas de que você deixou o país, incluindo passagem de ônibus iou trem ou recibo de devolução de carro no país vizinho.
Tenho, porém, uma boa notícia para quem sair por via terrestre e retornar também por via terrestre, ainda durante a permanência permitida: o seu canhotinho não-recolhido vai servir como cartão de reentrada aos EUA. Foi o que acabou de acontecer comigo. Saí dos Estados Unidos por Vermont sem passar pela imigração americana (só a canadense); na volta, por Niagara Falls, apresentei meu canhotinho, respondi a duas perguntas e pronto, estava de volta aos Estados Unidos sem precisar de novo carimbo.
Agradeço ao André Lot e ao Márcio Cabral de Moura pela idéia do post e informações importantes.
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