Estou viajando, e por isso com pouco tempo para o noticiário, e acabei só notando hoje uma notícia já velha de três dias.
Junto com a regulamentação de meia-entrada e o abate de um projeto que criava um "ingresso popular", a presidente Dilma vetou o artigo da Lei Geral da Copa que criava a concessão de vistos eletrônicos aos portadores de ingresso para a Copa do Mundo.
O veto foi recomendado pelo Itamaraty, que já tinha mandado parar tudo lá em março por conta deste artigo.
Na verdade, para o evento Copa do Mundo, a questão do visto é de menor importância. Vir à Copa não é uma decisão de viagem por impulso e não há nenhuma outra Copa realizada no mesmo momento; os americanso (por incrível que pareça, há muitos) ou japoneses que quiserem assistir à Copa do Brasil não vão se deter por isso. Conseguir ingresso é muito mais complicado, e o visto, nessas circunstâncias, passa a ser um mero detalhe.
O que o Itamaraty deve ter visto no projeto é o que ele realmente significava: a possibilidade de abertura de uma brecha na legislação.
Depois que o sistema estivesse funcionando e aparecessem os primeiros gringos com visto eletrônico e a gente descobrisse que o Brasil não perdeu a soberania nem foi rebaixado à ralé das nações, talvez quem sabe oxalá who knows quiçá poderia ser que ficasse mais fácil flexibilizar a concessão de vistos.
Voltemos à casa zero.
Enquanto isso, o visto eletrônico do México faz os brasileiros voltarem a invadir Cancún. E o déficit da conta-turismo no Brasil chega a 14 bilhões de dólares.
Brasiuuuu!
Leia mais:
Quando o Brasil vai ser um Bric do turismo?
Siga o Viaje na Viagem no Twitter - @viajenaviagem
Siga o Ricardo Freire no Twitter - @riqfreire
Visite o VnV no Facebook - Viaje na Viagem
Assine o Viaje na Viagem por email - VnV por email
5 comentários