Amor à primeira vista... bem, não foi. Confesso nunca ter dado bola para o San Gabriel (R. Frei Caneca, 1006), o hotel econômico favorito de 9 entre 10 duros que se hospedam na região da Paulista. Parte por conta do site, que falhava em impressionar; parte por culpa do sistema de reservas, que demandava o preenchimento de um formulário gigantesco e depósito adiantado das diárias. Agora não tem mais perrengue: o hotel já está no Booking e tudo.
O hotel
Bem localizadérrimo, a três quadras da Paulista e do lado do agito na Augusta – sem, entretanto, ficar no meio da bagunça. São 10 minutos a pé até a estação mais próxima do metrô, e o ponto de táxi em frente tem sempre carros à disposição.
A recepção é bastante grande e parece ter passado por uma reforma recente. Há uma área espaçosa com sofás e de tudo um pouco na lojinha de conveniências.
Hóspedes recebem a senha do wi-fi logo na chegada. A conexão é gratuita e funciona nos quartos, mas em determinados momentos a velocidade esteve ruim.
Os café da manhã cobrado à parte me fez preferir outras opções. O que não falta em São Paulo é padoca.
O quarto
Escolhi o executivo, que é o mais baratinho. Achei bastante confortável, apesar de pequeno. A cama é gostosa e o banheiro tem um tamanho muito bom.
O quarto vem equipado com ar-condicionado e ventilador de teto, uma pequena TV de tubo e uma escrivaninha. Não precisei usar, mas imagino que você tenha que ser bem magrinho para caber entre a cama e a mesa e conseguir trabalhar ali confortavelmente (o apartamento é “executivo”, afinal).
Fiquei surpresa por oferecerem frigobar: muitos hotéis dessa categoria – e até de categorias superiores – não colocam mais frigobar nos quartos. Faz uma tremenda falta. Ponto para o San Gabriel.
Outros acertos são o armário, bem espaçoso, com gavetas e vários cabides, e persiana de metal que fica por fora da janela. O quarto vira um breu. Tive a melhor noite de sono em muito tempo – e não bati a cabeça na beliche de cima quando acordei, o que invariavelmente acontecia no Formule 1 (atual Ibis Budget).
No banheiro eu poderia apontar alguns senões: o chuveiro é elétrico, não são dadas toalhas de rosto, e as de banho são do tipo “hotel econômico” mesmo. Leve xampu e condicionador; por lá só tem sabonetinho. De qualquer forma, garante mais privacidade do que o formato do Formule 1/Ibis Budget, com o box que já sai dentro do quarto e cria um pouco mais de intimidade com o seu companheiro de viagem do que talvez você gostaria.
Identifiquei alguns problemas de conservação aqui e ali: o vidro da janela e o box estavam trincados, e uma das maçanetas do armário era diferente das outras. Nada que tenha causado transtorno, mas incomoda um pouquinho.
Minhas impressões
Acredito que o segredo para sair satisfeito de um albergue ou hotel econômico é saber de antemão o que você vai encontrar. Para quem está com orçamento curto, pretende curtir São Paulo e não sofre de frescurite, apostar no San Gabriel vale a pena. A espetacular Livraria Cultura do Conjunto Nacional está pertíssimo; uma caminhada de 10 minutos leva ao Masp ou às vitrines dos Jardins (olha o bolso!), e dá para voltar a pé da balada na Augusta.
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