mianmar bagan

O essencial de Mianmar, nas dicas do Fernando

mianmar bagan

Qual país não pode faltar no seu roteiro pelo sudeste asiático? O Fernando e a Stela visitaram um punhado deles durante uma volta ao mundo, e foram arrebatados por Mianmar. Conhecido como Birmânia até 1989, o país começou a receber turistas apenas nos últimos anos, com o ocaso uma ditadura militar violenta (que foi também responsável pelo restauro controverso de monumentos, e pela consequente recusa da UNESCO em dar o título de Patrimônio da Humanidade ao espetacular conjunto de templos em Bagan). Em 2015, Mianmar recebeu 6 vezes menos visitantes do que sua vizinha mais pop, a Tailândia. Se você tem genes desbravadores e gosta de conhecer lugares antes de todo mundo, siga as dicas do Fernando para montar logo a sua viagem para o Mianmar:

Texto e fotos | Fernando Inkote, do Felicidade pelo Mundo

Vários países do sudeste asiático são incríveis destinos de viagem. Na minha volta ao mundo visitei a Indonésia, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã, Filipinas e Cingapura, e para mim, nenhum outro chega perto dos encantos do Mianmar. Estive lá por 10 dias.

Mianmar — na época, Birmânia — se tornou independente do Reino Unido apenas em 1948. Viveu sob regime militar por mais de duas décadas, até muito recentemente.

No país não existem muitas belezas naturais ou construções modernas e inovadoras, mas Mianmar tem tesouros antigos e um dos povos mais amáveis da Ásia. Os birmaneses tornam a visita muito mais especial.

Nosso roteiro incluiu Yangon, que é a maior cidade e a mais organizada; Bagan, pequena e repleta de templos; e Mandalay, onde deu bem para sentir a cultura local. A ordem foi essa mesmo, e gostamos. Queríamos visitar o Lago Inle, mas desistimos.

Para um giro no sudeste asiático, recomendo combinar Mianmar com Tailândia e Camboja.

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Yangon

yangon mianmar buda reclinado


Permanência recomendada: de 2 a 3 dias.

Os turistas costumam chegar em Mianmar pelo aeroporto internacional de Yangon, que é a maior cidade do país e foi sua capital até o ano de 2005.

Ficamos hospedados no centro da cidade, no 15th Street @ Downtown Yangon. É um hotel simples. A diária não incluía café da manhã, e o quarto era pequeno, mas confortável.

mianmar yangon


As principais atrações de Yangon ficam próximas do centro e visitamos tudo de táxi ou a pé:

Pagode Shwedagon: com 100 metros de altura e visível de quase toda a cidade, é o cartão-postal do Mianmar. Shwedagon foi possivelmente construído há mais de 2500 anos. É parte revestido em folhas de ouro, e parte feito com ouro maciço. Vale a pena visitar de dia e de noite, quando o Shwedagon fica iluminado.

Pagode Chauk Htat Gyi: este pagode guarda uma imagem centenária de um Buda reclinado, com 72 metros de comprimento.

Bagan

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Permanência recomendada: de 3 a 5 dias.

São mais de 2 mil templos nesta que é a cidade mais mágica do Mianmar, capital do antigo Reino de Pagan.

A melhor maneira de fazer passeios em Bagan é de maneira independente. Você vai querer se perder entre os templos e ficar à vontade para caminhar e tirar fotos. Para isso, a minha dica é usar uma bicicleta elétrica, que os próprios hotéis ou albergues alugam para os hóspedes.

Para quem preferir, há também charretes ou tours de van e ônibus. Caminhar entre os templos pede bastante preparo; é uma área extensa.

Ficamos hospedados em dois hotéis em Bagan: primeiro no Green Land Motel, um hotel muito próximo do aeroporto, com bom café da manhã, e a partir de onde, de bicicleta elétrica, foi fácil chegar aos templos. Depois ficamos no View Point Inn, um hotel simples, mas muito bem localizado, próximo da rua dos restaurantes e da avenida principal.

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Principais atrações:

Pagode Shwesandaw: chegue cedo para garantir lugar para assistir de lá o pôr do sol.

Templo Dhammayangyi: um dos grandes templos imersos na planície de Bagan, com bons cliques garantidos antes mesmo de se chegar à porta do templo.

Templo Pya-tha-da: para ver mais de perto, ao nascer do sol, os balões sobrevoando a cidade.

Templo Myauk Guni: mais um bom lugar para apreciar o pôr do sol, permite vistas incríveis, e não é muito cheio.

Templo Bulethi: mais próximo de onde fica a região dos hotéis em Bagan.

Mandalay

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Permanência recomendada: 2 a 4 dias.

Mandalay é a segunda maior cidade do Mianmar, e atrai os turistas por mostrar as raízes do país. Em Mandalay tivemos mais contato com o povo local, fomos em atrações com menos turistas e pudemos ver como é, de fato, o dia-a-dia das pessoas.

Mandalay, como Yangon, também dispõe de um aeroporto internacional, podendo igualmente servir de porta de entrada ou de saída do Mianmar.

Minha recomendação para hospedagem em Mandalay é o Hotel G-Seven, um hotel recentemente inaugurado, com tudo novinho em folha ainda. Bem localizado, café da manhã excelente e próximo de vários restaurantes, mercados de frutas e de um shopping.

mianmar u bridge mandalay

Atrações em Mandalay:

Mandalay Hill: a montanha que leva o nome da cidade é um lugar ótimo para ver o pôr do sol e guarda vários mosteiros e pagodes.

Templo Mahamuni Buddha: fiéis de todo o país viajam para visitar este que é considerado um dos mais importantes templos do Mianmar.

Amarapura: construída para ser capital durante o reinado de Mindon Min, Amapura é hoje um distrito de Mandalay. Abriga a maior ponte de madeira do mundo, a U Bein Bridge, por onde milhares de birmaneses passam todos os dias. É um lugar especial para assistir ao pôr do sol.

Inle Lake: o lago Inle é muito famoso pelos pescadores da etnia intha, conhecidos por seu jeito único de remar, usando uma das pernas. O lago fica um pouco distante de Mandalay, e pode também ser acessado a partir de Yangon.

relato leitor viaje na viagem
As viagens do leitor

Dicas úteis sobre Mianmar

Capital do país: um fato curioso é que a atual capital do país, Naypyidaw, não é muito procurada para o turismo.

Como chegar: através de voos normalmente partindo de Bangkok, Tailândia. Procure companhias low cost, como AirAsia ou Thai Smile, para encontrar as melhores tarifas.

Melhor época para visitar: entre novembro e janeiro, época em que não é tão quente e não tem chuvas.

Visto: Mianmar exige visto para brasileiros. É preciso estar com hotéis e vôos já reservados, para indicar no formulário. Para tirar o visto online, a taxa é de 50 dólares. Através da embaixada de Mianmar em Brasília o visto custa R$ 75, mas é preciso enviar os passaportes pelo correio ou entregar no local.

Trajes: mesmo sendo quente, é importante levar uma calça leve ou saia para entrar em alguns templos.

Dinheiro: o dólar é amplamente aceito e nem precisamos trocar moeda em alguns casos. Recebemos troco em dólares. É importante que as notas de dólar estejam em perfeito estado, caso contrário poderão ser negadas!

Fuso horário: 8 horas e meia a mais em relação ao horário de Brasília.

Vacina contra febre-amarela: brasileiros precisam apresentar o certificado internacional de vacinação com a vacina contra febre amarela.

Muito obrigado pelas dicas, Fernando!

Para ver todas as dicas do Fernando sobre Mianmar, acesse o Felicidade pelo Mundo.

Leia mais:


Riverside, Bangkok

10 comentários

Pessoal, bom dia. Estou planejando viajar par asia em 2023 e gostaríamos de ir em Mianmar.
Alguém saberia dar informações sobre se continua seguro viajar para lá depois do golpe de estado de 2021?
Obrigado

Em julho 2019 Bagan recebeu o selo d patrimonio d humanidade – Unesco . Já nao é mais possivel escalar templos e pagodas ( existem dois espaços / morros construidos para os turistas verem o nascer e por do sol )

Legal !
Visitei Myanmar em março de 2017 e achei uma das melhores cidades em termos de atracoes turísticas. Pois alem da cidade em sí, tem varias outras super perto e que valem muito à pena a visita 😉

Estive em 12/2016 e adorei a viagem. Basicamente as visitas resumem-se a pagodas, templos e monastérios. O lago Inle é a exceção com seus pescadores únicos. Mas tudo que se visita causa encanto, seja por ser do século 11 (Bagan está no mesmo patamar dos templos de Angkor no Camboja), pagodas douradas lindas (mesmo sendo o pais muito pobre), monastérios de madeira extremamente trabalhados com figuras. O povo é muito simpático e atencioso.

Estou indo a Myanmar rm novembro agora, entao esse post foi ótimo para mim! Consegui comprar os trechos aéreos internos pela KBZ online e reservei os hoteis pela booking. Iremos a Mandalay, Bagan, Inle Lake e Yangon. Alguem tem dicas de transfer e guias? Ou é melhor reservar tudo lá?

Eu adorei Mianmar e vou deixar aqui as minhas dicas, pq meus posts sobre a Asia não tão saindo. Minhas viagens pela Asia foram todas no esquema guias locais e bons hoteis. Os preços lá são tão bons, que aproveitamos sempre. Fui pra Yangon e Bagan saindo de Singapura com a Singapore Airlines. O voo saiu mais barato que os voos internos em Mianmar. Em Yangon ficamos no Savoy Hotel, lindo hotel, perto de Shwedagon, que é mesmo um espetáculo. A diária foi na base de $ 140. Em Bagan, ficamos no Bagan Thiripyitsaya Sanctuary Resort, hotel barbaro na beira do rio, com uma piscina linda, que foi usada sem parar. Nunca passei tanto calor na vida! Esse hotel custou $ 100 por noite. Acho que os dias na Asia já são tão puxados, com calor, trânsito e idiomas estranhos, que vale muito a pena investir em hoteis melhores por lá. Uma grande vantagem dos guias são os carros com AC e água gelada.

Além do povo muito amável muito bem salientado pelo Fernando, é um dos destinos mais fotogênicos que conheço. Fui em 2012, portanto a relativamente pouco tempo, e era um lugar muito exótico não só pela Tanaka que passam no rosto e as folhas que mascam. Em Yangon, nas duas vezes que peguei taxi para voltar ao hotel, o motorista precisou passar noutro hotel grande para o belboy indicar onde nós queríamos ir, sendo que tínhamos o cartão do hotel escrito no seu alfabeto e o referido hotel existe desde 1901 (The Strand)!

também estive no sudeste asiatico em janeiro, fui em 4 países, mas o mianmar é MÁGICO. fomos em yangon e bagan. nos hospedamos no mesmo lugar de vcs em yangon. e me apaixonei perdidamente por bagan. é uma cidade que está no meu coração, pra sempre 🙂

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