Enxoval no exterior: leitores contam como é a volta pela alfândega

Enxoval no exteriorSurgiu uma polêmica na caixa de comentários do post sobre limites e isenções de compras no exterior.

Muitos trips estão relatando uma mudança de atitude dos funcionários da alfândega com relação a enxovais de bebê. Há quem afirme que artigos de bebê não são considerados de uso pessoal quando o bebê ainda não nasceu. Outros afirmam que carrinhos de bebê estão fora da isenção. Ou que o fato de enxovais contarem com inúmeros artigos repetidos faria com que esses artigos fossem tributados de qualquer maneira.

Você que viajou recentemente para comprar enxoval de bebê nos Estados Unidos: conte pra gente como foi a sua passagem na alfândega.

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218 comentários

Fui pra Miami e Orlando em julho, e trouxe de encomenda um carrinho de bebê e uma impressora. Estávamos num grupo grande (11 ao todo), mas somente eu e minha família fomos selecionados para uma “inspeção”. Passaram nossas malas (3, para 4 pessoas), e as duas caixas pelo raio-x novamente, não perguntaram mais nada e fomos liberados. Como foi minha primeira viagem ao exterior, não sei se isso é normal…;)

Comprei um carrinho de bebê + bebê conforto e uma babá eletrônica em NY, em julho. Desembarquei no RJ e não tive problema algum com a Receita. Estávamos eu e meu marido, ele com duas malas, eu com uma e mais a caixa do carrinho.
Foi bem tranquilo.

Nunca comprei enxoval no exterior, mas a Instrução Normativa da Receita é clara: só está fora da cota de US$ 500,00 o que for considerado bagagem. Se o bebe não nasceu, os itens do enxoval não podem ser considerados bagagem. Assim, a rigor tudo o que exceder a cota deve ser taxado. Em volume pequeno, com coisas que caibam na mala, e apenas com uma caixa de carrinho (que custa menos de US$ 500) as compras ‘poderiam não ser tributadas, apenas por entrar na cota. Mas um volume de compras exagerado, que ultrapassem a cota, cai na tributação, sim.
Para quem quiser ficar mais seguro, a IN da Receita é a 1059 de 2010. Vale consultar.

A Mel viajou pra Orlando para compra do enxoval dos meninos em abril de 2010 — antes, portanto, da vigência destas novas regras.

Nossa estratégia inicial é que a compra (cara e volumosa porque para gêmeos) seria diluída com outras duas pessoas que foram junto.

Não deu certo: as acompanhantes surtaram com os preços e todos extrapolaram seus limites de isenção individuais… 🙁

Ao desembarcar, com duas caixas grandes de cadeirinhas para carro (os carrinhos compramos aqui) e duas malas com produtos, foi diretamente conduzida à inspeção.

Foi um erro de avaliação nosso: a partir do momento em que as compras não podiam mais ser “distribuídas” entre o grupo, teria sido muito melhor declarar pelo menos os itens principais e mais caros. Marcamos bobeira e ficamos sujeitos à multa além dos impostos.

A inspeção foi criteriosa e todas as notas foram consideradas, até das roupinhas mais baratinhas — mas neste caso é melhor ter as notas de compras em promoção em sites ou outlets do que o fiscal considerar preços de lista…

Ok, doeu no bolso. Mas, considerando o volume da compra, ainda valeu a pena, uma vez que aqui produtos iguais ou equivalentes custam de 2 a 4 vezes mais. (Além disso, lá os produtos têm mais variedade e qualidade…)

Fiz contas detalhadas e o enxoval ainda custou uns 40% menos (sim, você leu certo!) do que comprar tudo aqui — somando o pacote de viagem, as compras, o excesso de bagagem e as taxas e multa da alfândega. 😉

    Caramba Fábio!

    Confesso que viajar para comprar nunca foi minha praia, por isso nunca fui a Miami e adjacências. Mas como vamos ficar grávidos em breve, essa informação é importante.

    O preço é realmente muito mais barato!

    Foi a primeira (e única) vez que fizemos isso, Marcos, e foi uma decisão acertadíssima… Agora, antes de ir em frente, é importante considerar alguns fatores que permitiram chegar nesta conta:

    . tínhamos visto americano válido (seu custo não entrou nesta conta)

    . consegui um pacote ultra-promocional (com hotel bem simples) porque tínhamos maleabilidade de datas

    . minha esposa viajou sozinha (os acompanhantes bancaram suas partes) e ficou em quarto duplo; se eu tivesse ido junto, o custo da viagem teria sido maior — mas no nosso caso ainda valeria a pena, já que teríamos menos excesso de bagagem e custos de alfândega, então acho que a conta não mudaria tanto assim

    . como a compra foi para gêmeos, o volume foi grande e ajudou a justificar a viagem — mesmo que alguns produtos sejam únicos independente do número de filhos, claro

    . nesta conta tem alguns produtos que não são “infantis” e que custam muito mais caro aqui (caso de uma filmadora compacta, que compramos pra registrar o desenvolvimento dos meninos)

    . lembre-se de que, ao trazer o enxoval do exterior, você não parcela suas compras e não conta com garantia dos produtos

    . praticamente tudo vale a pena, mas há excessões: o carrinho que a gente comprou custa hoje quase R$ 400 (Amazon) e a partir de R$ 470 aqui (parcelado e com garantia)

    . por fim, o fato da gente ter comprado por R$ 300 um bebê conforto que aqui custa R$ 1.200 não significa que a gente teria investido este valor… Seguramente teríamos optado por um modelo mais barato — este é um tipo de coisa que a gente costuma ignorar quando faz estas contas 😉

    “por fim, o fato da gente ter comprado por R$ 300 um bebê conforto que aqui custa R$ 1.200 não significa que a gente teria investido este valor… Seguramente teríamos optado por um modelo mais barato”

    Esse ponto é muito importante e sempre discuto isso com minha esposa. O preço de comparação acaba sendo deturpado já que você compara o preço americano de produtos que não compraria aqui no Brasil.

    Mas por outro lado é bom: você está pagando menos por produtos de, suposta, maior qualidade. Acaba sendo um investimento.

    Exatamente! O que ocorre em parte das compras não é exatamente uma “economia”, mas o acesso a um produto melhor pelo mesmo preço que você gastaria aqui. Além disso, desconsiderei eventuais promoções ou pontas de estoque que se pode encontrar por aqui.

    Então esta comparação acaba não tendo fim prático, mas ilustrativo — de qualquer modo, a diferença de preços é tão brutal que, tendo grana e conseguindo uma boa condição de viagem, acho que vale a pena na maioria dos casos. 😉

    Impressionante isso!! Mas que mesmo que ficasse pau a pau ainda seria lucro: enxoval + viagem USA = só enxoval no Brasil.

    Acho que esta conta fecha mesmo, Ana!

    A única ressalva é que fazer compras extensas dá um trabalhão, e dependendo a quantas anda a gravidez fica complicado ainda conciliar com passeios de forma equilibrada e prazerosa.

    Fabio, foi ótimo achar seu comentario aqui.
    estou indo em setembro, e vou comprar os kit viagens p/ Gemeos.
    vc disse q fez uma conta detalhada dos seus gastos. vc poderia compartilhar comigo?
    estou um pouco perdida com estas informaçoes, principalmente com relação á alfandega.
    att.

Perguntei sobre o excesso de bagagem porque mês passado assustei com a bagagem que vi com os brasileiros na fila de embarque em Nova York…

Meu marido e eu voltamos dos Estados Unidos cada um com duas malas e mais uma caixa grande de carrinho de bebê. Esqueci de separar a nota do carrinho e na hora de passar na alfândega nos pararam cobrando a nota. Como eu não estava com ela em mãos, me fizeram abrir todas as malas para procurar e o fiscal ainda justificou dizendo que eu poderia estar com muito mais coisas de bebê escondida. Tentei justificar dizendo que o carrinho custou apenas $90,00 no supermercado K-Mart, mas ele não acreditou e disse que tem lojas que esse carrinho custa mais de $400,00. Fiquei “presa” por lá mais de 1 hora até que mostrei na internet o valor do carrinho no site e eles se convenceram. Mas fica o alerta: tragam em mãos todas as notas do que comprarem caso sejam parados.

A American na alta temporada não aceita caixa nenhuma.

Parece que a alfandega do Rj agora está apertando muito.

Esse post caiu como uma luva. Mas tenho uma duvida. Eu moro no exterior e tenho uma amiga que me pediu pra levar um carrinho e pecas pro enxoval. Eu vou ser taxada tambem? Nao posso declarar que vai ser um presente?

    O fato de ser presente não isenta ninguém do pagamento de imposto de importação. A menos que sejam as tais lembrancinhas de até 10 unidades iguais com valor inferior a US$ 10.

    Andre,
    Obrigada pela resposta. Assim ja aviso pra amiga que nao vai rolar levar o carrinho. Soh se ela quiser pagar imposto.
    Valeu.

    Eu perguntei diretamente isso para o fiscal agora em setembro. A resposta: O carrinho entra na cota.

    Sério? Mesmo que eu tire da caixa e alegue que é do meu primeiro filho? Porque viajarei para fazer enxoval pro segundo, mas levarei o primeiro…
    Será que ainda assim eles tributam?
    Pensei em fazer o mesmo com cadeirinha de auto, comprar, desembalar e colocar o irmão de dono!
    O fato de não ter declarado o bem na entrada do país, afeta?
    Adorei o post e os comentários, estou aprendendo bastante… Obrigada!

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