Ingresso para visitar Veneza

Guia de Veneza

5 bacari em Veneza

Entre os segredos que Veneza guarda em suas vielas estão os bacari, os botequins venezianos. Basta sair das ruas de passagem para que eles apareçam — muitos são meras portinhas com um balcão, apropriado para tomar um café ou uma ombra — uma taça de vinho da casa. Para acompanhar sempre haverá os cichetti, canapezinhos montados com queijo, embutidos ou bacalà mantecato.

Aproveite os que você descobrir ao acaso no seu caminho. Querendo ir na certa, tente encontrar estes:

Al Bottegon

Mais tradicional, impossível. Escondidinho no Dorsoduro, à beira do canaleto do rio San Trovaso, perto da estação Zattere do vaporetto, o Al Bottegon é famoso por seus cichetti fresquinhos e baratos (a maioria sai 1 euro).

Os habituês postam-se em frente à vitrine dos canapés e escolhem cinco ou seis de cada vez para encher o pratinho. Além do vinho da casa há garrafas mais graduadas servidas também al bichiere (em taça).

Pegadinha: note que a placa “Vini Al Bottegon” é bem mais discreta do que a placa da fachada que informa outro nome — “Cantine del Vino Schiavo”.

Abre até as 20h30. Fecha domingo. É o marcador azul no mapa.

Caffè Rosso

O que não falta ao Campo Santa Margherita, no Dorsoduro, são bares — a praça é lotada deles, sempre transbordando de gente (quando a meteorologia permite).

Dentre todos, porém, o Caffè Rosso se destaca — talvez por ser um dos menorzinhos, ou quem sabe pelo interior ser o mais charmoso.

Como em toda a região, reduto da estudantada, os drinks são baratíssimos. O coquetel que embala o happy hour e as noites venezianas, o spritz — vinho branco ou espumante com Aperol (doce) ou Campari (amargo) e azeitona — sai meros 2 euros no balcão (ou 2,50 na mesa). Os sanduíches (tramezzini, com pão de miga, ou panini, com pão italiano) são recomendados.

Abre todos os dias até de madrugada. Perceba que não há a palavra “Rosso” na placa; só a fachada é que é vermelha… No nosso mapa também está marcado com o alfinete vermelho.

Il Pasadiso Perduto

“O paraíso perdido” tem alma de bacaro mas oferece o pacote completo: é ótimo também para jantar e ouvir música.

O interior é amplo, aquecido por uma lareira, o que garante a noitada mesmo quando São Pedro tira de circulação as mesas ao ar livre à beira do canal.

Dê uma passadinha depois das 6 para ver se vai rolar música ao vivo; então garanta uma mesa para jantar e divirta-se.

Abre das 18h às 2h; fecha às terças. No domingo também abre para almoço da 12h às 15h. Fica na Fondamenta della Misericordia, na zona mais boêmia do Canareggio, mas fora do radar das multidões que usam o corredor da Lista di Spagna. Procure no mapa pelo marcador amarelo.

El Chioschetto

Não quer fazer seu happy hour nem num botequim esfumaçado nem no terraço de um hotel? Se tempo estiver bom, então dirija-se à estação Zattere do vaporetto.

Ali perto fica um bar gostosíssimo, com mesas espalhadas pelo calçadão: El Chioschetto (“o quiosquinho”).

Entre maio e setembro o happy hour das quartas e domingos tem música ao vivo (das 19h às 21h30). No verão também são organizadas festas itinerantes num barco que sai do píer ao lado (informe-se com os garçons sobre os dias).

É um dos melhores lugares de Veneza para estar ao pôr-do-sol a bordo de um spritz. Abre até as duas da manhã no verão, mas fecha às 4 da tarde no inverno. Não funciona em dezembro e janeiro. É o alfinete roxo no mapa.

Harry’s Bar

OK — chamar de bacaro ao protótipo daquilo que os europeus conhecem como “American bar” deve ser uma ofensa tanto aos bacari quanto ao Harry’s Bar.

Mas nenhuma lista de lugares para beber em Veneza será completa sem ao menos mencionar o seu bar mais famoso.

A principal razão para a fama é a invenção de um coquetel, o Bellini, feito com prosecco e suco de pêssego (doce). Poder dizer que tomou um Bellini onde foi inventado, porém, tem o seu preço: 13 euros o copito.

Abre todos os dias até as 23h. O leão de chácara garante o cumprimento do dress code: bermudas e sandálias estão fora de questão, e entrar de jeans não é garantido. No mapa, é identificado pelo marcador verde.

(Preços de 2011.)

28 comentários

Além de todas as dicas de roteiros e passeios pela Itália que pesquisei no Viaje na Viagem, este post fiz questão de imprimir e levar comigo para Veneza, mês passado. Foi sensacional! Com exceção do Harry’s Bar, fomos a todos os outros bacaros e gostaria de dizer que valem muito a pena! No mesmo dia fizemos parada dupla no El Chiosquetto (linda vista!) e no Al Bottegon – supersimples, mas na minha opinião o melhor de todos! Uma experiência única comprar seu Aperol Spritz em copo de plástico e os chicettis lindos e deliciosos e saborear à beira do canal em frente, no meio dos estudantes. O Il Paradiso Perduto é imperdível também, tanto o lugar como a comida. E aí gostaria de fazer uma atualização: o Paradiso Perduto abre de 5a a 2a feira, das 11h à 1h da manhã. Fecha 3as e e 4as feiras. E quem for para jantar, recomendo fortemente que faça reserva. Fomos cedo, para um “late lunch” e quando saímos, às 18h, uma funcionário estava “etiquetando” todas as mesas com as reservas para o jantar. E cada mesa já tinha duas reservas!

Legal suas observações! Gostaria de indicar o Bacareto da Lele na Fondamenta dei TOLENTINI 183 Vale a pena dar uma chegadinha lá.

Vou agora em dezembro passar as festas em Veneza …. estou animada e não vejo a hora. Contagem regressiva até o dia da partida. Amei as dicas. Abracci!!!!

Harry’s Bar!!!!!
Não entre, jamais! A não ser que você queira muito tomar o Bellini de lá, que não tem nada de mais, em outros lugares você paga menos da metade e saboreia com mais tranquilidade.
Na verdade, o Harry’s Bar, foi uma experiência traumatizante em nossa viagem à Veneza.
Assim que você chega ao local e senta à mesa, vem meia dúzia de garçons, que te enchem o saco do começo ao fim. Nunca nos sentimos tão constrangidos como naquele dia, o garçom simplesmente fica parado na sua frente, olhando pra você, esperando que você peça algo. No cardápio, os preços são verdadeiramente exorbitantes, talvez os mais altos de Veneza. Se quiser comer bem, vai ter que deixar muitos euros naquele lugar pequeno e barulhento, se quiser gastar menos, vai comer folhas e pedir à Deus para encontrar a pizzaria no caminho.
Em resumo, não recomendo essa experiência à ninguém, há mais para ver e fazer em veneza!

Parabéns ! Tem Muuuuuuuiitas dicas importantes. Estou planejando minha 1º viagem a Europa nas minhas férias 2016. E vcs são ótimos !! Dão tudo mastigadinho, impossível ficar com medo. Valeu
Abraços

Olá,
queria tirar uma dúvida: é seguro voltar andando (e se perdendo, inevitavelmente) para o hotel de noite depois de ir a algum barzinho destes?
Sou nova e viajo mês que vem só com uma amiga.

Entendo que tenha que tomar cuidado como em qualquer lugar do mundo, pergunto porque as ruas parecem ser muito estreitas e não sei como é a iluminação/movimentação à noite.

    Olá, Ana Luisa! O perigo na Europa está nas aglomerações diurnas, nos pontos mais turísticos. É ali que vão afanar seu passaporte ou seu cartão de crédito sem você perceber.

ola,
obrigada pelas dicas importantissimas. so uma pergunta: é perigoso viajar sozinho para Veneza e Florença. Os hoteis, pessoas, sao seguro? obrigada

    Olá, Mag! É seguro, sim. Mas sempre tome todas as precauções que você tomaria em qualquer cidade grande. E leia também as resenhas dos ex-hóspedes dos hotéis em que deseja se hospedar, para ter certeza de que são lugares seguros.

Muito interessante a postagem. Gostaria de sugerir uma excelente opção para um happy hour em Veneza. O bar se chama Bacaro Risorto, fica no Castelo, uns 5 minutos de caminhada da Praça de San Marco. Cerveja, Spritz e tira-gosto bom um preço justo.

Parabéns pelas informações!!! Estou de malas prontas para Roma e depois Veneza e tudo escrito aqui, principalmente pelo dono do blog é demais e muito ilustrativo.

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