Aruba

Febre amarela: Aruba e Paraguai também passam a exigir a vacina

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Conforme eu venho antecipando desde fevereiro de 2017, a lista de países que exigem o certificado de vacinação contra febre amarela de brasileiros só faz aumentar.

Em fevereiro de 2017, foi o Panamá. Depois vieram Cuba, Colômbia, Bolívia, St. Maarten, Curaçao…

Esta semana dois novos países anunciaram a exigência da vacina: Aruba e Paraguai.

Lembre-se que apenas a dose integral dá direito ao certificado internacional. Veja como tomar a dose integral caso no seu estado estejam usando a dose fracionada.

Saiba também como fazer o certificado de isenção.

Aproveite para entender a política das cias. aéreas sobre conexões em países que exigem a vacina de brasileiros.

Paraguai

Ruínas de Jesús, Paraguai

O Paraguai passou a exigir a vacina no dia 24 de janeiro de 2018. Mas o leitor Marcos voou de São Paulo a Assunção no dia 26 sem o certificado (ele tem mas não tinha levado). O pessoal da cia. aérea lhe disse que a partir do dia 1º de fevereiro o certificado seria realmente exigido.

Ciudad del Este não está exigindo a vacina

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Segundo o portal ClickFoz, em artigo publicado dia 29 de janeiro de 2018, não será feito nenhum controle na fronteira entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este.

Entende-se: hoje o fluxo de brasileiros e paraguaios nesta fronteira é totalmente livre. Se fosse necessário controlar o certificado, a entrada em Ciudad del Este seria ainda mais caótica do que já é (com conseqüências imediatas à economia da cidade, baseada no comércio para brasileiros).

Vamos continuar acompanhando o assunto. Caso haja uma mudança nesta política, atualizaremos aqui.

Aruba

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Aruba exige certificado internacional de vacinação contra febre amarela para passageiros que embarquem para a ilha a partir de 1º de março de 2018.

Até lá, vai ser possível viajar sem a vacina.

Dose fracionada x dose integral

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A Anvisa só emite o certificado internacional de vacinação contra febre amarela para quem toma a dose integral da vacina, que imuniza pela vida toda.

A dose fracionada, que está sendo usadas nas campanhas emergenciais de vacinação nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, imuniza por apenas 8 anos e não dá direito à emissão do certificado internacional.

Nos estados onde a dose atualmente é fracionada, a dose integral só é aplicada em quem levar a passagem internacional (a um país que exija o certificado) para o posto de vacinação.

Caso você tome a dose fracionada hoje e precise viajar a qualquer país que exija a vacina daqui a 6 meses, você vai ter que se vacinar de novo, desta vez com a dose integral. Não há outro jeito de obter o certificado a não ser tomando a dose integral.

Veja como se vacinar e emitir o certificado internacional clicando neste post.

Certificado de isenção

A vacina contra febre amarela não pode ser aplicada em:

  • Mulheres grávidas
  • Bebês com idade inferior a 6 meses
  • Maiores de 60 anos
  • Pessoas em tratamento com corticóides, quimioterapia ou radioterapia
  • Portadores do vírus HIV
  • Pessoas alérgicas a componentes da vacina

Caso você se enquadre num desses casos, nem é necessário ir à Anvisa.

Precisa vacina só para conexão?

Aeroporto do Panamá

Dois países que exigem a vacina — Panamá e Colômbia — são usados por cias. aéreas para rotas entre o Brasil e a América do Norte. Precisa se vacinar o seu destino final (Estados Unidos, México, Canadá) não exigir a vacina?

Veja bem: se você ligar para a embaixada da Colômbia ou para a embaixada do Panamá, vão dizer que a vacina é necessária mesmo para conexões. E pela lei, é mesmo.

No entanto, os passageiros que apenas fazem conexão em Bogotá ou na Cidade do Panamá, sem sair do aeroporto, nunca chegam a passar por controle imigratório da Colômbia ou do Panamá. Por isso, as cias. aéreas (Copa, Avianca, Latam) não têm barrado o embarque de passageiros sem vacina, desde que façam conexões de até 6 horas, sem sair do aeroporto.

Até quando essa política vai valer? Não sei.

Na dúvida: vacine-se. O quanto antes. Sobretudo se a situação no seu estado ainda não é emergencial e dá para se vacinar e emitir o certificado com facilidade.

Que países exigem a vacina?

Eu já tinha prometido que não faria mais esse tipo de lista, porque desatualiza a toda hora. Nesse momento em que você achou esse post no Google, muitos países podem ter engrossado o time dos que exigem a vacina.

No momento — 27 de janeiro de 2018 — você precisa do certificado para viajar para Colômbia, Bolívia, Paraguai, Venezuela, Panamá, Aruba, Curaçao, Cuba, St. Maarten, Bahamas, Costa Rica, Guatemala, Jamaica, a maior parte da África, todo o Sul da Ásia e Austrália.

No momento — 27 de janeiro de 2018 — ainda não é necessário vacinar-se para viajar ao Peru, ao México, à Argentina, ao Chile ou ao Uruguai.

Não é necessário, e provavelmente continuará não sendo necessário para sempre, vacinar-se para viajar à Europa, Estados Unidos, Canadá ou Chile. Todas essas regiões são temperadas e não possuem florestas tropicais que sustentem a vida dos mosquitos que transmitem a doença. Lembre-se que a febre amarela não é transmitida de humanos para humanos. O humano infectado transmite a doença para o mosquito, que então infecta outro humano. Sem os mosquitos, não há febre amarela nem receio de surto.

Já Peru, México, Argentina e Uruguai podem vir a exigir a vacina em breve, já que todos têm florestas tropicais ou subtropicais.

Veja a lista completa dos países que exigem a vacina hoje nesta página do site da Anvisa.

Selecione o país no menu do alto, à esquerda. A menção ao certificado de vacinação de febre amarela vem sempre acompanhada de ‘recomendação’ ou ‘exigência’. Quando é só ‘recomendação’, a vacina não é exigida. Quando é ‘exigência’, você tem o seu embarque negado já no Brasil se não tiver o certificado.

Leia mais:


Trinidad

43 comentários

Achei na Anvisa, crianças só com 9 meses mesmo:

21. Quem não pode tomar a vacina contra febre amarela?

A vacina não deve ser tomada por pessoas que se encontram nas situações abaixo. Neste caso deverão seguir o procedimento da pergunta 20.

Crianças menores de 9 meses de idade

Mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade

Pessoas com alergia grave ao ovo

Pessoas que vivem com HIV e que têm contagem de células CD4 menor que 350

Pessoas em de tratamento com quimioterapia/ radioterapia

Pessoas portadoras de doenças autoimune

Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo)

Minha tia e primo tiveram bastante dificuldade para embarcar para os EUA pela Avianca e depois Copa (passaram por Colômbia e Panamá). Os funcionários não estavam cientes dessa regra de até 6h não… Depois de muita conversa e várias ligações dos funcionários, conseguiram embarcar porque chegariam nos EUA no mesmo dia às 23:55. Aparentemente não avaliaram a quantidade de horas, mas o dia de chegada. Quem ia chegar no dia seguinte foi barrado.
E o Ministério da Saúde indica a vacina só após os 9 meses, inclusive entrou há pouco no calendário de vacinas para as crianças do Rio. Já me disseram que no rádio estão falando 6 meses, mas que eu saiba não dão não, nem no posto nem em clínica particular, onde vacinei meu filho de 9 meses e foi feito um questionário (idade, alergia a ovo etc).

    Olá, Tatiana! A confusão se deu no embarque no Brasil ou em Bogotá? Provavelmente os funcionários da Copa em Bogotá não estejam cientes desta prática no embarque no Brasil.

    A confusão foi no Galeão, e como ia ter troca de cia piorou, porque o da Avianca disse que mesmo que liberasse podia acontecer deles terem problema no Panamá, aí os funcionários das duas se comunicaram e falaram com superiores ou sei lá quem. Sei que no final resolveu, mas uma outra família teve que trocar a passagem porque só chegaria nos EUA no dia seguinte, a conexão era mais longa.

Vou pra o Chile, meu voo faz conexão no Paraguai. Precisa da vacina?

    Olá, CArla! Provavelmente não. Mas aproveite a deixa e vacine-se. Livre-se desse problema para o resto da vida.

Pessoal a CIVP do meu marido venceu agora em janeiro e temos uma viagem em Abril para Bahamas, liguei na Anvisa e me informaram que agora é vitalícia e não precisa renovar, mas vi algumas informações que corre se o risco da imigração não aceitar o documento porque está vencido e que é necessário ir no posto da Anvisa e pedir o carimbo “Life”, mas mesmo insistindo me disseram que não e que qualquer país que exige a vacina vai aceitar a CIVP como está. Enfim é muita desinformação, morro de medo de chegar lá e não conseguir entrar no país por conta disso.

    Olá, Maria! Se puder, tire a segunda via do certificado com o LIFE escrito.

Oi Bóia, oi Ric!

Já fui em 5 UBS aqui em São Paulo perguntar se há problema de tomar a dose fracionada agora e a dose integral daqui a alguns meses, por motivos de viagem internacional.
Em nenhum dos postos souberam me responder, mas como sempre, é aqui que encontro as informações que preciso 🙂

No texto fala em 6 meses.
Esse é o período mínimo de intervalo entre uma dose e outra?
Ou foi apenas exemplificativo?

Muito obrigada pelo ótimo conteúdo de sempre!!!

    Olá, Camila! O Ricardo Freire usou esses 6 meses como um exemplo aleatório. Não sabemos se existe alguma recomendação oficial de intervalo mínimo entre as duas vacinações. (Se soubermos, prometemos acrescentar aqui.)

    Aqui em Caraguatatuba o departamento de Epidemiologia me falou 30 dias entre uma dose e outra, porém, EU não acho prudente se arriscar 2x, vou aguardar terminar a campanha pra vacinar minha filha com a dose integral.

recomendo como agente de viagens que mesmo somente em conexao, tomem avacina…seu voo pode ter uma pane, e ai vc nao podera sair do aeroporto mesmo que esta pane tenha pernoite…

Republica Dominicana está exigindo para alguns estados (MG, PA, RJ, SP, ES em Jan/18) apesar de ainda não estar na lista da Anvisa. Peguei um email oficial da embaixada para tomar a vacina no HC de São Paulo (que só tem vacinado viajantes). Ou pode-se pegar neste link também: https://www.republicadominicana.org.br/wp-content/uploads/2018/01/70d0bd1174611bbe6ffcbc285d1f3b00.pdf.

    Olá, Ana Cristina! A gente deu essa notícia no ano passado, mas vários leitores entraram para comentar que não estava sendo exigida.

    Mas na dúvida é sempre melhor ter a vacina.

    Em um forum do Trip Advisor tinha um pessoal comentando nesse ano que estavam pedindo, mas nunca se sabe mesmo…
    Conto para vcs em breve quando eu for!

Eu tenho o certificado internacional de vacinação contra a febre amarela, mas já tem mais de 10 anos e em março vou para o caribe onde exige o certificado. Será que o fato de o certificado ter mais de 10 anos vai ser obstáculo para eu entrar nesses países? Pois parece que mesmo a OMS dizendo que uma única dose é suficiente para a vida toda, alguns lugares exigem que a vacina seja tomada há menos de 10 anos. :/

    Olá, Thais! Pela determinação da OMS, agora todos os certificados têm validade vitalícia. Mas você pode tentar tirar uma segunda via desse seu certificado, já aparecerá com validade LIFE.

E a Rep Dominicana? deixou de exigir?

    Olá, Fabio! Já na época da notícia, leitores disseram que a vacina não estava sendo pedida. No site da Anvisa consta como “recomendação”.

    A nossa orientação é a mesma: se for possível na sua cidade, vacine-se o quanto antes, com a dose integral, e obtenha o certificado. A tendência é que todos os países situados em zona tropical mais cedo ou mais tarde exijam a vacina.

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