Lençóis Maranhenses: Freeway diz não ao quadriciclo

Foto: blog da FreewayPoucas invenções modernas me causam tanto horror quanto o quadriciclo motorizado. Quer dizer: meu problema não é o veículo em si, mas o modo com que é usado no Brasil. Aqui no patropi, em vez de ser usado como um veículo todo-terreno em trilhas por onde carros ou motos não passariam, o quadriciclo virou o jet-ski das areias. No Nordeste virou brinquedo de pré-adolescentes riquinhos, que invadem praias freqüentadas por banhistas.

Agora mais essa: fiquei sabendo pelo twitter da operadora de ecoturismo Freeway que a praga chegou às dunas do parque dos Lençóis Maranhenses. Um absurdo, já que o acesso ao parque é controlado e já havia uma resolução que proibia o tráfego de veículos motorizados pelo alto das dunas. Será a genipabuzação dos Lençóis?

É um alento saber que a operadora está dando o exemplo e se recusando a oferecer passeios com quadriciclos. Faça a sua parte: quando for aos Lençóis, não faça esse tipo de passeio e boicote as operadoras que oferecem.

Leia:

Parque dos Lençóis Maranhenses não é Disney, no Blog da Freeway

34 comentários

Após ter postado a primeira msg, vi a do leitor Thiago Parente sobre a campanha no Piauí. Deve ser campanha deste ano e, desde já, dou os parabéns a Secretaria de Turismo local. Mas, vale lembrar que, sem fiscalização, não adianta. Aproveito para elogiar a empresa Free-Way pela decisão.

Infelizmente, o hábito de andar de veículos motorizados nas praias é comum do Piauí ao Pará. As praias muito planas ajudam no costume. O som estupidamente alto e o jet-sky também são outras duas pragas, mas, estas, não só lá, já que estão disseminadas em quase todo o país. No pequeno e lindo litoral do Piauí, é preciso cuidado para não se ser atropelado. Eu mesmo já presenciei dois acidentes, um deles exatamente com um quadriciclo: um jovem perdeu a vida ao não perceber a corda de ancoragem de uma canoa. Entretanto, não acredito que esta realidade mude, frequento a região há 17 anos e sempre foi assim, só faz é piorar. Estranho é estes celerados terem demorado tanto a cometerem suas imbecilidades nos Lençóis Maranhenses.

Já tive quadri e moto, e nunca os usei na praia. Não que me faltassem vontade, na verdade mesmo me faltaram oportunidade. Hj reconheço a importância de campanhas desse tipo, inclusive endosso a campanha feita pela Secretaria de Turismo do Piauí de que jipão, quadri e moto na praia é “papelão”. Inclusive lançaram um site para que os banhistas fotografem e denunciem quem faz isso.

Acho que nem lá, nem cá. Passeios motorizados atraem uma clientela de nível financeiro alto, mas precisam ser dimensionados em rotas, trilhas etc. Isso me lembra o dilema americano dos snowmobiles nos parques nacionais durante o inverno, tem gente que quer usá-lo em todo lugar (e pode até provocar avalanches com isso), outros querem bani-lo

Como se dizia antigamente, há de haver um meio termo. Quadriciclo no meio da praia movimentada não rola, mas em algumas dunas e circuitos pode ser mais uma forma de viajar. O que não dá é transformar praias sequenciais em BR onde quadriciclos, motos e 4X4 dividem a areia com banhistas. Está só faltando um acidente grave com estrangeiro acontecer para isso virar um “escândalo”.

Os quadriciclos sao a mesma praga que os jet-skis. Boa definição de “binquedo de riquinhos”. Eu acrescentaria “irresponsáveis”. Infelizmente, como em tudo, deve ter muita gente que usa certo, mas sempre tem esses manés. E além do jet-ski e do quadriciclo, ainda tem outra praga, que sãoos carros com som altíssimo ligado, obrigando todos em um raio de 500m a escutarem lixo musical;
Isso não combina com lugar nenhum…

Tem que proibir total, o lugar ñ combina com um monte de gente corrrendo sobre as dunas, sem contar os impactos que não podem ser remediados. Um paraíso singular como os Lençois é tudo menos pista de rally e se nós nao preservamos, quem o fará …

Atenção: Os comentários são moderados. Relatos e opiniões serão publicados se aprovados. Perguntas serão selecionadas para publicação e resposta. Entenda os critérios clicando aqui.

Assine a newsletter
e imprima o conteúdo

Serviço gratuito