Flutuante dos Botos em Novo Airão: o programa mais barato da Amazônia
Se teve algo que eu descobri nessa minha última passagem pela Amazônia, foi que não é a hospedagem de selva que é cara: são os passeios. Mesmo em vilarejos próximos à floresta, onde existe hospedagem baratinha — tipo Alter-do-Chão, no Pará, e Novo Airão, no Amazonas — você vai descobrir que praticamente não há passeios que custem menos de R$ 150 por pessoa.
A voadeira na Amazônia é como o bugue no Nordeste — a diferença é que não dá pra explorar a selva sem o barco a motor. Então, na hora de analisar o preço de um hotel ou barco de selva, um casal deve descontar algo entre R$ 300 e R$ 500 por diária, que é o que duas pessoas gastariam negociando passeios e trânsfers do dia.
Os programas baratos são os que não envolvem pegar lancha. Alter do Chão tem a praia do centro. E Novo Airão tem a atração mais fofa do Amazonas, pertinho do píer da cidade: o Flutuante dos Botos.
Ali morava a família de Marilza Medeiros, que tinha por hábito dar peixe aos botos que passavam.
Com o tempo os bichinhos ficaram dóceis e passaram a interagir com a família. O lugar ficou famoso e virou atração turística.
Havendo ou não visitantes, a alimentação aos botos é feita diariamente, em oito horários: 9h, 10h, 11h, 12h, 14h, 15h, 16h e 17h. Quem alimenta não é mais Marilza, mas uma funcionária.
Os visitantes podem entrar no rio, onde há uma plataforma que mantém a água na altura da cintura (nadar, porém, não é mais permitido).
Os botos vivem soltos no rio — não há nenhum cercado nem passam por amestração. Eles aparecem lá só para se alimentar, mesmo. Muitos são habituês, conhecidos pelos nomes.
Se você já estiver em Novo Airão (a 180 km de Manaus pela estrada), o programa vai sair só R$ 10 (grátis para crianças até 10 anos, R$ 5 para maiores de 60).
Se não estiver… bom, separe uns R$ 250 para pegar um passeio em Manaus…
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Comentários
Olá Ricardo, eu tenho férias no início de dezembro e vou para Alter do Chão. Estou na dúvida se vale a pena visitar o Amazonas (Manaus, Pres. Figueiredo e Novo Airão) nessa mesma viagem. Imagino que na cheia a floresta estará mais verde e viva, as cachoeiras mais cheias e a paisagem em Anavilhanas mais impressionante, não? Ou na primeira quinzena de Dezembro já caiu aquela chuva e a paisagem já não está tão seca e esturricada?
Olá, Mario! A floresta nunca fica esturricada. O que acontece quando as águas baixam é que fica possível fazer passeios a pé na floresta, e já diminui a chance de passeios de canoa por igarapés.