O que você mudaria se refizesse aquela viagem?

BR 101, Espírito Santo

A Carla Portilho do Idas e Vindas sempre faz isso nos seus relatos de viagem: depois de mostrar como foi, ela faz uma autocrítica da estratégia e conta como faria a viagem à luz da sua experiência.

Recentemente a Dani S. usou a mesma técnica para falar de seu périplo pelo Canadá — com grande sucesso entre os leitores.

Daí a CarlinhaZ entrou para sugerir: ei, que tal se fosse aberto um post em que todo mundo pudesse contar como refaria alguma viagem bacana? Adorei a sugestão.

Diga lá: o que você teria feito de diferente naquela viagem? Que mico você evitaria (e de que jeito), que lugares dispensaria, onde ficaria mais tempo ou iria em outra época do ano?

Conte dos seus desenganos — assim a gente vai direto à vitória (não sem antes tomar um guaranazinho….).

255 comentários

Riq e demais tripulantes,
Peco desculpas porque o assunto nao tem a ver com este topico, mas estamos meio que em uma emergencia em Munique e eu nao sabia onde colocar este pedido de ajuda.
A questao eh: alguem aqui ja usou o Tax Refund?
Nos fizemos algumas compras em lojas que tem o selo Tax Free e pegamos os cheques de devoilucao das taxas. No envelope em que vem o cheque consta a informacao de que temos que pegar um carimbo no aeroporto de onde vamos sair da Uniao Europeia. Ocorre que descobrimos agora ha pouco em uma loja que a Global Refund no aeroporto de Munique abre as seis da manha. So que o nosso voo sai antes disso.
O site da Global Refund diz que o carimbo deve ser obtido na alfandega e que temos que mostrar as mercadorias.
Enfim, estamos completamente perdidos e nao fazemos a menor ideia de como proceder. Ficaremos muito agradecidos com qualquer ajuda.
Abracos e muito obrigada!

    Já tive este mesmo problema, e perdi o Reembolso.
    Porém existem envelopes para se enviar de seu país de origem e que confirmam sua saída e você poderá ser reembolsada, no cartão de crédito. Nunca fiz assim, foi informação passada por uma agente.

Bom, arrependimentos de viagens específicas nem tenho tantos assim, mas vamos lá:

1. HOTEL EM REFORMA – Se a viagem é particularmente especial ou importante, eu sempre perco uns minutos pra ligar no hotel e perguntar se ele está em reforma, e pergunto detalhes se for o caso antes de confirmar reserva. Ser acordado por britadeiras as 6h45? Ninguém merece.

2. CONEXÃO DE TREM APERTADA – Como trem atrasa pouco, em geral é uma tentação combinar 2 trens de alta velocidade com intervalo restritíssimo. Se eu estiver com bagagens e não conhecer o ponto intermediário, jamais faço conexões com menos de 20 minutos. É um corre-corre com as malas pra achar plataforma, túneis que não dão acesso a todas elas, sinalização que as vezes confunde… melhor já comprar o horário seguinte e fazer hora lendo jornal ou revista.

Acabei de ler “Aruba” e me lembrei que esse foi um “destino furada” nosso…primeiro que o meu marido veleja de windsurf, e em uma semana de férias, tivemos 3 dias de vento (imaginem a decepção dele! E fomos para lá justamente porque é um destino conhecido por ter vento e para a prática do esporte). Mas tudo bem, acontece, o tempo está fora do nosso controle. Mas de resto, não havia muito o que fazer, ficamos bastante decepcionados. O mar e as praias são caribenhas, mas fora os resorts, a ilha em si não tem muito charme, tudo bastante americanizado, um turismo meio fake…esperavamos que ela fosse mais charmosa e rústica!
Em seguida, passamos a escolher destinos que tivessem vento, mas que oferecessem algo mais, caso o tempo não colaborasse!

Fui para Istambul em maio e me arrependi de ter reservado um hotel na parte mais ao sudoeste da cidade. Se pudesse mudar, certamente teria ficado ao norte da Galata Bridge, perto do começinho da Istikal ou mesmo da Praça Taksim ou, ainda, bem perto do Bósforo. Fiquei em um hotel a umas 6 estações oeste da Mesquita Azul, em uma parte meio sem nada da cidade. Ou seja, para jantar em algum lugar legal à noite, tínhamos que pegar taxi…
Além disso, durante o dia, para chegar em Sulthanamet, precisávamos pegar um tram (+- 6 estações). O trajeto era rápido, mas o tram é sempre infernal de cheio e, mesmo sendo um trajeto curto, era extremamente desagradável.
Se tivesse ficado mais ao norte, estaria pertinho dos bairros mais turísticos e bem mais perto dos restaurantes charmosos de Ortakoy…

Ficaria uns dias em Caracas, onde fiz conexão para uma viagem a Aruba, em vez de ficar várias horas esperando o próximo voo no aeroporto durante a madrugada.

Fui pra Chicago em janeiro e não fui ver um show de Blues, porque tava cansada, com sono … Oras, ir pra Chicago e não ver um show de Blues é quase a mesma coisa que ir para Paris e não ver a Torre Eifeil ( eu ia dizer que é a mesma coisa que ir para NY e não ver a Estátua da Liberdade, mas como já fui várias vezes e nunca a vi, isso não vale 🙂

Não faria mais:
1. Viajar com muita bagagem. Na última viagem para Lisboa e Barcelona, cheguei no aeroporto com uma mala (dessas que dá p’ra “pendurar” as roupas e depois pendurar a mala no armário sem precisar ficar desarrumando tudo, mas muuuito pesada) e uma mochila, “crente que estava abafando”. Na fila do checkin encontramos um casal que viajava para Galícia e Barcelona; ele com uma mochila com rodízios; ela com uma mala pequena de bordo. Lamentei toda a viagem o peso da mala.
2. Escolher sempre os vôos, o hotel e o deslocamento do aeroporto ao hotel. Em Lisboa, aceitamos a sugestão do agente de viagens e compramos o transfer para o hotel (o dobro da corrida de táxi) e nos hospedamos no Marriot (luxuosos, mas isolado e sem nenhuma comodidade gratuita). Já em Barcelona, o apartamento alugado na Internet por sugestão da brasileira-catalã Adriana Setti foi espetacular.
3. Não priorizar compras em viagens internacionais (a menos que a viagem seja feita exatamente para isso). Perdi um dia de NYC para fazer compras em Woobury Common Outlet. O melhor local para comprar roupas é na sua cidade: vc escolhe com calma e pode ajustar ou trocar. Se for comprar algo específico, escolha primeiro na internet antes da viagem, e vá comprar sem perder tempo tempo.

Ah… um outro detalhe nessa viagem onde pegamos muito avião (Ásia né) é não marcar mais vôos em final de tarde, início da noite. Pq com a preocupação de ir pro aeroporto e fazer check out no hotel e etc, não aproveitávamos muito o dia e acabava sendo perdido.

Vimos que na próxima vez o melhor é marcar de manhã cedo, pra tomar café e seguir viagem e aproveitar o restante do dia já na outra cidade.

    Deixa eu me intrometer, hehe. Na verdade eu acho que essa é uma equação sem solução. O fato é que os dias de deslocamento acabam sendo dias perdidos, não tem jeito.

    Se você marcar seu vôo pra de manhã cedo, vai prejudicar a noite anterior e estressar demais a sua manhã (dormir pouco, cabular café, acordar já na neura de perder vôo). O organismo cobra a conta em seguida.

    Acho que o melhor approach para essa questão é zen: viajar no meio do dia e não programar nada específico. O que vier é lucro.

    Olha só, Riq, você sugeriu o que eu costumo fazer, se tenho que pegar vôo ou trem programo de forma que possa acordar calmamente, e se possível até almoçar antes, logicamente viagens curtas. Chegando ao destino, é dar uma descansadinha e relaxar batendo perna pelos arredores, pois tomo o cuidado de estar sempre bem localizada. Eu achava que ninguém faria isso, pois acharia perda de tempo…

Viagem à Ásia: Todo mundo fala que Kuala Lumpur não tem nada, daí decidimos passar mais tempo em Cingapura. Bom, questão de gosto né.. só descobri lá, afinal gostei mais de KL.

Europa, teria andado menos de avião e mais de trem! Low cost é um barato que às vezes sai caro – principalmente se você considera que tempo (perdido) é dinheiro!

Em muitas viagens do passado, teria respeitado mais meus limites físicos. Viajar não é bater cartão de ponto. De que adiantar ficar exausta, de mau humor, só por ver um obelisco em homenagem a sei lá quem na guerra sei lá qual?
Hoje sei que o melhor das viagens acontece entre uma atração e outra, então curtir cada lugar com calma é a minha lei agora 🙂 Parar em um café e ver a vida passar não é bobagem ou desperdício; talvez seja mais turístico do que ir em um monumento qualquer 🙂

beijo!!!

    Você está certíssima. As viagens de trem foram muito mais tranquilas do que o único trecho interno que fizemos de avião. As vezes o barato do avião sai mais caro mesmo. Sem contar que eu adorei ver certas paisagens da janelinha do trem 🙂

    Acho que nem lá, nem cá.

    Ao viajar de avião, é sempre preciso considerar o custo total, e com a internet, é fácil saber custo de traslados de/para aeroportos.

    Trem em geral é mais prático em rotas de até 4h, mas a partir daí começa a ficar cansativo e a perda de tempo começa a pesar.

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