Tem um hostel para recomendar? E para desrecomendar?

Jazz Hostel, South Beach, Miami

Nenhum meio de hospedagem cresceu tanto nos últimos quinze anos quanto o de hostels/albergues. Quando comecei a viajar, no longínquo 1985, albergues eram ainda “da juventude” e mais pareciam colégios internos. Hoje os albergues viraram “hostels” até mesmo em português, deixaram o “da juventude” de lado mas estão mais jovens do que nunca. Toda cidade que se preze tem uma penca de hostels descolados, com bares animados e uma recepção que funciona como uma central de know-how de como explorar a região da maneira menos careta.

Para quem não consegue se enxergar dormindo em beliche num quarto coletivo (presente!), existem cada vez mais hostels com quartos privativos (com banheiro exclusivo e tudo). As diárias desses quartos costumam ser equivalentes a de hotéis baratos, mas o ambiente sempre é mais interessante.

O estilo megadescontraidão da nova onda de albergues, porém, às vezes permite a existência de hostels não muito zelosos com a limpeza do ambiente ou a manutenção das instalações.

Como muita gente passa por aqui pedindo indicações de hostels, que tal a gente montar um banco de dados de experiências dos trips?

Use a caixa de comentários para contar sobre os hostels de que você mais gostou (e os que detestou, também). Assim que houver um número consistente de relatos a gente transforma este post num índice de resenhas de albergues.

Combinado? Bora desembuchar! Obrigado!

Veja também:

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216 comentários

Em julho do ano passado fiquei no Unplugged, em Montevideo. Minha primeira experiência em hostel fora do país. Pontos negativos: casarão bem antigo (as tabuas do piso rangiam enquanto eu caminhava, fica longe do centro, staff não é lá muito atencioso. Pontos positivos: por ser longe do centro, local não é barulhento. Se eu voltar para Mvd, procurarei outro hostel.
Em BsAs, fiquei no Ayres Porteños. Aspectos negativos: o sistema de calefação não estava funcionando no quarto coletivo em que fiquei, banheiro não é muito limpo, a água quente das duchas saía gota a gota, wi-fi do 4o. andar não pegava no quarto, só no corredor. Pontos positivos: também não ficava muito perto do centro, por isso o lugar era bem sossegado, staff atencioso, hostel com estilo próprio, café da manhã de um hotel 3*. Na próxima vez ficarei no hostel Suites Florida. Fui lá conhecer e achei muuuito bom.
Legal essa enquete. Vai ficar postada permanentemente? Pretendo consultar nas próximas vezes que for viajar e ficar em hostel. Abc

Adorei o subject! Da minha viagem pelos albergues, recomendo em Berlin, o East Seven (o Circus estava cheio e adorei esse, limpo, mesmo com 1 banheiro para várias pessoas, ficando em quarto misto, com programações culturais e “etílicas” para conhecer gente) e desrecomendo o Condor Hostel, em Praga, em Old Town, o que eles vendem não é nada daquilo, vc se sente num escritório que a noite fica deserto e ainda tentam te levar para um quarto “melhor” que é num beco da cidade.

Recomendados:
Como disse o Breno B, super recomendo o Stayokay Amsterdam Stadsdoelen (Amsterdã) – Limpo, central, otimo cafe da manha, cama e edredons cheirosos e fofinhos!

Natura Hostel (Foz do Iguacu) – Muito aconchegante, quiosque com redes a beira de um lago, arvores frutiferas espalhadas pela chacara, piscina! Fica bem perto do Paudimar HI, no bairro Remanso Grande.

Itacare Hostel: Otima localizacao, ar condicionado no quarto coletivo, piscina, cafe da manha bem completo! Na epoca que fui era o mesmo local oferecido pelo pacote da CVC.

Centric Point (Barcelona) – Localizacao privilegiada, Paseig de Gracia a menos de 200m da Casa Batló! Cafe da manha mto bom, predio antigo todo reformado, com elevador, quartos limpos e arejados.

Nao Recomendado:

Solar das Pedras HI (Sao Luis): Apenas um banheiro por sexo p todos os quartos coletivos (1 pia, 1 sanitario e 1 chuveiro), com bonus de rato no quarto!

    Ah esqueci de colocar na lista dos nao recomendados:
    Che Lagarto Bs As: Sujo, colchoes velhos (sabe aqueles q fica com a marca de pessoas, fundos, ui), mesa de bilhar na porta dos quartos, tv idem, mto barulhento. Unico pro, bar do hostel eh mto legal!

RECOMENDO:

– POTOSÍ (BOLÍVIA): La Casona – prédio histórico muito bonito, ambiente limpo e agradável;

– LIMA: Che Lagarto (Miraflores) – simples, mas muito limpo, organizado e com atendimento amável;

– CALI: Casablanca – o mesmo que disse sobre o Che Lagarto, além da deliciosa cerveja Club Colombia super gelada para encarar o calor da cidade;

– MEDELLIN: Pit Stop – ótima piscina, quartos que chegam a ser “luxuosos” para um hostel e a cachorra labrador, a Lola, simpática com todos;

– CARTAGENA: Marlin – um hotel barato com clima de hostel, café da manhã com sucos naturais e atendimento simpática, apesar de os quartos serem minúsculos;

– SAN JOSÉ (COSTA RICA): Pangea – o melhor bar de hostel que já conheci!, não dá vontade de sair do hostel;

– SANTA CRUZ DE LA LAGUNA (LAGO ATITLÁN, GUATEMALA): La Iguana Perdida – sensacional, no meio da mata, ambiente rústico mas acolhedor, vista perfeita, clima inigualável;

– LA ANTIGUA (GUATEMALA): Kafka – ótimo bar, ótima café da manhã;

– SAN CRISTÓBAL DE LAS CASAS (CHIAPAS, MÉXICO): Casa Jardin – aqui o melhor é o atendimento, super familiar e atencioso, café da manhã feito pela própria dona, quarto confortável e aconchegante, prédio lindo;

– MÉXICO (D.F.): Moneda – ótima localização, ótimo bar, clima sempre festivo, bom atendimento.

NÃO RECOMENDO:

– RIO DE JANEIRO: Mellow Yellow (Copacabana) – o bar e o clima de festa são legais, mas o conforto e a limpeza deixam muito a desejar;

– PANAMÁ CITY: Zully’s – boa localização, mas com limpeza e atendimento fracos. Porém um de seus sócios é o índio kuna Eulogio, grande figura, o melhor contato que você pode ter para ir a San Blas (não deixe de ir!), fiquei em sua cabana na Isla Cartí e recomendo (se alguém quiser o e-amil dele é só pedir).

Que tal o melhor do mundo? Faz um tempinho que o Travellers House é o melhor avaliado no hostelworld (esse mês até saiu na Globo.com).
Acho que devia ser lei, toda cidade turística tinha que ter um hostel assim, bem equipado e com quarto para todos os gostos.
Minha própria avaliaçao tá no meu blog.
https://mairinhanomundodalua.wordpress.com/2010/09/27/o-melhor-albergue-do-mundo/
Além disso sempre tive boas experiências e recomendo:
Uruguai – El Viajero: Ciudad Vieja em Montevideo e Manantiales em Punta del Este. https://www.elviajerohostels.com/
Básico, limpo e com uma ótima recepcao e integracao dos hóespedes.
Chile – Chilli Hostel em Santiago. https://www.chillihostel.cl/
Foi a escolha na minha primeira viagem sozinha e me dei muito bem. O dormitório feminino com banheiro parecia o quarto de muitas amigas.

    Tive alguns problemas no Chilli Hostel… Reservamos um quarto suíte, e nos deram um com banheiro compartilhado.
    E tínhamos que tomar banho bem cedinho, senão acabava a água quente. Disseram que fez um frio anormal (0°) mas… Não deixa de ser um transtorno.
    E o café da manhã era duas fatias de pão de forma ! E só ! Contado. hehehe
    Mas ele é muito bem localizado e limpo.

    Camila, agora tu falou eu lembrei desse problema da água quente. O melhor era tomar banho até umas 8 da noite, quando a maioria ainda tava pela rua, mas se fosse depois disso era só esperar um pouco que logo tava quente de novo.

Os melhores que fiquei foram o Wombat em Viena (excelente localização, proximo a Westbanhoff) e o The Circus, em Berlim (muito proximo da Alexanderplatz e do Sony Center). Ambos com excelente estrutura, otimo café da manhã (não incluido), ideal para juntar os amigos e fechar um quarto privado. O Wombat tem um banheiro em cada quarto com 2 beliches. Gostei muito tb do Oki Doki em Varsovia. Em Paris o Young & Happy vale pela localização, mas é mais ou menos em conforto. Não tem lockers nos quartos e o banheiro é meio complicado.

Pow, vou citar um que me marcou bastante: Hostel Osiris, que fica em Cusco, Peru. (https://www.bookingbox.org/hostalosiris/espanol.html)

Ambiente muito legal e confortável, banheiros ultra-limpos, cozinha comunitária bem equipada, chá de coca all day, perto de tudo (uns três quarteirões da Plaza de Armas), um ótimo custo-benefício. A Marisol, proprietária, é show de bola e o local está sempre cheio de mochileiros de tudo quanto é parte do mundo.

O único senão é você dar azar de pegar o único quarto cuja porta é apenas uma cortina… nos dias de frio aquilo ali deve ser complicado. rs

Mas sério, o hostel é demais!

Boas trips pra vocês!

Eu confesso q adoro um hostel. O clima de descontração, de “somos todos viajantes” e curtição total de uma viagem me cativa demais. Adoro. Sei q não tenho mais idade pra hostel, mas exatamente por isso acho q é rejuvenescedor ficar em hostel, me sinto de volta aos meus teens sem a preocupação com os erros tão típicos da idade. Ligo minha antena parabólica para observar/entender as coisas da juventude atual, me atualizo, e mantenho minha cabeça aberta a passeios diferentes, enfim, é um aprendizado em si. Sou tão “hosteleira” q não me incomodo com o barulho dos mais novos à noite chegando da farra. É muito antropológico.

Tem diversos hostels q recomendo, talvez o q mais tenha gostado de ficar foi em Kassel, na Alemanha, e o de Frankfurt-am-Main. Mas isso há mais de uma década, então nem sei se ainda são os mesmos.

O hostel de Wellington (NZ), q fiquei em 2004, foi excelente – Downtown Backpackers. O quarto era misto, diversos beliches, foi uma conversaiada ótima com gente do mundo todo.

Hoje em dia, não fico sempre em hostel qdo viajo, por n motivos. Mas ainda os uso em uma ou outra viagem, pra dar um refresh jovial, e em geral não me decepciono.

    Concordo inteiramente com a sua obervação e visão simpática aos hostels, Lucia. Também acho uma experiência antropológica e gosto de estar entre jovens.

    No entanto, meu marido não tem a cultura de hostels, apesar de ele ter acampado bastante quando jovem e eu não. Estivemos 4 dias num hostel da costa oeste em 2009, pois nosso filho começava o College e fomos para “parent orientation” . O meu reciocínio foi: já que vamos ver tantos jovens, vamos entrar no clima e estar entre eles também nos hospedando num hostel. Meu marido detestou o nosso quarto de casal, achou empoeirado, quente(ventilador de teto) e nem saía tão mais barato do que uma boa compra pelo hotwire. Ficamos 4 dias, quando chegamos no Sheraton de Seattle meu marido quase beijou o chão do quarto, a cama king size e a vista de Pike Place. Depois, quando voltamos, ficamos no Embassy Suites, e meu marido disse ” hostels nunca mais” . Ele parece chato, mas não é, não. Acho que é a única frescura dele, todo o resto ele leva na boa.

Gostei muito de um hostel em Viena, da rede dos Albergues da Juventude. Não me lembro o nome, mas é em uma praça próximo ao Danúbio e existe a possibilidade de reservar quarto com banheiro privativo. Um que fiquei e era péssimo (sujo) fica em Lucca na Itália. Também é a da rede dos Albergues da Juventude. Foram os que mais marcaram positivamente e negativamente, mas já fiquei em outros em Londres, Interlaken e Salzburg que eram bons também.

Para quem pensa em hostels e pensa em usá-los na Euroa deixo umas dicas de quem teve sua fase mochileira, mas sem necessariamente apreciar de paixão para a vida o estilo mochileiro.

FILIAÇÃO À HOSTELLING INTERNATIONAL – não significa nada em termos de maior qualidade. No máximo, uma certa garantia de que o local não será um pulgueiro. Ainda assim, os melhores hostels em geral não são filiados à HI, que tem umas normas meio atrasadas e atrapalha, por exemplo, híbridos de hostel-hotel.

PULE O TRIP ADVISOR, USE O HOSTELWORLD – o Hostelworld é também o maior site de reservas de hostel, e permite que os hóspedes escrevam resenhas. Por que recomendo esqueer o Trip Advisor para hostels? Em primeiro lugar, a maioria do público que viaja de hostel em hostel usa o Hostelworld, e há muito mais resenhas (que, aliás, só são permitidas de quem efeitvamente pagou ao menos uma diária ao hostel via site). No TripAdvisort são comuns resenhas de quem escolheu hostel claramente sem saber do que se trata (“it was, indeed, a dorm, not a bedroom!”, “place was full of youngsters on univeristy holiday”). Minha experiência pessoal diz que as resenhas do Hostelworld são bem informativas, principalmente sobre limpeza e tipo de público que o frequenta.

QUARTO INDIVIDUAL EM HOSTEL É MELHOR QUE HOTEL 2 ESTRELAS E BANHEIRO COMPARTILHADO – para quem está viajando com orçamento curto, e pensa que se dará bem com a vibe de um hostel, quarto individual em hostel é quase sempre melhor que a opção hotel-barato-sem-banheiro-privativo. O tipo de público será mais descolado (e menos estilo estagiário em viagem de negócios), e com certeza a recepção te tratará melhor.

HÁ MUITA DIFERENÇA ENTRE O ESTILO DE CADA HOSTEL – ignorar esse fato é o principal “erro” de quem nunca foi a um hostel. A interação entre hóspedes é muito grande, até a arquitetura dos hostels é pensada assim. Por isso, há desde “party hostels” onde o bar é a principal atração e a música é altíssima toda noite até os bem quietos que atraem uma turma que gosta de conversar sobre arte, música e afins. Leia os reviews, visite o site do hostel e dá para ter uma ideia de como ele funciona.

RESERVAS – a ideia de chegar e pesquisar in loco pode ter sido atrativa nas décadas passadas. Hoje em dia, com Internet, os melhores hostels sempre lotam nas maiores cidades. E é uma tremenda perda de tempo sair perambulando entre vários deles procurando vaga. REserve sempre: pelos sites como Hostelworld w Hostelbrokers, quase sempre é possível cancelar até 24h antes da chegada pagando-se apenas o depósito de 10%.

BANHEIROS – na Europa Ocidental os standards variam, mas na parte ocidental esse quesito melhorou muito. O arranjo mais comum é ter banheiros externos, mas totalmente separados. Só albergues “fuleiros” demais adotam chuveiros coletivos e afins. Alguns usam banheiros dentro dos quartos, outros, para um andar.

QUARTOS COLETIVOS – pense BEM se vc realmente quer encarar a experiÊncia. Não é necessariamente boa ou ruim, mas eu imagino que para muitos do público médio do VnV quarto coletivo é algo que já ficou para trás. Viajando em grupos de 3/4, dá fácil para cacifar um quarto privativo

CAFÉ DA MANHÃ – sinceramente, a melhor forma de encarar um café de hostel é esquecê-lo e, se gostar do que está posto, pense em um complemento, algo extra inesperado. Se achar os € 3-5 cobrados “caros” por um pão, queijo e bolo genéricos e café ruim, tome café na rua. Não vale a pena se estressar ou avaliar a experiência de um hostel só pensando no “breakfast included”. Brasileiro é exigente com isso, muito mais do que pessoas dos outros países, é melhor passar logo no mercado e usar a cozinha do hostel para tomar café como vc gosta.

CURFEW E LOCKOUT – eram dois elementos tradicionais da “cultura de albergues”: um horário limite para retornar (e depois disso portas trancadas) e um horário no qual o hostel fica fechado durante o dia para limpeza etc. O primeiro desapareceu, não existe mais – ainda bem -, mas alguns hostels adotam o segundo. Por exmeplo, seu hostel pode impor um lockout das 10h até 14h, horário no qual você não pode ir lá usar o quarto. Fazem isso para diminuir custos com limpeza, é muito mais rápido limpar um andar de quartos se ele está “desabitado” por algumas horas.

ACESSIBILIDADE – é o ponto fraco de muitos hostels, e minha principal crítica aos mesmos: muitos são isentos de leis que obrigam a construção de elevadores, banheiros adaptados e sinalização tátil. Uma pena.

    Poxa André, arrasou. Todas as dicas para usar o Hostel World e aproveitar ao máximo !
    A dica do trip advisor realmente é verdade. O pessoal do trip curte é hotel mesmo.
    Também usei o site hostelbookers.com na minha viagem passada para 5 albergues, e deu tudo super certo. E ele não cobra taxas como Hostel World.

    Já fiquei em vários albergues, geralmente eu procuro os mais tranquilos, pois viajamos eu e meu marido. Os que mais me marcaram foram:
    – Piccola Locanda, Cusco: é quase como se hospedar na casa da sua avó. Todos os detalhes pensados com o maior carinho, equipe maravilhosa, pertinho da praça principal.
    – AWA Hostal Orleans, Barcelona: é mais pra hotel, a única coisa que caracteriza como albergue é o “hostal” no nome e uma sala de convivência. Mas é muito confortável (tem até banheira no quarto!) e uma equipe super simpática, como todos em Barcelona.

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