Isenção de visto para americanos

Durante 140 dias, americanos entraram no Brasil sem visto. Foi difícil pra você?

Isenção de visto para americanos

Este texto é o segundo de uma série que prometi no post Pra tudo não se acabar na segunda-feira e que teve início com o post Brazil com s: até quando o turismo brasileiro vai brigar com a língua inglesa?. De vez em quando você vai encontrar aqui mais um pitaco não-solicitado sobre como podemos avançar no turismo internacional.

Poucas coisas ferem tanto o orgulho nacional quanto a humilhação que passamos para solicitar visto de entrada nos Estados Unidos. A única coisa que nos serve de consolo é que submetemos os gringos que querem visitar o Brasil a uma humilhação parecida. Quando alguém, tipo eu, lembra que exigir visto de turistas americanos vai contra os nossos melhores interesses comerciais, e que o Brasil é um dos pouquíssimos países do mundo a usar da tal ‘reciprocidade diplomática’, o orgulho brazuca só aumenta. Somos muito poderosos! Os f#d%es do Terceiro Mundo! Chupa, Tio Sam!

Infelizmente todo esse orgulho não serve para diminuir um centavo sequer do déficit anual de US$ 11 bilhões da balança comercial do turismo. Somos o triste exemplo de um país com vocação turística que se conformou em ser exportador líquido de turistas, de receitas turísticas e de empregos no setor turístico (como se não bastassem todos os empregos de manufatura perdidos para a China). O México, a República Dominicana, a Costa Rica, o Peru, a Colômbia e a Argentina, que não exigem visto de norte-americanos, agradecem.

Americanos entraram sem visto na Olimpíada; sua vida piorou com isso?

No final de 2015, o Ministério do Turismo conseguiu emplacar uma exceção temporária na política de reciprocidade diplomática para viajantes de quatro países: Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. A desculpa usada para conseguir dobrar o dogma do Itamaraty (compartilhado, diga-se, pela imensa maioria da população) foram os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Entre 1º de junho (pouco mais de dois meses antes do início da Olimpíada) e 18 de setembro (último dia dos Paralímpicos), americanos, canadenses, japoneses e australianos não precisaram de visto para entrar no Brasil, com direito de permanecer no país por até 90 dias depois da entrada.

Como eu já tinha comentado neste post, a medida foi tímida (deveria ter maior duração), foi anunciada tarde demais (sem tempo para a devida divulgação), numa época em que nem seria tão necessária assim (Olimpíada é um evento que justifica o esforço de solicitar um visto para um país que a pessoa não visitaria em outro momento se o visto fosse necessário), e em termos de resultados seria inócua. Ainda assim, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, 75% dos visitantes destes países durante a Olimpíada — algo como 40.000 turistas — aproveitaram a isenção do visto, e 82% afirmaram que a dispensa do visto facilitaria um retorno ao Brasil. A Embratur está usando esses dados para pleitear uma extensão da isenção do visto por mais tempo, para que o impacto da medida possa ser ser corretamente avaliado.

A meu ver, o melhor resultado prático dessa isenção temporária foi que o tabu foi quebrado — e ninguém notou.

Durante 140 dias, americanos (nem falo dos outros; nosso problema é com os americanos — a reciprocidade é contra eles) entraram no Brasil sem visto prévio. Muitos deles ainda devem estar por aí (quem entrou até o dia 18 de setembro pode ficar por aqui até 17 de dezembro). E, pasme: ninguém perdeu o sono com isso. O Brasil não foi rebaixado no cenário mundial. Nenhum americano passou pela imigração tirando sarro da gente. Nenhum brasileiro foi individualmente prejudicado ou sofreu alguma humilhação a mais do que já sofre.

Nesse meio tempo, tivemos suspensão de presidente, mais fases da Lava-Jato, decretação de calamidade pública no estado do Rio de Janeiro, Olimpíada, o caso Ryan Lochte, impeachment (ou golpe, pode escolher), Paralimpíada, eleições municipais, PEC do Orçamento. Todos esses assuntos afetaram o dia a dia do país e muitos deles tiveram alguma repercussão internacional, influenciando a imagem do Brasil lá fora e a auto-estima dos brasileiros. Isenção de visto para americanos? Não foi assunto, não é assunto. Só é notícia quando se tenta mudar a lei. E só é importante naquele momento em que o brasileiro vai ao consulado americano solicitar visto e deseja que os americanos passem exatamente pelo mesmo calvário se quiserem vir para o Brasil.

O problema é que essa sede de vingança, que é natural e compreensível, é dirigida ao alvo errado — o viajante, coitado, que não formula a política de imigração americana. E acaba não prejudicando em nada os Estados Unidos; o prejuízo fica todo com o Brasil.

Por que os Estados Unidos requerem visto de entrada para brasileiros

Porque são imperialistas, racistas e paranóicos? Em parte, sim. Mas o fundamento principal para os Estados Unidos exigirem vistos de visitantes de outros lugares é o potencial de enviar imigrantes ilegais. Os únicos países que não pertencem ao Primeiro Mundo e têm isenção de visto são a Coréia do Sul, Cingapura (ambos com renda per capita de país rico) e o Chile, que ganhou a isenção em 2013. (Antes do Chile, a Argentina chegou a ser isenta, mas voltou a precisar de visto depois da decretação da moratória.)

No auge da prosperidade dos anos Lula, quando nos tornamos o país emissor de turistas mais cobiçado pelos Estados Unidos, o Brasil chegou a ser seriamente cogitado para a isenção de visto (“visa waiver”). Mas as negociações esbarraram na intransigência da diplomacia brasileira, que não concorda com as exigências do programa aceitas por todos os países participantes do visa waiver: troca de informações sobre perdas e furtos de passaportes; troca de dados sobre ‘passageiros que possam constituir ameaça criminal ou terrorista’; repatriações imediatas no caso de denegação de entrada. A União Européia, o Japão e a Austrália aceitam as exigências; o Brasil, não. (Segundo informa o Andre L., a AGU entende que aceitar essas exigências requereria uma emenda constitucional. Obrigado, Andre.)

Esquece, gente. Pro brasileiro ter isenção de visto aos Estados Unidos, a gente precisa enricar de novo, os dinossauros precisam ser extintos no Itamaraty e ainda precisamos emendar a Constituição. Não vai ser nesta encarnação.

Por que o Brasil requer visto de entrada para americanos

Porque somos xenófobos, burros e temos baixa auto-estima? Você provavelmente não vai concordar comigo, mas esta é a minha opinião. A nossa ‘reciprocidade diplomática’ não se deve aos mesmos motivos dos Estados Unidos — ameaça de imigração clandestina ou paranóia terrorista. É a reciprocidade pela reciprocidade. Em que século estamos, Talião?

Temos a mais longa baixa temporada do planeta — os 10 meses do ano em que não há férias escolares, e o turismo interno é devagar. Boa parte dessa baixa temporada não se justifica em termos climáticos — o tempo às vezes é até melhor fora de temporada. Temos quartos de hotéis e pousadas e assentos em vôos sobrando, que poderiam ser ocupados por turistas estrangeiros. Mas daí achamos lindo criar uma barreira comercial para vender esses quartos e lugares vagos a um dos mercados mais importantes do mundo.

Não existe diferença entre uma barreira comercial auto-imposta para dificultar a venda de um excesso de produção de laranjas e uma barreira comercial auto-imposta para dificultar a venda de um excesso de vagas em hotéis. “Ah, mas laranja não tem honra”. Tá bom. O problema é, de novo, usar o coitado do turismo como bode expiatório para nossos problemas de auto-afirmação.

Salvar a honra do país com a imposição de visto para americanos não cria um emprego sequer em Manaus (onde a crise causou a demissão de 37 mil pessoas na Zona Franca nos últimos 12 meses). Em compensação, ajuda a criar mais empregos no turismo de selva da Costa Rica e do Equador. Mas não tem problema: nossos desempregados acordam todos os dias de cabeça erguida, felizes de saber que nenhum turista americano folgado entrou livremente no Brasil como se aqui fosse um paiseco feito Argentina, México ou África do Sul.

Como o brasileiro consome viagens aos Estados Unidos

É difícil encontrar algum brasileiro que não se interesse em viajar para os Estados Unidos. Disney, outlets e Nova York estão sedimentados no imaginário do viajante em potencial e não têm substitutos à altura. (Uma visita à Disneyland Paris apenas aumenta a vontade de ir à Disney de verdade.)

A necessidade do visto não nos detém. E olhe que as regras são draconianas. Os americanos nos obrigam a preencher um formulário longuíssimo em inglês (sem opção em português) e a solicitar o visto pessoalmente, em consulados localizados em apenas quatro cidades brasileiras. Precisamos ‘provar vínculos com o Brasil’, e para isso temos que levar ao consulado mais documentos do que os exigidos para alugar um imóvel ou comprar um carro. Na primeira solicitação, precisamos fazer duas entrevistas – uma na triagem, outra no consulado – em dias diferentes, o que penaliza o solicitante que venha de outra cidade com gastos não apenas com passagem, mas também com hospedagem, só para tentar o visto. Mesmo assim, em 2015, 2.200.000 brasileiros estiveram nos Estados Unidos. Isso é 1% da população brasileira.

Em meio em toda essa via-crúcis – que, compreensivelmente, revolta o portador de passaporte brasileiro –, a diplomacia americana pelo menos teve o discernimento, há alguns anos, de desvincular a concessão do visto da compra prévia de uma passagem para os Estados Unidos. Pelo contrário. O consulado orienta os solicitantes a primeiro obterem o visto, e só então comprarem passagem ou pacote de viagem. Além disso, há uns três anos o sistema foi modernizado, e quem solicita renovação de visto nem precisa mais ir ao consulado: resolve tudo na triagem, que é terceirizada. Tirar o visto continua uma humilhação, mas um crédito deve ser dado: os caras se esforçaram de verdade para melhorar o processo (e o índice de vistos negados caiu).

O brasileiro se submete à humilhação da solicitação do visto porque os Estados Unidos são um destino desejado e insubstituível. Muita gente rentabiliza o perrengue fazendo várias viagens durante a vigência do visto. Outros procuram ter o visto válido para poder aproveitar promoções de passagem. O visto só é um impeditivo para a viagem do brasileiro… quando é negado, mesmo.

Como o americano consome viagens ao Brasil

É muito raro encontrar um americano que tenha tanta determinação de viajar ao Brasil quanto o brasileiro médio tem de viajar aos Estados Unidos. Para os americanos, somos um lugar exótico, mas também perigoso. E estamos longe de ser um destino insubstituível: no imaginário americano, fazemos parte do grande borrão chamado América Latina, onde as experiências são mais ou menos intercambiáveis.

(Cá entre nós: dificuldar a vinda de americanos só faz ajudar a perpetuar essa ignorância.)

Quando um americano/uma americana decide viajar ao Brasil, ele/ela já relevou o fator distância (o México e o Caribe são mais próximos) e desconsiderou o noticiário, repleto de crise econômica, violência e zika. Um americano/uma americana que decida ir ao Rio em vez de Cancún, à Amazônia em vez da Costa Rica e a entrar em Iguaçu pelo lado brasileiro em vez do argentino devia ser recebido/recebida com tapete vermelho, sorrisos e fitinha do Bonfim.

Ao contrário dos brasileiros, que sabem desde sempre que é preciso de visto para ir aos States, os americanos só descobrem a exigência quando partem para os finalmentes – muitas vezes, tarde demais. Só países muito fuinhas exigem visto de americanos. Na América Latina, além do Brasil, apenas Bolívia e Venezuela. (Cuba vende o visto no guichê do check-in da cia. aérea, ainda em solo americano.)

O mais curioso é que as exigências da tal reciprocidade diplomática, fonte de tanto orgulho para os brasileiros, são bastante assimétricas. A gente não tem coragem de retaliar olho por olho, dente por dente. Os americanos não precisam preencher um longo formulário em português. Não precisam comparecer em pessoa ao consulado. Não precisam levar escrituras de imóveis ou carteira assinada para provar que têm ‘vínculos’ com os Estados Unidos. Você que se sente humilhado na fila ou na entrevista do consulado americano, saiba que essa humilhação não é retribuída pela reciprocidade diplomática. Não, você não está vingado.

Em compensação, a nossa política de reciprocidade exige dos candidatos a viajar para o Brasil algo que os Estados Unidos não exigem dos brasileiros: passagem aérea comprada e hotéis reservados antes de pedir o visto. O Itamaraty está tão defasado na compreensão do turismo que não entende que passagens internacionais com preços abordáveis são normalmente não-reembolsáveis. Pedir a um solicitante de visto que invista numa passagem não-reembolsável sem garantia de que vai receber o visto (ou que o visto chegue a tempo para a viagem) não faz o menor sentido em 2016. Isso vai muito além de infligir constrangimento (que, admitamos, é a idéia central da reciprocidade): isso inviabiliza viagens. O americano não pode fazer como o brasileiro: tirar o visto e esperar aparecer uma passagem promocional. A reciprocidade, além de incompleta, é burra.

Além disso, o atendimento nos consulados brasileiros nos Estados Unidos está cada vez mais confuso, graças às verbas minguantes – uma situação sem solução à vista.

Seja sincero, viajante brasileiro: se o México pedisse para você primeiro comprar uma passagem aérea internacional para depois pedir o visto, tendo que se mandar seu passaporte pelo correio e ficar longe dele por três a quatro semanas, você continuaria querendo viajar para Cancún, ou trocava rapidinho pra Punta Cana ou Cartagena?

México, Chile, Argentina

Muitos negacionistas do turismo brasileiro (gente que acha que o Brasil não tem condições de receber turista estrangeiro, e que é melhor nem fazer esforço) justamente se tornam negacionistas do turismo brasileiro quando vão a um destino organizadíssimo de país pobre, tipo Cancún. O fato de o Brasil não ter nenhum lugar ‘de primeiro mundo’ como Cancún seria a prova de que a gente não pode competir nesse mercado.

Veja: eu nem acho Cancún tudo isso, e não acredito que o Brasil precise ter um lugar assim. Mas uma coisa é certa: Cancún não existiria se o México retaliasse os americanos com exigência de visto de entrada. E não só Cancún: o México tem hoje uma coleção de destinos impecáveis, que não dependem do mercado interno para prosperar. E os mexicanos ganham não só os empregos gerados pelo turismo estrangeiro, como a possibilidade de viajar com melhor infra pelo seu próprio país.

Mesmo no campo da reciprocidade, há maneiras mais inteligentes de retaliar. Em meados da década passada, cansado de esperar na fila do visa waiver, o Chile resolveu instituir a reciprocidade pecuniária aos países que exigem vistos de entrada para chilenos. Ao desembarcar no Chile, viajantes desses países têm que pagar uma taxa equivalente à cobrada dos chilenos para requerer vistos (no caso dos Estados Unidos, era US$ 160). É um jeito de preservar a honra dos chilenos (ou dos diplomatas chilenos) sem exportar empregos e receitas de turismo para o Peru, a Noruega ou a Nova Zelândia. Em 2013, as negociações pela isenção do visto americano para chilenos chegaram a um bom termo, e hoje só australianos pagam a taxa de reciprocidade (obrigado pela correção, Neftalí).

Durante os governos K a Argentina também se encheu de brios, mas não teve coragem de ir tão fundo quanto o Brasil. Adotou o modelo chileno de taxa de reciprocidade. A taxa foi abolida este ano, pelo presidente Macri, ante promessas americanas de aceleração do processo argentino no corredor do visa waiver. Com isso, a visitação de americanos no lado argentino de Iguaçu já aumentou 25%. A Embratur está pleiteando conceder um visto especial para americanos que estejam em Puerto Iguazú, para tirar uma casquinha do pragmatismo comercial argentino.

O fim do visto não vai funcionar sozinho

A Organização Mundial do Turismo, um órgão da ONU, aponta a exigência de visto de entrada como a barreira mais importante ao crescimento do turismo estrangeiro em qualquer país.

No caso do Brasil, é importante acabar com essa barreira, mas sem alimentar expectativas de estouro da boiada (que é que aconteceria se os Estados Unidos derrubassem o visto de entrada para brasileiros).

Não há demanda reprimida de viagens para o Brasil nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália ou no Japão. Mas são mercados promissores, que podem enviar muitíssimo mais turistas do que enviam. Fora do Cone Sul e de Portugal, que são mercados que conhecem e entendem o Brasil, nos outros países o Brasil interessará apenas a uma fração de viajantes. O importante é dar todas as condições a que esse público-alvo efetivamente venha (e ajude com o boca a boca a alargar o nosso público potencial).

Num primeiro momento, o que o fim do visto pode proporcionar é um pequeno aumento inicial de turistas vindos desses países. Mas a medida prepara o campo para que ações de promoção sejam mais efetivas e, no médio prazo, o Brasil consiga realizar o seu verdadeiro potencial nesses mercados.

Os negacionistas do turismo internacional no Brasil acham que não temos condições de receber turistas estrangeiros, e que não vale a pena nem tentar. Estão errados: basta ver o sucesso da Copa e da Olimpíada. O que o Brasil — governo, iniciativa privada e povo — precisa entender é que não deveríamos precisar de mega-eventos para receber turistas. Mas para trazer os turistas de fora é preciso reverter percepções internas, quebrar dogmas (como o da reciprocidade) e promover o país.

O fim do visto é apenas uma entre várias medidas que precisamos tomar. Nos próximos posts, escritos sempre que der tempo no fim de semana, vou apontar mais coisas que devemos fazer/mudar para tornar o Brasil competitivo no turismo internacional.

E se você não se conforma com a isenção temporária do visto para americanos, saiba que até o dia 17 de dezembro o último que entrou sem visto já deverá ter saído do país. Então você vai poder finalmente se olhar no espelho de novo e ver nossa dignidade nacional restaurada.

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Turismo depois da Olimpíada

83 comentários

E parece que a isenção de visto para nacionais de vários países mencionados nesse post realmente vai se tornar (semi)-permanente. Agora, vamos ver os efeitos disso no fluxo turístico.

Meus parabéns pelo seu texto. Concordo plenamente. Eu já estive em 22 países e espero muito que nosso governo possa ser mais sensato e tirar de uma vez por toda essa reprocidade estúpida. Eu moro na China, bem perto do Japão, e falo por mim mesmo que por mais que eu tenha interesse em visitá-lo, não irei, por justamente ser necessário viajar até outra cidade para solicitar o visto, me coloco no lugar de um americano ou canadense que olha o Brasil como um dos únicos países que precisam de visto para entrar, muitos perdem a vontade e acabam escolhendo outro país, como eu escolhi a Coréia do Sul recentemente para viajar ao invés do Japão.

Belo texto. Mas discordo de apenas desse ponto: “O visto só é um impeditivo para a viagem do brasileiro… quando é negado, mesmo.”
Estive recentemente em Orlando e mesmo com o visto recente e com outras 6 entradas anteriores em solo americano, passei por uma bateria de perguntas na imigração americana. Ao contrário da entrevista no Consulado, que foi muito tranquila, o agente perguntou o porquê eu estava viajando sozinho e se eu iria no parques de Orlando. Disse que sim, ele não se contentou com a resposta e foi perguntando mais sobre a minha vida profissional e os outros países que visitei, como por exemplo a Argentina, que tinha várias entradas. Perguntou porque fui tantas vezes na Argentina, perguntou se tinha parente lá. Aí neguei e disse que o único parente que tinha no exterior era o meu irmão e é cidadão americano!!!! Neste momento e mostrei cópia do passaporte americano dele e o agente se enfureceu e perguntou porque carregava comigo cópia do passaporte dele. Eu disse que trouxe por conselho dele mesmo. No final, após checar os dados do meu irmão e meu histórico impecável no solo americano, acabei sendo liberado. Já entrei por NYC, LA, Atlanta, Miami, mas Orlando parece filme de terror.

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