El Calafate, a Foz do Iguaçu das geleiras
Começando do começo. O campo de gelo da Patagônia é o terceiro maior do planeta, depois da Antártida e da Groenlândia. Tem 350 km de comprimento — e 16.500 km2 de extensão.
A geleira Perito Moreno, que atrai multidões à cidadezinha de El Calafate, é apenas a pontinha do iceberg. Do iceberg de cabeça pra baixo, bem entendido. Tem 5 km de comprimento e paredes de 60 metros de altura. Se o campo de gelo fosse uma caixa d´água, Perito Moreno não passaria de um copo Nadir Figueiredo pela metade.
Logo do primeiro mirante, que fica na estrada do parque, uns 15 km antes das passarelas de observação, você sabe que está na frente do Maracanã das geleiras.
Neste momento você agradece por ter visto as outras geleirinhas da sua viagem antes dele – ou começa a pensar em modificar os planos para depois.
Não esnobe a vista de longe. É daqui que você tem a melhor idéia de onde vem esse bicho – a Amazônia da água sólida.
Férias no exterior sem seguro viagem? Melhor não!
Parece um tsunami que se congelou ao tocar o lago. Ou uma avalanche que foi milagrosamente contida antes de nos soterrar.
Seja qual for a explicação para os efeitos especiais, a vontade é de pedir:
– O autor! O autor!
As passarelas, mais adiante, são bem Foz do Iguaçu style, e estão em manutenção. Um novo circuito, mais bem desenhado e mais seguro, está sendo construído.
De perto você perde um pouco a dimensão do monstro; não dá pra perceber que por trás (e acima) da fachada existe o Saara dos campos de gelo.
Em compensação, você fica tête-à-tête com o Monte Fuji das geleiras. E descobre que, ao contrário do que acontece com as Pirâmides, de pertinho o Perito Moreno é ainda mais bonito.
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Das passarelas também se vê a face norte da geleira, que não aparece para quem está no mirante do meio do caminho.
Quantos gigas tem o seu cartão de memória? Leve um cartão extra. Todos os ângulos são fotografáveis. A cor e a textura inspiram os cortes mais malucos. É um lugar onde quem olha pelo buraquinho da câmera consegue ver mais coisas do que quem foi equipado apenas com olho nu.
Sugiro que você alugue um carro ao chegar e fique com ele pelo menos 24 horas. Assim você já embute o táxi do aeroporto ao centro (40 reais) e fica com o carro para fazer a primeira incursão ao parque por conta própria, e ter todo o tempo do mundo para ficar no primeiro mirante, andar pelas passarelas e esperar aparecer um solzinho.
Nos dias seguintes, já sem carro, volte para fazer o passeio de barco por todos os glaciares (eu não fiz) e o mini-trekking no Perito Moreno (próximo post, hoje à noite!).
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237 comentários
Sem comentários!
Volto mais tarde porque agora estou sem palavras =P #suspiros.
Que fotografias lindas!
E para a malta que gosta da Turquia – a penúltima fotografia não faz lembrar a Capadócia em versão gelada?
Vocês viram o irmão do Ricardo Freire? https://migre.me/mLjR
; )
Maravilhoso! Só não consigo visualizar você com sua Havaianas novinha circulando por aí. 😆
Mais difícil ainda é visualizar Havainas com crampons! kkkkk
Sem palavras
To interessada em saber a logística aérea… Com a Aerolíneas sempre instável e a Lade com seus dias estranhos de voo, fica dificil saber como chegar e sair de lá. Especialmente sem ir a falencia!
Eu fui recentemente pelas Aerolineas, e achei bem tranquilo. Apenas recomendo não comprar com muita antecedencia, pois a situação da empresa é precária.
Há vôos da Aerolineas e da Lan. Viemos de Ushuaia por 125 dólares pela Lan, comprando na Expedia. Para um vôo de 1h10, não está nem barato nem caro.
Caracas, tô de cara!
Tá aí minha motivação principal para viajar pra Argentina/Chile! Lindas fotos! Parabéns Ricardo, e que zoom hein!
Espetacular!!!