Relato de março de 2010
Hoje de manhã comecei finalmente a voltar pra casa. Aos pouquinhos. O primeiro passo foi voltar à Argentina, terminando a costura do zig-zag que venho fazendo há cinco semanas. Peguei um ônibus de linha em Santiago para Mendoza.
Comprei a passagem pelo site da Andesmar, o único que aceitou meu cartão de crédito brasileiro. Ao chegar ao Terminal Sur (de onde saem os ônibus internacionais de Santiago) pude ver que continuam operando as lotações a Mendoza: taxistas ficam anunciando suas partidas nos corredores da estação.
Eu pensava que tinha comprado as poltronas da frente, mas a configuração do ônibus no site era diferente da vida real. Hmpf. Fiquei com uma vista lateral mesmo.
Para quem faz a rota Santiago-Mendoza, o melhor lugar para sentar é o direito, para ver os Caracoles -- a seqüência de curvas vertiginosas na subida final dos Andes. (A descida é bem menos acentuada.)
O lado chileno tem os Caracoles, mas a paisagem é mais bonita do lado argentino, com formações rochosas espetaculares -- e uma linda represa de águas azulzíssimas quase no fim do caminho.
A única desvantagem de fazer esse trajeto de ônibus -- com relação a fazer de táxi, de carro ou de excursão -- é que não há paradas para tirar fotos. Todas essas fotos foram tiradas pela janela, com o bumba em movimento.
Foram 6 horas e meia de viagem (incluindo aí os 45 minutos perdidos na imigração, que funciona de maneira conjunta num posto só), mas a paisagem é tão bonita que não deu pra sentir.
Só tenho uma coisa a dizer. Depois de cinco semanas vendo cartões-postais e mais cartões-postais, se eu por acaso vir mais uma paisagem bonita, mas umazinha só, juro que eu surto
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