Inspeção de bagagem em vôo nacional fica mais rigorosa; líquidos continuam liberados
Sábado passado, peguei uma fila inusitadamente grande e vagarosa para embarcar em Fortaleza para São Paulo. Achei que fosse por causa das obras no aeroporto, que transferiram a maioria dos vôos para uma sala de embarque improvisada. Mas quando chegou a minha vez de passar pelo raio-X, a agente perguntou: “tem laptop na mochila?” — e mandou tirar.
Eu tirei, claro, mas perguntei: “Por que só aqui nesse aeroporto pedem isso?”. A moça sorriu amarelo. Podia ter me dado a informação: o aeroporto já estava cumprindo a orientação da Anac de aumento do rigor na inspeção de bagagens de mão nos vôos nacionais. A notícia já tinha saído na sexta; eu é que estava por fora.
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Pelo novo procedimento, será preciso retirar computadores das bolsas, e o operador do raio-x vai se demorar mais na análise do que vê na tela; inspeções manuais da bagagem de mão serão mais freqüentes.
Já vou me desculpando antecipadamente pela demora que vou causar, já que minha mochila faz a alegria de fiscais no mundo inteiro: por causa de um microfone que parece uma granada (e que uso para gravar meus boletins da BandnewsFM), os demais apetrechos que levo a bordo parecem ainda mais assustadores: duas memórias externas, dois carregadores de câmeras, fontes do laptop e do celular, uma maçaroca de fios e ainda uma pequena coleção de tokens.
Líquidos, cremes, aerossóis e géis, no entanto, permanecem liberados nas bagagens de mão. E você só precisará tirar o sapato se tiver algum detalhe de metal que faça apitar o sensor.
A recomendação é que se chegue ao aeroporto com 90 minutos de antecedência do seu vôo nacional.
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19 comentários
Pessoal, boa tarde!
Uma ajuda, por favor: líquidos continuam permitidos? Há alguma restrição de tamanho/ capacidade?
Obrigada.
Olá, Natália! Em voos nacionais continuam liberados.
Fantástico o comentário do Eduardo Barros Leal! Ricardo, eu nunca vou entender na minha vida a questão “bagagem de mão” ou “carry on”. Eu já voei tanto que já desisti de entender. Você lê mil cartilhas e entende o que pode e não pode, o peso limite, etc. Daí se você despacha algo no balcão, a moça sequer pesa ou pede pra ver tua mala/valise/mochila de mão, ou então se você embarca direto, idem, ninguém quer saber (dentro e fora do Brasil). Daí você entra na área de embarque e tem pessoas com 78 carry ons, ou então um mochilão de 75L de carry on, e aí se você viaja low cost e paga 30 euros pra despachar uma mala e você quer se matar quando vê algo desse tipo. A questão do laptop acho fichinha, porque é normal. Há muitos casos interessantes, minha tia costumava fazer ponte aérea Rio-Bsb e disse que já trouxe de tudo, até cachaça de dois litros na mão, não entendo que regras se aplicam a que e já desisti. Uma coisa é certa, antecedência sempre e boa sorte a todos os viajantes de plantão.