Uber em aeroportos

Uber em aeroportos: onde você já pegou? (Veja o golpe que tentaram me aplicar)

Uber em aeroportos
Toda hora aparece leitor perguntando: dá para pegar Uber no aeroporto de Miami? Dá pra pegar Uber no aeroporto de Paris? Os aeroportos são a última fronteira do Uber: é o espaço menos amigável à sua atuação, e onde é mais fácil coibir sua presença.

Desembarcar num aeroporto que você não conhece e já pegar um Uber é uma idéia que funciona melhor na teoria do que na prática. Aquela sensação natural de insegurança que baixa sempre que a gente chega a um lugar desconhecido acaba sendo amplificada pela necessidade de descobrir o ponto exato do aeroporto onde você vai ser apanhado, e então ficar controlando os carros pela placa. Pegar táxi é bem mais tranqüilo: o ponto oficial sempre é bem sinalizado, você entra numa fila e pronto, sem stress.

Em princípio, eu só acho que a aventura valha a pena em aeroportos que a gente já conheça bem, ou que ofereçam uma área específica de espera (como o lounge do Bossa Nova Mall, anexo ao Santos Dumont — recentemente depredado por taxistas). Ou ainda, em aeroportos cujos taxistas sejam pilantras notórios, como o Aeroparque de Buenos Aires.


Ônibus executivo aeroporto Salvador - First Class
Dossiê atualizado

O golpe do Uber em LaGuardia

Vou relatar um golpe em que quaaaaase caí agora em setembro, chegando em LaGuardia, o aeroporto ‘urbano’ de Nova York. A gente vinha de Boston e eu já estava com o chip americano instalado e funcionando no celular. Nos dois primeiros dias íamos nos hospedar muito perto, em Long Island City (breve um dossiê aqui!), e resolvi pedir Uber nem tanto pela economia (a corrida seria barata, pelo taxímetro), mas para evitar o baixo astral de taxista de aeroporto de Nova York.

Pegamos as malas e, ainda dentro do terminal, chamei o Uber X. Um motorista pegou a chamada e então saí para a calçada. Só então percebi que o aeroporto estava em obras.

O aplicativo me deu uma instrução de onde esperar, e achei que tinha entendido. Fiquei esperando, controlando pelo GPS do aplicativo, e o carro nada de chegar perto. (Muito provavelmente eu tenha entendido errado.) Dali a pouco, passa um carro na pista do meio, bem devagarzinho, o motorista com uma mão no volante e outra segurando uma placa com o logo UBER, olhando um pouco para a frente, um pouco para o lado, na direção de quem estava na calçada.

Ele mostrou a placa para a gente. Pensei: ‘oba, é o nosso carro!’, e já atravessamos com as malinhas. O cara encostou na ilha, pôs as malas no porta-mala e partimos. Só então começou a explicar que… por causa das obras… alguns motoristas não estavam conseguindo chegar… que ele não era o carro que eu tinha pedido… mas que podia nos levar…

Pediu o meu celular para cancelar a corrida pedida e pedir uma nova, que ele pudesse pegar. Eu dei! Ele cancelou, pediu outra corrida… hmm, mas outro colega acabou pegando. Vamos cancelar de novo. Cancelou. Olha, eu posso levar vocês pelo preço médio da corrida, eu conheço o itinerário… Só que eu sou Uber Black, tudo bem? Vai sair 65 dólares.

Por sorte, a gente ainda estava na área do aeroporto. Stop now! — eu falei, bravo. NOW!

Ele ainda tentou argumentar e eu — NOW!

A facada de 65 dólares (para uma corrida que não sairia mais que 25) era o de menos — na hora, já pensei em cenários piores, de seqüestro e assalto. (Pensando melhor, acho que não chegaria a tanto, mas quando bate o pânico a gente imagina tudo.)

Ele parou, tiramos as malas do porta-malas, andamos pela calçada por dois terminais até um ponto de táxi que estivesse funcionando. Entramos no táxi, o motora era gente finíssima (tinha namorado por uns tempos uma menina de Fortaleza!) e nos levou sorridente e pelo caminho mais direto ao nosso hotel. A corrida deu 18 dólares. Dei-lhe 25.


Long Island City
Nova York a 150 dólares a diária?

E você? Já pegou Uber em aeroportos?

Conta pra gente! Obrigado!

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173 comentários

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