8 coisas que todo hotel (ou pousada) deveria oferecer
Nas minhas viagens pelo Brasil, me ressinto da falta de certos equipamentos e de alguns procedimentos que não são gentis com o hóspede.
1. Luz amarela
Está cada vez mais difícil encontrar hotéis e pousadas cujos apartamentos não sejam iluminados como o interior de uma geladeira.
Alô, hoteleiros e pousadeiros: existem luzes frias de cor amarela que gastam tão pouca energia quanto as brancas.
(Tenho cogitado levar meus próprios bulbos amarelos nas viagens.)
2. Luz indireta
Basta um abajurzinho ou uma arandela no quarto para satisfazer aos chatos que prezam a iluminação indireta nos ambientes (presente!).
3. Mesa de trabalho
Esta é para os hotéis três estrelas: enquanto não oferecem pelo menos um balcãozinho e uma cadeira com encosto, os viajantes a trabalho continuarão preferindo os Ibis e seus clones.
E se as pousadas querem mesmo atrair o viajante em situação de trabalho remoto, precisam oferecer uma mesa de trabalho no quarto.
4. Café quente e disponível
Esta é para as pousadas de charme que não têm buffet no café da manhã e para os hotéis cinco estrelas que deixam o café e o leite sob a custódia exclusiva de garçons.
Ter que fazer micagens para chamar a atenção e ter mais café na mesa não é uma boa maneira de começar o dia.
5. Fruta da estação
A julgar pelos buffets de café da manhã, o Brasil só produz quatro tipos de fruta: mamão, abacaxi, melão e melancia.
Que tal substituir uma delas por uma fruta da época?
6. Meu lugar de volta
Muito comum: você levanta da sua mesa para mais uma rodada no bufê do café da manhã e, na volta, o garçom já limpou tudo – inclusive levando aquele meio copo de suco que você estava guardando para o final.
(Às vezes tem uma pessoa no seu lugar!).
7. Early check-in sempre que possível
Alguns hotéis têm uma política rígida de não deixar o hóspede ocupar seu apartamento antes das 14h. Está errado.
Os hóspedes devem ser informados de que os apartamentos estão sendo limpos e ser colocados numa lista de espera para ocuparem os apartamentos à medida que forem liberados – exatamente como acontece nos restaurantes.
Early check-in, quando há quartos limpos e disponíveis, não é favor: é bom serviço.
8. Confiança no hóspede no check-out
O que o hóspede quer ouvir no check-out: “Qual foi o seu consumo do frigobar de ontem para hoje?”. Principalmente se traz o seu consumo discriminadinho numa lista, como eu faço.
O que o hóspede não quer ouvir: o recepcionista pegar o telefone e pedir a um mensageiro para inspecionar o apartamento, mesmo com a sua declaração de consumo feita.
O hotel tem o número do cartão de crédito para cobrar discrepâncias.
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141 comentários
Perfeitas colocações!! Principalmente a luz branca, internet wifi para duas pessoas.
Fiquei numa pousada bem cara em Buzios e as luzes eram brancas.
O que há de tão grave numa luz branca???
Que tal, “parece que estou num escritório?”. Todas as lâmpadas produzem luz artificial, mas nada é tão artificial como aquela luz fria e branca… experimenta uma amarela eletrônica e vc verá a diferença…
Sobre essa questão do early check-in, vou só contar um fato que se tornou recorrente ao longo da minha volta ao mundo, especialmente na Ásia: todas as vezes em que cheguei a um hotel antes do horário do check-in e não havia um quarto da categoria que eu havia reservado disponível, eu ganhei um upgrade para uma categoria superior e pude ocupar o quarto imediatamente… Não preciso nem comentar mais nada, né? 😉
Por estas coisas que #asiavicia né Carla!
E por falar em Ásia: ter uma garrafinha de água mineral de cortesia diariamente (mesmo nos hotéis mais simples) é muito simpático! #asiavicia
Ôpa! as interrogaçoes ai de cima eram pra
ser :))
???? é isso ! quando o destino é nordeste,
a lampada amarela está sempre na mala!
Concordo com (quase) todas as sugestões mas mesmo assim não quero que elas sejam atendidas. Ora, se com o serviço assim, bem meia-boca, os preços da hotelaria no Brasil são, digamos, caros-no-limite-do-irreal, imagine se for ter wifi bom para todo mundo em vários equipamentos, ou variedade de frutas. Vai ficar ainda mais impraticável. Prefiro a manutenção da “singeleza” (inclusive a disfarçada de “rústico”, adjetivo que virou desculpa) ao aumento de preços.
Também assino embaixo! Café disponível deveria ser obrigatório! Ultimamente já ficam naqueles aquecedores, ainda bem.
Em pontos:
A – Tamo junto! em tudo isso aí! Obrigado por publicar essa lista!
B – Tomada DENTRO DO COFRE seria como adentrar o paraíso. Já imaginou poder deixar o iPad carregando com segurança, enquanto sai?
C – Um amigo que temos em comum e que saca muito de hotelaria me deu a morta (aliás, esse amigo vive dando a morta, de maneira sempre certeira): wi-fi é pago porque… as pessoas pagam. E quanto mais luxuoso o hotel, mais caro o wi-fi e… as pessoas seguem pagando. Na boa: pela lógica capitalista, não faz o menor sentido oferecer internet de graça no Brasil. Pelo menos ainda não.
Olá Ricardo! Estou na maior batalha por aqui com acessibilidade em hotéis….sou arquiteta e tenho uma filha cadeirante….vamos ampliar esta idéia???? Obrigado, adoro seus posts !!
Excelente. Também reforço a necessidade de mais tomadas no quarto que já foi citado, especialmente quando a viagem inclui pequenos viajantes que carregam seus próprios “equipamentos”.