Cupcake x Sonho: último round (minha crônica no Divirta-se)
O bom de ter a última página é que você tem a última palavra. Pelo menos na semana.
Em algum lugar do Divirta-se desta semana você deve ter lido sobre o tira-teima dos cupcakes. O Divirta-se e meu chapa André Laurentino me armaram uma emboscada para que eu virasse casaca e admitisse gostar de cupcake.
Nem era preciso tanto. Algumas horas depois de mandar para o jornal a crônica que deu origem à guerra dos cupcakes, recebi em casa uma caixa de bolinhos da Cookie Shop, enviadas por uma amiga que sabia que eu estava fazendo esse experimento científico. Ela escolheu a dedo as coberturas menos espessas e mais delicadas. A massa era deliciosa. Se a edição já não tivesse fechado, eu no mínimo teria retirado a parte do texto em que duvidava que os cupcakes de encomenda fossem melhores que os da rua.
Quando cheguei para o tira-tema na Wondercakes, então, eu já era um homem razoavelmente convencido da possibilidade de gostar de cupcake. Bastaria escolher os de coberturas mais comedidas, e que passassem longe do glacê amanteigado. Deu certo. A seleção foi plenamente aprovada, e um dos bolinhos – o de chocolate branco – me traria de volta à loja a qualquer momento.
Para fazer graça, porém, a produção levou uma bandejinha de sonhos em miniatura, comprados numa padaria do meio do caminho.
Pra quê? Ao final da degustação de bolinhos, Juliana, a linda repórter do guia e da TV Estadão, me ofereceu um sonho de brincadeira. E eu – pluft – engoli tudo de uma bocada só, para fazer graça para a câmera.
Como assim, graça para a câmera? Aquilo estava SUBLIME!
Não pude crer. Cinco segundos antes, mesmo tendo gostado bastante do que tinha experimentado, eu não seria capaz de comer mais um naquinho de cupcake que fosse. Mas de repente eu voltava a salivar pelos cinco sonhozinhos vagabundos de padaria que restavam numa bandejinha de isopor.
Mesmo morrendo de vergonha, acabei comendo todos.
E confesso que saí de lá pensando em pastéis de Belém, bolas de Berlim, milfolhas, zuppa inglese, flan francês, pão doce carioca e tudo o mais que pudesse vir lambuzado de creme amarelo.
Desculpaê, cupcake. O problema não é com você. É comigo, mesmo.
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20 comentários
Somho de padaria é uma das melhores recordações da infãncia, hummm….
Adoreiiii! 😉 Tbm prefiro o sonho!
quero ver quando chegar a vez dos macarrons serem sabatinados
Hoje vou conhecer o chá da casa Julieta de Serpa, aqui no Rio. Será que tem cupcake? Eu nunca comi. Agora, o sonho de padaria pra mim ,por enquanto, é imbatível… chego a salivar!!
Ahahahahah…muito boa!
Garantiu a gargalhada desse começo de feriadão!
Eu confesso, adoro os dois! 😉
No Rio, infância tem que ter sonho de padaria. UHMMMM como era bom.
Acho que nunca comi uma cupcake, nem sei bem o que é, mas os sonhos de padaria,rechados com aqueles cremes divinos, são minha perdição desde criança.
Hahahaha. Adorei!!! Melhor ainda a explicação do André Laurentino, ‘de muito trabalho e sofrimento’. E também pensei igual a Carmen. Sua nutri sabe de todo esse trabalho científico???
Agora… não sei se é bom mas, que aquele com a cerejinha em cima é lindo, ah isso é.
Vou contar tudinho pra sua nutricionista! kkkkkkk
Riq você não está sozinho! Meu marido curte mais um sonho de padaria do que um cupcake, hehehe