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Guia de Veneza

Veneza: 10 dicas para quem quer a experiência completa

Nenhum visitante de primeira viagem está preparado para Veneza. A Serenissima requer uma estratégia específica de aproximação. Não existe jeito fácil: Veneza não pode ser ‘ticada’ do alto de um ônibus de dois andares ou num passeio de balão. Mas quem puser mãos (e sobretudo pés) à obra desvendará a cidade mais singular do Ocidente. Para não errar, siga nossas 10 dicas de Veneza.

1. Evite o alto verão

10 dicas de veneza

Não se trata apenas do calor ou do mau cheiro: o maior problema são as multidões. Se puder, evite julho e sobretudo agosto. (Se quiser a cidade quase vazia, vá no inverno.)

2. Hospede-se em Veneza, não em Mestre

Sim, os hotéis em Mestre (no continente) são mais confortáveis e têm diárias em conta. Mas dormir num prédio multicentenário numa viela insalubre é parte indispensável da experiência veneziana.

3. Fique três noites

Veneza só se revela a quem não tem pressa. Não é uma cidade que se resolva num city-tour. Com três dias você vai se desencumbindo aos poucos dos lerês (Palácio Ducal, Basílica de São Marcos, Campanário da Praça São Marcos, museu Ca’ Rezzonico, Galerias da AccademiaColeção Peggy Guggenheim, Museu do Vidro em Murano, Bienal se houver) e ainda fica com tempo para ver o que realmente importa, que é a Veneza do lado de fora desses lugares todos 😀 Lá pelo terceiro dia, a cidade começa a fazer algum sentido. A primeira vez que você acerta um caminho em Veneza é incrível.

4. Pegue instruções de chegada com o seu hotel

Só se chega a um endereço em Veneza com manual de instruções. Os hotéis têm prontos os itinerários para você ehcgar até eles desde o aeroporto, a estação de trem e o ponto de ônibus da Piazzale Roma. Se não estiver disponível no site, peça por email.

5. Deixe a mala na estação

Veneza

As pontes em Veneza têm escadas: rodinhas não adiantam. Organize o que vai precisar numa bolsa ou mochila e deixe a mala principal no guarda-volumes da estação de trem. O depósito é operado por funcionários e abre das 6h às 23h. Cada volume vai custar € 20 por dia. (A alternativa é contratar o serviço de transporte de bagagem da cooperativa Trasbagagli ou um carregador avulso.)

6. Não siga o fluxo

San Polo

Da estação até a Piazza San Marco as vielas principais são um mar de gente comparável ao da saída de estádio de futebol. Escape. Saindo à esquerda, você chega aos canais atrás do Canareggio e também ao Gueto. Atravesse pontes. Saindo à direita, você dá em San Polo, Santa Croce e Dorsoduro, onde a densidade demográfica é menor e o que sobrou da Veneza de verdade dá as caras. (E em algum momento você vai dar no Campo Santa Margherita, a praça mais animada da cidade.) Enfim, perca-se. Quem não se perde em Veneza acaba perdendo Veneza.

7. Não tenha medo da acqua alta

A acqua alta só acontece nas marés mais altas em Veneza, no pico máximo da maré, durante menos de duas horas de cada vez. A cidade está preparada (seu hotel avisará e você poderá se precaver com calçados impermeáveis) e as passarelas são montadas e desmontadas rapidamente. Um espetáculo.

8. Compre o passe do vaporetto

Veneza

Uma viagem avulsa de vaporetto custa 9,50 euros. Um passe de 72 horas sai 45 euros e se paga em cinco viagens. Leia mais sobre como chegar e como se locomover em Veneza.

9. Descubra seus ‘bacari’

Campo Santa Margherita

Bácaro é o botequim de Veneza. Vende “ombra” (vinho em copo), “cicchetti” (canapés tipo tapas) e spritz (que em Veneza é preparado Aperol ou Campari — você decide — e leva azeitona ). Aparece nos caminhos mais obscuros. Aproveite essa listinha de 5 bacari em Veneza.

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    10. Se já não estiver na Itália, voe

    Vindo de Milão, Florença ou Roma, chegue de trem. De qualquer outro ponto da Europa, vá de avião: Veneza está longe demais das capitais.

    Na minha opinião, Veneza é um ótimo ponto final de um tour pela Itália; dá para programar o vôo de volta ao Brasil saindo de lá. Leia Giro pela Itália: comece ou termine em Veneza para saber como organizar sua viagem dessa maneira.

    403 comentários

    Veneza é incrível!

    Cheguei de avião de Paris e sai de lá para Roma de trem…super fácil e tranquilo…fui no inverno…e não me arrependo…cidade charmosa, mais charmosa ainda com cara de inverno…imperdível Murano, Burano, Torcello…..detalhe, fui com a idéia que gastaria muito dinheiro em Veneza (conhecida por ser uma cidade cara), tive a felicidade de detectar que foi o lugar mais barato que estive (fiz outras cidades, capitais da Europa), voltei cheia de compras de Veneza! Pasmem!….Veneza precisa ter tempo…conhecer com calma e se perder é imprencidível….

    Quem vai a Firenze, cuidado! a informação para turista perto da estação SMN é péssima, má vontade, grosseria (em Roma e Siena é ótimo!) O bilhete de onibus não informa bem e pelo motorista ter nos mandado validar (e já tinhamos validado antes, o bilhete ficou rasurado)os fiscais nos arrancaram do onibus aos gritos, nos acusaram de fraude, fizeram grosseria conosco e com uma familia de francese com crianças e pagamos 50E por cabeça ali mesmo na rua!!!! reclamei por carta à ATAF e recebi desculpas, mas a situação ficou marcada! ainda bem que a Italia é tão legal que a gente continuou curtindo. mas estragou nosso dia e perdemos um compromisso agendado de vizita na Villa I Tatti da Universidade de Harvard. CUIDADO!!!!

    Eu fui a Veneza na altíssima estação – agosto – e escapei de todas as filas comprando ingressos antecipadamente. No geral evito as atrações “tem que ver” nessas temporadas lotadas de turistas, mas encarei o Palácio Ducal e seu passeio secreto com muito gosto (e sem um minuto de fila!).

    Fiquei 3 noites em um “hostel” (que mais parecia um hotel com mais camas por quarto) perto da estação de trem e não me arrependi, tive uma estadia bem agradável, de relativo baixo custo e bem localizada para os meus objetivos. Estava com muitas malas, mas não precisei andar muito com elas, evitando as temidas pontes. Não andei de vaporetto em nenhum momento (sei que deveria ter experimentado, mas não engulo pagar 7 euros por um “ônibus”, ainda mais porque minha viagem era longa e já estava perto do fim) e esse foi o ponto alto: me perdi dezenas de vezes pelas ruas e encontrei coisas incríveis perdidas pelo caminho: becos comunistas, prédios diferentões, um sebo sui generes, portas que davam nos canais e proporcionavam belíssimas fotos… inesquecível.

      Não me interessei em ir, seria o mesmo custo de fazer um bate-volta para um lugar que tinha mais a ver comigo e com o espírito da viagem. Num primeiro momento pensei que poderia estar perdendo algo, mas a estadia toda foi tão boa que esse é só um detalhe. Não ligo para essas coisas de “tem que ver”, viajo para curtir o lugar e fazer fotos de locais/situações mais incomuns.

      Eu tb! Andei prá caramba! mas tem coisa incríveis nas outras ilhas! A mais pertinho San Giorgio Maggiore (bem na frente da Piazza San M.) tem exposições de arte, jardins, veleiros, torre com elevador e sinos, visão 360º e um anfiteatro verde com shows. Tb não viajo no espírito “tem que”!

      Oi Bruna, você lembra o nome do “hostel”? Se lembrar me passa por favor!

    Não vale a pena andar de gondola!!!!! a gente até cansa de andar de vários tipos de barco/pequenos/grandes/coletivos0ou até taxi, prá que dar seus euros pra aqueles chatos exploradores? Não vale a foto!

    Vc deixa o carro num estacionamento no continente (pertinho, é só subir a ponte do Calatrava) e esquece! (só que para isso vai gastar!)Depois é só à pé e de barco.

      Como assim?? Independente de preço, gente! Vc iria a Paris para não ir à Torre Eiffel?
      Andar de gôndola é o lerê mais icônico da cidade.

      Questão de opinião. Já fui a Veneza duas vezes, adoro a cidade, e nunca entrei em gôndola. O que é “obrigatório” e “imprescindível” depende das prioridades de cada um aliás, “selfie” para mim é uma chatice sem par.

      Concordo!
      Andei de gôndola porque meu marido quis rs e ele também quis subir na Torre(mas não conseguimos pq estava fechada). Não senti falta alguma de subir lá e tirar uma foto. Tenho a lembrança de uma vista incrível do apto de um amigo que mora em Montmartre, no 10o andar e de lá eu vi a Sacre Coeur iluminada com a lua cheia em cima. Sem filas e sem muvuca! E pra mim, impagável! 😉

      https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10201017289027979&set=a.10200854295073232.1073741831.1639912915&type=3&theater

      Aliás, essa “obrigatoriedade” nas viagens me cansam! Principalmente qnd vc volta da viagem e as pessoas perguntam: Como vc foi até XXX país e não foi até o XXX ponto turístico!????
      Quem quiser ir que vá, mas não ache que é obrigatorio a todos!

    Uma dica adicional: a área conhecida como “Lido”, apesar de ser uma ilha alongada, em nada se parece com o restante da cidade: nào há os canais, há praias de mar aberto e vários hoteis incluindo alguns hotelões da década de 1960 meio decadentes, e as ruas tem circulação de carros.

    Escrevo isso pois há um tempo atrás surgiram umas reclamações de hotéis por lá se anunciando como “in Venice” em sites diversos (o que é tecnicamente correto, já que o Lido assim como Mestre fazem parte dos limites municipais) e depois hóspedes reclamando que tinham de pegar um ônibus e um ferry para chegarem ao lugar que realmente queriam visitar.

    Em tempos de Google Maps, é sempre bom verificar o endereço EXATO do hotel antes de fechar negócio, mas de qualquer forma fica o alerta, principalmente para quem usa sites opacos como Priceline.

    Olá!
    Adoro o site de vocês, sempre é minha primeira opção de busca por roteiros!
    Minha pergunta é: Vou viajar para a Itália em maio de carro e Veneza está no meio do roteiro. Como é a circulação de carros pela cidade? Os estacionamentos são muito caros?
    Obrigada!

    Putz que legal! fiz quase tudo que está aí em Julho/2013 ( mas fiquei em Mmestre, sem ter que subir ponte com mala e tinha bastante gente, mas compensou pela biennale que era um dos motivos da viagem) Mas fiz em 5 dias! da próxima quero 7! A multidão só vai ver a casquinha ( em 1 ou 2 dias), se quiser ver a realidade maravilhosa de uma cidade impar, de um outro sonho feliz de cidade, de experimentar a vida urbana sem rodas, sem semáforos,sem barulho de motores, se perdendo nas estreitezas e nas ilhas menos faladas, não tem concorrencia de turistas de 1 dia e a gente se mistura ao cenário milenar!

    Olá. Vale a pena fazer o caríssimo passeio de gôndola em Veneza? Família de 4 pessoas. Previsão da viagem é jan/2015

      Olá, Josiane! Se você sonha com isso e tem a grana… vale. Mas se você vai fazer por obrigação, não vale.

      Depende do seu objetivo.

      Do ponto de vista visual, eu acho que não vale a pena não: vc fica ao nível das paredes dos canais, e na altura dos olhos a principal visão são atracadouros, outros barcos e entradas de prédios. Mas é uma questão de gosto…

      Pelo preço que cobram, eu acho um absurdo. Não é algo tão especial que, para miim, justifque gastar € 100 ou 200 para passear em uma canoa enfeitadinha.

      Há controvérsias, para algumas pessoas é algo que almejaram por muitos anos, e aí, se for o caso, faça.

      Acho que vale a pena o passeio de gôndola! Achei muito bonito. Foi até engraçada a situação pq pretendíamos fazer o passeio no dia seguinte. O gondoleiro nos abordou e eu perguntei o preço por curiosidade (embora estivesse esperando algo em torno de 100 euros, pelo que tinha visto na internet). Ele falou que custava 80 euros. Eu e meu marido dissemos que só faríamos o passeio no dia seguinte. Ele abaixou o preço para 60 euros. Daí fizemos o passeio naquela hora mesmo. Achei que valeu muito a pena. Gostei muito mesmo.

    Oi Riq e Bóia, simplesmente amei o site de vcs desde a primeira “viagem” !!!! Vou passar 30 dias na Italia (Roma, Firenze, Toscana, veneza) e Amsterdam agora em março tudo organizado com as dicas aqui do site, desde o itinerário até onde ficar (alugarei vários aptos).
    Em veneza fico 3 dias em hotel perto da Praça de San marco, chego dia 27/03 via carro que devolvo no aeroporto. A pergunta é: tenho como deixar minha mala principal num guarda-volume no próprio aeroporto pois volto para lá para pegar um vôo para Amsterdam dias depois. Se sim qto custa??
    Obrigada e desde já obrigada pela sempre “viagem” pelo site !!!

    Adorei o post. Se tudo der certo, esse ano irei na Itália. Queria fazer a viagem em setembro/outubro, mas no final chegarei lá em 26 de agosto (Roma), e em Veneza no dia 10 de setembro. Espero que apesar do calor, e das multidões, consiga aproveitar bastante.

      Bom saber Bóia. Ótima notícia. Então o “sufoco” mesmo vai ser só em Roma.

      Chego em Roma no dia 26 de agosto. Pensei em ficar lá 4 dias inteiros (sem considerar o dia de chegada e saída). Por causa do excesso de pessoas você acha interessante estender o período e ficar 5 dias inteiros?

      Hugo, dia 15 de agosto tem um feriado na Itália que é, assim, o encerramento da temporada de verão. É mais ou menos como Carnaval em praias brasileiras: passa uma semana, os preços caem e os locais entrem em modo de “média temporada”.

      Idem para a Itália: depois do Ferragosto, movimento e preços caem de forma perceptível.

      A.L, que excelente notícia. Apesar da alegria com a viagem, estava preocupado em enfrentar multidões nas ruas, restaurantes e atrações. Da mesma forma como não gosto de fazer as coisas correndo, também não me agrada enfrentar enormes filas e aglomerados durante as férias.

      Mas se já é média temporada, então já melhora muito.

      O que você acha melhor para Roma, 4 ou 5 dias inteiros?

      Bom dia Hugo, as opiniões sempre serão divergentes, mas eu não vejo necessidade do q passar mais de 3 noites em Veneza. Deixe pra curtir outra cidades. De Roma fica fácil pra ir a Nápoles, Pompéia e ver a costa amalfi. Ou Florença q também é imperdível e as cidades a sua volta são demais. A toscana vale curtir ao máximo.

      A não ser que você seja um boêmio ou queira fazer compras, 5 dias é desperdício. Em 2 ou 3 dias você mata as atrações, é tudo perto, da para fazer à pé. Gaste mais dias na Toscana (Firenzi, Siena e arredores) que você vai curtir muito mais!

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