Final feliz: ela voltou!!!

A mala

Juro que eu já tinha desistido dela. Mas ela acabou de chegar.

A novela é boa. Querendo saber da saga inteira, aí vai:

I

Dia 28 de junho, embarquei em Nova York com destino a Amã, na Jordânia, com escala em Paris. O primeiro vôo era American Airlines. O segundo, Royal Jordanian.

O vôo da American saiu duas horas atrasado de Nova York — e duas horas era exatamente o intervalo que eu teria em Paris entre vôos. Perdi a conexão, claro.

A remarcação do vôo em Paris demorou um tempinho, e acabei perdendo o único outro vôo direto do dia a Amã, pela Air France. A American acabou me remarcando com a Lufthansa, com uma nova conexão em Frankfurt. Ao remarcar, a moça da American já me disse que era provável que eu não visse a minha mala naquele dia.

II

Ao chegar em Amã, às duas e meia da madrugada, esperei até a última mala aparecer na esteira. Ao constatar que a mala não tinha vindo, fui registrar o meu caso no posto de reclamações de bagagem, que era administrado pela Royal Jordanian.

Normalmente malas extraviadas em conexão reaparecem 24 ou 48 horas mais tarde no seu hotel. No meu caso, não rolou. O pessoal que estava coordenando minha viagem pela Jordânia não era lá muito prestativo, e só quando entrou um chefão na parada, no dia 2 de julho (quatro dias mais tarde) é que conseguiram descobrir onde estava a mala — ainda em Paris.

III

No dia 4 eu já tinha dado a mala por perdida para todo o sempre. Foi quando um seguidor do Twitter, que trabalha em cia. aérea e pediu para não ser identificado, achou o log do extravio, e descobriu que a mala estava sendo enviada pela Lufthansa por um vôo da Royal Jordanian que chegaria no fim da tarde em Amã.

Acionei os organizadores da minha viagem, mas nada. Segundo eles, a mala não tinha chegado em Amã naquela tarde. Foi quando escrevi a crônica que saiu publicada na sexta.

(O meu chapa do Twitter, porém, tem o log com o nome da funcionária da Royal Jordanian que recebeu a mala em Amã… É muita incompetência, Brasil.)

IV

Dia 5 embarquei de volta a Nova York, sem mala, e sem esperança.

No dia 6 saiu a crônica no Divirta-se do Estadão. No Twitter, mandei o link do texto com cópia pra @Lufthansa_BR.  Imediatamente fui procurado pelo serviço de atendimento ao consumidor da Lufthansa, que garantiu que estaria em cima do assunto.

Nem precisava. Antes mesmo disso, meu insider do Twitter tinha acessado o log do extravio e descoberto que a Lufthansa já tinha programado a viagem da mala até o meu endereço no Brasil, em vôos da United, via Chicago, chegando em São Paulo no sábado, dia 7, pela manhã.

(Já reparou quantos envolvidos? American, Royal Jordanian, Lufthansa, United, Nova York, Paris, Amã, Chicago.)

V

Desencanei e curti meus últimos dias em Nova York. Meus planos: ao desembarcar em Cumbica, procurar o balcão de malas extraviadas e ver se a mala ainda estava por lá; senão, esperar até a terça-feira (hoje, primeiro dia útil da semana aqui em São Paulo), para falar com o pessoal da Lufthansa.

VI

Cheguei na segunda de manhã, fui ao balcão da United, dei as coordenadas que o meu salvador do Twitter tinha informado e… balde de água fria. Não havia registro da chegada da mala. O funcionário foi simpático e acionou colegas para tentar localizar a mala visualmente, no depósito. Nada.

Bom. Minha última esperança era chegar em casa e o porteiro anunciar ao me ver: “Deixaram uma mala aí pro senhor”.

Mas não aconteceu.

Final feliz

Pois bem. Hoje eu estava esperando dar 9h para ligar para a Lufthansa quando, ao chegar à cozinha para tomar café da manhã, a Jô, nossa …… (insira o seu politicamente correto preferido para empregada), apontou para um embrulho gigante ao lado do fogão:

– Deixaram essa mala aí pra você.

Estava no prédio desde sábado, colegas! Mas o porteiro novo não ligou a muamba à pessoa. (E eu estava tão desanimado que não perguntei.)

A mala!A mala

[Voltou!]

Ou seja: exatamente como o meu Sherlock tinha descoberto e como a Lufthansa tinha prometido, a mala chegou no vôo de sábado da United e foi gentilmente entregue na minha casa.

Agradeço a todos os envolvidos — à Lufthansa, que entrou de gaiata na história, já que a viagem original nem era com ela; ao meu provedor de informações de cocheira do Twitter; e a vocês que mandaram vibrações positivas esse tempo todo.

Amanhã sai um post sobre como sobreviver ao extravio de malas…

Brigadíssimo, pessoal!

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60 comentários

Queria dizer conserto, mas escrevi concerto.
Reconhece a queda e não desanima: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.

E não vai rolar nem uma ação de juizado especial? O Ricardo estaria fazendo um serviço público buscando a indenização (que é líquida e certa), pois está mostrando o problema e fazendo a Cia. sofrer as consequências. Se todos que tem bagagem extraviada entrassem com ações, te garanto que o problema diminuiria, pois as cias. só entendem a linguagem do dinheiro.

é por isso que eu NUNCA despacho mala quando pego voo com escala! super inconveniente mas pelo menos nao tenho surpresas! que bom que acharam a sua, Riq, mas se nao fosse seu provedor de informaçoes do Twitter como é que ficaria essa historia??

Conclusão: Agora já sei, qdo minha mala for extraviada é só postar na VnV solicitando o mantra – volta malinha, volta! Rsrsr

Pedido: Oh Ric, dê a mala o direito de defesa, e peça pra ela contar-nos a sua epopéia de extravio?! (acho q pode render uma bela cronica, afinal criatividade não lhe falta!)

Kisssss

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