Marília M. em São Luís, Lençóis, Piauí e Jeri

Precisa de informações atualizadas sobre o roteiro São Luís-Lençóis Maranhenses-Delta do Parnaíba-Jeri-Fortaleza? A Marília Marconi e o Leandro foram em julho para lá e fizeram um super-relatório que eu já devia ter publicado há séculos. Apertem os cintos, lambuzem-se de Sundown 45, e simbora!

Lençóis Maranhenses
[Lençóis Maranhenses]

1)   Pré-viagem

Acho que não preciso dizer, mas mesmo assim eu digo, que a base do planejamento foi o relato da Expedição pé-na-areia e o post “De São Luís a Fortaleza pra Flavia”, além do blog do Jorge Giramundo.

Como tínhamos apenas 16 dias de viagem — difícil essa vida de trabalhador, que tem que transformar 30 dias de férias em todas as viagens planejadas e acalentadas no resto do ano! — resolvemos contratar um pacote com todos os passeios, para facilitar a logística.

Fechamos com a EcoDunas, que você e o Jorge indicam [N. do E.: quem indica é o Jorge! Eu só repassei…], ficou quase a metade do preço de um pacote com uma dessas operadoras de ecoturismo conhecidas. Móóito bom!!!! E deu quase tudo certo, tirando uns atrasos no horário do city tour e na hora de nos buscar no Sangue (nesse eu fiquei mais tensa, perdida naquele fim de mundo!), mas assim que falei com eles tudo se resolveu rápido e ainda ganhamos de cortesia uma refeição paga pela agência na pousada do Caburé.

Eu acho que esses probleminhas acabaram acontecendo porque o Jorge Mattar (o famoso Joca), que é/era dono da EcoDunas voltou pra São Paulo e arrendou o espaço para o Joubert, que é dono de uma operadora de São Luís (a Lótus). Então é o Jorge quem monta os pacotes, mas o Joubert que operacionaliza, por isso acontecem esses ruídos da comunicação (essa parte da “divisão de trabalhos” eu deduzi, o que tenho certeza é da saída do Joca e do arrendamento do Joubert, pois foi ele mesmo quem me contou).

Enfim, no saldo final a relação custo/benefício foi extremamente positiva, a gente se divertiu a valer e, afinal, se tudo der super certo, que história pitoresca a gente vai contar no bar?! ?

Já comentei que a base do planejamento aquele post, né?! Então vou só acrescentar o que a gente fez de diferente e as passagens mais exóticas da viagem 🙂

2)  São Luís

Ficamos no Hotel Pousada Colonial, uma boa opção no centro histórico, mais em conta que a Portas da Amazônia. O prédio está um pouco caidinho, precisando de uma pintura, mas os quartos são confortáveis e limpos e a roupa de cama era cheirosíssima!!! Os lençóis e travesseiros mais cheirosos de toda a viagem!!! E os funcionários são ultra simpáticos e atenciosos e ainda tem o divertido/curioso hábito de terminar os diálogos com um “Boa sorte!”. Ah, e tem wi-fi grátis. Ou seja, aprovadissímo, fica a dica para quem quer ficar bem hospedado na Praia Grande/Reviver sem tirar o escorpião do bolso.

Convento das Mercês, preparado para festa
[Convento das Mercês, preparado para festa]

Em termos de passeio, fomos de basicão: city tour/centro histórico e Alcântara. Aqui faço só um comentarizinho sobre Alcântara: você tem toda razão ao afirmar que o bate-volta é mega-cansativo, estava um calor de fritar ovo no asfalto, foi bem duro caminhar por lá. Mas, sinceramente, sabendo que íamos ter pelo menos três noites paradonas – uma em Santo Amaro e duas no Caburé – acho que meu bicho carpinteiro não ia agüentar uma noite em Alcântara, não. Pra mim, o bate-volta, mesmo sacrificante, foi ok.

[N. do E.: acho o bate-volta cansativo mas quase inevitável, já que a hospedagem é bem primitiva. Tem que fazer, sim… ]

Na parte alimentar, seguimos suas dicas do Maracangalha no bairro Renascença (hummm…) e do Antigamente. Com relação ao Antigamente, uma moça de uma lojinha de souvenirs comentou que ele tinha mudado para a Praia do Calhau (“ah, já tem…… uns vinte dias”) e que o pessoal do Le Papagaio Amarelo tinha se transferido para lá. Eu achei meio estranho, porque no cardápio estava escrito “Restaurante d’Antigamente” e todo mundo continua chamando assim. Não encontrei nada na internet confirmando essa informação, mas eu também não sou lá muito boa de pesquisa…

Na seara dos passeios noturnos, ficamos meio chocados quando soubemos que os bares da Lagoa da Jansen ficam fechados aos domingos!!! Aí fomos comer ótimas pizzas com luvinhas de plástico na Vignoli (a mesma que você indica no “100 Praias” em Fortaleza). Eu, que adoro uma pizza com a mão, me senti em casa, e ainda tomei guaraná Jesus!! Na segunda-feira, enfim, fomos à Lagoa da Jansen, no boteco/japa Kitaro.

Lagoa da Gaivota, Santo Amaro
[Lagoa da Gaivota, Santo Amaro]

3)  Santo Amaro do Maranhão

Passamos um pequeno perrenguinho para chegar em Santo Amaro: houve um descompasso de horários entre a empresa que nos levou de ônibus até o Sangue e a EcoDunas, que faria o transporte de 4×4 até Santo Amaro (e no resto da viagem até Jeri). Daí que chegamos duas horas antes do que eles imaginavam e ficamos os quatro lá, apoiados nas nossas malas enormes e com cara de quem não sabe bem o que está fazendo ali (além do sono de ter acordado antes das cinco da manhã nas férias), nos emplastrando de filtro solar e repelente, misturados com os nativos – que nos olhavam num misto de espanto e curiosidade. É claro que não tinha orelhão por perto e mais óbvio ainda que o celular não pegava, mas a dona daquela birosca do Sangue fez a gentileza de me emprestar o celular por satélite dela por módicos R$ 2,00 por minuto. Daí eu liguei pra EcoDunas e eles disseram que em poucos minutos seriamos resgatados pelo nosso motorista Jonh Lennon, irmão do Djavan (sério!!!).

Do Sangue, partimos direto (se for possível dizer isso da estrada que leva a Santo Amaro…) para a Pousada Água Doce. Dica gastronômica: o delicioso e enooorme (acho que um palmo e meio – tudo bem, minha mão é pequena, não serve muito de parâmetro) “camarão da Malásia”, que sei lá porque tem esse nome, já que é pescado ali em Santo Amaro, mesmo, como conferimos no dia seguinte na hora do café da manhã (e ele tem uma cor azulada, meio esquisito). Mas os outros pratos também são show, e os sucos e doces na sobremesa idem, idem.

Lá visitamos as lagoas da Gaivota e das Américas (será que é essa que você chama de Emendadas no “100 Praias”? [R. do E.: e eu sei lá? hehe] Pra chegar lá atravessamos de voadeira o Lago Santo Amaro, onde ainda fomos brindados com a concretização do ditado “a vaca foi pro brejo” ?). Incrível, fantástico, maravilhoso …. (espaço para ex-publicitários completarem com adjetivos mais criativos) e, o melhor: só pra nós!!!

Até no deserto as vacas vão pro brejo...
[Até no deserto as vacas vão pro brejo…]

4)  Barreirinhas

A gente ficou na Pousada do Rio, que não fica ali no centrinho (uns cinco minutos, acho eu), mas é fofíssima e tem um deck pro rio bem gostosinho. Ah, e também tem wi-fi grátis!!!

Nossa passagem foi bem rápida, só o tempo de fazermos o sobrevôo (imperdível!!) e irmos à Lagoa Azul e as que ficam nas proximidades (não fomos à Lagoa Bonita e nem à do Peixe, que acho que são as outras mais famosas). Muuuito lindo, mas já meio crowdeado. Mesmo assim, dá para procurar um cantinho só seu e ficar curtindo um momento privê (desde que não se olhe muito para os lados…)

Um outro passeio que fizemos por lá e gostamos muito foi o “bóia cross” no Rio Formiga. Na verdade, não tem nada de cross, a gente fica em cima de uma câmara de pneu de caminhão e vai sendo levado pela correnteza do rio, que é bem calmo. Bem legal para relaxar!!!! (o passeio é vendido como “Bóia Cross no Cardosa, que é o nome da localidade onde fica o rio).

Em termos gastronômicos, ficamos pela Beira-Rio. O pessoal de lá nos indicou o Barlavento, o Terraço Preguiças e o Dona Maria. Fomos nos dois primeiros, que são simples, mas honestos. Quanto ao Dona Maria, me pareceu ter sido criado para os turistas “top”, mas eu achei que não tinha nada a ver com o local: é um salão com ar condicionado, cortinas de voil, guardanapo de pano. Sei lá, achei meio deslocado. (Não encontrei a filial da Pizzaria Nômade que você comenta).

5)  Caburé

Pegamos a lancha voadeira pelo Rio Preguiças com paradas em Vassouras (quequié aquela duna dourada?!) e no Farol de Caburé, onde “contratamos” um guia mirim engraçadíssimo.

Ficamos na Pousada Porto Buriti, cujo restaurante já estava lotado com o pessoal que faz o bate-volta de Barreirinhas. Então, resolvemos ir à praia e comemos na Barraca do Celso (saindo da pousada e seguindo pela praia à direita, é a primeira barraca). Nosso pedido: camarões fritos de entrada, um peixe assado enorme com arroz, farofa e salada, caipirinha, cerveja e refrigerante. Total do almoço: R$ 20,00 por pessoa!!!!!

No dia seguinte, partimos para o Canto do Atins. Afinal, eu tinha uma missão: comer o camarão da Luzia, como um certo guru pediu na dedicatória do livro dele!! ? Caracoles, simplesmente divino!!!! Muito, muito, muito bom!!!
Mas a Luzia agora tem um concorrente: o irmão dela e a esposa, que abriram um restaurante ao lado do dela. Nos disseram por lá que a receita do camarão é dessa cunhada da Luzia, que ensinou para ela e agora resolveu abrir seu próprio negócio. Parece que essa concorrência dentro da própria casa gerou uma série crise familiar.

Lagoa do Peixe, Atins
[Lagoa do Peixe, Atins]

Mexeriquices à parte, a Luzia merece um parágrafo só pra ela. Primeiro, porque quando eu disse que estava lá “a mando” do Ricardo Freire ela comentou ”Ele é muito bonito, né?! Eu acho, tão bonito!!!” ? ? E depois pelo tino comercial: ela já está pensando em ampliar o restaurante para a Copa de 2014 (!!!!). E depois disse que o pessoal das redondezas tinha ficado chateado porque a Globo estava gravando a próxima novela da 6 por lá, então durante alguns dias as dunas ficaram fechadas para as gravações, o que impediu a visita de turistas, gerando uma certa queda nas vendas. Pois a Luzia estava muito satisfeita: “A gente perdeu um pouco de dinheiro agora, mas depois que a novela começar isso aqui vai ficar apinhado de gente!!” Ah, se todos os nossos comerciantes fossem assim!!!! 😉

Por lá a gente ainda foi a uma outra lagoa e depois fomos ver a revoada dos Guarás. Mas os bichinhos estavam em greve, então só vimos uns poucos, e voando separados…

6)  Piauí

Depois de encarar as estradas mega-esburacadas (eu me senti num Globo Repórter com o Francisco José!!!) chegamos ao Piauí. Ô lugarzinho quente, caramba!!! Fizemos o passeio de voadeira pelo Delta do Parnaíba, depois rumamos para a Pousada Ventos Nativos, em Barra Grande , onde iríamos pernoitar. Aí ocorreu o momento mais bizarro da viagem.

Chegamos na pousada um pouco antes de seis da tarde (e foi lá que vimos o pôr-do-sol mais bonito, mas foi tão rápido que não deu para fotografar!! ?) e simplesmente não tinha NINGUÉM, ninguém mesmo, nos esperando.
Falamos com um rapaz que vinha passando, que chamou um outro que estava com as chaves dos quartos, e disse que as funcionárias da pousada iam embora às cinco horas e o dono estava na Praia do Coqueiro, mas ia chegar por volta das oito. Como a pousada só tem dois quartos, ficamos preocupados onde nosso motorista (o John Lennon) ia dormir, mas resolvemos aguardar o dono da pousada chegar para resolver esse problema.

Ao chegarmos nos quartos, surpresa!: num deles não havia toalhas. Aí fomos atrás do rapaz que nos havia entregue as chaves, que foi procurar uma das funcionárias, que teria a chave da “casa” que faz as vezes de recepção (na verdade, uma construção com uma salinha e o quarto do dono), local onde as toalhas ficavam guardadas. Conversando com ela, ficamos sabendo que o dono da pousada só voltaria no dia seguinte e que, normalmente, os motoristas dormiam em uma barraca de camping, mas que a barraca estava rasgada, por isso ela sugeria que o nosso motorista dormisse numa rede pendurada do lado de fora da recepção.

A gente ficou indignado em deixar o John Lennon dormindo no relento, e ainda argumentamos que seria até perigoso para nós, já que ele tinha dirigido o dia inteiro e no dia seguinte ia dirigir de novo, indo para Jeri, então precisava descansar. Resolvemos esperar para ver se o dono aparecia…

Na hora de tomar banho, mais uma surpresa: o chuveiro simplesmente caiu!!!!!!!! Mas a gente conseguiu manter o bom humor e rimos muito da situação!!! Fomos jantar na pizzaria da Pousada Rota dos Ventos – bem gostosinha, recomendo!! – onde nos confirmaram que o dono da Ventos Nativos tinha ido para o campeonato de kitesurf.
Como até a hora de irmos dormir ele não deu as caras, nos viramos: já que os quartos são grandinhos, nos amontoamos os 4 em um deles e deixamos o outro para o motorista. Na minha vã ilusão, no café da manhã do dia seguinte ele iria nos procurar, pedir desculpas e tal.

Que nada!!! Acordamos, tomamos e café e ele (que já tinha chegado) não se dignou a nos dirigir palavra!!!! Ficamos conversando com as funcionárias e elas disseram que não era a primeira vez que,mesmo com os quartos ocupados, ele passava a noite fora e a pousada ficava abandonada, já que elas vão embora à cinco da tarde e não tem funcionários à noite (e, segundo elas, o dono não quer pagar hora extra para elas ficarem até mais tarde).

Resumo da ópera: a pousada é linda, o café da manhã é bem gostoso, mas o atendimento é HORROROSO!!! Acho que o que faz essas pousadas charmosas de cidadezinhas darem certo é o atendimento pessoal dispensado pelos donos aos hóspedes, além do carinho com que eles tratam o lugar, os empregados, etc. Mas parece que o dono da Ventos Nativos não pensa assim…

7)  Jeri

Ficamos na Pousada Cabana. Além de ser fofíssima, dos quartos confortáveis, do café da manhã delicioso, o que achei mais mimoso foi que, cada vez que arrumam o quarto, jogam algumas pétalas de flores no vaso sanitário!! É claro que isso gera um certo conflito, porque a gente chega louco de vontade de usar o banheiro e fica até com pena de estragar aquela cena tão bonitinha! ?

Os passeios foram os clássicos: Lagoa da Torta + cavalo marinho no Rio Guriú (que fizemos já na vinda do Piauí), Pedra Furada e Lagoa do Paraíso. O passeio à Lagoa Azul não está sendo feito, porque ela transbordou com as chuvas que caíram no início do ano. Para compensar, as chuvas criaram nas dunas do início do Parque Nacional de Jeri os “mini-Lençóis Cearenses”!!

"Lençóis Cearenses"!
[“Lençóis Cearenses”!]

No quesito pôr-do-sol, fugimos um dia da indefectível Duna do Pôr-do-Sol e da Pedra Furada e fomos vê-lo no descampado que fica pros lados da Club Ventos, depois do Ibama. Completamente vazio, e a gente ainda vê os “adoradores do sol” subindo a duna…

Pequenas observações: vi no seu post recente sobre as pousadas de Jeri um comentário sobre a Chili Beach Jeri. Ela fica no final da Rua da Igreja, parece que os gringos que estão comprando todos os terrenos de Jeri estão começando a explorar para esse canto da cidade.

Há alguns meses, o governo (não sei se do Estado ou a Prefeitura) resolveu acabar com todas as construções que estivessem invadindo o espaço público e passou um trator, para delimitar o que é rua, o que é terreno que pode ser construído. Por conta disso, o Restaurante Chocolate (que, pelo que disseram, era uma “invasão” e tomava grande parte da rua) fechou, mas parece que vai reabrir em uma rua transversal à do Forró.

8)  Jeri-Fortaleza

Fizemos o trajeto de 4×4, pelo litoral. Esta parte da viagem foi repassada pela EcoDunas para a JeriOffRoad (assim como os demais passeios em Jericoacoara), cujo atendimento foi nota 10!!

O trajeto foi dividido em dois dias, dormindo uma noite em Trairi (praia de Guajiru), no Rede Beach Resort. É um ótimo lugar pra descansar e fica bem perto de Fortaleza (cerca de duas horas). O plano era seguir de lá para Fortaleza também pelas praias, mas fomos impedidos porque estão gravando o programa No Limite entre Guajiru e Lagoinha, então no segundo dia a gente fez o caminho pela estrada, mesmo.

No primeiro dia, fizemos um pequeno desvio para a cidade de Almofala, onde há uma sede do Projeto Tamar. Sim, eu confesso: sou uma projetotamarníaca!!!! ? Esse é pequeno e tem um horário de almoço indigesto para os visitantes (de 11:30 às 14:00 fica totalmente fechado) e a lojinha é bem diferente das demais que visitei: não tem canecas, nem camisas, só produtos feitos pelos moradores da região. É uma forma de gerar renda para eles, que antes viviam da “pesca” das tartarugas.

Conversando com a menina do Projeto Tamar descobrimos que a igreja de Almofala passou 47 anos soterrada pelas dunas (de 1897 a 1942), período em que a cidade praticamente deixou de existir. É claro que fizemos questão de dar uma paradinha por lá e ainda demos sorte porque eles estavam se preparando para a festa da padroeira, então a igreja estava aberta e a praça toda enfeitada. Lá dentro estava um rapaz que nos deu várias explicações sobre a igreja e as imagens, que também ficaram todo esse tempo soterradas e, depois que a igreja reapareceu, foram roubadas (algumas foram recuperadas). O que mais me impressionou é que ela é tombada pelo IPHAN e, mesmo com uma história tão interessante, não tem nem uma placa indicativa, nada que chame a atenção dos “passantes” para ela!!!

Enfim, essa foi, realmente, uma viagem inesquecível, onde tivemos contato com um outro Brasil, muito diferente da nossa realidade de cidade grande do sudeste. Conversamos com muita gente, passamos por muitos momentos divertidos e, com certeza, colecionamos muitas histórias!!

Vou, então, terminar com uma das mais pitorescas e doces: na nossa pousada em Barreirinhas estava uma freira italiana, que fez o passeio às lagoas conosco. Estávamos em frente à Lagoa da Paz, com o sol já baixo, conversando com a Irmã Ana Maria, quando ela disse a frase que marcou a viagem e que vou usar como lema para sempre: “ O IMPORTANTE É AMAR E GOZAR A VIDA”

Obrigadíssimo, Marília! Belíssimo trabalho de atualização! Tá contratada! :mrgreen:

Leia também:

De São Luís a Fortaleza pra Flavia (2007)

Travessia Lençóis-Ilha do Caju-Jericoacoara no Giramundo (2007)

Santo Amaro do Maranhão no Turomaquia (assim que a série dos Lençóis terminar eu dou um postão-índice; está ficando genial)

Testada e aprovada: Barra Grande-PI, uma praia BBB

57 comentários

Oi! Uma informação: o restaurante Chocolate já reabriu, pertinho de onde era, um pouco acima… Fui lá e adorei o restaurante!

Riq,
Por favor, vc conhece a Pousada Blue Jeri (gerenciada pel Mosquito Blue)? Irei em novembro prá Jeri, o que acha dessa pousada? Quais são os passeios e restaurantes que vc indica?
Muito obrigada pela atenção!

    Fiquei na Blue Jeri e não gostei nadinha. Me pareceu um negócio caça-níquel para rentabilizar a grife. Mesmo tendo pago 50% de depósito, só me deixaram entrar depois de passar o cartão de crédito do restante (e a moça precisou ir fazer isso no hotel principal). Resultado: perdi o pôr-do-sol naquele dia. Quando fui usar o bar de praia do Mosquito, fui tratado como um cliente de segunda categoria; se fosse um passante, teria sido melhor tratado. Além do mais, os quartos pareciam muito melhor no site do que na vida real.

    Isso foi em 2007. Pode ser que tenha mudado. Mas eu recomendo que você fique em pousadas que tenham dono de verdade, e presente, como a Ibirapuera ou a Cabana.
    https://www.viajenaviagem.com/2009/07/vai-por-mim-pousadas-em-jeri/

    Cris, eu fiquei na Blue Jeri na primeira vez que fui à Jeri, em novembro do ano passado e posso te dizer que a Cabana ganha de mil a zero. Os quartos da Blue Jeri não são lá essas coisas e o café-da-manhã é bem caidinho. A única coisa legal é a piscina, que fica no alto e tem uma visão boa da cidade, mas não recomendaria ficar lá, não.

Puxa, muito bacana a expedição da Marília. Curti demais ler o relato dela…

Afora a longa espera pela conexão sob o sol escaldante em Sangre, todos os outros percalços parecem apenas temperar a expedição… 🙂

Quando montei minha viagem, achei por bem envolver a Ecodunas no trecho dos Lençóis e a Clip Ecoturismo de Parnaíba para o trecho do Piauí… era uma forma de nao precisar ter um motorista viajando comigo o tempo inteiro na travessia….e eu queria tudo privado, sem grupo ou ter que dividir. Marília, contratar o motorista custou caro?

Eu nem conheci o Joca pessoalmente, mas comigo, deu tudo certíssimo. Ele e o pessoal da Clip já se conheciam e a minha conexão em Tutóia onde troquei o buggy da Ecodunas pela voadeira da Clip foi um espetáculo excepcional!!!! E saiu bem mais barato do que se eu fizesse tudo com a mesma agência, pois cada uma delas é que conhece os bugueiros e voadeiros locais…. faz diferença. Um dia antes da viagem, voadeiro e bugueiro conversaram, falaram do horário da maré e tinha um papel de pão na minha pousada em cabure’ me avisando sobre o horário da travessia… É tudo meio amador, sim, mas, mais eficiente que isso, impossível.

Eu nao cortaria o Piauí, nao. Eu curti Parnaíba… Foi uma parada bem pitoresca. Eu parei na Ilha do Caju e adorei, mas sei que a maioria das pessoas acha eco demais… Mesmo assim, nao acho que valha a pena fazer a travessia pelas estradas do interior… Eu jamais faria isso. Um dos melhores passeios que fizemos foi justamente ir de buggy de Caburé até Tutóia… De lá, dá para pegar uma voadeira direto para Parnaíba e suspeito que isso saia o mesmo preço ou mais barato do que ter um motorista para te levar de 4 x 4 pelo interior até Parnaíba… Se nao quiser parar na Ilha do Caju, nem precisa…

Para gostar de Parnaíba, bastar se hospedar na Casa Inglesa…cada relato que ouço, me convenço mais e mais disso. Ainda que custe bem mais caro que as pousadas “mequetrefes” da cidade, ao ler este relato, penso que vale a pena….

Hoje, eu pararia em Barra Grande, sem dúvidas, para ter uma opinião…pena, acho que teria gostado ainda mais do Piauí…

E fico feliz que o restaurante Chocolate de Jeri vai reabrir, acho que faz parte do circuito gastronômico da ilha. Faria falta.

    Oi, Jorge!
    Antes de tudo, tenha certeza de que minha viagem deu certo muito mesmo graças a seus posts!!! Muito obrigada!!! 🙂
    Não sei se meu texto transpareceu o contrário, mas eu gostei MUITO da EcoDunas, mesmo com todos os probleminhas (inclusive a espera no Sangue, com seu lado pitoresco-antropológico) que foram resolvidos rapidinho pelo Joca e pelo Joubert. Só o lance da pousada é que me deixou mais passada, mas isso eles não podem controlar, né?!
    Foi a EcoDunas quem contratou tudo, inclusive o motorista, então não sei exatamente o preço desse serviço. Mas a soma final ficou super em conta!!!
    Está na lista de desejos um retorno a Parnaíba (se der, com certeza na Casa Inglesa) e também a Barra Grande, que são muito bonitas, mas por onde, infelizmente, passamos meio batido…

    Dá uma vontade de voltar e fazer tudo de novo. No meu caso, eu jamais cometeria o pecado de não conhecer Santo Amaro…

OLHA SÓ: recomendo como hospedagem os hotéIs Premier e Expresso XXI E Bela Praia (em frente ao mar). Restaurante: faltou o melhor: Cabana do SOL!! Pizzaria: Maggiorasca e barzinho: por acaso! Mas de qualquer forma, parabéns pelo roteiro, FICOU SHOW ! tá MASSA! O Maranhão tem alguns problemas estruturais, mas vale a visita! O problemão que temos está difícil de acabar: a Família Sarney! Mas ano que vem partimos para mais uma tentativa!!!!

Uma pena que sua passagem por Barra Grande tenha sido rápida e meio problemática. Lá também existe passeios por uma trilha que leva até uma lagoa para observação do cavalo marinho. Os guias são pessoas da comunidades organizadas na BarraTur. No Cajueiro da Praia, que fica a poucos KM de Barra Grande (O caminho mas bonito é por “dentro”, passando por Barrinha), tem o projeto peixe boi que vale a pena visitar.

Como morador do litoral do Piauí e estudante de Turismo fico triste ao ver que o amadorismo ainda impera nos serviços aos turistas que visitam a região. Temos um litoral muito bonito em atrativos naturais e histórias mas também é preciso trabalhar muito para atender todos bem para que fiquem satisfeitos e voltem.

    Dan, eu tenho recomendado muito Barra Grande como um lugar bacana e fora do circuitão. Essa mesma pousada já tinha sido muito elogiada por outro leitor (veja o link ao pé do post). Esperemos que essa crítica sirva para que ele se conscientize… de todo modo, o post de Barra Grande traz os links de várias pousadas.

    Dan e Riq, eu achei Barra Grande lindo (que pôr do sol inesquecível!!) e me arrependi de ter ficado tão pouco, mas realmente o incidente com a pousada foi tenebroso. Imagino que não seja recorrente, até porque já tinha lido o post com as opiniões do Thiago Parente, mas achei a atitude do dono bem antipática.
    Enfim, uma boa viagem também depende um pouquinho de sorte e a nossa, graças a Deus, só faltou nessa noite. 🙂

    Eu tambem estive na pousada Ventos Nativos no dia 1/07 e diferentemente da Marilia nos fomos super bem tratados pelo Mathieu (o dono) – que e um jovem de aproximadamente 23 anos , filho de um frances com uma baiana.
    Quando fiz nosssa reserva perguntei se ele podia contatrar um 4 x 4 para nos levar para a Lagoa do Paraiso atravessando por Camocim, dunas, lagoas e Jijoca.
    Quando chegamos ele estava la para nos receber e ja tinha feito contato com o carro que viria nos pegar na tarde do dia seguinte. Logo nos perguntou se iriamos jantar na pousada e o que queriamos comer.
    Conforme nosso pedido ele tb logo ligou para o pessoal da Barra Tur e 2 rapazes da comunidade vieram conversar conosco para o passeio do cavalo marinho. Depois do passeio os rapazes cataram ostras para nos comermos. Tudo maravilhoso.
    No dia seguinte nos tb comunicamos a ele que tb iamos almocar na pousada (tinhamos adorado o jantar, com peixe e camarao).
    O café da manha tb foi delicioso com direito a tapioca que eu adoro.
    A pousada e super confortavel, tudo novo e bonito. A area da pousada e toda super bem decorada tb com uma iluminacao colorida e banco feito de prancha de surf.
    E como disse a Marilia o por do sol e maravilhoso.
    Fui para esta pousada por causa da indicacao do blog do leitor que o Riq indicou e que tinha feito muitos elogios.

Respondendo à pergunta, feita no post, não é a Lagoa chamada de “Emendadas”. Eu estive nos Lençóis em abril/2009 e soube que essa lagoa se “rompeu” uns anos atrás por conta do excesso de chuvas. Depois do monte de chuva que caiu nesse ano de 2009, parece que já está começando a se formar novamente essa lagoa.

Marilia M.
Adorei o seu relato. Vou ler c/mta calma e guardar p/qdo for a hora, pois esse roteiro está na minha lista, tb a partir dos mesmos posts qe vc citou no início. SEm querer ser indiscreta, mas já sendo, vc tem idéia de custo? Lembro que qdo li o post de S.Luiz a Fortaleza prá Flávia, tentei programar, mas o custo era bem alto. Queria saber se continua caro.
Lu

    Oi, Lu!
    Como está lá no post, quem resolveu tudo foi a EcoDunas, que eu super-recomendo (todos os probleminhas relatados foram resolvidos prontamente). O valor varia de acordo com o número de pessoas. Nós eramos quatro, ficou em torno de R$ 3200,00 (não lembro agora exatamente o valor), com a hospedagem, transporte e todos os passeios. Nós compramos as passagens pela Gol com uns três ou quatro meses de antecedência, saíram por mais ou menos R$ 750,00 (Rio-Sao Luis e Fortaleza-Rio). Então, o custo total foi de mais ou menos R$ 4.000,00, o que eu achei super em conta, tendo em vista que nos pacotes vendidos pelas operadoras de ecoturismo não saía por menos de R$ 7.000,00.

    Barato mesmo!!! Inclusive o aéreo … mas sempre dá p/ir de milhas. Se bem me lembro a minha cotação tinha sido bem mais cara, até pq eram menos dias. Valeu!!

Ficou ótimo esse post hein Riq e Marília. Juntando com a série da patricia então…
Eu estou pensando em ir ano que vem nas férias então mais pra frente vou ler com mínimos detalhes.

Olá Riq,
Estou escrevendo para saber se você ou algum leitor conhece o site de reserva de hotéis Otel.com (assim mesmo, sem o H)?

Estou procurando um hotel para o reveillón em Punta e lá os preços estão melhores que em outros sites conhecidos.

Alguém tem referência, é confiável esse Otel.com?
Mt Obrigada!!
bjos

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