10 restaurantes no Rio: uma lista rápida :-)

Outro dia, checando mensagens no meu Facebook pessoal (coisa que, confesso, raaaaaaaaramente faço), encontrei uma mensagem da Isadora Andrade, foodhunter dos Destemperados, me pedindo 10 indicações de restaurantes no Rio de Janeiro, que eles estavam fazendo uma “hot list”.

Eu achei que fosse um daqueles posts coletivos juntando dicas de diversos comilões e respondi de supetão, com os 10 primeiros restaurantes que me vieram à cabeça. Qual não foi minha surpresa quando descobri que aquilo tinha virado um post só de dicas minhas!

Passado o susto, porém, gostei da lista. A espontaneidade tem seus méritos. A seleção leva nota zero em originalidade, mas garante uma viagem proveitosa pelas mesas cariocas. Um ou outro nome (Guimas, Zazá) pode já ter vivido momentos mais fulgurantes, mas se tornaram clássicos em seus nichos. Cada vez que olho a lista me lembro de mais 4 ou 5 que poderiam estar nela — falta off-Barra, falta Santa Teresa, faltam os transadinhos de Botafogo, falta Centro (onde sou iletrado gastronomicamente) –, mas fico satisfeito com a diversidade de cozinhas e com a descontração dos ambientes (até mesmo da Sudbrack).

Bom apitchítchi!

Roberta Sudbrack. Na mão da melhor cozinheira do Brasil, ingredientes tradicionalmente menosprezados tornam-se estrelas de “coleções” inesquecíveis. Pontos extras para a falta de afetação: você não precisa ter carteirinha de enochato ou gastropedante para curtir. Site do restaurante: aqui. Resenha dos Destemperados: aqui.

CT Boucherie

A família Troigros subverteu o rodízio: você escolhe um corte de carne, e os garçons correm o (apertado) salão com os acompanhamentos. E que acompanhamentos! Polenta com agrião (espetacular), ratatouille, purê de maçã com maracujá, chuchu gratinado, vagem salteada e outras delícias — querendo, dá para pedir só o rodízio de acompanhamentos (e vale). Site do restaurante: aqui. Resenha dos Destemperados: aqui.

Guimas

30 anos atrás, inventou o bistrô carioca, escondidinho no Baixo Gávea. Só pelo fato de ter sido o principal disseminador da caipivodka de lima-da-pérsia, teria minha eterna fidelidade. O difícil é não pedir um dos clássicos imexíveis do cardápio, como o filé com molho de queijo boursin e o pato da fazenda com arroz de pêras. Site do restaurante: aqui. Resenha dos Desemperados: aqui.

Aconchego Carioca

Paixão recente — só fui experimentar esse charmoso botequim da Zona Norte (entre a Tijuca e o Maracanã) depois que já tinha se tornado a mais inteligente unanimidade carioca (desculpaê, Nelson Rodrigues). Os bolinhos, capitaneados pelo de feijoada, são obras de ourivesaria. Não deixe de pedir a almofadinha — pastel de massa de tapioca recheado com camarão, uma belíssima variação dos dadinhos de tapioca do Rodrigo Oliveira do Mocotó. Site do restaurante: aqui. Resenha dos Destemperados: aqui.

Lamas

Centenário (mas há apenas 40 anos no endereço atual, perto da estação Flamengo do metrô), é o lugar para dividir uma milanesa ou um contra-filé à Chateaubriand na madrugada ou no fim da tarde depois da praia. Os preços simpáticos e o fato do celular não pegar lá dentro fazem você se sentir num Rio de outros tempos. Se tiver creme de abacate na sobremesa, por favor peça por mim. Site do restaurante: aqui. Resenha dos Destemperados: aqui.

Zazá Bistrô

Numa esquina barulhentíssima de Ipanema (Joana Angélica com Prudente), o Zazá tem um pezinho no fusion que eu adoro (me julguem). Não vou ao Rio sem jantar pelo menos uma vez por lá. (Os gringos mais descolex também adoram.) Site do restaurante: aqui. Resenha dos Destemperados: aqui.

Amir

Meu árabe preferido no patropi — você vai notar que os pratos não têm aquele tempero domesticado dos libaneses de São Paulo. Seja lá o que você pedir, acompanhe com arroz com lentilha. Site do restaurante: aqui. Resenha dos Destemperados: aqui.

Nam Thai

Bendito seja o turismo estrangeiro no Rio de Janeiro! A freqüência gringa garante que sempre haja tailandeses de verdade na Guanabara. E o que nunca me decepciona é o Nam Thai (além de tudo, mega bem localizado no Baixo Leblon). Site do restaurante: aqui.

Azumi

Japa de raiz, escondido num pedaço especialmente faustofawcetiano de Copacabana, cultuadíssimo entre os niponicamente esclarecidos da cidade. (Se você gosta de sushi empanado e sushi com cream cheese, passe longe…) A carta de pratos quentes é longa e interessantíssima; vá com fome, com tempo e com amigos, para experimentar de tudo. Resenha no Rio Show: aqui.

Osteria dell’Angolo

Os restaurantes da rua Paul Redfern, em Ipanema, costumam abrir e fechar com uma rapidez incrível — mas este ótimo italiano não se abala. A razão de vir aqui está no couvert: os antipasti generosíssimos (e de qualidade!) desempatam qualquer disputa com os outros bons italianos da cidade. Resenha no Rio Show: aqui.

E você? Quais são seus 5 ou 10 mais no Rio? Divide com a gente, vai!

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