Flamenco em Sevilha
O querido JotaPê, que mora em Lisboa mas vai a Sevilha como um paulistano vai ao Rio, tinha recomendado que a gente desse um rolê depois da meia-noite em Triana, a "Lapa" de Sevilha, o bairro onde se encontram os bares autênticos de flamenco. Só que a agenda estava carregada e era preciso acordar cedo todos os dias; por isso não deu pra conferir lugares como a Sala Tronio na hora em que os sevilhanos estariam por lá.
Mas não voltamos frustrados não, porque conseguimos assistir a dois ótimos espetáculos de flamenco, mesmo que dirigidos a turistas.
Os dois shows se destacam do ramerrão do flamenco-pra-turista porque fogem do esquema jantar + show. Nesses dois lugares você chega só para o espetáculo. Nenhum dos dois é point de excursões. E ambos exalam um respeito ao flamenco tradicional que torna a noitada emocionante -- ainda que os seus companheiros de platéia sejam todos estrangeiros como você.
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Casa de la Memoria Al-Andalus
Casa de la Memoria Al-Andalus
O palco fica no pátio (coberto) de um casarão histórico do bairro de Santa Cruz. Os bailaores são sérios e compenetrados, e na noite em que fomos apresentaram um espetáculo redondíssimo.
O show é às 21h; passamos à tarde para comprar e a moça que nos vendeu os ingressos recomendou que a gente chegasse às 20h30, quando abrem a porta da sala. Chegamos dez minutos depois e já não havia mais lugares na primeira fila -- o que é um problema, já que todas as fileiras estão no mesmo nível; ficando atrás a sua visão fica prejudicada. Recomendo, portanto, que você chegue cedo para sentar na frente.
Casa de la Memoria Al-Andalus
Não é permitido fotografar durante o espetáculo; só no bis as câmeras são liberadas. Os shows acontecem todas as noites às 21h; o ingresso custa € 18. Onde: Calle Ximénez de Enciso 28; tel.: 954-560-670. Site oficial: aqui.
Museo del Baile Flamenco
Museo del Baile Flamenco
Este pequeno, porém moderníssimo, museu privado foi criado e é administrado por Cristina Hoyos, uma das maiores bailaoras da história do flamenco. É como se o Zico tivesse seu próprio museuzinho de futebol no Rio de Janeiro.
Passe à tarde para comprar ingresso para o show da noite e aproveite para visitar o museu. A sala mais bacana mostra os principais palos (algo como passos ou estilos) do flamenco, em vídeos. Há também salas dedicadas aos principais expoentes do flamenco, e outra com trechos de filmes de Hollywood que incorporaram cenas de flamenco.
Museo del Baile Flamenco
O show muda todas as noites, porque não há um elenco fixo. Para cada apresentação são chamados um bailaor, uma bailaora, um cantor e um ou dois violonistas. Se o show da Casa de la Memoria era perfeitamente ensaiado, o do Museo del Baile Flamenco nos pareceu uma jam session de flamenco.
Museo del Baile Flamenco
A bailaora era fenomenal e estava endiabrada naquele dia; parecia possuída por um orixá andaluz Perto dela, o bailaor, que já não era muito carismático, ficou apagadinho. Mas de todo modo a noite resultou emocionante -- e totalmente diferente do que tínhamos visto na Casa de la Memoria (e que também nos tinha deslumbrado).
Museo del Baile Flamenco
Há um discreto serviço de bar (servem sangria, claro...) e permitem que você fotografe o espetáculo. O ingresso para museu + espetáculo sai € 24. Os shows acontecem todos os dias em duas sessões, às 19h e às 20h45. Onde: Calle de Manuel Rojas Marcos, 3; tel.: 954-340-311. Site oficial: aqui.
Melhor que esses? Já sabe: bairro de Triana, sexta e sábado de madrugada
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Os carros desta viagem são alugados com todos os seguros pela Mobility Cars.
O grupo Pestana e as Pousadas de Portugal apoiam esta viagem.
O Mondial Travel é a assistência viagem oficial do #viajenaviagem no projeto Europa de carro.
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