Seviha o que fazer

Guia de Sevilha

O que fazer em Sevilha

Dois dias são suficientes para visitar o básico de Sevilha. Com três dias, você tem um panorama mais completo, saindo do centro histórico. A partir de 4 dias, pode curtir a vida cotidiana da cidade e/ou fazer bate-voltas.

Veja abaixo o roteiro de o que fazer em Sevilha.

sevilha plaza de espana

Se você vem de Madri, acrescente um pernoite. Você aproveita o dia do deslocamento para fazer um pit-stop em Córdoba e visitar a Mesquita, e chega a Sevilha no início da noite.

Fura-filas: compre ingressos com antecedência

Sevilha o que fazer: fura-filas

As filas para o Alcázar de Sevilha são enormes, e a espera pode ultrapassar duas horas. Compre aqui seus ingressos com horário marcado.

A Catedral e torre La Giralda costumam ter longas filas. Compre aqui e use a entrada preferencial.

Vai visitar a Plaza de Toros Real Maestranza? Não desperdice seu tempo, compre aqui seu ingresso e já chegue com as entradas na mão.

Os melhores shows de flamenco são bem disputados. Para não perder a oportunidade de assistir a um espetáculo profissional, planeje com antecedência e garanta seu ingresso para o Museo del Baile Flamenco e/ou a Casa de La Memoria.

A caminho de Sevilha: pit-stop em Córdoba

Se você vai chegar a Sevilha de trem, vindo de Madri, aproveite a viagem para fazer um pit-stop em Córdoba. Compre dois bilhetes separados (Madri-Córdoba e Córdoba-Sevilha) para poder reembarcar no fim do dia. Córdoba está a 1h45 de Madri nos trens rápidos da Renfe. De Córdoba a Sevilha, são mais 45 minutos.

Córdoba

Num pit-stop em Córdoba você visita a Mesquita, o Alcázar de los Reyes Cristianos e dá uma voltinha na judería. Clique e veja todos os detalhes para programar este pit-stop.

Chegando a Sevilha: tapas perto do hotel ou noite em Triana

Sevilha o que fazer: La Giralda à noite

Depois de se instalar no hotel, saia para curtir a noite de Sevilha.

Se o pit-stop em Córdoba tiver sido cansativo, um programa divertido que requer pouca energia é salir de tapas nas redondezas do seu hotel. Veja onde comer e beber em Santa Cruz, na região de El Arenal e também na zona da Alameda de Hércules.

Mas caso você esteja com a corda toda, cruze a ponte em direção a Triana, o bairro onde nasceu o flamenco.

De tradição cigana e operária, ainda é considerado uma Sevilha mais autêntica, embora tenha se aburguesado um pouco com o passar do tempo. Vá a pé: a Ponte de Isabel II, ou Ponte de Triana, tem movimento de pedestres a noite toda, e é um mirante que não se deve perder.

Outro ponto bom para se ver a vista é no calçadão da rua Bétis, que leva o nome do rio Guadalquivir na época dos romanos.

Há muitos bares de flamenco em Triana – mas a música costuma começar tarde, só lá pra meia-noite. Então você vai ter tempo suficiente para um ‘esquenta’, zanzando entre os bares mais tradicionais do bairro (veja o roteiro de onde comer e beber em Triana).

Dia 1: La Giralda, Catedral, Real Maestranza, Guadalquivir

La Giralda e Catedral de Sevilha

Um passinho pra trás. Mais outro passinho… e mais outro… Pronto. Conseguir enquadrar os quase 100 metros da torre La Giralda numa foto não é fácil.

sevilha la giralda

La Giralda foi construída durante o período islâmico em Sevilha, na dinastia Almohade, considerada mais austera na arquitetura. E, ainda assim, manteve o posto de um dos maiores arranha-céus de todo o continente durante séculos.

La Giralda é o curioso caso de um minarete sem mesquita: depois da reconquista católica, foi transformado em campanário para a Catedral gótica, construída logo ao lado, no lugar do templo muçulmano.

Subir até a altura dos sinos vale a pena, e é menos extenuante do que se imagina. O interior da torre é todo de rampas (cavalos eram o elevador da época!), e há várias oportunidades de parar, apreciar a vista e retomar o fôlego.

sevilha catedral colombo

Depois de descer da torre, visite a igreja. A Catedral de Santa María de La Sede é a terceira maior do mundo, e abriga o mausoléu de Cristóvão Colombo. Vá até a Sala Capitular, que tem desenho renascentista e é ornamentada por telas de Murillo.

Termine a visita passeando entre as laranjeiras do Patio de Los Naranjos. São fileiras e mais fileiras de pés de laranja, fontes e sombra para descansar.

Informações práticas

Real Maestranza (Plaza de Toros)

Caminhe até o bairro de El Arenal, passando pela escondidinha Plaza del Cabildo. Seguindo pelas ruas Arfe, Adriano e Pastor y Landero você terá uma boa amostra da personalidade do bairro, um dos mais carismáticos de Sevilha.

Faça uma pausa para o almoço – veja dicas de ótimos restaurantes nas redondezas.

sevilha real maestranza

Em El Arenal está a plaza de toros da Real Maestranza de Caballería. A arena é considerada uma das mais bonitas da Espanha. Na visita guiada você conhece mais sobre a tradição das touradas sem precisar assistir a uma.

Além de subir na arquibancada, você também passa por um pequeno museu com cartazes antigos, trajes de toureiros e artefatos relacionados à tauromaquia.

Informações práticas

Rio Guadalquivir

sevilha rio guadalquivir

Termine o dia passeando pela orla do rio Guadalquivir. Por causa desse rio, que desemboca no Oceano Atlântico, Sevilha pôde ser um dos principais portos da Espanha durante a exploração da América. (Do outro lado do Guadalquivir está Triana, o bairro onde nasceu o flamenco).

sevilha rio guadalquivir

Caminhe pelo calçadão até a Torre del Oro. Com pinta de monumento, esse posto de defesa fazia parte da antiga muralha da cidade, ainda durante o domínio árabe. Deste ponto partem os ferry-boats que navegam pelo rio em passeios de uma hora, mas são tours dispensáveis — você vai gostar mais de explorar a área a pé.

À noite, mais uma chance para ir de tapas. A zona mais interessante para isso é a do entorno da Alameda de Hércules, que mistura moradores e turistas. Veja onde comer e beber na Alameda de Hércules.

Caso você só tenha mais um dia em Sevilha, aproveite o caminho para a Alameda para passar nas Setas de Sevilha.

Dia 2: Alcázar, Santa Cruz, show de flamenco

Alcázar de Sevilha

O Alcázar de Sevilha é quase vizinho à Catedral. Dá para bater ponto nos dois no mesmo dia? Até que sim. Mas acredite: você não vai querer visitar o Alcázar de olho no relógio, tendo hora pra sair.

alcazar sevilha

Já hora pra entrar é bom ter, viu? Compre seu ingresso com antecedência.

sevilha alcazar

Com mais de mil anos, o Alcázar é uma das mais antigas residências reais da Europa. Um conjunto de palácios — muitas vezes chamado de Reales Alcázares, no plural — que serve de aperitivo para a Alhambra de Granada.

Você pode fazer a visita de forma livre, mas é recomendável alugar o audioguia (tem explicações em português) e seguir o percurso sugerido. Pegar um tour em grupo também é uma boa. É muita história para você ir embora tendo só visto uns cômodos bonitos.

Não sobrou muito dos palácios islâmicos que existiram ali — o Patio del Yeso e a muralha são os principais vestígios. Mas quem entra no palácio do rei católico Pedro I jura que está visitando a residência de um califa.

sevilha alcázar azulejos

É pelo que chamam de arte mudéjar: de desenho islâmico, feita em recintos católicos. Repare nos motivos delicados em gesso, mosaicos de azulejo alicatado… O curioso é que o rei nazarí Muhammad V teria se inspirado ali para adornar o seu Palacio de los Leones, na Alhambra.

A visita comum já permite acesso a vários espaços do Alcázar (o Palácio Gótico, a Casa de Contratação, quintais, jardins…) e vai ocupar a sua manhã. Se quiser, você pode pagar a mais pelo acesso ao Cuarto Real Alto, ainda hoje usado pela família real espanhola nas suas passagens por Sevilha.

(Outra família real que bate ponto no Alcázar é a da Casa Martell, de Game of Thrones. Se você assiste ao seriado, vai reconhecer o cenário de Dorne por lá.)

Informações práticas

Santa Cruz (Judería)

Quando você sair, já vai ser, muito provavelmente, hora do almoço. A melhor ideia é aproveitar a profusão de bares no entorno do Alcázar para fazer um tapeo diurno. Veja onde comer em Santa Cruz.

sevilha santa cruz bairro

Use a sua tarde para caminhar pelo labiríntico bairro de Santa Cruz, o antigo bairro judeu, ou judería, de Sevilha. Percorra a Calle Agua (ou Callejón del Agua), descanse na Plaza de Doña Elvira, entre no Hospital de los Venerables, que tem lindos afrescos na sua igreja barroca. Lojinhas de cerâmica, temperos e outras lembranças aparecerão pelo caminho.

Não se perder em Santa Cruz é impossível, então caminhe a esmo e deixe para buscar ajuda no GPS do celular só quando quiser voltar para o hotel.

Informações práticas

Show de flamenco

Sevilha o que fazer: show de flamenco

Para fechar o dia, programe-se para assistir a um espetáculo de flamenco. Os shows da Casa de la Memoria e do Museo del Baile Flamenco são turísticos, sim, mas imperdíveis na mesma medida. Vá confiante, compre antecipadamente, e chegue cedo para garantir um bom lugar.

Os ingressos para a Casa de la Memoria podem ser reservados pelo site com pelo menos dois dias de antecedência, por telefone (tel. 954 56 06 70 ) ou passando no local depois das 18h.

Já os ingressos para os shows do Museo del Baile Flamenco — que pertence à bailaora Cristina Hoyos — são vendidos online em tempo real. O ingresso dá direito a ver uma ótima exposição sobre a dança flamenca também.

Informações práticas

Depois do show, curta a noite em Santa Cruz.

Dia 3: Plaza de España, Setas de Sevilla e Casa de las Dueñas

Plaza de España

Comece o dia visitando a grandiosa Plaza de España, que em breve completa 100 anos. Você vai enxergar de longe as torres do edifício (com desenho meio renascentista, meio mudéjar) que rodeia a praça.

sevilha plaza espana

Tudo é uma beleza: as pontes, decoradas em cerâmica; os canais com barquinhos; os painéis de azulejo que homenageiam cada província espanhola.

Informações práticas

A Plaza de España fica dentro do Parque de María Luisa, que é um ótimo lugar para passear de bicicleta. Aliás, Sevilha é, em geral, bastante bike friendly.

Na saída, ande até a estação Prado de San Sebastián para pegar o VLT Tranvía. (Veja como se deslocar em Sevilha.) A linha 1 vai levar até a Plaza Nueva, bem no centro comercial do casco antiguo.

Metropol Parasol (Setas de Sevilla)

setas sevilha metropol parasol

A partir da Plaza Nueva, espie as vitrines das ruas Tetuán, Velázquez e O’Donnel enquanto caminha em direção à Plaza de la Encarnación. É lá que está o Metropol Parasol, a imensa escultura de madeira que deveria se parecer com um guarda-sol, mas terminou apelidada de Setas (‘Cogumelos’) de Sevilla.

Compre o ticket para subir no mirante. Caminhar pelas passarelas que acompanham o traçado da escultura é tão sensacional que a vista fica até em segundo plano (mas é linda, também).

Informações práticas

Antiquarium

De volta ao térreo, dê uma espiada na feira do Mercado de la Encarnación. No subsolo, o Antiquarium exibe restos arqueológicos romanos que foram encontrados durante as obras do monumento.

Informações práticas

Alfalfa, lojinhas e Palacio de las Dueñas

Para o almoço, o bairro de Alfalfa estará bem pertinho. Tem bares e restaurantes bem tradicionais, e outros mais novidadeiros. Veja dicas de onde comer em Alfalfa.

(Aproveite para passar pela rua Pérez Galdós para ver o circuitinho mais alternativo de moda e compras que tem crescido nessa área de Sevilha.)

Termine a tarde visitando o Palacio Las Dueñas. Era a residência da Duquesa de Alba, aristocrata-celebridade falecida recentemente, e que tinha uma das maiores fortunas do país.

O pátio tipicamente andaluz é considerado um dos mais bonitos de Sevilha. Na visita, você passa por vários ambientes decorados como se a duquesa ainda estivesse por ali.

Informações práticas

Última noite em Sevilha

Caso você não tenha ido a Triana na noite de chegada, esta é a sua última chance. de Sevilha.

Outra ótima pedida é assistir a um segundo show de flamenco profissional. Veja os shows que recomendamos.

Mais dias em Sevilha: bate-voltas

Ficando 4 dias ou mais em Sevilha, você vai poder curtir mais a vida da cidade.

Mas vai também poder fazer passeios de dia inteiro a lugares próximos na Andaluzia. Esses são os bate-voltas mais confortáveis para fazer a partir de Sevilha:

Bate-volta de Sevilha a Córdoba

O que fazer Sevilha: bate-volta a Córdoba

Caso você não tenha a oportunidade de fazer o pit-stop em Córdoba entre Madri e Sevilha (na ida ou na volta), então não deixe de fazer um bate-volta a Córdoba. A Mesquita de Córdoba é um dos monumentos mais bonitos da Espanha.

É uma viagem muito fácil de fazer, porque o trecho entre Sevilha e Córdoba é servido por trens de alta velocidade, que fazem o percurso em apenas 45 minutos. Há saídas praticamente de hora em hora. Veja como comprar passagens de trem na Espanha.

Clique para ver:

Nosso parceiro Viator tem um tour de 1 dia a Córdoba incluindo ingresso à Mesquita, partindo de Sevilha, por 95 euros euros por pessoa.

Informações práticas

Bate-volta de Sevilha a Jerez de la Frontera

Se você faz parte da legião de viajantes brasileiros que não perdem nenhuma chance de visitar vinícolas, saiba que você está a apenas uma hora de trem das bodegas de xerez de Jerez de la Frontera. Há trens praticamente de hora em hora, veja como comprar passagens de trem na Espanha.

Xerez (jerez em espanhol, sherry em inglês) é um vinho fortificado, como o vinho do Porto. Seu método de produção, porém, é diferente.

Enquanto no vinho do Porto há a adição de aguardente de uva no meio do processo para interromper a fermentação, no caso do xerez a aguardente de uva é acrescentada apenas no final do processo (em quantidade maior).

Há outras características específicas, como a formação de uma camada de levedura durante a fermentação. Tudo isso é bem explicado na visita às maiores bodegas.

Além das bodegas, Jerez tem outras atrações: um centro histórico muito bonito e a Real Escuela Andaluza del Arte Ecuestre, que realiza, duas ou três vezes por semana, um espetáculo de… balé equestre, Como bailam os cavalos andaluzes (veja horários abaixo).

Informações práticas

A bodega mais fácil de visitar é a Tío Pepe, porque está em pleno centro histórico. Fica muito pertinho do Alcázar de Jerez e da Catedral.

Informações práticas

Outras duas grandes bodegas estão próximas, mas não no coração do centro histórico: a Fundador/Domecq e a Sandeman (que também está presente no Porto). A Sandeman tem a vantagem de estar perto da Real Escuela Andaluza del Arte Ecuestre.

Informações práticas

Nosso parceiro Viator tem um tour de 1 dia a Jerez e Cádiz com visita a bodega e espetáculo equestre, partindo de Sevilha

Bate-volta de Sevilha a Cádiz

O que fazer em Sevilha: bate-volta a Cádiz

Cádiz é outra encantadora cidade andaluza de influência árabe. O mar está à porta. O centro histórico se distribui por uma peninsulazinha — pense numa mistura de Sevilha com Havana. Do seu porto saíram os grandes navegadores da época dos descobrimentos, e é por ali que ainda hoje escoam os vinhos produzidos em Jerez.

Cádiz está a 1h40 de trem de Sevilha, com saídas praticamente de hora em hora. Veja como comprar passagens de trem na Espanha.

Visite a igreja de Santa Cruz (antiga mesquita, e a primeira catedral de Cádiz), que fica ao lado das ruínas do Teatro Romano, construído em 70 a.C. Passeie (e almoce) no Mercado Central, suba ao mirante da Torre Tavira e se perca no emaranhado de ruas que acabam sempre levando ao mar.

Informações práticas

Bate-volta de Sevilha aos Pueblos Blancos

O que fazer em Sevilha: bate-volta a Pueblos Blancos

Os Pueblos Blancos são vilarejos encarapitados em montanhas ao longo da Serra de Grazalema que formam um conjunto precioso. A melhor maneira de fazer essa rota é de carro alugado, no caminho entre Sevilha (ou Vejer de la Frontera) e Ronda — veja nosso roteiro de 7 dias na Andaluzia.

Caso você não queira alugar carro, porém, é possível se encaixar em tours em grupo. Nosso parceiro Viator tem um tour de 1 dia aos Pueblos Blancos e Ronda, partindo de Sevilha.

E o Marrocos, vale um bate-volta?

O bate-volta a Tânger, no Marrocos, é uma das maiores arapucas para turistas na Espanha. Você perde um dia numa viagem exaustiva e atribulada, que leva a um dos lugares mais conturbados do Marrocos.

Não é que Tânger seja tão horrível — mas você não vai ter tempo, nem serenidade, para descobrir o que há de bom.

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    Fazer esse passeio não substitui uma viagem de verdade ao Marrocos — e, pior, pode até impedir que você queira voltar, tamanho o bode que você pode pegar do lugar.

    Veja nesta página como organizar sua visita a Sevilha em 2, 3 ou mais dias, incluindo bate-voltas.

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