Que moeda levar para a Colômbia

Que moeda levar para a Colômbia? Real, dólar, peso colombiano ou cartão?

A moeda corrente na Colômbia é o peso colombiano.

Veja nesta página se vale a pena comprar pesos colombianos no Brasil, se é recomendável levar reais ou dólares para trocar na Colômbia, e quais cartões são mais vantajosos: de débito, de crédito ou pré-pagos.

A Bóia recomenda:

Quanto vale o peso colombiano?

O peso colombiano é uma moeda que dificulta fazer contas, porque os preços têm muitos zeros. É recomendável fazer uma tabelinha com os equivalentes a R$ 10, R$ 50 e R$ 100, para saber quanto você está gastando.

Nos últimos 10 anos 1 real tem comprado entre 600 e 900 pesos colombianos. O vaivém das cotações acompanha a instabilidade das duas moedas em relação ao dólar. Se o peso colombiano se desvaloriza mais do que o real frente ao dólar, fica mais barato para os brasileiros. Mas quando é o real que desvaloriza mais do que o peso colombiano frente ao dólar, então o peso colombiano fica mais caro para nós. Em 2022 o real está valorizado frente o peso colombiano.

Em 20 de setembro de 2022, eram essas as cotações:

  • 1 real = 843 pesos colombianos na cotação interbancária (parâmetro para todas as outras cotações)
  • 1 real = 830 pesos colombianos no cartão Wise (já incluído o IOF de 1,1%)
  • 1 real = 750-800 pesos colombianos em casas de câmbio em Bogotá
  • 1 real = 625 pesos colombianos nas casas de câmbio no Brasil (já incluído o IOF de 1,1%)

Hoje os números estarão diferentes – mas é bastante provável que as proporções entre os canais de câmbio permaneçam as mesmas.

Vale a pena levar dinheiro vivo para a Colômbia?

Não mais.

Com o advento dos novos cartões de débito vinculados a contas internacionais (como Wise, Nomad, C6 Global, BS2 Go), que oferecem um câmbio equivalente ou mesmo melhor do que as casas de câmbio de Bogotá, levar dinheiro vivo não é mais uma opção vantajosa.

Você conseguirá dinheiro vivo fazendo saques na cotação máxima nos caixas automáticos do Banco de Bogotá, sem perder tempo nem desviar do seu caminho.

Levar dólares para a Colômbia

Se você prefere viajar com dinheiro vivo e tem dólares em casa, leve para a Colômbia. É mais fácil conseguir trocar dólares a uma boa cotação do que reais.

Faça seu câmbio preferencialmente em Bogotá, em dias de semana, no horário bancário.

Depender de trocar dinheiro em casa de câmbio para seguir sua viagem implica em fazer um desvio no seu roteiro para ir até um local com bom câmbio, no horário conveniente. Isso pode fazer você perder algum passeio para ir até a casa de câmbio.

Não troque dinheiro no aeroporto, em horário nenhum: é a pior cotação que você encontrar para seus dólares.

Levar reais para a Colômbia

Se você prefere viajar com dinheiro vivo, pode levar reais para a Colômbia. A cotação não é tão boa quanto na Argentina, no Uruguai ou no Chile, mas é melhor do que comprar pesos colombianos no Brasil.

Faça seu câmbio preferencialmente em Bogotá, em dias de semana, no horário bancário.

Depender de trocar dinheiro em casa de câmbio para seguir sua viagem implica em fazer um desvio no seu roteiro para ir até um local com bom câmbio, no horário conveniente. Isso pode fazer você perder algum passeio para ir até a casa de câmbio.

Não troque dinheiro no aeroporto, em horário nenhum: é a pior cotação que você encontrar para seus reais.

Levar pesos colombianos comprados no Brasil

Não vale a pena comprar peso colombiano no Brasil. As melhores cotações que você conseguir em grandes cidades do Brasil vão ser 15 a 20% inferiores à cotação dos bons locais de câmbio em Bogotá ou dos cartões de débito vinculados a contas internacionais (como Wise, Nomad, C6 e BS2 Go).

Só compre pesos colombianos no Brasil se você achar indispensável chegar à Colômbia com moeda local. Mas lembre-se que dá para fazer saques no aeroporto com cartão de débito internacional ao chegar.

Vale a pena usar cartões na Colômbia?

Cartões são amplamente aceitos na Colômbia.

A melhor estratégia para levar dinheiro à Colômbia é usar um dos novos cartões de débito vinculados a contas internacionais (como Wise, Nomad, C6 e BS2 Go), que têm IOF igual ao dinheiro vivo e oferecem cotações melhores do que as casas de câmbio.

Considere cartões de crédito convencionais úteis apenas como plano B – caso dê algum chabu com seu cartão de débito.

Já os cartões pré-pagos (tipo ‘travel money’) ficaram obsoletos desde o surgimento dos novos cartões de débito vinculados a contas internacionais.

Cartões de débito de contas internacionais

Enquanto você estava sem sair do Brasil, durante a pandemia, surgia uma nova classe de cartões: os cartões de débito vinculados a contas internacionais digitais voltadas para o público brasileiro.

Esses cartões – como Wise, Nomad, C6, BS2 Go – oferecem a melhor combinação de vantagens para os viajantes:

  • IOF de 1,1% (igual ao do dinheiro vivo e 5,28% menor que o do cartão de crédito)
  • Spread de 2 a 4% (menor que o do dinheiro vivo e que o do cartão de crédito)

Além de oferecerem moeda estrangeira pelo menor preço, esses cartões livram você da obrigação de passar numa casa de câmbio antes de começar a passear ou aproveitar a sua viagem. É uma libertação!

Na Colômbia, você vai conseguir usar esses cartões em quase tudo: restaurantes, cafeterias, lojas, até mesmo alguns passeios.

Você também vai precisar de algum dinheiro vivo, e para isso pode usar seu cartão para saques nos caixas automáticos.

Para entender melhor sobre os cartões, veja o nosso dossiê de cartões de débito vinculados a contas internacionais. Não tem propaganda!

Mas esses cartões são em dólar, não tem problema?

Não tem problema. Você carrega seu cartão com dólares e os gastos em pesos colombianos são convertidos pela melhor cotação possível.

O cartão Wise, que normalmente já permite carregar diretamente na moeda local, não vende pesos colombianos, mas opera sem problemas na conta em dólar, como os demais cartões.

Saques em caixas automáticos com cartão de débito internacional

Fazer saques em pesos colombianos nos caixas automáticos (cajeros automáticos) vale a pena quando você usa um cartão que não cobra tarifa e faz o saque pelo valor máximo possível.

Os cartões Nomad e Wise oferecem dois saques gratuitos – mas ainda assim é preciso pagar a tarifa do caixa automático. Por isso, escolha os caixas automáticos do Banco de Bogotá, que aceitam cartões como Wise e têm limite de saque de 1.000.000 de pesos colombianos (cerca de R$ 1.200). Fazendo um saque alto você dilui a tarifa de uso do equipamento, que é fixa para qualquer valor sacado.

Os cartões Wise infelizmente não funcionam no Bancolombia, então use apenas os do Banco de Bogotá.

Cartões de crédito

Os cartões de crédito são muito bem aceitos na Colômbia. Leve sempre algum cartão desbloqueado para a Colômbia – no mínimo, como um bom plano B caso falte dinheiro ou seu cartão de débito dê algum chabu.

Sempre evitados por quem nunca se conformou com o IOF de 5,38%, os cartões de crédito agora começam a perder seus usuários para um produto muito mais vantajoso – os cartões de débito vinculados a contas internacionais, que têm IOF de apenas 1,1% e cotações menores.

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    Cartões pré-pagos

    Durante muito tempo, os cartões pré-pagos (tipo “travel money”) foram a melhor opção para fazer poupança em dólar. Você congelava o dólar pelo câmbio do dia do carregamento e depois viajava sem precisar levar um bolo de dinheiro nem entrar em casa de câmbio.

    O único detalhe, claro, era o IOF de 5,38% (e um spread mais alto que o do dinheiro vivo).

    Agora, com o surgimento dos novos cartões de débito vinculados a contas internacionais, os cartões pré-pagos se tornaram obsoletos. Os novos cartões têm as mesmas características, mas com IOF de 1,1% e o menor spread do mercado.

    Conte a sua experiência!

    Precisamos de relatos a respeito do uso dos cartões de débito internacional na Colômbia. É uma categoria nova que revela novas pegadinhas e vantagens à medida que aumenta o seu uso. Obrigado!

    298 comentários

    Passei a Páscoa em Bogotá, e fazendo todas as conversões, cheguei a conclusão que não valeu a pena comprar dólar no Brasil (R$3,28 com IOF). O melhor é fazer SAQUE NA CONTA CORRENTE. Para cada 500.000 pesos que sacava na minha conta corrente pagava R$544 + R$34 de IOF. Isto é R$1 = 865 pesos. Nenhuma conversão se igualou a isso. Não levem nem Real, nem Dólar. Façam saque no Aeroporto (Caixas eletrônicos no 2o andar, ao lado do Café Juan Valdez).

      Olá, Cristiano! Foi a melhor cotação que o Ricardo Freire conseguiu também. Mas veja que na grande maioria das contas-correntes o limite para saques no exterior é bem menor do que o saldo na conta. Normalmente não é possível sustentar uma viagem inteira usando apenas esta modalidade.

    Estive na Colômbia (Bogotá e Cartagena) fevereiro de 2017 e levei dólares e o cartão e para mim ,no final da viagem, foi mais econômico o uso do saque no cartão, não precisei trocar todos os dólares que levei,economizei +ou – 10 por cento.

    A habilitação do cartão para uso internacional, já basta para o saque ?
    Ou são autorizações/habilitações distintas ?

      Olá, Carlos! Se o seu cartão for múltiplo (crédito e débito), você vai precisar fazer dois ‘avisos-viagem’:

      – um para desbloquear o crédito internacional (use o telefone do cartão ou a seção “cartões” do do site do seu banco)

      – outro para habilitar saque e débito internacionais (use o telefone que você usa para assuntos de conta-corrente ou procure a opção na seção “conta corrente” ou “viagem” do site do seu banco)

    Ótimas dicas, chegando na hora certa, viajo para Bogota em seis dias e na volta venho aqui para dar minhas impressōes sobre o tema. Muito obigado!

    Riq,

    Perfeito!

    Só um adendo. Para quem tem cartão do Banco do Brasil é necessário, além de ter o mesmo desbloqueado para saques no exterior, avisar ao seu gerente que você está indo para a Colômbia, caso contrário não irá conseguir sacar.
    Este procedimento também vale se você estiver viajando para o Peru e Paraguai.

      Só um adendo ao seu adendo: quando você for levar cartão para o exterior, tenha também outro meio de pagamento para não acontecer o que me aconteceu quando fui a Montevidéu. Viajei sem dinheiro nenhum, apenas cartões, e o meu cartão de conta corrente, devidamente desbloqueado para uso no Uruguai, não estava sacando nos caixas eletrônicos, e ninguém sabia explicar por que. Fiquei desesperado no aeroporto mesmo. A minha sorte (e que por alguns instantes havia esquecido) é que eu tinha um outro cartão, só que esse era de crédito, mas foi o que me salvou.

      Olá, Rafael! O Uruguai tem duas redes, os múltiplos MasterCard sacam na rede Banred; os múltiplos Visa sacam na rede Brou.

    Esse post veio em boa hora. Viajo para a Colômbia no início de maio. Apenas um esclarecimento: quando o Ricardo fala de 600 pesos como limite de saque, ele quer dizer 600.000 pesos?

    Acabamos de voltar da Colômbia e as melhores cotações que consegui foram:
    Medellin ( Casa de Cambio no Unicientro)
    1 U$$: 2780,00 COP
    1 R$: 870 COP
    Bogotá (Wester Union – Calima Centro Comercial)
    1 US$: 2802,00
    1 R$: 872,00
    1 Euro: 3012,00
    Cartagena:
    1 US$: 2730,00 nas casas de cambio próximo a torre do relógio.

    Olá!
    Tenho uma dúvida, e para quem está indo para Letícia, região de fronteira com o Brasil, a mesma dica de levar dólar é válida?

      Olá, Diego! A pesquisa foi feita em Bogotá, Cartagena e San Andrés. O Ricardo Freire não esteve em Leticia. Em cidades de fronteira normalmente a cotação é justa para as duas moedas vizinhas.

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