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Guia de Nova York

Transporte em Nova York

Nova York é uma cidade para ser descoberta a pé, diz a voz do povo. E isso é verdade. Mas na hora em que as pernas cansam, o tempo urge ou a distância desencoraja, saiba que você pode contar com um robusto sistema de transporte público que está cada dia mais bem servido.

Aqui está um pequeno manual de transporte em Nova York, para você se locomover pela cidade como um real New Yorker.

Transporte em Nova York: metrô

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É o meio de transporte oficial da cidade. Sujo, um pouco feio, meio descuidado, sim. Mas eficiente, também.

Para entender o sistema, comece estudando o mapa — pode ser em papel ou em aplicativos como o New York Subway (para Android e iOS), ou o próprio Google Maps. Você não vai conseguir se virar sem eles, acredite.

Os aplicativos oferecem também a vantagem de mostrar o status da linha no momento, já que o sistema metroviário em Nova York vive em obras. Nos fins de semana, algumas linhas fazem o trajeto de outras por conta de reparos nos trilhos, e você acaba se confundindo em um piscar de olhos.

MetroCard

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O MetroCard é o seu passaporte da alegria. Um cartão novo custa US$1 e pode ser recarregado inúmeras vezes. E você tem duas opções de uso: carregar por valor (pay-per-ride) ou por tempo (unlimited rides).

Se você usar valor (pay-per-ride), cada viagem sairá por US$2.75. Se optar por tempo (unlimited rides), considere o cartão de 7 dias de uso ilimitado, que custa US$ 33.

Para saber qual deles vale a pena, a conta é simples: US$33 equivalem a 12 viagens. Se você planeja usar mais do que 12 vezes, compensa o ilimitado de 7 dias, mesmo que você fique na cidade por um período inferior a esse. Normalmente é a opção mais vantajosa.

Para saber mais sobre como funciona o metrô de Nova York, leia o beabá destrinchado pelo Riq Freire:

Transporte em Nova York: ônibus

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Poucos forasteiros consideram essa opção, mas os nova-iorquinos também andam muito de ônibus. Eles são bastante úteis, pois costumam percorrer trajetos que os metrôs não cobrem, além de permitir que se aprecie a cidade durante o caminho. E sabe o que é melhor? O seu Metrocard também é aceito nos ônibus da MTA.

Os pontos são sinalizados por um poste alto, com uma placa redonda, um ícone de ônibus e o número da rota. Muitas vezes pode haver um abrigo, ou um ‘Guide-a-Ride’, que é um box que contém o trajeto do ônibus e a frequência com que ele passa. Ou até mesmo um painel eletrônico, que mostra quanto tempo falta para os ônibus chegarem naquele ponto.

Preste atenção na identificação para ter certeza que está pegando o ônibus certo, pois em alguns pontos servem mais de uma linha. Verifique também o sentido: norte ou sul, leste ou oeste.

Se você estiver usando seu MetroCard com crédito, será descontado por viagem e a tarifa do ônibus sairá por US$2.75 (lembrando sempre que o MetroCard deve estar carregado pois não dá para carregar o cartão nos ônibus, caso o saldo seja insuficiente). Mas se quiser, também pode pagar em dinheiro: a viagem sairá por US$3. O valor deve ser pago com o valor exato em moedas, nas máquinas que ficam nos pontos ou direto ao motorista (não existe cobrador).

Se você pagar sua tarifa com crédito do MetroCard, você pode fazer baldeação gratuitamente do ônibus para o metrô, ou de ônibus local para ônibus local. Nesse caso, você deve pedir para o motorista, que lhe dará um cartãozinho parecido com o bilhete single ride do metrô.

Você deve usar seu cartão no período máximo de duas horas a partir do pagamento da tarifa. Se você estiver com o MetroCard ilimitado não precisa se preocupar, pois todas as transferências estão incluídas.

Para saber exatamente qual ônibus pegar e o seu trajeto, a forma mais garantida é utilizar o Google Maps, que fornece todas essas informações detalhadas.

Ônibus expressos e Select Bus

Há também os Express Buses, que vêm de outras áreas (Queens, Bronx, Brooklyn…). A tarifa dessas linhas é mais que o dobro (US$ 6.50) e neles o MetroCard não é aceito. Não são indicados para quem quer se locomover apenas dentro de Manhattan. Mas não se preocupe, pois dificilmente você irá confundir um ônibus local com um expresso. Os ônibus expressos são diferentes, lembram os ônibus de viagens, mais altos e com poltronas estofadas.

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Existe ainda uma outra categoria de ônibus, os SBS (Select Bus Service). Para embarcar nesses ônibus é preciso pegar um recibo em uma máquina que fica em frente aos pontos antes de embarcar.

Para saber se o ônibus que você vai pegar naquele ponto é Select Bus, basta olhar na máquina, onde está escrito Select. Se for o caso, basta apertar o Start, inserir o MetroCard no local indicado, pegar o recibo e retirar seu cartão. Se seu MetroCard for ilimitado, será apenas para emitir o recibo. Se for por crédito, o valor da tarifa será descontado.

Quando o ônibus chegar, basta entrar por qualquer porta. Não precisa passar o cartão ou apresentar o recibo, mas ele deve ser mantido com você até o fim da viagem caso haja verificação.

Em Manhattan, os ônibus geralmente seguem em linha reta e poucos fazem trajetos sinuosos. Se um ônibus vem por uma avenida, ele provavelmente vai seguir direto por ela.

Ônibus Crosstown

Existem também os ônibus que cruzam a cidade no sentido das ruas, atravessando as avenidas. Esses são chamados Crosstown. Circulam nas ruas mais importantes, que têm duas mãos. E normalmente ligam estações de metrô que não têm comunicação subterrânea.

Com o seu MetroCard você integra duas linhas de metrô com o ônibus Crosstown, sem precisar caminhar entre estações na mesma rua.

    Transporte em Nova York: táxi

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    Os táxis amarelos já fazem parte do imaginário coletivo. Quem nunca se projetou dentro de um deles, em plena Quinta Avenida, como vimos em tantos filmes? Apesar da ampla concorrência atual contra Uber e Cabify, os New York Taxis continuam imperando na Big Apple.

    Eles são disputados, especialmente se estiver chovendo, mas podem ser encontrados em qualquer lugar. As corridas normalmente não saem por valores tão exorbitantes.

    Primeira dica: para saber se o táxi está disponível, basta olhar no número de identificação que fica bem em cima do carro. Se estiver aceso, dê sinal porque ele está livre. Se estiver apagado, pode deixar passar porque ele já está em serviço.

    A corrida começa em $3 e vai acrescentando $0.70 a cada meia milha percorrida. Cada minuto no trânsito lento também acresce $0.70. A bandeira 2 vale das 20h às 6h. Há outras condições que também podem aumentar um pouco a tarifa, como malas, horário de pico ou pedágios.

    Gorjeta

    Costuma-se deixar tip (gorjeta) nos táxis. Você pode calcular o valor médio de bonificação de serviços na cidade (18%), mas o mais comum é deixar algo em torno de $2 acrescentados ao valor final da corrida. Os táxis aceitam cartões de crédito e você pode incluir a gorjeta na conta. As opções aparecem no fim da transação e você escolhe quanto quer deixar.

    Não se assuste se o motorista não for um lorde inglês, afinal motoristas de táxi em Nova York não são um exemplo de gentileza.

    Transporte em Nova York: Uber e outros apps

    Sabe quem ganha na disputa entre táxis amarelos e serviços como o Uber? O consumidor. Porque enquanto as empresas disputam entre si quem faz a melhor oferta, os passageiros têm cada dia mais opções de fornecedores a preços cada vez mais baixos.

    Depois do Uber, outros aplicativos vieram no rastro em Nova York: Juno, Lyft, Via, só para citar alguns. O interessante é ter mais de um e comparar as tarifas e tempos de espera na hora de pedir seu carro.

    Dependendo do horário e da sua localização, algumas empresas também oferecem a opção de corrida compartilhada, o que reduz muito a tarifa. No entanto, só é possível o compartilhamento se você estiver sozinho ou acompanhado de apenas mais uma pessoa.

    Prepare-se se for horário de pico ou se estiver chovendo ou nevando. Por terem tarifas dinâmicas, sua corrida pode sair o olho da cara. Por isso é sempre bom ficar atento ao valor previsto para não ter surpresas desagradáveis.

    Dica: para ir ou vir do JFK nem sempre o Uber é o meio mais vantajoso, pois é difícil bater o flat fare (tarifa fixa) dos táxis amarelos, que cobram $70 (+ tax e tip) o trajeto Manhattan – JFK ou JFK – Manhattan.

    Transporte em Nova York: aluguel de bicicleta

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    Por conta da geografia plana e da presença de ciclovias por grande parte da cidade, a bicicleta é um dos mais agradáveis meios de transporte em Nova York. Há diversas lojas que alugam bicicletas por hora, especialmente nos arredores do Central Park, que é um dos lugares preferidos pelos turistas para dar umas pedaladas.

    Mas se você pretende fazer da magrela sua condução regular, uma boa opção é a Citi Bike. O sistema de shared bikes ganhou imensa popularidade e as estações com as famosas bicicletas azuis podem ser encontradas em muitos pontos da cidade.

    Para utilizar a Citi Bike, você precisa fazer o pagamento no próprio terminal com cartão de crédito ou débito. O pagamento inclui o depósito de segurança ($ 101, que serão retornados na devolução da bike). Para quem está visitando a cidade, há duas opções. Escolha entre o Single ride por US$ 4,49 para destravar a bicicleta e o Day Pass (24 horas de uso) por US$19.

    Atenção para a pegadinha

    Há uma regrinha meio chata que deve ser cumprida: a bicicleta deve ser devolvida em um terminal a cada 30 minutos. Assim que a devolução for registrada, você pode retirar a mesma bicicleta em seguida e continuar seu passeio. Mas se você der bobeira e ultrapassar os 30 minutos, serão cobrados $4 adicionais por cada 15 minutos de atraso, por isso é bom ficar de olho.

    Você pode trocar de bicicleta quantas vezes quiser dentro do período contratado. E para quem pretende passar bastante tempo em Nova York, existe também o plano que garante 1 ano de pedaladas.

    As estações de Citi Bikes podem ser encontradas nesse mapa ou no aplicativo Citi Bike para celular, onde além de verificar a localização das estações você ainda pode fazer seu registro, comprar passe e ter informações sobre seus trajetos.

    É prudente evitar áreas com trânsito muito intenso, como a Times Square, já que existem diversos pontos onde pedalar vai ser uma experiência divertida, como nas margens do Hudson e do East River, a Brooklyn Bridge e o Brooklyn Bridge Park. Mas se você pretende passear de bicicleta no Central Park, talvez a Citi Bike não seja uma boa opção por conta do sistema de devolução a cada 30 minutos, pois não há decks de Citi Bike dentro do parque. Nesse caso, o ideal é mesmo uma bicicleta alugada por hora.

    Em meses de inverno severo e com neve, as Citi Bikes são recolhidas. Afinal, ninguém tem coragem de se aventurar no frio e congelar tomando um ventinho fresco no rosto, né?

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    Transporte em Nova York: ferry

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    Em Nova York você também pode se locomover de barco, por que não? Essa é uma alternativa um pouco mais demorada, mas que transforma o seu trajeto em um passeio.

    Os ferries do NYC Ferry oferecem 4 rotas diferentes (e outras já programadas para o ano que vem), mas existem duas que são as mais populares entre os visitantes.

    A rota East Side sai da East 34th St, cruza para o Brooklyn, passando por Williamsburg e Dumbo, vai para Governor’s Island (ilha aberta só até o fim de outubro) e tem parada final em Wall Street. A outra sai de Astoria, passa por Roosevelt Island, Long Island, East 34th St e termina em Wall St.

    O bilhete one-way dá direito à transferência de ferries pelo período de 90 minutos a partir da sua validação. Você pode, por exemplo, pegar o ferry na East 34th St, descer em Williamsburg, dar uma voltinha e pegar outro ferry para Dumbo sem pagar de novo.

    A tarifa é $4. Os bilhetes podem ser comprados nos pontos de embarque em máquinas ou com os agentes que ficam ali. Crianças abaixo de 44 polegadas (aproximadamente 1,10m) não pagam.

    Os ferries funcionam a partir das 6h até pouco depois das 22h. Para saber mais sobre os itinerários e horários, consulte o site do NYC Ferry ou baixe o aplicativo.

    Transporte em Nova York: teleférico

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    Tem teleférico em Nova York? Tem, sim. Mas ele leva a um único lugar: Roosevelt Island, uma ilha estreitinha entre Manhattan e o Queens. Ela tem cerca de 3km e vai da 46th até a 85th Street, no East Side. É mais considerada uma ilha dormitório, pois se trata de uma área mais tranquila e residencial.

    O Roosevelt Island Tramway segue ao longo da Queensboro Bridge e só pela vista já vale a pena o passeio. Ele leva a uma região onde fica um parque com uma vista linda de Manhattan, com destaque para o prédio da ONU, além do Memorial a Franklin Roosevelt.

    A estação do Roosevelt Island Tramway fica na 2ª Avenida, entre a 59th e 60th street. O trajeto é feito em 10 minutos, com saída a cada 15 minutos e você ainda pode utilizar o seu MetroCard, com a mesma tarifa do metrô.

    Transporte em Nova York: pedicab

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    Para encerrar com um pouco de farra, você também pode pegar carona em um pedicab. O que é um pedicab? Um táxi em uma bicicleta! Ele acomoda até 2 ou 3 pessoas e muitas vezes pode ser a solução para aqueles momentos em que o trânsito está parado e você está com pressa, já que proporciona maior agilidade. Os ciclistas ficam em áreas mais turísticas, como o Central Park e a região da Times Square.

    As corridas são cobradas por minuto e as tarifas são flutuantes de acordo com a demanda: mais caro no verão, mais barato no inverno. Calcule bem para não gastar muito mais do que gastaria em um táxi convencional. Pode ser útil, mas também pode ser uma aventura divertida. Ah, e não aceita MetroCard. Ainda.

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      8 comentários

      Adorei a dica do cartão. Onde consigo comprar? precisa de foto, a exemplo de Londres? Teria como já comprar no aeroporto JFK? A boia sempre salvando nossas viajens. Gratíssima.

      Excelente postagem! Será que o fato da rede de metrô em NYC não ser em teia, como em Londres ou Paris, deve-se ao fato de ter o Central Park no meio de Manhattan? Outra coisa que achei super legal é que nos pontos de ônibus existem QR Codes que, uma vez escaneados, dão a posição exata dos ônibus e o tempo de chegada naquele ponto!

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