4 toques para viajar em época de alta do dólar 1

4 toques para viajar em época de alta do dólar

Euro e dólar

Atualizado em 7 de maio de 2018

Depois de três meses comportado, o dólar resolveu dar uma subida. Entre março e o início de maio de 2018, a moeda americana valorizou cerca de 10%, chegando a romper a barreira psicológica dos R$ 3,50 (do dólar comercial).

Relembramos aqui algumas dicas que valem para qualquer crise cambial — incluindo as que ainda virão.

1 | Restrinja os deslocamentos

Aquela viagem cheia de escalas, que você acha que está rentabilizando ao passar em muitos lugares, na verdade é uma viagem perdulária.

Não existe deslocamento grátis. Numa viagem muito picada, você não consegue amortizar o custo de deslocamento a cada permanência curta. Resultado: o custo por dia da viagem sobe desproporcionalmente.

Programe viagem pra um lugar só de cada vez, e a viagem naturalmente vai sair mais barata.

2 | Quanto mais tempo num lugar, menos caro ele fica

Eu sempre digo isso, mesmo em tempos de paz cambial.  Quem tem pressa gasta em táxi e em excursão; quem tem tempo caminha, anda de transporte público, faz os passeios por conta própria — isso barateia muito uma viagem.

Outra possibilidade aberta para quem se demora mais em cada lugar é alugar um apartamento. Além de ser potencialmente mais barato que hotel, você vai poder viver uma vida de bairro, que é bem mais em conta que a vida do turista — descobrindo restaurantes abordáveis e aproveitando o supermercado pra preparar algumas refeições em casa.

3 | Garimpe a melhor relação preço x nota dos hóspedes

Nosso parceiro Booking é o melhor lugar para descobrir as melhores pechinchas de hotéis. O consolidado de opiniões é mais equilibrado do que o do TripAdvisor.

Por quê? Porque todas as resenhas no Booking são feitas por quem realmente se hospedou, por meio de um formulário enviado automaticamente depois da hospedagem. Graças a esse sistema, a resposta dos hóspedes funciona como uma amostra mais consistente de opiniões — como num formulário de satisfação do consumidor, só que preenchido no conforto e anonimato da casa do hóspede (e não na frente do atendente da recepção). Além disso, você pode filtrar facilmente os comentários por perfil de hóspede (famílias, viajantes solo, jovens, casais).

Já o resultado do TripAdvisor pode ser distorcido por uma over-atuação de um hotel pedindo resenhas aos clientes (o que ajuda a elevar a nota do hotel) ou pelo mau humor de consumidores que só usam o TripAdvisor como se fosse um Reclame Aqui (plantando pulgas exageradas atrás da orelha de quem pesquisa).

Hospede-se com confiança em hotéis que tenham nota 8 no Booking. Se a localizão for extraordinária (ou o destino for caríssimo, ou o seu orçamento, muito minguado), considere também os de nota 7,5 ou 7. Querendo uma segunda opinião, confronte com a do TripAdvisor — mas vai por mim: é sempre bom descartar tanto os elogios derramados muito pontuais e as críticas histéricas. Procure a opinião média e as críticas objetivas.

4 | Lembra do… Brasil?

O Brasil é menos caro do que a gente imagina. Temos a tendência de comparar sempre o preço mais alto do Brasil (de Réveillon, janeiro e Carnaval) contra o preço da baixa temporada no exterior. Continuamos dizendo que “é mais barato ir pra Miami” mesmo quando as passagens para a Flórida vão à estratosfera, em janeiro e julho.

A verdade é que, quando você compra a passagem com alguma antecedência (30, 60 dias) ou em promoções, voar pode não ser caro.

Não é só nos pacotes que você vai encontrar bons preços de hotéis. Hoje os hotéis brasileiros oferecem condições parecidas em todos os canais de distribuição, incluindo os sites de reservas convencionais. De novo, nosso parceiro Booking é um ótimo lugar para pesquisar. Não tem pegadinha: os preços vêm para duas pessoas, e em 95% dos casos, já com todos os impostos e taxas incluídos (quando tem algum ISS ou taxa de serviço excluída, a informação vem clara na página de reserva).

Além disso, o Brasil é o melhor destino para você usar suas milhas. Aquelas 50.000 a 80.000 milhas da tabela básica necessárias para uma pessoa viajar aos Estados Unidos ou à Europa podem ser transformadas em passagens para duas a quatro pessoas viajarem dentro do Brasil. E as promoções de milhas reduzidas são mais freqüentes.

E os seus planos de viagem? Foram alterados por essa nova subida do dólar? Conta pra gente!

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107 comentários

Olá, estou partindo para Paris em março e gostaria de indicações onde posso “trocar” as notas de Euro. Como é comentado que em Paris os franceses não gostam de dar troco, gostaria de saber se existe algum lugar onde consigo trocar notas altas em cédulas de valor mais baixo.

    Olá, Lica! Há muitos minimercados pela cidade (Franprix, Monoprix). Entre e faça umas comprinhas bobas sempre que precisar trocar notas altas.

Olá, estarei partindo para os EUA em Junho (ainda não sei se no início ou meado), passarei pouco mais de um ano lá, estudando engenharia. Como a viagem provavelmente ocorrerá em período de copa, posso ter problemas com o preço das passagens?

Obs: Irei para a Califórnia.

Olá, gostaria de passar o natal e o ano novo nos Estados Unidos, quero visitar minha amiga que está morando atualmente em Chicago. Provavelmente passarei o natal em Ohio, pois a familia dela é de lá. Depois quero visitar Chicago e Nova York tb. Minha dúvida é: para qual cidade devo comprar minha passagem? Qual o trecho mais barato? Essa é uma má época para ir, mto cara? Obrigada.

    Olá, Renata! Orce sua passagem de duas maneiras:

    1) Com ida até o primeiro destino que vai visitar, voltando pelo último destino que vai visitar; orce os trechos domésticos separadamente

    2) Todos os trechos integrados na mesma passagem, do Brasil até a sua primeira escala, depois continuando à segunda e terceira escalas, voltando ao Brasil da última escala.

    Veja qual dos dois está mais barato na sua época.

    A época é de altíssima temporada para sair do Brasil, não espere encontrar pechinchas não.

Boa noite Bóia e todo mundo! Por acaso alguém já levou euros pra converter em pesos?? É que sobraram alguns da última viagem. Puxa, daria pra passar uma semana bem legal!!Alguns euros, nenhum dólar…Obrigada!

    Olá, Rosa! O dólar é mais valorizado, mas o euro também tem mercado no paralelo. O site Dólar Blue traz a cotação do euro blue.

bom dia,

boas dicas…

alguem ja levou R$ (REAL) para Nova York e trocou por dolar na casa de cambio lá?

vale a pena?

fiz uma simulação na TREVELEX, e não achei ruim, eles cobram uma taxa de $9,90, mas a cotação é melhor, exemplo hoje o dolar aqui esta R$2,47 lá esta R$2,15.

    Olá, Edson! Não caia nessa. É roubada total, as casas de câmbio sempre têm pegadinhas.

Ricardo, as suas sugestões fazem todo o sentido nestes tempos de dólar alto.

Faço um pequena observação sobre os fundos cambiais: além da maior taxa de administração, sobre os ganhos brutos incidirá o imposto de renda na fonte com alíquotas entre 22,5% e 15%, dependendo do prazo de aplicação.

Abs,

Ricardo Freire, bom dia!

Gosto muito do seu site, não viajo sem consultá-lo. Sigo as orientações – ótimas – e fico antenada nas atualizações.
Porém, gostaria de saber onde vc tem conseguido se hospedar dignamente no Brasil por 80 dólares.
Sei que vc é exigente, por isso fiquei curiosa.
Como eu tb sou exigente, não me lembro de ter me hospedado em hotéis a esse preço com cama, roupas de cama e banho, e banheiros bons. Particularmente, café-da-manhã não me interessa muito, posso compensar e comer bem no almoço ou jantar fora do hotel.
Seria um bom assunto para uma próxima postagem, haja vista que viagens para o exterior vão ficar bem caras por longo tempo, o dólar não vai voltar a 1,90 tão breve, e as passagens aéreas estão absurdamente caras – melhor usar as milhas por aqui mesmo.
Abraços,
Claudia

    Claudia, tenho ficado em hotéis padrão Ibis, que estão se multiplicando pelas capitais, e fora das capitais procuro sempre a pousada mais simpática que posso achar até R$ 200. Nem sempre consigo, mas consigo a maioria das vezes. É a mesma técnica que grande parte dos leitores usa para buscar hospedagem no exterior. Quando se trata de Brasil, no entanto, noto que sempre queremos upgrade. Aquele hotelzinho pequeno a que nos sujeitamos em Paris não nos serviria em Copacabana. (Aliás, Copacabana não nos serviria. Queremos ficar nos Champs-Elysées do Rio.)

    Alguns dos hotéis e pousadas nos quais me hospedei, e aprovei, nos últimos meses, e que custaram até R$ 200 a diária:

    São Luís Grand em São Luís, St. Paul em Brasília, Go Inn e Vieiralves Express em Manaus, Soft Inn e Pousada Portas da Amazônia em Belém, Intercity Premium em Cuiabá, Villa Guimarães em Chapada dos Guimarães, Rota das Águas em Bom Jardim (Nobres), Harbor Express e Bahamas em Campo Grande, Eco Villa Verde e Hotel Cabanas em Bonito, Pouso Café e Cultura em Pirenópolis, Plaza Inn Executive em Goiânia, Pousada Cheiro Verde no Arraial d’Ajuda, Casa Amarela em Caraíva, B&B Banana da Terra em Santo André da Bahia, Pousada dos Hibiscus em Ilhéus, Pousada Denada em Barra Grande, Luar das Águas em Boipeba, Villa Guaiamum em Morro de São Paulo, Pousada des Arts em Salvador no Carmo, Jardim Cambuí em Itacimirim, Too Cool na Bahia em Diogo, Estalagem Alcino em Lençóis na Chapada Diamantina… (no Alcino não consegui pagar, mas tinha uma reserva feita a R$ 180).

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