Desvendando Barbados: o relato da Cintia

Barbados

Barbados é uma ilha menos pop entre os brasileiros, que costumam preferir ser apresentados ao Caribe por Cancún, Punta Cana, Aruba ou Curaçao. Mas a Cintia, que esteve na ilha no ano passado, adorou as praias e o sossego de lá – e já está tratando de dar uma força na divulgação do destino. E por que não? Há vôos diretos a Barbados saindo de São Paulo, e a ilha também faz uma dobradinha interessante com Miami. Curtiu a idéia? Vai pela Cintia:

Eu e meu marido estivemos em Barbados por uma semana no final de outubro e voltamos encantados. O fato de ter superado nossas expectativas acredito que se deve, em parte, à ausência de informações mais precisas sobre esse paraíso.

Gostaríamos muito de compartilhar alguns detalhes da nossa viagem, pois achamos que é um destino com enorme potencial para ser aproveitado pelos brasileiros que pretendem passar férias no Caribe. Além do que, felizmente, tivemos a sorte que o Riq não teve. Vimos e curtimos muito aquele mar na cor azul bebê do Caribe.

Então, vamos lá.

Vôo

A Gol oferece um vôo semanal e direto aos sábados partindo de São Paulo. Normalmente ela faz promoções e conseguimos trocar 15.000 milhas por trecho com 3 meses de antecedência. O processo de troca de milhas foi super fácil no site do Smiles.

São aproximadamente 5 horas e 45 minutos de vôo em um avião 737-800 e o assento foi marcado no momento da troca das milhas.

O vôo foi super tranqüilo, ainda mais porque havia lugares sobrando. Foram para Barbados em torno de 80 pessoas e no retorno, metade disso. Acredito que muitas das pessoas usaram Barbados como porta de entrada para conhecer outras ilhas do Caribe. Uma ótima idéia para a nossa próxima viagem.

Aluguel de carro e mão inglesa

Reservamos um carro automático com ar-condicionado na Sixt, através do site do Smiles. Fizemos uma pesquisa prévia e vimos que os valores cobrados eram quase que os mesmos, mas neste caso ganhamos milhas no Smiles. A Sixt tem parceria com uma empresa local, a Drive-A-Matic. Então, não espere encontrar o balcão da Sixt. Mas é super fácil achar a Drive-A-Matic no saguão.

No início ficamos receosos em dirigir na mão inglesa e realmente é um pouco estranho, você sempre acha que está invadindo a pista contrária, mas no segundo dia você já está acostumado. Além do que as vias são asfaltadas e de uma mão só, então você dirige com tranquilidade, na velocidade permitida e sempre atrás de outros veículos, e os bajans sabem que o carro é de turista (a placa do carro começa com a letra H), então são mais educados do que o normal. Eles deixam você entrar, as pessoas atravessarem, não buzinam, é muito diferente do trânsito caótico e louco de São Paulo.

Mas, também fizemos a nossa lição de casa, estudando as diferenças em dirigir na mão inglesa e também saímos de São Paulo já com o mapa impresso pelo Google do trajeto do aeroporto até o hotel. Deu tudo certo.

No dia seguinte, como era domingo, a ilha estava calmíssima e aproveitamos o final da tarde para conhecer a ilha e treinar na mão inglesa. Depois já dirigíamos normalmente.

Se você estiver inseguro, pode ir de táxi até o hotel e no dia seguinte a Sixt entrega o carro alugado no hotel e sem qualquer acréscimo. Percebemos que esse serviço também é oferecido por outras locadoras.

Outra coisa, evite passar pelo centro no início da manhã e no final da tarde. Por incrível que pareça há congestionamento. Mas, diferente do Brasil, os horários são fixos e concentrados.

Em frente ao hotel há ponto de ônibus/vans que vimos muitos hóspedes utilizarem, por isso acredito que deve ser de fácil uso. Há também diversas opções de restaurantes e está próximo a boardwalk (caminho que beira a praia e vários restaurantes), mas como queríamos ter liberdade de locomoção, preferimos alugar o carro, o que eu indico, pois durante o dia é bem calor e o ar-condicionado faz diferença.

Coconut Court Beach Hotel Barbados

[Coconut Court Beach Hotel]

Hotel

Notamos que o turismo da ilha é voltado para os britânicos e americanos. Vimos pouquíssimos canadenses, brasileiros e outras nacionalidades. Como o Riq já bem explicou, os hotéis do lado oeste da ilha são mais caros, do lado leste o mar é mais agitado, e ao sul, os valores são melhores para pobres mortais. Concentramos nossas pesquisas no sul da ilha, até porque queríamos um hotel com ótimo custo-benefício, próximo aos principais pontos, pé na areia e o principal, com mar calmo e azul, para realmente descansarmos.

Escolhemos o Coconut Court Beach Barbados (muito oferecido pelas agências brasileiras) e foi uma ótima e grata surpresa. Reservamos o quarto ocean front room pelo site da Logitravel. Percebemos que todos os quartos intermediários (ocean view room) já foram renovados e algumas partes da área comum também. As fotos disponibilizadas no site são exatamente iguais ao que você encontra no local, então você não corre o risco de reservar um quarto renovado e encontrar um antigo.

Coconut Court Beach Hotel Barbados

[Vista do quarto]

O nosso quarto era grande, com uma vista incrível do mar e de toda a frente do hotel. O quarto era limpo e as toalhas trocadas diariamente, e estava equipado com geladeira, forno elétrico, cafeteira e apetrechos de cozinha. Sentimos falta de pia na cozinha, mas percebemos que já foi instalada no quarto intermediário e será instalada futuramente nos demais.

O hotel disponibilizou wi-fi gratuito no quarto, mas a conexão é ruim, principalmente à noite. Conseguíamos acessar somente o básico, mas para quem queria realmente descansar, não sentimos falta.

O café da manhã estava incluído na diária e segue a linha britânica, ou seja, não espere encontrar pão francês, frutas e sucos naturais. Mas atendeu plenamente com café, pão, leite, cereais, geléia, manteiga, suco, ovos, bolos e outros itens ingleses.

O hotel também oferece almoço e jantar com um ótimo custo-benefício (em torno de BBD 20 /30 por pessoa). No almoço você pode escolher a la carte entre o restaurante ou o bar da praia. Os jantares eram por preço fixo de acordo com o tema a cada dia, e aconteciam no restaurante ou na piscina e normalmente com música ao vivo.

Praia do Coconut Court Beach Hotel

A praia em frente ao hotel era excelente e foi principalmente por ela que reservamos o Coconut Court Beach. Há um bom espaço de areia com muitas árvores e uma barreira de corais que permite a visão de diversos peixinhos com snorkel, além da maravilhosa piscina natural.

Barbados

Praias e passeios

As demais praias de Barbados também são lindíssimas, diferindo entre a tonalidade azul e verde. Todas as praias são públicas e há uma indicação para o acesso de pedestre, mas nem sempre você consegue estacionar o carro para conhecê-las, mas essas são normalmente de acesso aos hotéis ou condomínios. No entanto, há outras, muito mais bonitas, com estacionamento e tranqüilidade para você curtir.

No hotel há uma pessoa que cuida dos passeios que o hóspede deseja fazer e não difere muito do que o Riq já explicou no VnV. A ilha é muito bem estruturada para o turista.

Nós visitamos a Fábrica de Rum Monte Gay de forma independente e foi super tranqüilo de chegar lá. É um passeio bem interessante. Aproveite para comprar o rum na loja da fábrica, pois o preço é mais barato que no supermercado.

Além disso, na sexta-feira à noite fomos a Oistins, no Mercado de Peixe, para conhecermos e jantarmos. E realmente é um passeio que deve ser feito, pois conseguimos ter uma noção maior da alegria dos bajans. É um local com diversas barracas que oferecem vários tipos de peixe na grelha e outros itens da culinária local. Notamos que as melhores barracas eram as que tinham as maiores filas, mas que andavam rápido e de forma organizada. O tempero deles é uma delícia e o preço também. A única orientação é tomar cuidado onde se coloca a carteira e bolsas, evitando possíveis furtos, mas não percebemos nada. Os bajans sempre eram alegres, educados e solícitos.

Parlamento

[Parlamento]

Na semana em que estivemos em Barbados pegamos o aniversário de Independência da Ilha e foi muito bacana ver a cidade toda enfeitada com as cores azul e amarelo, o que deixou a ilha muito mais colorida do que o normal. Além disso, estávamos passeando pelo centro no dia da independência, então pudemos assistir o início da comemoração. E não era feriado; a maioria dos cidadãos saíram dos seus trabalhos às 17h e iam ao centro assistir as comemorações. Foi muito bonito.

Comida

A ilha oferece várias opções de alimentação, daí depende do seu gosto e do seu bolso. Há desde fast food (KFC, Subway, Chefette…) a restaurantes medianos e estrelados. Os valores equivalem à média de São Paulo.

Eu gosto de provar um pouco de tudo, principalmente a culinária local, então comi em restaurantes bacanas, fast food, restaurantes medianos, no hotel e até comida de supermercado. Que por sinal, na hora do almoço formam filas para as pessoas comprarem por peso.

Não senti falta da comida brasileira, até porque foi uma semana. Mas percebi diferenças, afinal Barbados é uma ilha e eles necessitam importar muita coisa das ilhas vizinhas, dos EUA e até da China. Então, verduras e frutas em abundância como no Brasil não há, mas você consegue se virar tranquilamente com o que existe na ilha.

Penso que não é que os outros países comem mal; é no Brasil que comemos muito bem. O nosso país tem muita fartura e diversidade na alimentação imensa.

Compras

Em relação a compras, os valores são bem mais convidativos do que no Brasil, mas não tanto quanto nos EUA. Exceção em relação a jóias. Os valores são muito melhores do que aqui, mas saiba que o que vale são as pedras, pois o ouro é o de 14K (padrão americano), mas você paga o preço equivalente, o que continua valendo muito a pena. Vale dar uma olhada para quem gosta.

Balanço final

Barbados é uma ilha diferente das demais que os brasileiros estão curtindo no Caribe como Aruba, Punta Cana ou Cancún. É uma ilha sem risco de furacão, bem mais tranquila, sem tanto agito ou aglomerações de turistas, sendo ideal para família, casais e crianças. A prioridade é o descanso e com aquele imenso mar azul bebê ou em alguns casos verde esmeralda.

E o melhor de tudo é que há vôo direto e rápido de São Paulo à ilha e que podemos usar milhas com uma boa facilidade.

Com certeza retornarei à ilha e principalmente utilizando-a de porta de entrada para conhecer outras ilhas do Caribe e até mesmo para os EUA.
Indico Barbados.

Obrigada, Riq, por permitir que eu compartilhe um pouco da nossa experiência com os demais, pois o VnV é fantástico para nós, viajantes.

Nós que agradecemos, Cintia!

[Transcrito manualmente de um post publicado em abril de 2013. Pedimos desculpas pelos comentários que não puderam ser transferidos]

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