Como viajar sem despachar bagagem: a dica da Maria das Graças

Mala de mão, 4 rodinhas, alça

O Riq acaba de passar um aperto danado — fez uma viagem inteirinha sem a bagagem, que foi extraviada e só apareceu depois de ele ter voltado pra casa. Aproveitou para dar dicas de como resolver o problema e aproveitar a viagem mesmo com a bagagem perdida. Na caixa de comentários, uma leitora revelou nem se preocupar com isso: a Maria das Graças viaja só com bagagem de mão, sem despachar mala nenhuma. Uma lição de desprendimento, praticidade e, quem sabe, de origami:

Independente da duração das minhas viagens, levo apenas uma pequena mala de cabine (carry-on, nas medidas citadas no post), onde vão as roupas, e uma sacola de mão onde levo remédios, documentos, sapatos e as tranqueiras da modernidade. E a malinha não vai estufada, longe disso.

Viajar com mala de cabine é uma tranquilidade e um conforto sem igual. Nada melhor que chegar e sair direto para pegar o seu táxi. é um sonho realizável, mas requer desprendimento e senso prático.

Para começar, vamos entender como funciona. Temos direito de levar na cabine uma mala nas dimensões 55 cm x 40 cm x 20 cm e uma sacola de mão. Se a mala pesar o mínimo possível, melhor ainda. A minha pesa 2,5kg e tem quatro rodinhas. Uma beleza! O peso máximo estipulado parece-me que é 5kg. Mas, como a aparência da minha é de mala vazia, ela nunca foi pesada.

As roupas, de cores neutras que combinem entre si, que não amarrotem demais e que sejam fáceis de lavar e secar. As minhas são assim. Roupa íntima levo 3 peças, mas passo toda a viagem só com uma. Lavo à noite e pela manhã está sequinha. Minhas blusas também.

A mudança no visual fica por conta dos acessórios (bijoux, echarpes, etc). Sapatos e chinelo também levo o mínimo necessário na sacola de mão.

Não levo shampoo, creme dental e nenhum creme. O primeiro contato que tenho com o lugar de destino é sair para comprar esses itens. Pense no peso que deixamos de carregar. E, na volta, deixo tudo lá.

Viajamos eu e o marido e cada um leva a sua mala e apenas uma sacola de mão. Cabe tudo com folga.

Para começar, sugiro que na próxima viagem vá como sempre viajou. E observe o que usou de roupa e o que voltou intacto.

Outra coisa: quando viajamos de trem é que vemos a vantagem de carregar bagagem leve.

Que lição, Maria das Graças! Obrigada!

Leia também:

Como sobreviver ao extravio da sua mala em 4 passos

Volta (Crônica de uma mala extraviada)

Final feliz: ela voltou

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108 comentários

Maria das Graças, será que você poderia estar ao meu lado, na hora de fazer a minha próxima mala para passar 15 dias na Europa, em Setembro? Só assim conseguiria esta proeza…

Isso pra mim é um sonho distante. Acabei de fazer uma viagem ao Mexico a trabalho e de la fui passear nos EUA. Fato que minha mala de ida foi transbordando e me arrependi amargamente. Tive que jogar roupa fora pra trazer as novas e por 1 grama nao deu excesso de bagagem.

Eu juro que não consigo ter tal desprendimento a ponto de levar apenas uma malinha de bordo! Eu até tenho tentado diminuir a bagagem a cada viagem, mas não consigo colocar tudo numa mala de bordo pequena. Para mim, já será uma vitória o dia em que eu conseguir colocar tudo na minha mala M rígida de 4 rodinhas, mas com até o máximo 12 kg (na última viagem eu consegui 16 kg).

Eu desccobri que para mim a questão não está na quantidade de roupa que eu levo. Apesar de eu não ser tão básica assim como a Maria da Graça (eu tenho uma necessidade chata de ter pelo menos uma pequena variedade de roupas em viagens), eu consigo alocar toda minha rouopa em digamos 60% da mala. O problema e o que mais que incomoda é toda a tralha restante (chapinha, secador de cabelo – porque nem sempre dá para contar com os secadores de hoteis – maquiagem, necessaire, medicação, escovas, acessórios, etc, etc. Olha, se não tivesse tudo isso, eu poderia levar uma pequena, sim …(Maria da Graça, na minha última viagem, eu vi que das roupas que eu levei eu só deixei de usar uma blusa e algumas echarpes… Pode ser que na próxima eu diminua o número desses itens).

Algumas considerações:
1) Eu realmente DETESTO ter de enfrentar uma loja em viagem para comprar roupas. Como eu sou do time dos “fora de forma”, não é qualquer roupitcha que serve em mim, e portanto, eu nem perco tempo em vitrines de roupas. Sério, a qualidade de roupa no exterior pode ser melhor, mas não vale o stress do “troca-troca” no provador, pelo menos para mim. Portanto, aquela máxima de ir com a mala vazia, só com roupas velhas para ir jogando fora na viagem, enquanto vai comprando outras roupas novas, totalmente não vale.
2) Também não tenho paciência para comprar produtos de higiene e beleza na viagem. Querro dizer, é claro que eu gosto de comprar maquiagens, mas essa sim é a compra que eu gosto de fazer para trazer, e não para já sair gastando, hehe. Mas já estou diminundo a quantidade levada na mala. Tudo em potinhos e embalagens pequenas. O que faltar, ou no caso de viagens longas, eu compro lá.
4) Sapatos: nesse quesito, eu estou bem disciplinada: ultimamente, eu só levo dois: um no pé e outro na mala.
5) Roupas íntimas: eu levo pouca, no máximo 45calcinhas, e eu uso sempre as de microfibra da Sloggi, que secam super rápido. Basta lavar no chuveiro, torcer com a toalha e se tiver se tiver aqueles secadores de toalha, secam em pouco tempo! E sutiã, dependendo da duração da viagem, eu levo só 2, um no corpo e outro na mala.
4) Meias: quando viajo para lugares onde é inverno, se torna um problema, porque geralmente levo meias mais grossas e essas são mais difíceis de secar. E se a viagem for longa, ainda pior. Esse é o único caso que eu vou me desfazendo e comprando novas pelo caminho. Mas também tem uma coisa: uma meia de qualidade não é assim tão baratinho no exterior, não. Dá para comprar um lote de meias “made in China” em qualquer mercadinho da vida por uns 10 Euros, mas são tão ruins quanto os lotes de 10 reais das Americanas, por exemplo … kkkk
5) Tralha eletrônica como Ipad, câmera fotográfica, carregadores, baterias, pen-drives, cartões de memória, etc, eu levo na bagagem de mão, junto com uma blusa, uma muda de roupa íntima e um par de meias. O ruim geralmente é na volta: na minha última viagem, eu estava carregando, além dessa babagem de mão, um mapa antigo de Paris (que não podia amassar), uma caixa enorme da Laudrée (que não podia amassar) e o pacote do Free Shop.

    Opa, não são “45 calcinhas”, kkkk, era para ter saído “4 OU 5” no texto!

Me lembrei agora da viagem que fizemos, ano passado à Villa la Angostura (Com o aeroporto de Bariloche fechado, por conta do nosso querido vulcão)… O detalhe é que éramos 2 adultos + 3 crianças com, nada menos do que 8 volumes, entre malas, malinhas e malões, sem esquecer o carrinho de bebê e os casacões de neve que carregávamos nas nossas mãos, já que, tanto no avião quanto nos aeroportos não fazia frio suficiente para vesti-los. Voamos até Buenos Aires, onde fizemos a imigração, pegamos e despachamos novamente as bagagens. O destino era Esquel, a cerca de 4 horas de Bariloche. Lá chegando, tivemos que pegar todas a tralha mais uma vez e colocá-las no ônibus, que nos levaria à Bariloche. Em Bariloche, ainda tivemos que pegar TODOS os 8 volumes para colocar nos dois carros que nos levariam em mais uma hora de viagem à Villa la Angostura… ufa.. Estão cansados só de imaginar? Agora imagina a gente, tendo ainda que carregar o pequeninho no colo, em diversos momentos? A raiva maior foi que passamos a semana inteira usando apenas roupas térmicas e de neve, que alugamos (grande parte) por lá. Ou seja 80% de todas esta tralha foi absolutamente inútil e nem saiu das malas…

    Lali, enquanto eu lia pensava: em Bariloche se aluga tudo. Carregar tudo isso, ulalá. Vivendo e aprendendo. É assim mesmo. E a sua experiência será exemplo para muitos.

    oi Maria das Graças,onde vc comprou sua mala de rodinhas de apenas 2,5kg e que marca? Agradeço desde já! Farei uma viagem de 20 dias pra europa em maio e gostaria de umas dicas sobre o que levar. Já que andarei de trem para outros países, quero levar o mínimo necessário! Um abraço …

Nossa, parabéns pra Maria das Graças! A dica de pesar a mala antes é ótima, não pensei nisso antes de comprar a minha, agora não me deixam subir com ela de jeito nenhum… Tá que ela tem uma cara “gordinha” 🙂
Eu tenho preguiça de ficar lavando roupa no hotel, mas meu marido tem o esquema. Se a Maria das Graças usa uma roupa íntima só, ele faz a mesma coisa com camiseta: leva umas 3 dessas de nylon e praticamente usa uma só a viagem toda! Essas camisetas secam rapidíssimo, e são fáceis de lavar porque não absorvem o suor.
Já eu levo várias blusinhas pra usar por baixo e um casaco só. Levo uma calça além da que eu estou usando e uma pra dormir. vou usando um tênis bem confortável e levo outro que não chove dentro!

Quando eu crescer quero ser assim!
Ainda não consigo viajar desse jeito, mas quem sabe um dia…
Já melhorei muito ao longo dos anos!
Na mala/mochila de mão vai o stuff, eletronicos, carregadores, guias turisticos já maceteados e uma muda de roupa pro caso da mala sumir, coisa basica, roupa intima, camiseta e meia.
Na mala, procuro esquematizar as roupas pra combinarem entre si, roupa intima é pouca, pra ser lavada no chuveiro mesmo, e não precisa ser verão, no inverno se vc for pra um lugar c calefaçao é até melhor, sua calcinha/cueca torra se vc colocá-la sobre a toalha perto do aquecedor!! rsrsrs
Necessaire eu levo toda miniaturizada, transfiro os produtos pra aqueles potinhos de 60/100ml, os “certificados pra uso a bordo”, lá vai shampoo, condicionador, hidratante, sabonete facial, vai a tralha toda! dica sem ganhar dindin, a natura tem uma necessaire ótima, já vem com os vidrinhos e tudo, tem gancho pra pendurar no banheiro do hotel, eu ganhei uma há tempos e a bichinha já rodou mundo comigo!
Outra coisa é a opçao por roupas em tecido tipo dry, se sua viagem não for tipo chiquérrima, as camisetas e calças nesse material são dez!! vc lava à noite junto com a underwear e amanhece tudo seco, pronto pra um bate e volta. E em relaçao às fotos com a mesma roupa, se vc economizou espaço no básico, sempre dá pra levar uns lenços diferentes, umas bijus transadas e “disfarçar” a camisa de todo dia.
Essas foram as minhas dicas, e olha que ainda não cheguei lá!!
A viagem é longa!! Abç a todos!

O post acaba por tratar mais da questão das malas de mão do que da difícil (mas libertadora)arte do desprendimento. Dicas de quem de vez em quando se aborrece no check in com a ordem “despache” para a minha inocente malinha de mão:
– Leve uma bolsa bonitinha de TNT (estas que agora tem no supermercado), para levar as traquitandas (inseparáveis) para dentro do avião.

– Lembre-se na hora de encher a malinha que infelizmente em alguns aeroportos, nós temos que pegar ônibus e subir escadas para acessar aviões (isso sem falar em levantar e encaixar a mala no bagageiro), portanto 5, 8 ou 10 kilos podem ser um transtorno.

Por fim para secar as roupas íntimas dou a dica (além de torcer bem na toalha), posicione ela para secar perto da saída de ar/calefação do banheiro. Já fiz isso até com arco de cabelo e deu certo. Um cabide plástico pequeno (desse de lingerie) também é ótimo.

    Bem lembrado isso dos ônibus e escadas, e também da força que temos que fazer pra colocar a mala no bagageiro.
    Significa que só vou viajar sem despachar em viagens ultra rápidas, já que viajar só com a bagagem de mão, e ainda por cima super leve, pra mim é pedir muito.

Nossa, me deu muita vontade de tentar ser desprendida assim !!! Será q consigo ? Acho que vou tentar na próxima viagem !!!

Legal. Também sou adepto do menos é mais. Só viajo com uma mala de cabine e uma mochila (para usar no dia-a-dia), tudo para evitar o despacho. Se precisar de alguma coisa, compro, p.ex., camisas turísticas baratinhas, ou mando lavar no hotel – dependendo do que for mais barato. Lavanderia automática, já fico cansado só de pensar.
Mas já aconteceu de implicarem com minha mala, e foi exatamente pelo motivo que a Maria das Graças mencionou: estava muito estufada, então o funcionário sacou que o peso deveria estar acima do limite. Vou rever isso na próxima vez.

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