Inhotim

Guia de Inhotim

Inhotim

“O melhor passeio que você ainda não fez”: foi assim que eu defini Inhotim na minha primeira visita, há alguns anos. De lá pra cá, porém, Inhotim deixou de ser um mero passeio, para se tornar um destino em si.

Com o crescimento do parque e a impossibilidade de ver tudo numa visita só, viajar a Inhotim agora envolve a tomada de mais decisões.

Quantos dias visitar? Onde ficar — em Belo Horizonte ou nos arredores do instituto? Qual é o melhor roteiro para dar conta das galerias mais importantes? Aposto que, da última vez que você precisou planejar tanto a visita a um parque, você estava na Flórida 😀

Vai por mim: a melhor estratégia é ir com muito tempo (dois dias, se você for um leigo em arte como eu) e pouco roteiro. Quanto menor for o seu conhecimento prévio das obras e galerias, maior será a sua surpresa e o seu encantamento. (Há boas descrições do background de cada obra e artista, além de monitores a postos para dar todas as explicações que você possa querer.)

E quando você não está focado apenas em ir atrás do artista X ou da galeria Y, você percebe melhor o que há no caminho — um jardim botânico que já valeria a visita mesmo sem toda essa arte.

Ainda estou para encontrar alguém que se diga decepcionado com Inhotim. Todo mundo vai com expectativas altíssimas e volta deslumbrado. O museu-parque se comunica tanto com o connaisseur de arte contemporânea quanto com o mais por-fora dos leigos (presente!). Você sai do parque com apenas uma dúvida: eu estava mesmo no Brasil?

Inhotim na pandemia

O Instituto Inhotim voltou a abrir dia 7 de fevereiro.

A abertura está funcionando de 4ª a dom. Apenas 3.000 visitantes (60% da capacidade total) podem entrar a cada dia.

Os ingressos precisam ser comprados online. Apenas o que sobrar será vendido na bilheteria.

Informações fornecidas pelo Instituto Inhotim em abril de 2022.

Quando ir a Inhotim

Inhotim

Não há época ruim para ir ao Inhotim.

Mas é bom saber que chove mais entre novembro e fevereiro — algo entre 200 e 300 mm por mês. As chuvas de verão (trombas d’água no fim da tarde) são responsáveis por boa parte desse volume.

Março e outubro são meses intermediários, com chuvas entre 100 e 200 mm. Em qualquer um desses meses, leve capa de chuva e uma bolsa impermeável para guardar sua câmera.

Os meses mais secos são os do meio do ano, entre maio e setembro, quando praticamente não chove. Nesses meses faz frio de manhã e vai esquentando ao longo do dia, embaixo do sol. A mochilinha será necessária para guardar o agasalho que você usará no começo do dia e vai querer tirar mais para o fim da manhã.

Uma ótima estratégia de viagem para combinar o Inhotim com Belo Horizonte e as cidades históricas é a seguinte:

– Passe o fim de semana em Belo Horizonte: os hotéis estão mais em conta no fim de semana, todos os museus funcionam, o trânsito estará fluido. Deixe para alugar carro ao sair da cidade, na segunda.

– Durma na 2ª e na 3ª em Ouro Preto: graças à estudantada, a cidade não morre durante a semana (na 2ª os museus estarão fechados, mas a Mina da Passagem em Mariana estará aberta)

– Na 4ª vá direto ao Inhotim (são duas horas de viagem desde Ouro Preto) e deixe as malas no guarda-volumes para não perder tempo com check-in de hotel. Faça uma segunda visita na 5ª.

– 6ª de manhã, siga a Tiradentes (200 km pela Fernão Dias, seguindo depois por São Tiago). Volte domingo a Belo Horizonte (280 km até Confins).

Receba a Newsletter do VNV

Serviço gratuito

    75 comentários

    Realmente Inhotim é surpreendente. Passamos um dia bem agradável e minha filha e meu sobrinho, ambos de 4 anos aproveitaram muito o passeio. Almoçamos muito bem no restaurante por quilo e conseguimos percorrer o parque inteiro em um dia. Apenas não entramos em todas as galerias.
    A única ressalva é o mapa, que na grande maioria das vezes não condiz com a rota.
    Passeio que vale a pena para quem está na região de BH.

    Olá meu nome é Junio Cesar trabalho de Guia Especializado para Inhotim, há visita acontece o dia todo com foco em Arte Contemporânea e botânica mais todo histórico de Inhotim, baseado em minha vivência de 10 anos com parque trabalhei em Inhotim de 2002 há 2012 quatro anos antes de abrir ao público, uma visita sensorial, o Inhotim não da mídia ! Morei 4 anos com Bernardo Paz por isso essa vivência! Meu contato é (31)9 96600164 ou email: [email protected]

    Olá, estou pensando em ir para Inhotim nas próximas férias de carro, saindo de São Paulo. Qual a sugestão de vocês de paradas em cidades próximas (sem aumentar muito a distância) para ficar uma ou duas noites no caminho da ida e da volta?

      Olá, Beatriz! O eixo é a Fernão Dias. Atibaia, Monte Verde, Poços de Caldas e Tiradentes não ficam longe da estrada.

      Sou amiga benfeitora do INHOTIM , ja fui 38 vezes estou a disposição para te ajudar.

    Inhotim é mais um destino overhyped: muita pretensão e pouco conteúdo.
    Falar de artes plásticas no Brasil é uma piada e em Inhotim não é diferente: instalações preguiçosas e sem originalidade alguma.
    Talvez seja interessante pela vegetação, mas prepare-se para MUITAS filas: para comprar ingresso, para ir ao banheiro, para comer, para comprar água, para andar no carrinho. E atendimento bem brasileiro: demorado, arrastado é caro.
    Fui, não irei novamente e não recomendo.
    Mas, se você quiser cair nesse engodo, não vá de ônibus: apertado, sem ar-condicionado, sacolejando em estrada cheia de lombada e corcovas.
    E não esqueça o repelente.

      Cristian, espero que o seu sapato não tenha apertado muito seu pé, senão seu passeio seria um desastre completo.

      Me parece uma pessoa muito de bem com a vida esse Cristian. Comentário mais ranzinza que já li no VnV

    O que vale na viagem a Inhotim é a vegetação, parte dela feita de plantas exóticas (trazidas da África), e os bancos que foram feitos de troncos.
    As artes visuais (como esses fuscas coloridos) são o retrato da decadência da sociedade contemporânea.
    Só gostei mesmo foi do salão onde, no escuro, ouvimos diversos tipos de som.
    Foi uma viagem que não farei outra vez, e que não recomendo.

    Estivemos 18 e 19 deste dezembro em Inhotim, dois dias de sol, sorte em uma época de chuvas de verão.
    São realmente 2 dias para se ter uma boa noção da grandeza do local e da beleza das obras de arte. Vá preparado para andar. No primeiro dia fizemos o passeio gratuito com guia, pelas obras principais e andamos nas demais. No segundo dia, compramos o transporte pelo carrinho (R$ 20,00) o que ajuda muito para visitar as obras mais distantes.
    Só o Restaurante Tamboril estava aberto. Muito bom, mas caro, na faixa de R$ 150,00 para o casal.
    Ficamos hospedados em Brumadinho o Estrada Real Palace Hotel. Recomendamos por ser perto (10 min – isso é importante devido ao cansaço ao final do dia), ter bom restaurante, piscina e instalações, mas só se você não se importar com trânsito de caminhões na frente de todos os aptos. A prefeitura de Brumadinho deveria resolver esse problema, já que os caminhões desviam de outras estradas em reforma que nunca acabam e grande parte da receita de lá vem dos visitantes do Inhotim.
    Ao ir embora, a rota para a BR-040 passa por um desses espetáculos do interior de Minas, uma serra que só de 1ª marcha para subir os 1400 mts!

    eu apenas acrescentaria aos dois dias de Inhotium, todos os museus novos e mais antiguinhos na praça da Liberdade em BH. O Mermorial Minas Gerais Valle, em BH, o Cais do Sertao Luis Gonzaga em Recife o o da Lingua Portuguesa em Sampa sao o que de melhpor e mais moderno há nessa terra em matéria de museus.

    Estava passando uns dias em BH e tinha definido que: iria a Inhotim (com uma ideia bem básica sobre o que era) e que voltaria pro ES de trem (uma aventura a parte!).
    O encantamento com Inhotim é uma sensação da qual quero me lembrar sempre!! Principalmente pra poder programar uma nova visita. Fiquei quase 40min perdida sem saber o que fazer rsrs E depois engatei um roteiro improvisado. Utilizei o carrinho de transporte pq tava (ainda está!) um calor desumano na região e foi graças a ele que encontrei uma das minhas obras favoritas: Sonic Pavilion, do artista Doug Aitken.
    Fiquei maravilhada com tudo que vi e senti, com o cuidado com tudo, com tanta natureza e beleza.
    O ônibus que sai/volta da rodoviária de BH é um adianto ótimo!

    Atenção: Os comentários são moderados. Relatos e opiniões serão publicados se aprovados. Perguntas serão selecionadas para publicação e resposta. Entenda os critérios clicando aqui.

    Assine a newsletter
    e imprima o conteúdo

    Serviço gratuito