O que fazer em Recife

Guia do Recife

O que fazer em Recife e Olinda

Recife é um dos melhores destinos do Brasil para fazer turismo cultural. De fato, não vai faltar o que fazer em Recife durante a sua viagem.

As atrações se espalham por quatro polos: o Recife Antigo, berço da cidade, os bairros centrais de Santo Antônio e São José, que detêm uma coleção de tesouros barrocos, o bairro da Várzea, com os centros culturais da família Brennand, e a vizinha Olinda, talvez a mais idílica das nossas cidades coloniais.

Mas Recife também funciona para férias de sol e mar, com praia pertinho do seu hotel em Boa Viagem e bate-voltas fáceis de fazer a Porto de Galinhas, Praia dos Carneiros e Coroa do Avião.

O melhor de tudo é combinar as duas coisas: praia e cultura. Leia nesta página sobre o que fazer em Recife e escolha seus passeios.

A Bóia recomenda:

O que fazer em Recife: os polos de atrações

Recife Antigo

O Bairro do Recife, ou “Recife Antigo”, é a parte mais bem conservada do centro histórico.

A cidade nasceu aqui, como “Ribeira de Mar dos Arrecifes dos Navios” – um porto natural, protegido por um extenso recife, por onde se escoavam o pau-brasil e outros produtos coloniais que chegavam à vizinha Olinda.

A arquitetura é antiga, mas nem tanto. O que vemos hoje é resultado de uma extensa reforma urbana realizada entre 1900 e 1920, que deixou poucos vestígios do Recife colonial.

Mais tarde, lá pelos anos 50, a região entrou em decadência e virou antro de prostíbulos. Isso afastou qualquer interesse imobiliário – permitindo entretanto que o bairro não se descaracterizasse como outras regiões do Centro.

Foi apenas nos anos 90 que o Recife Antigo começou a ser revitalizado, com a requalificação da Praça do Marco Zero e a implantação do Porto Digital, o primeiro polo brasileiro de tecnologia da informação.

Hoje o Recife Antigo é o coração do Recife turístico: o porto de cruzeiros está aqui, e há atrações suficientes para um dia intenso de passeios.

Itinerário recomendado: Recife Antigo

Chegando às 13h ao primeiro ponto você consegue cumprir todo este roteiro:

Veja também o Itinerário combinado: Santo Antônio, São José e Recife Antigo.

Veja também o Itinerário combinado: Olinda + Recife Antigo

Marco Zero

A Praça do Marco Zero assinala o lugar onde nasceu a cidade do Recife. E é o melhor ponto de referência para começar e terminar um passeio pelo Recife Antigo.

Aqui está localizado o Letreiro Recife, que é constantemente renovado e proporciona ótimas selfies com a torre do Parque de Esculturas Francisco Brennand ao fundo.

Vire a câmera para o lado oposto, e você vai enquadrar os dois prédios garbosos do início do século passado: em frente ao centro da praça está o Palácio do Comércio, e à sua direita, a Caixa Cultural (originalmente, a Bolsa de Valores). Ambos podem ser visitados.

Dois armazéns portuários se comunicam com a praça oferecendo serviços de utilidade pública. Num deles funciona o Centro de Artesanato de Pernambuco, para ninguém sair do Recife Antigo sem uma lembrancinha. No lado oposto estão os Armazéns do Porto, com bares e restaurantes.

Do Marco Zero também saem os barquinhos que fazem a travessia ao Parque de Esculturas Francisco Brennand.

E a própria praça costuma ser palco de shows e eventos abertos ao público. Quando está vazia, quem dá show são os skatistas e patinadores.

Informações práticas – Caixa Cultural

Informações práticas – Palácio do Comércio

Informações práticas – Centro de Artesanato

  • Armazéns do Porto | Av. Alfredo Lisboa, s/n | Instagram

Cais do Sertão

Inaugurado em 2014, o Cais do Sertão é um museu que celebra a cultura sertaneja a partir da figura de Luiz Gonzaga.

A exposição principal, “O Mundo do Sertão”, envolve o visitante em todos aspectos da vida sertaneja. “Um Rio São Francisco” flui ao longo do pavilhão, passando por sete “territórios”: Ocupar, Viver, Trabalhar, Cantar, Criar, Crer e Migrar.

O território “Cantar” fica no coração da instalação, e é onde Gonzagão e o baião estão mais presentes. Estações interativas, incluindo karaokê no estúdio de gravação, vão se sucedendo durante a visita.

O acervo inclui curta-metragens de Kleber Mendonça Filho e Lírio Ferreira, e xilogravuras do mestre J. Borges.

No fim da visita, dê um pulinho no rooftop e tomar um drink ao pôr do sol (para garantir uma mesa, reserve com alguns dias de antecedência).

Informações práticas – Cais do Sertão

  • Cais Rooftop Lounge | Cais do Sertão | Reservas: (81) 99146-8062 | dom a 5ª 12h-0h, 6ª e sáb 12h-1h | Instagram

Paço do Frevo

O Paço do Frevo também foi aberto em 2014. Funciona num elegante prédio de 1908 onde funcionou a cia. inglesa Western Telegraph, então concessionária do cabo telegráfico entre a Europa e Pernambuco.

O nome é um jogo de palavras entre “paço” (palácio em português arcaico) e “passo” (movimento de dança), conferido status de majestade ao frevo, o ritmo mais reverenciado do Recife.

A exposição permanente explica as origens e conta a história do frevo ao longo de muitos carnavais.

O último andar expõe estandartes de troças e blocos, e funciona como anfiteatro para demonstrações e aulas de frevo. Veja na programação se você consegue encaixar alguma atividade na sua visita.

Informações práticas – Paço do Frevo

Rua do Bom Jesus

Cartão-postal do Recife Antigo, a Rua do Bom Jesus entrou para o roteiro dos instagramers depois que apareceu no 3º lugar de uma lista de ruas mais bonitas do mundo da revista Architectural Digest, em 2019.

A rua já teve vários nomes. Nos primórdios da cidade, era conhecida como Rua do Bode. Depois da instalação da Sinagoga Kahal Zur Israel se tornou Rua dos Judeus. Ao fim do domínio holandês, com a consequente expulsão dos judeus, foi rebatizada (de maneira vingativa!) Rua da Cruz.

Só em 1870 ganhou seu nome atual, Rua do Bom Jesus, em memória do Arco do Bom Jesus que havia na rua e foi demolido.

Correndo paralela à avenida do porto, a Rua do Bom Jesus leva das proximidades do Marco Zero à Praça do Arsenal. Serve de endereço para duas atrações do Recife Antigo: a Sinagoga Kahal Zur Israel e a Embaixada de Pernambuco-Bonecos de Olinda.

A rua também tem um lugar muito simpático para fazer um lanche com sabor nordestino: o Café Bom Jesus.

  • Café Bom Jesus | R. do Bom Jesus, 183 – Embaixada dos Bonecos Gigantes | Tel.: (81) 3034-9537 | Instagram

Sinagoga Kahal Zur Israel

A Sinagoga Kahal Zur Israel (“Rochedo de Israel”, em hebraico) é a mais antiga das Américas. Funcionou durante o domínio holandês em Pernambuco, entre 1630 e 1654. Era frequentada pela comunidade de 400 judeus sefaraditas que tinham emigrado da Holanda.

Depois da expulsão dos judeus – que foram se refugiar em Nova Amsterdã, futura Nova York – a sinagoga foi desativada. Só reabriu, depois de extensa restauração, em 2012.

O local hoje abriga o Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco e está aberto à visitação.

A maior relíquia exposta é o mikvé – uma piscina com degraus onde eram realizados rituais de purificação.

No piso superior foi reconstituída uma sinagoga ao estilo das de Amsterdã e Curaçao – que funciona apenas como museu, sem a realização de cerimônias religiosas.

Informações práticas – Sinagoga Kahal Zur Israel

Bonecos Gigantes de Olinda em Recife

Se você não vai a Olinda, os Bonecos Gigantes vêm a você. Há três endereços no Recife Antigo com bonecos expostos.

Na Rua do Bom Jesus, a Embaixada dos Bonecos Gigantes de Olinda tem um salão repleto de celebridades transformadas em bonecos.

Na Praça do Arsenal, a Embaixada de Pernambuco tem uma exposição mais abrangente de folclore pernambucano, incluindo alguns boneco.

E mais recentemente o bairro ganhou o Casarão – Bonecos Gigantes de Olinda, na Rua da Guia – uma filial da Casa dos Bonecos Gigantes e Mirins de Olinda.

Caso você pretenda visitar a Casa dos Bonecos Gigantes e Mirins em Olinda não precisa visitar nenhuma das três no Recife.

Informações práticas – Casarão Bonecos Gigantes de Olinda

Informações práticas – Embaixada dos Bonecos Gigantes de Olinda

Informações práticas – Embaixada de Pernambuco

Parque de Esculturas Francisco Brennand

Mesmo que você planeje visitar a Oficina Francisco Brennand, vale a pena dar um pulinho também no Parque de Esculturas Francisco Brennand.

Aberto no final de 2000, o parque é uma bela intervenção urbana no recife onde surgiu a cidade.

É um passeio muito gostoso de fazer quando o sol não está alto. Você pega o barquinho no Marco Zero e em 5 minutos de travessia chega ao parque.

A peça principal é a Torre de Cristal – tem 32 metros de altura, feita de argila e bronze. Representa a diversidade da Mata Atlântica e ostenta no topo uma “flor de cristal”, descoberta por Roberto Burle Max. Outras 90 obras de Brennand, entre colunas e esculturas, compõem o acervo do parque.

A entrada é gratuita – você só paga a travessia ao barqueiro.

Informações práticas – Parque de Esculturas

Igreja Madre de Deus

Concluída em 1790, a Igreja Madre de Deus é a mais notável do Recife Antigo.

Seu altar tem entalhes barrocos e um trono em estilo rococó.

A igreja conserva relíquias retiradas da Igreja Matriz do Corpo Santo, demolida durante as obras de modernização do bairro no início do século XX.

Informações práticas – Igreja Madre de Deus

Santo Antônio e São José

Os bairros centrais de Santo Antônio e São José concentram o patrimônio histórico mais importante do Recife.

Mas não espere encontrar um “centro histórico” tradicional, tipo Olinda ou Pelourinho, pronto e embalado para presente. Esta é uma parte da cidade tomada pelo comércio popular, e que foi bastante descaracterizada no século passado.

Ainda assim, vale a pena garimpar as joias do barroco recifense pelas ruelas apertadas e movimentadas que poucos visitantes desbravam.

Tome os cuidados que você tomaria ao caminhar pelo centro da sua cidade.

Itinerário recomendado: Santo Antônio e São José

Este é um tour para fazer com calma, chegando antes das 11h ao ponto de partida:

Itinerário combinado: Santo Antônio e São José + Recife Antigo

Se você só dispõe de um dia para visitar todo o centro histórico de Recife, siga esse roteiro, chegando antes das 10h ao ponto de partida:

Pátio de São Pedro

Se você só tiver tempo (ou disposição) para visitar uma igreja barroca no Recife – por exemplo, a caminho do Recife Antigo – programe o Uber para o Pátio de São Pedro.

Este largo calçado com paralelepípedos teve o casario do entorno totalmente restaurado, com bares e restaurantes funcionando.

Mas o centro das atenções do Pátio é a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, concluída em 1784, e que passou por uma grande reforma de três anos até ser reaberta em fevereiro de 2023.

Essa última reforma restaurou o acabamento dourado de todo o altar. Mas nada supera o efeito da perspectiva ilusionista da pintura do forro da igreja, feita por João de Deus Sepúlveda.

Aproveite para almoçar no ótimo São Pedro Restaurante, especializado em peixes e frutos do mar frescos.

Informações práticas – Igreja de São Pedro dos Clérigos

  • São Pedro Restaurante | Pátio de São Pedro | Tel.: (81) 98299-3333 | 2ª a 6ª 12h-15h – sáb e dom 12h-15h30 | Instagram

Capela Dourada

A Capela dos Noviços da Ordem Terceira de São Francisco, mais conhecida pelo apelido Capela Dourada, é a mais famosa das igrejas do centro histórico do Recife.

Erguida entre 1696 e 1724, é um dos mais ricos exemplares do barroco brasileiro. Suas paredes e o teto são ornados com pinturas sacras – e todos os espaços aparentes estão preenchidos com entalhes folheados a ouro.

Informações práticas – Capela Dourada

Pátio do Carmo

Fãs de igrejas barrocas encontram dois belos exemplares no Pátio do Carmo.

A Basílica de Nossa Senhora do Carmo, no centro do largo, encanta com seus nove altares barrocos trabalhados em talha dourada.

Escondidinha ao final de uma fileira de palmeiras imperiais, a Igreja de Santa Teresa d’Ávila da Ordem Terceira do Carmo se destaca pelas pinturas dedicadas à vida da santa, que recobrem o teto e as paredes – feitas pelo mesmo pintor do forro de São Pedro dos Clérigos, João de Deus Damasceno.

Informações práticas – Basílica do Carmo

Informações práticas – Igreja de Santa Teresa d’Ávila

Igreja da Conceição dos Militares

Depois de 15 anos fechada – sete deles, em restauração minuciosa – a Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares reabriu as portas em 2021.

No quesito exuberância, a Conceição dos Militares é páreo apenas para a Capela Dourada e São Pedro dos Clérigos. A riqueza de suas ornamentações revestidas com ouro 24 quilates renderam-lhe a alcunha “Capela Sistina do Barroco-Rococó”, dada pelo historiador francês Germain Bazain.

A igreja foi fundada por uma irmandade de sargentos, que atribuíam à Nossa Senhora da Conceição a proteção durante a guerra que acabou expulsando os holandeses de Pernambuco.

Procure no forro acima do coro a pintura que celebra a batalha do Monte Guararapes.

Informações práticas – Conceição dos Militares

Mercado de São José

Recife tem muitos mercados de bairro que continuam funcionando.

O Mercado de São José, no coração do comércio popular do bairro São José, tem origem chic: foi inspirado pelo Mercado de Grenelle parisiense.

Aberto em 1875, teve toda a sua estrutura de ferro fundido fabricada na França. É muito procurado para comprar peixes, frutos do mar, charque e outras carnes.

Há também um polo turístico com lojas de artesanato e produtos típicos.

Informações práticas – Mercado de São José

Casa de Cultura

Durante 118 anos aqui funcionou a Casa de Detenção de Pernambuco. Em 1976 – seguindo o que já tinha acontecido em Fortaleza três anos antes – o lugar foi convertido num centro de comércio de artesanato e renomeado Casa da Cultura de Pernambuco.

A restauração, coordenada pela arquiteta italiana radicada no Brasil Lina Bo Bardi, transformou as antigas celas em lojinhas de artesanato, roupas e produtos típicos. O pátio em frente ganhou um palco onde se realizam apresentações culturais e workshops.

Se você for na hora do almoço pode aproveitar para botar no seu currículo o Leite, o restaurante mais antigo do Brasil ainda em funcionamento.

Informações práticas – Casa de Cultura

  • Restaurante Leite | Praça Joaquim Nabuco, 147 | Tel.: (81) 97111-8365 | dom a 6ª 12h-16h, fecha sáb | Instagram

Forte das 5 Pontas (Museu da Cidade)

Erguido em 1630 pelos holandeses como Forte Frederik Hendrik, o forte foi retomado pelos portugueses e rebatizado de Forte de São Tiago das 5 Pontas. Curiosamente, uma das pontas foi danificada durante a reconquista e uma reforma posterior acabou diminuindo o número de pontas para 4 – mas o nome antigo ficou.

O forte abriga o Museu da Cidade do Recife – de instalações bastante simples.

Visite se você for aficionado por fortes.

Informações práticas – Forte das 5 Pontas

Passeio de catamarã

Para ter direito a dizer que foi à “Veneza Brasileira”, vai precisar passear de barco pelo Rio Capibaribe, que faz as vezes de Grande Canal para a cidade do Recife.

A Catamaran Tours opera pelo menos dois passeios por dia.

O roteiro principal é “Recife e suas pontes”, que navega 1h20 pelo Capibaribe por entre as três ilhas centrais do Recife – Santo Antônio, Bairro do Recife e Boa Vista -, passando por três pontes.

À noite o passeio ganha o nome de “Recife iluminado”. O melhor horário, no entanto, é o das 16h, que pega o anoitecer.

No domingo de manhã há uma versão estendida do passeio, que vai pelo Capibaribe até a altura do Parque da Jaqueira, na Zona Norte: é o roteiro “Recife e seus bairros”.

As saídas são do restaurante Catamaran, próximo ao Forte das Cinco Pontas.

Informações práticas – Passeio de catamarã

Várzea e Zona Norte

Vale a pena sair do eixo turístico Boa Viagem-Recife Antigo-Olinda para visitar algumas das atrações mais singulares do Recife.

No bairro da Várzea, propriedades da família Brennand abrigam os dois centros culturais mais importantes da cidade, a Oficina Francisco Brennand e o Instituto Ricardo Brennand.

O passeio pode ser complementado pelos bairros da Zona Norte, onde mora a classe média mais tradicional do Recife. Por ali você pode visitar a Fundação Gilberto Freyre e o casario centenário do Poço da Panela.

Itinerário sugerido: Várzea e Zona Norte

A maior dificuldade de montar este roteiro está nos horários do Instituto Ricardo Brennand, que só abre às 13h, e da Fundação Gilberto Freyre, que fecha às 16h.

Veja também o Itinerário combinado: Olinda + Várzea.

Oficina Francisco Brennand

A Oficina Francisco Brennand é o museu-ateliê de Francisco Brennand, o maior ceramista brasileiro, falecido em dezembro de 2019. Instalada numa antiga olaria que Brennand recebeu como herança, a Oficina reúne mais de duas mil obras do ceramista.

Prepare-se para penetrar num laboratório repleto de criaturas míticas e formas delirantes que transpiram erotismo. Em alguns momentos você não vai saber se está num museu ou no parque de diversões particular do artista. É isso (e não exatamente a estética) que faz de Brennand o Gaudí pernambucano.

A obra de Francisco Brennand também pode ser admirada no Parque de Esculturas do Marco Zero, no Recife Antigo. Ali você vai ver Brennand fazendo parte da paisagem da cidade. Mas para viajar pelo seu universo criativo, só mesmo indo até a Várzea.

Junto à oficina, o Brennand Café está a postos para lanchar ou almoçar.

Informações práticas – Oficina Francisco Brennand

  • Brennand Café | Oficina Francisco Brennand | Tel.: (81) 2011-5467 | 3ª a dom 10h-17h | Instagram

Instituto Ricardo Brennand

Primo de Francisco, Ricardo Brennand montou seu Instituto num outro terreno da família, na margem oposta do rio Capibaribe. Em linha reta, os dois museus estão a 1 km de distância. Mas como para ir de um Brennand para o outro é preciso dar uma grande volta até a av. Caxangá, o trajeto entre os museus dá quase 8 km.

O Instituto Ricardo Brennand é a realização de um sonho do seu excêntrico dono. Depois de amealhar uma das mais importantes coleções de armaria (armaduras, espadas, punhais, facas) do mundo, Ricardo Brennand construiu um castelo medieval europeu — em pleno trópico — para expor seu tesouro.

Mas não parou no castelinho. Construiu também uma pinacoteca, onde guarda a maior coleção privada de pinturas de Frans Post, paisagista que retratou o Brasil durante a ocupação holandesa de Pernambuco. Gravuras, cartas, tapeçarias Gobelin e moedas da época do Brasil holandês também fazem parte da exposição.

Réplicas de esculturas européias do século XIX (e um Botero autêntico!), dispostas no jardim e nas áreas externas do castelo, completam o acervo.

O Instituto dispõe de um restaurante que também emula uma arquitetura medieval, o Castelus.

Informações práticas – Instituto Ricardo Brennand

  • Restaurante Castelus | Instituto Ricardo Brennand | Tel.: (81) 99161-7157 | 3ª a dom 12h-17h | Instagram

Fundação Gilberto Freyre

A Fundação Gilberto Freyre – ou melhor: Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre – fica no sítio em que o sociólogo-escritor-poeta-político-causador viveu com sua mulher Magdalena por mais de 40 anos até morrer.

O casarão teve sua última grande reforma em 1881. Freyre só acrescentou quadros, livros, móveis e objetos, todos conservados como na época em que viveu ali. A visita, guiada, leva 40 minutos. O script é delicioso, cheio de citações da obra e anedotas da vida de Freyre.

Pena que não dá pra tirar fotos dentro da casa.

Informações práticas – Fundação Gilberto Freyre

Poço da Panela

Um núcleo de casarões baixos, muitos deles centenários, faz o charme do Poço da Panela, um bairro tombado em meio aos bairros verticais de classe média alta da Zona Norte do Recife.

Os casarões históricos se localizam na Estrada Real do Poço e nos arredores da Igreja de Nossa Senhora da Saúde, junto ao rio Capibaribe.

Praia de Boa Viagem

A orla sul do Recife é uma praia contínua que recebe diferentes nomes em cada trecho.

A ponta norte é a Praia do Pina. Então vem a Praia de Boa Viagem propriamente dita. Depois da Pracinha de Boa Viagem, se torna Praia de Setúbal. Passando a divisa de Jaboatão, a mesma praia se torna Praia de Piedade.

Praia em Recife é um acontecimento matinal. Lá pelas duas da tarde, a sombra dos arranha-céus já cobre boa parte da areia.

Os pontos mais disputados são os trechinhos protegidos por recifes. Durante a maré baixa, formam-se piscininhas na beirada – e a água, que já é morna normalmente, pode atingir temperaturas de talassoterapia. O recifense adora.

Outra característica peculiar de Boa Viagem são os vendedores de caldinho. No fim da manhã eles percorrem a areia com carrinhos levando garrafas térmicas com caldinho de feijão, de sururu e de camarão. Experimente: é uma delícia.

Se você procura algum ponto badalado de praia, escolha entre a Barraca do Pezão e a Barraca de Pingo.

Leia também sobre tubarões em Boa Viagem.

Tem tubarão em Boa Viagem?

A construção do porto de Suape, entre Recife e Porto de Galinhas, ocasionou um desequilíbrio ambiental, afetando a oferta de alimento para os tubarões.

Desde então os tubarões têm saído do mar aberto para buscar alimento perto da costa. Entre 1992 e 2023 foram registrados 77 ataques de tubarão entre Olinda e Cabo de Santo Agostinho.

O momento de maior risco é a maré alta, quando os tubarões conseguem atravessar a barreira de corais.

As instruções de segurança para entrar na praia em Boa Viagem são:

  • Só entre no mar na maré baixa
  • Prefira os trechos protegidos por recifes (como o da foto no alto do tópico Praia de Boa Viagem)

Tomando esses cuidados, não há perigo.

Barraca do Pezão

Primeira barraca em Boa Viagem a oferecer um serviço diferenciado, a Barraca do Pezão é a maior grife da praia.

Guarda-sóis grandões, cadeiras sempre novas, bons drinks e uma cozinha funcionando do outro lado da avenida são os trunfos do Pezão. Os preços são mais elevados do que a média na praia.

  • Barraca do Pezão | Av. Boa Viagem em frente ao nº 2.712 | Fecha 3ª e 4ª | Instagram

Barraca de Pingo

Já quase no Pina, a Barraca de Pingo tem uma vibe mais alternativa. É super bem organizada e serve ótimos drinks.

Nos fins de semana, chegue cedo, porque lota rápido.

  • Barraca de Pingo | Av. Boa Viagem em frente ao nº 940 | Tel.: (81) 98421-2031 | Instagram

Olinda

Em 1535, ao tomar posse da capitania hereditária de Pernambuco, o português Duarte Coelho decidiu se instalar num local estratégico e aprazível, onde já existia a aldeia Marim, de índios caetés.

Reza a lenda que o governador português teria dito “Ó linda situação para construir uma vila”. Mesmo que ele não tenha de fato proferido essa frase, a afirmação é verdadeira. Cinco séculos mais tarde, Olinda continua provocando suspiros de admiração ao dobrar cada esquina ou chegar a um novo mirante.

A cidade colonial original foi praticamente destruída durante a invasão holandesa, entre 1630 e 1654. Mas os portugueses e pernambucanos tiveram tempo para reconstruir a vila e suas igrejas.

Tombada pelo IPHAN em 1968, a Cidade Alta de Olinda conseguiu escapar à verticalização e à descaracterização que afetou o centro histórico do Recife. Nem todas as casas são antigas, mas o conjunto continua encantador.

Situada a pouco mais de 7 km do Recife Antigo e 15 km de Boa Viagem, a parte histórica de Olinda funciona como um bairro do Recife. É um passeio que você pode fazer quantas vezes quiser – é só chamar um Uber.

Itinerário recomendado: Olinda

Olinda é daqueles lugares que você pode (deve!) caminhar sem rumo, deixando espaço para a surpresa. Mas o calor e o sobe-desce de ladeiras acabam conspirando contra a nossa vontade de flanar pela Cidade Alta. Por isso, a melhor estratégia é ter um roteiro básico e fazer pequenos desvios para explorar as transversais, sempre voltando ao eixo principal.

Chegando às 10h30 ao primeiro ponto você consegue cumprir todo este roteiro.

Note que o Convento de São Francisco e o Mosteiro de São Bento fecham entre 11h30 ou 12h e 14h. Por isso, aproveite a hora do almoço para almoçar. Neste roteiro você vai passar por bons restaurantes, como o Beijupirá Olinda (na R. Saldanha Marinho), a Oficina do Sabor (na R. do Amparo) e o Patuá (em frente ao Mercado da Ribeira).

Caso você queira assistir à missa com canto gregoriano de domingo às 10h no Mosteiro de São Bento, inverta o roteiro. Peça um Uber para a Praça João Alfredo e chegue por volta das 9h.

Itinerário combinado: Olinda + Recife Antigo

Para combinar Olinda com o Recife Antigo, você vai precisar cumprir o roteiro de Olinda pela manhã.

Itinerário combinado: Olinda + Várzea

Para combinar Olinda com os Brennand na Várzea, você vai precisar cumprir o roteiro de Olinda pela manhã.

Alto da Sé

O Alto da Sé é o principal ponto de referência da Cidade Alta de Olinda. Dali se tem uma linda vista do casario e igrejas com o mar ao fundo. Barracas de tapioca e artesanato atendem o público que desembarca das vans de tour.

Ficam pertinho da Sé o Convento de São Francisco e a Casa dos Bonecos Gigantes e Mirins de Olinda.

Convento de São Francisco

Convento franciscano mais antigo do Brasil, o Convento de São Francisco (ou Convento de Nossa Senhora das Neves) começou a ser construído em 1585, na chegada da congregação ao Brasil.

Sua aparência atual foi definida numa reforma em 1750, que recuperou o convento da destruição causada durante a invasão holandesa.

O claustro e a sacristia ostentam belíssimos painéis de azulejos portugueses que descrevem passagens da vida de São Francisco. O mobiliário da sacristia, todo em jacarandá, também é impressionante.

A visita continua pela Capela de São Roque e Igreja de Nossa Senhora das Neves. Repare nas pinturas de papas e santos no forro das capelas e na delicada talha dos altares.

Informações práticas – Convento de São Francisco

Mosteiro de São Bento

O conjunto da Basílica e Mosteiro de São Bento é o mais bonito de Olinda.

A chegada é inesquecível: você vem descendo pela Rua de São Bento e avista a igreja de um ponto mais alto, compondo o quadro com o casario da rua e o mar ao fundo.

A primeira construção no local foi concluída em 1599, mas foi incendiada pelos invasores holandeses – como toda Olinda. Os monges beneditinos conseguiram salvar muitas obras e o convento foi reconstruído durante o século 18, adquirindo as feições que vemos hoje.

O altar-mor é todo feito em madeira de cedro folheada a ouro.

O melhor momento para visitar o Mosteiro de São Bento é durante a missa dominical das 10h, quando os monges entoam cantos gregorianos.

Caso venha a Olinda em outro dia, deixe para visitar o Mosteiro ao fim da visita, para que o esplendor do seu altar não ofusque a continuação do passeio.

Informações práticas

Casa dos Bonecos Gigantes

Situada pertinho do Alto da Sé, a Casa dos Bonecos Gigantes e Mirins de Olinda expõe bonecos confeccionados por Sílvio Botelho, um dos mais importantes artesãos ligados ao carnaval olindense.

Os bonecos encarnam personalidades de Pernambuco e artistas famosos – um Madame Tussaud à moda de Olinda.

Não espere encontrar o Homem da Meia Noite ou a Mulher do Dia em pessoa – esses bonecos pertencem a blocos e não estão expostos aqui.

Mas o elenco é divertido e vale a visita.

De lambuja, estão expostos também os “bonecos mirins”, feitos para serem levados por crianças no carnaval.

Informações práticas – Casa dos Bonecos Gigantes

Rua do Amparo e Quatro Cantos

O seu itinerário pela Cidade Alta precisa incluir esses dois pontos, que são os mais carismáticos de Olinda.

A Rua do Amparo concentra os ateliês de artistas olindenses, muitas vezes abertos ao público.

Aqui estão também o restaurante e o bar mais emblemáticos do centro histórico: o Oficina do Sabor, com seu bobó de camarão na moranga, e a Bodega de Véio, que serve cerveja e petiscos mas mantém o ambiente de mercearia do interior.

Os Quatro Cantos de Olinda são quatro esquinas separadas por uma quadra muito curta no encontro da Rua Prudente de Moraes com a Rua do Amparo. É o ponto mais cobiçado para se estar no Carnaval.

  • Oficina do Sabor | R. do Amparo, 335 | Tel.: (81) 99207-3524 | fecha 2ª | Instagram
  • Bodega de Véio | R. do Amparo, 212 | Tel.: (81) 3494-3412 | 2ª a sáb 11h-23h | Instagram

Mercado da Ribeira

O Mercado da Ribeira existe ali desde 1690. Até os anos 60 funcionava como mercado de frutas, verduras e carnes. Foi só de 1970 em diante que se tornou um mercado de artesanato e produtos típicos.

O mercado dispõe de um casarão e duas alas de lojas protegidas por marquises, postados em torno de um grande pátio onde acontecem apresentações e eventos.

Em frente ao Mercado você encontra um dos bons restaurantes de Olinda, o Patuá.

Informações práticas – Mercado da Ribeira

  • Restaurante Patuá | R. Bernardo Vieira de Melo, 79 | Tel.: (81) 3055-0833 | 3ª a 5ª 11h-15h, 6ª e sáb 11h-16h e 18h-22h, dom 11h-16h | Instagram

Casa de Alceu Valença

A casa de Alceu Valença faz parte do itinerário de peregrinação do visitante em Olinda.

É muito fácil passar por ali: a casa fica na Rua de São Bento, nº 182, no caminho entre o Mercado da Ribeira e o Mosteiro de São Bento.

Para não deixar dúvidas, a fachada ostenta um azulejo com o nome Alceu Valença.

A casa não está aberta à visitação.

Olinda Aventura

Quem não quiser subir e descer as ladeiras de Olinda pode fazer um city-tour de jipe.

A Olinda Aventura organiza tours em jardineira pela cidade antiga, percorrendo os principais pontos: Convento de São Francisco, Alto da Sé, Quatro Cantos, Ribeira, Casa de Alceu Valença e Mosteiro de São Bento.

Há paradas no Alto da Sé e no Mosteiro de São Bento.

O circuito sai da parte baixa da cidade, próximo à Praça do Carmo, e leva 1 hora. É preciso reservar com alguma antecedência porque as saídas são programadas de acordo com a demanda.

Informações práticas – Olinda Aventura

Bate-voltas saindo de Recife

Bate-volta a Porto de Galinhas

Porto de Galinhas está a 55 km da orla de Boa Viagem – um percurso de 1 hora.

Porto é a praia que desbancou Recife como destino turístico nº 1 de Pernambuco. Seus trunfos são águas calmas, piscinas naturais e passeios de buggy.

Veja como aproveitar o seu dia ao máximo:

Como ir de Recife a Porto de Galinhas

Se você vai de carro, saia de Recife pelo aeroporto, que dá na BR 101.

Um pouco antes da cidade do Cabo você sai da BR 101 para a rodovia pedagiada PE 009 (Via do Atlântico), que passa pelo complexo de Suape e chega a Porto de Galinhas à altura do distrito de Nossa Senhora do Ó – sem passar pela sede do município, Ipojuca, onde costuma haver engarrafamento.

São 54 km da orla de Boa Viagem à praia de Muro Alto, e 56 km até o centrinho de Porto de Galinhas.

Porto de Galinhas com pernoite

Com um ou dois pernoites, seu passeio fica mais completo.

Leia mais:

Bate-volta à Praia dos Carneiros

Situada no município pernambucano de Tamandaré, na foz do Rio Formoso, a Praia dos Carneiros é um bate-volta bastante factível para quem sai do Recife. Mas é puxado para quem vai dirigindo: a viagem leva quase duas horas em cada sentido.

Carneiros uma praia sem acessos públicos: todas as entradas para a praia acabam nos estacionamentos dos bares e pousadas, que recebem visitantes cobrando uma taxa de day-use.

Chegando lá, além de aproveitar seu bar, você vai querer dar uma caminhada até a capela de São Benedito (aquela igrejinha pé na areia que é o cartão-postal de Carneiros) e talvez também fazer um passeio de barco (que levam a bancos de areia e a um banho de argila na outra margem do rio).

Escolha seu day-use

Beijupirá Carneiros oferece melhor localização: já na praia de mar, e fora da muvuca dos receptivos maiores. Fica a meia hora de caminhada da Capelinha de São Benedito. Cobra R$ 70 (não reversíveis em consumo).

  • Beijupirá Carneiros | Pontal dos Carneiros Beach Bungalows | Tel.: (81) 98653-9409 | Instagram

Jobar, na Pousada Bangalôs do Gameleiro, é a escolha mais bem-apessoada no miolinho da praia. O day-use pode chegar a R$ 50, mas na baixa temporada não é cobrado. Fica a 15 minutos de caminhada da Capelinha de São Benedito.

Atente para o horário: não-hóspedes só podem entrar a partir das 10h30.

  • Jobar | Bangalôs do Gameleiro | Tel.: (81) 97105-0506 | Instagram

O maior receptivo de Carneiros é o Bora Bora. Fica em frente a uma ilhota de mangue onde se forma uma piscina na maré baixa. Tem catamarã próprio e é ponto de saída de lanchas.

Fica a 20-25 minutos de caminhada da Capelinha de São Benedito. Cobra R$ 50 por pessoa (não reversíveis em consumo). Há gazebos vip que podem ser usados com consumação mínima de R$ 200.

  • Bora Bora | Praia dos Carneiros | Tel.: (81) 98653-9409 | Instagram

Carneiros Beach Club (Bar da Prainha) é um pouco menos muvucado que o Bora Bora. Fica num trecho sossegado da praia de rio – é o primeiro receptivo que aparece para quem vem da PE 060. Está a 20 minutos de caminhada da Capelinha de São Bento.

Tem vários pacotes de day-use, de R$ 30 a R$ 180, que dão direito a diferentes localizações e atividades incluídas.

  • Carneiros Beach Club (Bar da Prainha) | Praia dos Carneiros | Tel.: (81) 99226-0260 | Instagram

O restaurante Éden, na Pousada Paraíso dos Carneiros, é uma opção mais intimista. Fica a 15 minutos de caminhada da Capelinha de São Benedito. Cobra R$ 50 por pessoa (reversíveis em consumo).

  • Éden | Pousada Paraíso dos Carneiros | Tel.: (81) 98224-5393 | Instagram

Arikindá é o bar de praia da Pousada Praia dos Carneiros. Está a 15 minutos de caminhada da Capelinha de São Bento. Cobra de R$ 30 a R$ 50 pelo estacionamento, dependendo da época. Há um adicional para ocupar as mesas de frente para a praia.

  • Arikindá | Pousada Praia dos Carneiros | Tel.: (81) 97110-1773 | Site

Como ir de Recife à Praia dos Carneiros

Se você vai de carro, saia pelo aeroporto, que dá na BR 101.

Veja o que o Google Maps ou o Waze indicam no momento: ao chegar à altura da cidade do Cabo, você pode tanto pegar a PE 060, que passa ao largo de Ipojuca (é o camimho mais curto), quando desviar pela rodovia pedagiada PE 009/Via do Atlântico (pode ser o caminho mais rápido), voltando à PE 060 pelo acesso a Porto de Galinhas.

Há uma saída direta da PE 060 para a PE 072, que vai direto à Praia dos Carneiros, passando por trás de todos os receptivos.

São 92 km da orla de Boa Viagem à Praia dos Carneiros.

Praia dos Carneiros com pernoite

Se você vai por conta própria, é melhor programar um ou dois pernoites em Carneiros.

Leia mais:

Bate-volta a Itamaracá, Igarassu e Coroa do Avião

Antes de Porto de Galinhas ser modinha, o bate-volta mais desejado saindo de Recife era para a ilhota Coroa do Avião, um banco de areia situado entre a praia continental de Maria Farinha e o Forte Orange, na ilha de Itamaracá.

Roteiro completo

O passeio mais completo envolve as seguintes paradas:

  • Igreja dos Santos Cosme e Damião em Igarassu – a igreja mais antiga do Brasil, com construção iniciada em 1535
  • Forte Orange (Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá), erguido a partir de 1631 durante a invasão holandesa. Restam as muralhas, alguns canhões e a linda vista. Fecha 2ª e 3ª.
  • Ilha da Coroa do Avião – tem barracas de praia e água clarinha, sobretudo na maré baixa. Barqueiros cobram R$ 25 por pessoa (incluindo a volta) para fazer a travessia de 5 minutos desde a praia do Forte Orange em Itamaracá.
  • Vila Velha de Itamaracá – o núcleo histórico de Itamaracá fica no meio da mata, parece uma cidade perdida no tempo. A igreja está bem conservada. Fica a 5 km da estrada principal da ilha e é uma excelente parada final para o passeio.

Infelizmente a estação do Projeto Peixe-Boi que existia em Itamaracá foi fechada.

Passeio simplificado

O Catamaran Praia Beach Club oferece day-use na Praia do Capitão, no continente.

Dali saem passeios de barco com paradas na Ilha da Coroa do Avião e na praia do Forte Orange em Itamaracá – com possibilidade de visitar o forte.

  • Catamaran Praia Beach Club | Praia do Capitão, Igarassu | Tel.: (81) 98295-8270 | Instagram

Como ir de Recife a Igarassu, Itamaracá e Coroa do Avião

Se você vai de carro, saia pela BR 101 na direção norte. Use o caminho que o Google Maps ou o Waze indicar para o momento.

Caso seu destino seja o Catamaran Beach Club, você vai sair da estrada pela PE 014, um pouco antes de Igarassu.

Caso vá até Itamaracá, entre em Igarassu e siga a sinalização para a ponte e Itamaracá.

O Catamaran Beach Club está a 45 km da orla de Boa Viagem (1 hora de percurso).

A praia do Forte Orange em Itamaracá está a 60 km da orla de Boa Viagem (1h20 de percurso).

Bate-volta a João Pessoa

A pequena distância de entre Recife e João Pessoa – 120 km – dá a ilusão de que este é um bate-volta confortável.

Na verdade, não é. Por causa do engarrafamento permanente da BR 101 ao longo do perímetro urbano de Abreu e Lima, esta é uma viagem que leva pelo menos 2 horas e meia.

E como uma das atrações de João Pessoa é o pôr do sol na Praia do Jacaré, você acaba voltando à noite.

Por isso, para fazer o passeio completo, é recomendável ou combinar o passeio com um taxista ou se encaixar num tour.

Algumas das atrações para você escolher (mais do que três fdifícil combinar num dia só).

  • Praias: experimentar a praia naturista de Tambaba é a experiência mais original que você ter em João Pessoa, mas é preciso de fato tirar a roupa para entrar na área nudista. Para curtir praia vestindo roupa de banho, a melhor da região é Coqueirinho.
  • Piscinas naturais: durante os períodos de lua cheia e lua nova é possível fazer passeios de catamarã a duas piscinas naturais: Picãozinho (com saída da praia de Tambaú) e Seixas (com saídas das praias do Seixas e também de Tambaú). O embarque costuma acontecer entre 60 e 90 minutos antes do nível mínimo da maré no dia. Leia nosso Beabá das piscinas naturais.
  • Farol de Cabo Branco: está próximo ao ponto mais oriental das Américas (a Ponta do Seixas), e por isso faz parte do circuito de fotos para o instagram. Ali perto, a Estação Ciência foi desenhada por Oscar Niemeyer.
  • Centro Histórico: o Centro Cultural São Francisco (que abrange a igreja de São Francisco, o Convento de Santo Antônio e diversas capelas), cuja construção foi iniciada em 1585, é a estrela maior do Centro Histórico de João Pessoa, que fica longe da praia.
  • Pôr do Sol com Bolero de Ravel: na praia fluvial do Jacaré, em Cabedelo, lá pelas 5 da tarde, acontece o ritual diário de acompanhar o pôr do sol ao som do Bolero de Ravel tocado por Jurandy do Sax. Dá para assistir em terra firme (grátis) ou em embarcações (pagas). Jurandy é conduzido por uma voadeira por entre os barcos, e quem está na muretinha ouve a música pelo sistema de alto-falantes.

Como ir de Recife a João Pessoa

Se você vai de carro, saia pela BR 101 na direção norte. Use o caminho que o Google Maps ou o Waze indicar para o momento.

Caso seu destino sejam as praias da Costa do Conde (ao sul de João Pessoa), saia da estrada logo depois da divisa da Paraíba, pela PB 044, que leva a Pitimbu e a todas as praias desta costa, incluindo Tambaba e Coqueirinho.

Se não incluir praias no seu roteiro, siga em frente até a entrada da cidade.

A praia de Tambaba está a 122 km da orla de Boa Viagem – umas 2 horas e meia de viagem.

O Farol de Cabo Branco está a 133 km da orla de Boa Viagem – umas 2h45 de viagem.

Bate-volta a Maragogi

Este é um passeio que não recomendamos. Além da distância (são pelo menos duas horas e meia de estrada), não é simples encaixar o horário de chegada com a saída dos passeios às piscinas naturais, que são a atração principal de Maragogi.

Nossa recomendação: deixe para ir a Maragogi quando puder pernoitar por lá.

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