Viagens no frio: conte a sua história 1

Viagens no frio: conte a sua história

Santiago

AI, QUE FRIO! No Facebook, no Twitter e nas conversas de elevador não se fala de outra coisa: a chegada dessa frente fria que veio sabe-se lá de onde e fez os termômetros despencarem em muitas cidades do Brasil, do extremo sul a Porto Velho e Rio Branco. Hoje de manhã, depois de sair com muito custo de debaixo de três edredons, me peguei pensando: por que diabos a gente escolhe e paga caro para viajar no inverno?

Bem, a viagem em que experimentei mais frio até hoje foi a Bariloche, quando tinha uns 9 anos. Meus pais me deixaram escolher o destino das férias (olha a responsa!) e eu prontamente disse: “eu quero ver a neve!”. “Mais que o Mickey?” “Sim!”. Viajar naqueles tempos era muito mais caro do que hoje em dia, uma família de classe média raramente visitava um mesmo destino duas vezes, e em casa o receio era de que eu, tão nova, depois de algum tempo pouco lembrasse de lá.

Pois eu lembro de tudo: do esquibunda em Piedras Blancas, de afundar na neve no Cerro Otto, da família de cães São Bernardo no Centro Cívico, dos chocolates em rama e dos chocolates-quentes, daquelas roupas de neve sempre em cores escalafobéticas, do meu protetor de orelhas cor-de-rosa, e do teleférico de cadeirinha que enguiçou com a gente lá no alto e fez a minha mãe sacar uma oração a Santa Catarina de Siena da carteira para pedir que as férias da família não terminassem em tragédia. Eu, que nem me liguei do perigo, achei uma aventura e tanto.

É, devo admitir: experimentar o inverno em lugares onde a estação seja celebrada pode mesmo ser bem bacana. Mercados de inverno europeus, cidades em que há estações de esqui, vilarejos de montanha — destinos onde não faltam atividades, e mesmo com o frio não desanimamos de passear.

Queremos saber: você gosta de viajar para lugares frios? Qual a sua melhor memória de uma viagem no inverno? Que cidade você visitou no inverno, mas preferia ter visto no verão?

Aos comentários!

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57 comentários

Minha primeira experiência na neve e frio mais extremo também foi em Bariloche, cheguei em meados de junho, peguei uma nevasca e comecei minha paixão pelo esqui.
Não tenho objeção a viajar no inverno mas com neve penso mais em lugares para esquiar. Acho que unir um passeio tipo capital/ou cidade importante de um país + uma estação/resort/cidade de esqui é perfeito.
Fui para Berlim no outono, com frio de inverno, me diverti muito mas tenho vontade de ir no verão. O mesmo vale para Milão.
O contrário vale para Lake Tahoe, estive no verão e queria voltar na temporada de esqui.

Nunca vou entender quem viaja para o frio, o frio causa sofrimento, dor. Mesmo bem agasalhados, o vento gelado dói na pele. Moro no sul e ja viajei pra esquiar uma unica e ultima vez (nao quero mais passar frio, nao vale a pena), e tirando a emoçao do esqui, Deus me livre daquelas férias. Viagem legal mesmo é na primavera, flor e calor ameno, dá pra aproveitar tudo muito melhor.

Minhas ultimas viagens foram em ordem:Fortaleza, Natal, Maceió, Cancun, St Maarten, Caldas Novas, Aruba, Curaçao e Cidade do Panamá… Por onde eu começo kkk? Deu pra perceber que eu AMO frio…

Gosto de viajar em qualquer época, gostaria de conhecer Paris no inverno e ver se fica enfeitada para as festas de fim de ano.
Mas um lugar que conheci em julho/2012 e gostaria de retornar em uma época mais quente seria Puerto Varas.
Gostamos muito da cidade, mas gostaria de ver a vista dos vulcões e a praça toda florida de rosas. Com o inverno o céu estava todo cinzento e não dava pra avistar nenhum dos 3 vulcões que eu via nas fotos de site. Com certeza é um lugar que vou retornar…

Adoro frio,sempre vou p/lugares no inverno.Amo o Alaska e super indico,pois é um dos lugares mais lindo que já visitei,a natureza é incrível por lá e muuuuuito frio.Fui 2 vezes e pretendo voltar novamente. Visitamos Fairbanks, Anchorage,Juneau,Sitka e por aí vai.

Eu detesto frio! Como já moro no frio, costumo fugir pelo menos 1 semana do inverno para algum lugar mais quente. Sou do time da Sylvia, e se tivéssemos 4 primaveras no ano eu seria uma pessoa mais feliz 🙂 Mas já aconteceu de viajar de sair do frio para ir ao congelador e nem foi ruim. Fui 2 vezes para Escócia no inverno. Uma vez eu não consegui ver as montanhas direito pois o tempo estava péssimo. Na outra vez, apesar de ter ido uma semana após a maior nevasca do país, as estradas já estavam abertas novamente e a paisagem era muito impressionante. Nunca vou esquecer. Imagina ver uma cachoeira toda congelada, ficar com metade da perna enterrada na neve(e nem era na montanha!), ouvir o barulhinho das laminas de gelo de um lago se tocando, foi lindo. Mas fiquei com o gostinho de quero mais e ainda voltarei no verão ou outono, quando a paisagem muda drásticamente.

Minhas 3 últimas férias grandes foram na Europa naquela temperatura fria mas não tão fria. Prefiro a primavera como a Sylvia, mas fazer o que se meu Rick só podia nessa época (Outubro/Novembro). Meus amigos até ano passado ficavam surpresos ao saber que apesar de viajar muito (a trabalho e lazer) eu nunca tinha visto neve. Já fui a Paris em Janeiro e nada de neve. Despretensiosamente na Rota Romântica Alemã, maridão me deu de presente ao invés de ir ao Museu da BMW em Munich subir o teleférico do Tegel para pegar neve pela primeira vez na vida. Mesma viagem, nós dois vimos neve caindo, pela primeira vez dos 2 ao sair de Praga. Inesquecível

Como boa carioca da gema não gosto de frio. Mas por outro lado gosto tanto de viajar que as vezes esbarro num pouco de frio.
Uma das noites mais frias em viagem na minha vida foi na viagem de lua de mel,lá no século passado quando ainda não existia internet e o hotel foi reservado a noite, pelo telefone porque a ligação era mais barata!! Mas o que eu não sabia e fiquei sabendo só in loco, era que eu tinha falado com o porteiro da noite que não repassou a reserva para a pessoa responsável. Estavámos em julho, uma sexta-feira e Campos do Jordão fervia de gente com o Festival de Inverno e nem era preciso dizer que não tinha um quarto sequer em qualquer hotel minimamente palatável. O dono do hotel depois de inúmeros telefonemas sem obter sucesso partiu pro ataque.Foi em nosso carro em busca de um lugar… isso quer mais ou menos dizer que esse possível lugar nem telefone tinha.Depois de rodar nem sei mais por onde e visitar espeluncas com letreiro na entrada piscando, luz indireta vermelha nas escadas e corredores e um frio de pinto ficar pequeno (segundo meu ainda marido) entrei em desespero. Literalmente não foi com essa lua de mel que sonhei! Euzinha, noivinha em folha me debulhava em lágrimas. Mas como eu sempre digo, na minha vida quando tudo parece não ter mais jeito tudo se ajeita. O cara lá de cima adora essa brincadeira! Depois de virar Campos do Jordão de ponta cabeça, o Maurício, dono do hotel,mandou que parassemos na porta de uma casa até muito bonita e foi lá dentro.Voltou dizendo que estávamos com sorte que a pensão era familiar e que ainda tinha um quarto com banheiro disponível. Quarto grande, cama confortável, lençois limpíssimos e com banheiro enorme. Tão grande que para aquecer o banheiro deixamos a água quente cair por horas e enfumaçar o banheiro todo. Parecia neblina. Um não via o outro a 3 palmos de distancia. Mas tudo bem.Iríamos dormir num quarto sem aquecimento. Eu já estava até gostando da idéia de dormir a noite toda bem quietinha e de conchinha. Diante das circunstancias, isso já seria o máximo. E foi! A cada hora o frio só aumentava. Dormimos, quer dizer, passamos a noite de conchinha, com 7 ededrons e cobertores por cima de nós. Mas era tudo tão pesado, tao pesado que a conchinha como um todo tinha que se virar ao mesmo tempo ou então morrer de caimbra.De manhã excelente café da manhã e a informação da dona da pensão de que naquela noite chegamos a 7 graus negativos. Se era uma pensão de verdade ou uma casa de família não sei,nós éramos os únicos hóspedes. Se essa foi a temperatura verdadeira também não sei, só sei é que foi frio pra caramba.Essa historia fez 34 anos dia 19 julho, sexta-feira passada.
E em 2010 pegamos -8 graus em Londres. Frio pra caramba! mas em outras circunstancias.

Desculpe o tratado, mas pediram uma historinha…

Eu gosto bastante de viajar no inverno, em lugares onde a neve o frio fazem parte e ajudam no programa. Por exemplo, viajei no inverno para o Yosemite Park porque queria ver a neve mesmo e como ficava a paisagem (linda aliás) da região nessa época do ano.
Já acho que ir cidades grandes no alto inverno, que tem temperaturas baixíssimas e neve, já perdem um pouco a graça, já que passear na rua, ir em parques (coisas que adoro fazer) já ficam mais complicados.
Mas por exemplo, lugares onde o inverno é mais ameno (como Califórnia e até algumas partes da Europa, como Lisboa e Barcelona) dá para encarar, pois o frio inclui sol e céu azul, mesmo com temperaturas baixas.
O importante é viajar preparado e não esquecer que para viajar no inverno, especialmente para o exterior, tem que ir com roupa certa, sapato adequado e expectativas de acordo com época (se tiver uma nevasca, você provavelmente irá ficar trancado no seu hotel por um tempo e não pode reclamar! rs).
Tem até um post no Vambora contando um pouco dos erros e acertos que fiz nessa viagem invernal para o Yosemite Park (que comentei acima) com dicas de como se vestir e se proteger do frio nesses destinos que incluem neve: https://www.blogvambora.com.br/vivendo-e-aprendendo-yosemite-park-dicas-para-vestir-no-inverno/

Como eu já moro no congelador em Copenhague, não me ligo em viajar para outro lugar frio eu quero é praia, mas admito que me divirto muito quando os lagos congelam e são liberados para a patinacão (desculpa não tem cedilha no meu teclado) é muito legal patinar nos lagos e ah eu adoro correr na neve. 🙂
Copenhague é uma cidade que muda muito em todas as estacöes, acho que toda a parte Norte e Escandináva da Europa muda.

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