Golpes contra turistas na Europa: Duc, Maria Lina e Dri alertam

Paris: Basílica do Sacré-Coeur

É fato que o Brasil é um lugar infinitamente mais inseguro que a Europa. Mas por incrível que pareça, um turista brasileiro talvez corra mais riscos lá do que aqui.

Ocorre que o problema no Brasil é a violência — que aprendemos a evitar não andando por lugares ermos ou pouco vigiados. Batedor de carteira, por aqui, é profissão em extinção; seu campo de ação parece limitado a festas com aglomeração (como todas aquelas da Bahia).

Na Europa a violência é mínima. Mas a arte de aproveitar-se das distrações dos forasteiros é desenvolvidíssima. Enquanto a gente está lá, embasbacado com alguma vista ou tentando entender o metrô, algum artista surrupia a nossa carteira ou mete a mão na nossa bolsa sem que percebamos. Deixar mala ou bolsa aparecendo em carro estacionado, então, é fatal.

Mais chatos (por humilhantes) são os golpes perpetrados em dupla ou trio: enquanto um puxa papo ou chama a atenção para uma coisa qualquer, o outro passa a mão no que estiver desguarnecido.

Recentemente, vários blogueiros que moram (e um que morou) na Europa trouxeram o tema à tona.

O Dani Duc, que tem o excelente DucAmsterdam.net (indispensável para viajar a Amsterdã e à Holanda), contou uma série de perrengues que passou em diversas cidades européias. Seus leitores contribuíram com suas próprias histórias nos comentários.

A Maria Lina, do queridíssimo Conexão Paris, repercutiu uma denúncia de leitores sobre golpes e intimidações nas escadarias de Sacré-Coeur.

Dentro do assunto, o PêEsse lembrou um post do ano retrasado em que a hilária — e ao mesmo tempo seriíssima — Dri Setti, do Achados, faz um verdadeiro inventário das várias maneiras de baterem a sua carteira na Espanha (e como escapar de ser uma vítima).

De novo: não é que a Europa seja perigosa. Ela só não é tão segura quanto a gente imagina — e os riscos são diferentes daqueles nos quais já estamos escolados. Ter consciência disso já nos torna menos vulneráveis 😀

E você? Já passou por algum perrengue do gênero? Conte na caixa de comentários!

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204 comentários

Em Vina del Mar, uma menina super bonitinha que parecia uma cigana quis ler minha mao e me dar uma folhinha de alguma planta, como sinal de sorte. So que ela disse que tinha que colocar dentro da minha carteira. Quando eu cai na real, eu percebi que ela queria que eu pegasse minha carteira do bolso, pra passar a mao e sair correndo. So que eu fui um pouco mais esperto e percebi que era golpe e sai rapidinho!

Mesmo na tendo acontecido na Europa, acho que e pertinente o que eu vou relatar.
No Premium Outlet em Orlando, um dos mais admirados pelos brasileiros, eu vi 2 casos de roubos que aconteceram dentro de lojas – Armani Exchange e a outra nao me recordo. Duas brasileiras tiveram suas bolsas cortadas com facas e roubaram dinheiro, cartoes e o pior….o passaporte. So perceberam muito depois.

E triste mas isso esta ficando cada vez mais em Orlando, principalmente onde a concentracao de turistas e maior – shoppings e outlets.

Te tanto ler sobre esses golpes na internet antes de viajar, eu cheguei na europa meio neurótico. Carregava uma mochila, e sempre deixava ela trancada com um discreto cadeado p/ malas (de código). No bolso de fora deixava as coisas menos valiosas que precisava a todo momento. Com a mochila trancada eu dei uma relaxada.
Fui em Sacré-Coeur, e é impressinante, eles “fecham” a passagem p/ igreja, e vc tem que passar por eles p/ subir. Não são perigosos, mas mto chatos, nada que um “no” mais incisivo não resolva.
Um “golpe” que eu não conhecia e acabei caindo, é o da abaixo-assinado. Um grupo de 3 ou 4 imigrantes te abordam extremamente simpaticos e pedem p/ assinar um abaixo-assinado p/ democracia em algum país africano (no meu caso foi a Tunisia). Ao assinar o papel, eles dizem que vc tem que pagar 20 euros, pois vc assinou o papel, e o dinheiro é p/ luta pela democracia; eles usam a estratégia da pressão, são 3 ou 4 pressionando p/ conseguir o $$, e na hora vc acaba dando. Eu tinha uns 3 euros no bolso, que eu dei p/ eles e saí andando, mas ainda ficaram reclamando.
Em comparação com Londres e Berlim, achei que Paris NÃO transmite uma boa sensação se segurança.

Eu nem contei no blog, mas lembro que na época tuitei. Passamos uma noite em Napoli antes de seguir pra Costa Amalfitana e deixamos o carro alugado estacionado na rua do hotel. De manhã, quando meu pai foi colocar moedas no parquímetro, simplesmente não achou o carro. Sorte nossa que havíamos feito Super Cover da Hertz e havíamos retirado toda a bagagem dos carros, mas confesso que fazer B.O. na delegacida de Napoli não foi nada legal. Aliás, quem puder passar longe da cidade, o faça.

    Paula,

    Eu acho um pouco peremptória a idea de evitar uma cidade porque você teve um carro furtado (sem violência) lá. Entendo sua posição, e todo o seu direito de compartilhar a raiva da experiência, mas eu RECOMENDO que as pessoas passem en Napoli, onde eu mesmo já fui, de carro, sem qualquer problema de furto ou vandalismo, algumas vezes e de onde muito gostei.

    paula,
    vc fez muito bem em contratar um seguro completo e acertou tb em ñ deixar bagagem dando sopa dentro do carro.

    diante da sua experiência, faltou só recomendar a quem for a nápoles deixar “la macchina” em estacionamento ou área protegida.

    estive em nápoles de carro, e nada me aconteceu. no entanto, já tive 2 carros furtados na minha pp cidade pq cometi esse mesmo deslize: parar na rua. nem por isso me mudei daqui ou recomendo às pessoas q evitem visitá-la.

Lembrei de outro golpisinho pega-turista que meu marido passou na India, o do macaco!

Ele estava num taxi-riquixá, parado no transito, e tinha um cara com um macaco ao lado. Ele achou engraçado e tirou foto. Daí o dono do macaco colocou o macaco em cima do taxi-riquixá e disse que não tirava enquanto ele não desse 100 rupees. 😛

No blog ele fala sobre o golpé do macaco certinho – https://ricbit-india.blogspot.com/2010/11/e-o-macaco.html

Oi Riq! Brigado pela recomendação e palavras gentis! 🙂 (e fico feliz de estar em tào boa companhia no post :D) Valeu pelo artigo, é um assunto muito importante! Grande abraço

Muito bom, porém, discordo.
Que na Europa se furta, ninguém nega. Que os taxistas nos enganam, ninguém nega. O problema é que o turismo no Brasil acaba por ser perverso: já não furtam, matam.
Na Europa não tem “arrastão” nas praias; não tem arrastão nas estradas; não tem bala perdida; não tem sequestro relampago;não tem disputa por território, etc.
Fui furtada no melhor Hotel de Budapeste denominado Corinthian, (sem nenhuma intenção é o nome mesmo), 6 estrelas, por uma camareira que se apaixonou por um tênis.
Em Istambul, um taxista não tinha troco em euro, mas pegou a nota e trocou por uma falsa.
Já em Paris, saimos do hotel e deixamos o nosso cofre escancarado no primeiro dia da nossa viagem, que duraria 30 dias. NADA ACONTECEU, não foi retirado um tostão. Aliás a camareira foi gratificada nos nossos 10 dias de permanência.
Mas juro, conheço quase que o mundo inteiro e nunca vi violência maior do que aqui.

    Concordo, cler, e o Riq já deixou isso claro no post: falamos desses “pequenos crimes”, que são mais simples, menos sérios e certamente menos traumatizantes do que assalto à mão armada a quem faz trekking em Itacaré, arrastão entre o aeroporto Tom Jobim e o hotel no Rio, invasão de flats com reféns em São Paulo e por aí vai… A criminalidade no Brasil é muito pior.

    Acho que vc não leu o texto direito, colega. Nem o texto nem os comentários.
    Foi exatamente disso que o Riq (e todo mundo) falou. Então acho que vc concorda e não discorda, ouraite? 😉

Eu sou paranóica. Em Montes Claros, no aeroporto, pequeno e do lado da rua onde passa carro, uma colega deixou uma bolsa e deu as costas – disse para ela “Nunca mais faça isso, por favor”. O dia que ela não estiver comigo, fiz minha parte.

Ah ! Tenho outra história. Na Itália também, em Nápoles, mas desta vez foi com um cara que tava do meu lado.
Estávamos esperando o ônibus no ponto em frente ao porto. Estava bastante cheio. Quando o ônibus chegou entrou uma galera. Os ladrões aproveitaram o tumulto pra puxar a carteira de um cara. Mas o cara percebeu, e era um italianão bem nervoso. Catou os dois caras pelo colarinho e ficou gritando pro motorista esperar, que ia chamar a polícia se eles não devolvessem, etc. Daí o ladrãozinho pegou a carteira que tinha jogado debaixo do ônibus e devolveu pro cara.
Putz ! Tem que ficar esperto mesmo.

Em Paris, na estação Gare du Nord precenciei um moço com aparência de indiano aplicando golpes em várias pessoas que tentavam comprar tickets em máquinas. ELE se dizia ser funcionário do Metrô e oferecia ajuda já que a máquina não funcionava. Ele simulava realizar a operação e entregava tickets falsos, pegando os valores em espécie…nunca menos de 12 euros, e ainda mostrava a direção que a pessoa deveria se dirigir.
No outro dia fomos abordados ao lado do Sena com o golpe do anel e mais tarde, perto do Champs Elisées, um cidadão de ótima aparência, em um carro idem, nos abordou com um mapa na mão. Paramos pensando se tratar de algum perdido mas, que nada, era mais um golpe. O Cara contou uma historinha e oferceu uns casacos italianos que trazia com ele. Em troca alegou que não tinha saldo no seu cartão de cartão e nos pediu dinheiro para por gasolina no carro..pode????!!! …Enfim, primeiro mundo aqui estamos nós!!!! Assustados porém felizes e atentos !!!

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