Islândia imperdível: icebergs

Islândia imperdível: 12 lugares que marcaram a viagem da Mirna

Depois de dar o mapa da mina para quem já sonhou em rodar pela Islândia de carro, a Mirna mostra o que é que a ilha da Björk tem. E você vai ficar embasbacado com a beleza das paisagens desse país. Vai pela Mirna!

Islândia imperdível: 12 lugares especiais

Texto e fotos | Mirna A.B. 

Islândia imperdível: Myvatn

Se mesmo depois de ter lido o meu post anterior você não se desanimou de chegar até a Islândia, parabéns! Significa que tem fibra suficiente para encarar a “fera” e tudo indica que vai conseguir domá-la para aproveitar ao máximo a viagem. Lembre-se que infelizmente o clima será uma loteria e é ele que vai ser o fator mais determinante no resultado final da experiência.

Mas nunca o subestime e só caia na estrada com responsabilidade e prudência, ok? Não vou relatar a minha viagem (ler as experiências de quem a gente nem conhece é um porre!) então vou me ater a listar os meus top 12 com dicas meramente indicativas e daí você inclui (ou não) no planejamento da TUA viagem pois, afinal… é disso que estamos falando!

Mas, antes disso…

islândia imperdível: Borgarfjördur

Por que ir até a Islândia?
Para ver lugares estonteantes e conhecer de perto e/ou se divertir em atividades praticáveis em formações e fenômenos naturais e geológicos surpreendentes dos quais você nem ouviu falar antes.

Quando ir?
De meados de maio até o início de setembro (verão) é possível circular por toda a ilha e conhecer todos os atrativos. No entanto, duas atividades que NÃO rolam nessa época são as visitas aos túneis de gelo e a caça à aurora boreal. Em agosto tampouco dá para andar de trenó puxado por huskies, pois é o único mês em que os cães tiram férias.

Que tipo de turista deve visitar a Islândia?
Aventureiros e amantes da natureza. Gente que não está a fim de agitos urbanos mas quer se esbaldar ao ar livre. Nem jovens nem idosos demais. Quem já viajou muito e viu muita coisa insólita, mas que ainda quer se surpreender. Gente que respeita as forças da natureza e que goza de boa saúde.

Qual disponibilidade de tempo e de orçamento deve ter o viajante que vai à Islândia?
Não menos de 12 dias (no verão) e no mínimo uns 100/120 euros por pessoa, por dia (para acomodação, comida, combustível e aluguel de carro). Preveja também uns cobres a mais para atividades pagas. Se puder dispor de mais, melhor!

O que levar e adquirir antes de chegar lá e cair na estrada?

  • CNH (carteira de motorista brasileira) e PID (permissão internacional de dirigir)
  • Seguro de viagem
  • Smartphone com o aplicativo 112 Iceland já baixado (ele só vai ficar operativo quando você chegar por lá). Enquanto aguarda sua bagagem na esteira do aeroporto, dê um pulinho aos caixas do duty-free ao lado e compre um SIM card pré-pago de uns 12 euros que vai te permitir navegação de dados e fazer umas quantas chamadas pelo país por uma semana, se não mais, na boa. Comprei um da operadora NOVA (impecável, deu super pro gasto!)
  • Um cartão pré-pago sobressalente de combustível do N1, bandeira do posto que conta com mais distribuidores pelo território
  • Roupas quentes, botinas robustas (mesmo para quem não vai fazer trekking) e capas de chuva e corta-vento de preferência com capuz. Guarda-chuvas são inúteis, voam e quebram logo de cara. Calção de banho ou maiô para as termas e, se couber na mala, uma toalha de piscina para não ter que arcar com aluguel e um par de havaianas. Um gorro quentinho, um par de luvas e óculos de sol se for se divertir nos glaciares
  • Binóculos se for na época de nidificações de pássaros (geralmente de metade de maio até fim de julho)
  • Tapa-olhos para dormir no verão, quando praticamente não escurece
Islândia imperdível: cavalos puro-sangue islandeses

Pontos altos:

  • Não se paga pedágio nas estradas (exceto em alguns poucos túneis)
  • A maioria das atrações está plena natureza e o ingresso é gratuito!
  • Come-se hiperbem
  • As paisagens não estão “contaminadas” e são de tirar o fôlego
  • O povo é gentil (sem exageros), muito culto e respeitador da natureza. E um dos povos mais criativos que já conheci!
  • Índice demográfico baixíssimo (ótimo para quem busca tranquilidade e taxa de criminalidade zero)

Pontos baixos:

  • Tudo é MUITO caro
  • Clima muito variável e nem sempre bom
  • Estradas difíceis (no mapa todas parecem iguais de boas mas, na prática, isso é outra coisa. Verifique sempre se é ‘paved’ (asfaltada) ou ‘gravel’ (cascalho)
  • Catástrofes naturais não são raras
  • Índice demográfico baixíssimo (ruim para quem busca informações ou ajuda)

Os meus top 12

Em ordem decrescente dos absolutamente imperdíveis até os apenas imperdíveis:

1 | Lago Myvatn (região centro-norte)

Islândia imperdível: Myvatn

Não se trata apenas de um lago imenso e lindo no coração do norte do país. O melhor dele é que no seu lado oriental há umas 5 atrações que, embora distem pouco uma da outra (sempre se deslocando em carro), não poderiam ser mais diferentes entre si e uma mais interessante do que a outra.

Um bom ponto de início para visitá-las é o aglomerado de Skútustadir na estrada 848, que sai da 1. Logo em frente a ele, você já vai andar pelas pseudo-crateras e, prosseguindo para o norte, vai passar pelas formações vulcânicas na beira do lago (há duas paradas importantes diferentes); andar na orla de um vulcão; entrar numa gruta subterrânea com água fervente de um azul profundo e, ao retomar a rodovia 1 direção leste, vai passar por um lugar fora desse planeta conhecido como “mud pots” (Hverarond), que cheira muuuito mal (enxofre puro!) mas logo você se acostuma e vai se encantar com o fenômeno e com o visual, pode apostar!

Islândia imperdível: Myvatn

Hverarond-mud-pots-Myvatn-2-relato-mirna-islandia

OBSERVAÇÃO: não é só lá que você vai sentir o perfume de Lúcifer – vai ter água com cheiro de enxofre jorrando de muita torneira que você abrir nos alojamentos por todo o país. Não se assuste, ela é ótima para a pele e o cabelo e não impregna, mas para escovar os dentes é sempre bom ter uma água mineral por perto.

Islândia imperdível: Myvatn

Prosseguindo para leste na rodovia 1 por poucos quilômetros, você verá à sua esquerda uma indicação para Krafla. Pegue essa estradinha e vá subindo — você mal pode adivinhar o que te espera por lá! Primeiro vai literalmente passar por uma usina geotermal que vai te lembrar alguma cena de “Planeta dos Macacos” ou “2001 Uma Odisseia no Espaço” com umas instalações futurísticas e fumarolas por todos os lados. Note que o teu carro vai até atravessar por baixo de uma tubulação da usina que cruza a estrada (muito insólito e divertido) e, ao ir subindo, você vai ter uma primeira parada (uma “senhora” cratera muito especial) e, pouco mais acima, uma outra chamada Viti. Você não vai acreditar no que vai ver: uma cratera com uma lagoa azul turquesa dentro (e dá pra andar ao redor da coroa se o tempo colaborar).

Ao descer novamente para a rodovia 1, volte na direção contraria de onde veio e siga além, até o vilarejo de Reykjahlid. Ótima base para pernoite que conta com um camping, chalés, quartos e dormitórios, um posto N1 com uma loja de conveniências excelente e um precioso e ótimo tourist information. Mas, antes de ir dormir, não perca um banho noturno nos Banhos Naturais do Lago Myvatn, poucos quilômetros fora do vilarejo.

No verão ficam abertos até a meia-noite (ainda é de dia, lembre-se!) e, ao contrário da sua artificial e comercial rival Lagoa Azul, aqui a nascente é realmente natural e a água não é de segunda mão, ou seja, descartada de usina geotermal. Os preços são muito mais realistas, o cenário infinitamente mais belo e relaxante e é muito mais frequentada pelos islandeses do que a outra “engana-turista” do sul. E como se não bastasse, tem um restaurante self-service maravilhoso aberto até as 21h. Não deixe de ir: todas as atrações nas proximidades do lago te darão a sensação de estar na Disney dos geólogos!

2 | Parque Nacional de Ásbyrgi (região extremo norte)

Islândia imperdível: Asbyrgi

Provavelmente você não leu sobre ele em nenhum guia. Mas deve ter lido sobre o vilarejo de pescadores de Husavik, que é o centro baleeiro mais importante do país, de onde partem as excursões em barco para a observação dos cetáceos. Muito bem, se você passar batido por Husavik e continuar pela 85 por só mais 45 minutos, vai chegar nesse parque nacional que ganha de um milhão a zero do famosérrimo Pingvellir que todo mundo visita. E esta é uma das maiores injustiças que encontrei por lá. Para você ter uma ideia, Pingvellir faz parte de um roteiro clássico chamado de “Círculo Dourado”, ao passo que Asbyrgi pertence nada menos ao chamado “Círculo de Diamante”. O vocábulo Asbyrgi significa “Refúgio dos Deuses”, preciso dizer mais? Porém o lugar acaba recebendo menos visitantes porque fica um pouquinho mais fora de mão para a maioria dos turistas que não querem se afastar muito da rodovia 1. Azar deles! Não sabem o que estão perdendo!

Islândia imperdível: Asbyrgi

Você chega ao parque passando por um cânion gigantesco cuja depressão vista de cima tem a forma de uma ferradura de cavalo. Ela foi formada quando um rio do final da era glacial — que continha uma quantidade absurda de água — estourou ao começar a descongelar. Mitologicamente falando, o deus Odin, em um momento de fúria, levantou vôo no seu cavalo de oito patas e este calcou uma delas no chão, formando a tal depressão. Bom, seja lá como for, o fato é que o cânon te circunda por quase 360 graus, é imenso e os paredões são de uma altura vertiginosa. Mas tem mais: aos pés de um dos paredões você vai se deparar com um lago verde esmeralda após ter atravessado um bosque encantado tão lindo que vai até entender porque os islandeses acreditam tanto nas criaturinhas que habitam os bosques como gnomos, duendes e trolls…e talvez até lhes dê razão!

Islândia imperdível: Asbyrgi

Há várias trilhas para se fazer pelo parque todo que duram de algumas horas até vários dias acampando. Eu só fiz a mais curta que, por sorte, inclui o tal lago e foi mais do que suficiente para sair de lá tonta e embriagada de tanta beleza.

3 | Jökulsárlón, ou Laguna dos Icebergs (região sul)

Islândia imperdível: Jökulsárlón


Ir até a Islândia e não passear dentro dessa laguna é pior do que ir a Roma e não ver o Papa. Comparações à parte, esse passeio é imperdível, interessante e lindo. Precisa fazer mesmo que o tempo não esteja dos melhores mas, se puder, faça em botes zodíacos em vez do barco convencional, pois você se aproximará muito mais dos icebergs. Além disso, os grupos são reduzidos e os guias te darão explicações mais completas e personalizadas. Na alta estação convém reservar uns dois dias antes por telefone para garantir o lugar no horário que escolher.

iIslândia imperdível: Jökulsárlón

Prefiro anexar fotos do que descrever em palavras o que você vai ver, mas ao terminar o passeio, não deixe de ficar por uns minutos próximo a margem onde os icebergs vão sendo levados para o mar enquanto derretem, se fragmentando e colidindo uns com os outros. Espetacular!

4 | Seydisfjördur (região leste)

islândia imperdível: Seydisfjördur

Se você viu o filme “A Vida Secreta de Walter Mitty”, a estrada que você vai pegar para descer a este belíssimo fjord é a que ficou imortalizada na cena em que o protagonista do filme a percorre no seu skate bólido. Se foi memorável no filme, imagine na vida real!

islândia imperdível: Seydisfjördur

Mais ou menos na metade da descida há um mirante com uma cachoeira e a parada é inevitável para fotos e para avistar lá do alto a minúscula porém pitoresca e artística cidadezinha aos pés de um dos mais belos fjords orientais.

5 | Godafoss (centro)

Islândia imperdível: godafoss


É uma das mais bonitas cachoeiras no país das… cachoeiras! Esteticamente é perfeita e as águas são azuladas. O acesso é fácil mas a indicação se limita a uma plaquinha minúscula, então fique esperto para não perder a entrada. Pode ser apreciada desde inúmeros pontos de vista e a foto bonita é garantida.

6) Vík (sul)

Islândia imperdível: Vik

No mapa vem marcada como uma cidade mas, ao chegar lá, você cai na real e vê que não passa de um vilarejo minúsculo de pescadores. Entretanto, parece uma pintura de tão lindo. É agradabilíssimo e famoso também pela sua longa praia negra de areia vulcânica. Um passeio até a ponta dela pode te reservar gratas surpresas pois o paredão rochoso é rico em ninhos de pássaros, inclusive do celebérrimo papagaio do mar (puffin), verdadeiro símbolo nacional. A 19 km de Vik, em direção Reykjavík, você não pode deixar de visitar o promontório de Dyrholaey com seu famoso farol e arcos escavados na rocha pelas ondas do mar.

7 | Cachoeiras Seljalandsfoss, Gljúfrabúi e Skógafoss (sul)

Islândia imperdível: Skogafoss

A primeira tem uns 50 metros de altura e uma peculiaridade: dá para passar por trás dela percorrendo um caminho na rocha. Inevitavelmente a gente se molha, mas o ângulo de visão é tudo de bom. A segunda, cuja existência quase ninguém notaria se não fosse por uma plaquinha com aquele nome estrambótico e uma setinha indicando, dista uns 200 metros para a esquerda. A gente vai ver por pura curiosidade sem nem saber o que é porque a palavra não termina em “foss” (=cachoeira). Mas ao descobrir do que se trata…meu amigo…desvela-se uma das cachoeiras mais sugestivas que você vai ter visto na vida! Ela fica escondida atrás de um paredão de rochas que foram meio que desabando e se encaixando umas nas outras de sorte tal que restou no meio uma abertura muito parecida ao buraco de uma fechadura antiga, dá pra visualizar? E pela fenda você vê a queda d’água lá no fundo e que forma um lago na frente. Bom, não é possível explicar melhor, acho bom você ir ver com os próprios olhos. Finalmente, a terceira fica na cidadezinha de Skogar e tem forma de véu de noiva com uma queda de 60 metros de altura.Há uma escada na rocha lateral para subir e apreciar a vista lá de cima. Não raro formam-se muitos arco-íris perto desta bonita queda.

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Aproveite a parada para ir visitar o museu da cidade que conta com vários setores, inclusive um ao ar livre onde é possível visitar as casinhas verdadeiras dos habitantes das fazendas dos séculos passados e ver como eles trabalhavam e viviam. Super autêntico e interessantíssimo, não perca!

8 | Reykjavík (capital do país)

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Tem quase a metade da população inteira do país (que não soma mais de 336 mil habitantes). Uma cidade deliciosa, limpa, bonita onde velho e novo estão lado a lado em perfeita harmonia. Conta com inúmeros centros de arte como galerias, museus e centros culturais, lojas descoladíssimas, artesanato criativo e refinado, lindas praças, parques (o Tjörnin — “o Lago”, ou “The Pond” nos mapas em inglês, é obrigatório), restaurantes e bares badalados, cafés charmosos, enfim… bárbara!

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Não perca uma visita ao interior do Harpa (casa da ópera) para ver a cidade e o porto através da fachada envidraçada. Suba até os andares superiores nem que seja só para tomar uma taça de vinho e apreciar a vista. A arquitetura arrojada é de fazer inveja até à ópera de Sydney, sem brincadeira! E no último fim de semana de agosto, para a despedida do verão, rola um festival de música de rua que deixa a cidade agitadíssima.

9 | Húsavík (região extremo norte)

Islândia imperdível: Husavik

Já falei dela acima. De lá partem os barcos para a observação das baleias, mas o vilarejo é muito charmoso também e depois do passeio vale a pena almoçar num dos restaurantes de frente para o mar. O cenário é lindíssimo com os picos das montanhas nevados logo atrás da baía. Fora isso, só tem um bom museu da baleia e uma linda igrejinha em forma de cruz, coisa bem inusitada por aquelas terras.

10 | Círculo Dourado (Geyser, Gullfoss e Parque Nacional Pingvellir)

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Esses três lugares geralmente são visitados no mesmo dia pela sua proximidade. A região dos geysers não é linda de morrer mas vale pela diversão; a cachoeira é bastante bonita mas é bom que você a veja antes das outras senão vai até achar que ela não é lá tão especial e o parque é o mais visitado de todo o país.

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Recomendo que o veja antes de Asbyrgi, senão também poderá ficar um pouco decepcionado. Não que seja feio (longe disso!) mas a parada é imperdível também por outras duas razões importantes: o cânion no seu interior é a falha que separa a placa europeia da placa americana, ou seja, você pode mudar de continente de acordo com o lado onde estiver andando (legal!) e aqui é onde nasceu a Islândia como estado, há muitos séculos, pois pela falha do cânion as leis eram literalmente proclamadas para torná-las públicas para a população após serem votadas pelos primeiros “parlamentares”. A importância desse lugar é indiscutível e a visita, portanto, obrigatória.

11 | Stokkseyri e Eyrarbakki (região sul/sudoeste)

Essas localidades estão à beira-mar, próximas à cidadezinha de Selfoss. Com certeza você vai passar pelas imediações desses dois brincos onde muitos habitantes da capital têm suas casas de veraneio. Se tiver tempo, não deixe de ir jantar e tomar uma sopa de lagostins por lá, a costa é mágica nas noites de verão.

12 | Dettifoss (centro-norte)

É a cachoeira mais potente em absoluto não só da Islândia, mas de todo o continente europeu. Digamos que é a Garganta do Diabo de lá e realmente impressiona! É o cenário de abertura do filme “Prometheus”. Contudo, cuidado para chegar lá: a melhor opção sem dúvida é pegar a estrada 862 a partir da rodovia 1. O asfalto que te leva até a altura do estacionamento está um tapete. Infelizmente não se pode dizer o mesmo do trecho que vai da cachoeira para o norte em direção de Asbyrgi. Já se você optar pela 864 vai ter uma visão melhor da queda d’água porém muita atenção: a estrada não é asfaltada, está em péssimas condições e mesmo não sendo uma F road, só é percorrível por 4X4s. Além disso, é tão estreita que não permite que dois carros passem por vez. OBSERVAÇÃO: não é só nesta estrada secundária que isso pode acontecer. Por sorte nossos amigos islandeses pensaram em tudo e a cada um quilômetro mais ou menos há umas aberturas nas laterais das estradas estreitas demais, um, digamos, tipo de acostamento em forma de meia-lua improvisado e sinalizado com uma plaquinha azul com um M branco (= Meeting point).Se você se encontrar nesta situação, ou você ou o outro devem dar uma encostada nessas pracinhas minúsculas até que um dos dois passe para liberar a circulação para o outro. Genial!

O que ficou da lista (e por quê)

Lagoa Azul:

Já expliquei acima quando falei dos Banhos Naturais de Myvatn. Eles te esfolam vivo, é um lugar absurdamente comercial e recebe massas de visitantes só porque a localização é bem estratégica (perto da capital e do aeroporto) e o visual meio que te engana a princípio pela linda cor da água. Cobram 10 euros só para você poder entrar para tirar fotos e o resto do tarifário é extorsivo já que as piscinas são de água reciclada que vem da usina que você vê como pano de fundo. Total furada!

Península de Snaefellsnes:

É bonitinha mas só vale a pena se o tempo estiver muito bom, sobretudo na costeira sul que desce em ribanceira até o mar. De todas as formas, vale mais a pena o lado norte da península (Grundarfjordur por sua montanha quase encantada com uma linda cachoeira a seus pés e Stykkishólmur, onde o Walter Mitty subiu no helicóptero)

Fiordes ocidentais:

Não fui por falta de tempo embora digam que são belíssimos. Mas aqui também vale o que disse sobre estradas que não são F e não obstante nada indicadas para 2WDs. Melhor ter um 4X4 para circular por lá.

Landmannaulagar:

É a mais linda reserva natural do país. Perdi porque o clima estava péssimo. Bom saber que está localizada nas highlands, portanto, só acessíveis por F roads (= 4X4 obrigatório). Há no entanto excursões organizadas de dia inteiro que partem de Reykjavík ou da região de Selfoss, seja em jipes para até 4 pessoas ou em ônibus. A primeira opção — just for the record — é astronomicamente cara.

Akureyri:

Conhecida como a capital do norte. Sua passagem pela segunda cidade do país será inevitável qualquer seja o sentido que percorra a ring road (estrada 1). Ela é muito bonitinha e melhor apreciada desde o topo da escadaria da igreja. Conta com o jardim botânico mais maravilhoso do país, cuja entrada é totalmente gratuita. Não deixe de ir e aproveite para tomar algo no café da cantora Björk, que fica no meio dos jardins cheios de plantas e flores árticas!

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Que a loteria climática te premie com um bom bilhete e daí será só… boa Islândia pra você!!!

Muito obrigado pelo relato detalhadíssimo, pelas dicas mais do que preciosas e pelas imagens de encher os olhos, Mirna!

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    49 comentários

    Oi, Bóia! Passa essa resposta pra mim pra Izabella, por favor? Ela me fez uma pergunta hoje (29/05) e não há a opção “Responder ” para q eu possa responder diretamente a ela,ok?
    Izabella: minha viagem foi 95% itinerante, portanto mal dá para dizer que usei algum lugar de “base”. É que como se trata de uma ilha praticamente redonda onde a Ring Road é o fio condutor que permite explorá-la, não dá muito para ficar ziguezagueando ou ir pra frente e pra trás porque isso implicaria perda de tempo e desgaste humano e orçamentário. Não sei se me explico bem mas o lance é cair na estrada número 1 e ir sempre avançando até fechar o círculo, entendeu? Seja no sentido horário ou anti-horário, tanto faz. Assim sendo, no meu caso, em 15 dias eu pernoitei em 13 ou 14 lugares diferentes. Só repeti alojamento (se não me falha a memória) no final, já em Reykjavík, meta final da minha volta. Vou te deixar a base do meu itinerário a grosso modo: Klefavik/ algum vilarejo perto de Geyser/ Grundafjodur/Rejkjhalid/ Draflastadir (perto de Akureyri)/ 2 fiordes orientais, sendo 1 deles o Seydysfjordur/ Hofn/ Vik/ e mais uns 2 ou 3 de lá até a capital (fui no sentido horário). Acho q escrevi demais e não consigo mais scroll it up, nem dá pra saber se o começo da msg chegou na Bóia. Espero q sim!

      Olá, Mirna! Copiei a URL da sua resposta e postei como resposta à Izabella. Vamos ver se chega nela, obrigada!

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