Low costs no Brasil Norwegian

Congresso sabota lei que poderia trazer low-costs para o Brasil (e o público aplaude)

Low costs no Brasil Norwegian

Quinta-feira passada a Comissão Mista da Câmara e Senado alterou o texto da Medida Provisória que autoriza a participação de até 100% de capital estrangeiro em cias. aéreas nacionais. A liberação do capital estrangeiro foi mantida, mas a comissão incluiu um ‘jabuti’ (medida fora do escopo principal da lei): a volta da obrigatoriedade de despacho gratuito de uma mala de 23 kg em vôos nacionais.

A medida foi vivamente comemorada nas redes sociais. Oba, bagagem vai voltar a ser grátis! Vai acabar essa pouca vergonha de cobrar bagagem!

Desculpa ser o tiozinho chato, mas: comemoramos errado, pessoal.

Só a concorrência baixa preço

A única situação que pode forçar uma queda de preço de bagagem é o aumento da concorrência. De preferência, com a chegada de cias. low-cost.

A liberação dos 100% do capital estrangeiro foi pensada principalmente para atrair cias. low-costs ao Brasil.

Só que, com obrigatoriedade de gratuidade de bagagem — e sob um ambiente de insegurança jurídica em que o Congresso legisla sobre o modelo de negócio das low-costs, totalmente consolidado no mundo inteiro — elas não virão.

As. Low-costs. Não. Virão.

Além disso, a lei não altera a cobrança de bagagens em vôos internacionais. Ou seja: aquelas duas malas de 32 kg gratuitas não vão voltar mais. Nem mesmo aquela única mala de 23 kg que vigorou durante algum tempo. O pessoal comemorou a manchete, sem ler o texto. Estamos jogando fora a possibilidade de ter low-costs por causa da nossa recusa em viajar só com mala de mão em vôo nacional.

Aviação brasileira: concentração e enxugamento

Com a falência da Avianca Brasil — que, por sinal, está provocando um aumento traumático de tarifas nas rotas em que operava –, vamos ficar restritos a três cias. aéreas: Latam, Gol e Azul.

Desde o auge da recessão em 2016, a tônica das três tem sido o enxugamento de rotas e vôos. Novas rotas só têm sido implantadas mediante vantagens fiscais pontuais concedidas pelos governos dos estados. A competição diminuiu em inúmeras rotas importantes, aumentando os preços.

Agora veja você. O Brasil é o único grande mercado da América do Sul que continua sem uma única cia. low-cost operando vôos domésticos. Argentina (Norwegian Argentina, FlyBondi), Chile (Sky, SmartJet), Peru (VivaAir Peru) e Colômbia (VivaColombia, Wingo) têm low-costs. Todas cobram por bagagem nas tarifas mais em conta.

(No México, onde ainda existe lei obrigando ao transporte gratuito de bagagem em todas as tarifas, a super-low-cost Viva AeroBús oferece uma tarifa sem bagagem mediante uma declaração de renúncia pelo passageiro do seu direito à bagagem despachada.)

O ‘jabuti’ da bagagem deixa os deputados e senadores bem na foto com as redes sociais, mas torna a liberação do capital estrangeiro para cias. aéreas, na prática, inócua. Porque, repito, desse jeito as low-costs não virão.

A percepção é a de que estamos punindo as cias. que estão aí. A realidade é que vamos garantindo que as três vão continuar por mais e mais tempo sem concorrência.

Bagagem ‘gratuita’ foi só o último direito a cair

A lei mais importante para tentar destravar o mercado de aviação no Brasil está sendo sabotada por causa de um fetiche. O fetiche da bagagem ‘grátis’.

A bagagem nunca foi grátis. Quando não é cobrada por fora, tem seu custo incorporado à passagem — inclusive dos que não despacham bagagem.

O Brasil foi um dos últimos mercados importantes do mundo a liberar a cobrança de bagagem à parte, e ainda não nos conformamos com isso.

Ao longo dos últimos 25 anos, porém, vários outros direitos dos passageiros foram suprimidos.

Todos aumentavam o custo de voar e acabavam pagos por todos os passageiros, não apenas pelos que usufruíam deles. No começo, a supressão de cada um desses direitos doeu. Hoje, nem sequer lembramos de que já tivemos alguns deles. (Tomar whisky em vôo nacional, que tal?)

Uma pequena lista:

O fim do direito de reservar a passagem sem comprar na hora

Sim, qualquer reserva podia ser prorrogada indefinidamente — bastava ter um bom agente de viagem. Um amigo meu tinha sempre reservas para Florianópolis, Rio e Salvador para o mesmo dia — e confirmava na véspera para o lugar que tivesse melhor previsão do tempo. Como é que um sistema desses se sustenta? Não se sustenta. Varig, Cruzeiro, Vasp e Transbrasil não estão mais entre nós.

O fim do direito de remarcar a passagem sem custo

Nas décadas de 80 e 90, qualquer passagem tinha validade de 1 ano a partir da compra. Se não fosse usada no dia para o qual tivesse sido comprada, não havia nenhuma penalidade. Era só fazer uma nova reserva e usar a passagem já emitida. Em contrapartida, o overbooking era a regra (e não a exceção), e ir até o aeroporto para entrar na fila de espera de um vôo teoricamente lotado era uma experiência bastante comum.

O fim do direito de desdobrar qualquer passagem sem custo

Antigamente você podia ‘desdobrar’ uma passagem em vários vôos ao longo do itinerário, como se fosse trem. Em 1983 eu comprei uma passagem São Luís-São Paulo pela rota do litoral e vim parando em Fortaleza, Natal, Recife, Maceió, Aracaju, Salvador e Rio de Janeiro. Custo adicional: zero.

O fim do direito de comer e beber (inclusive bebida alcoólica) em todos os vôos

Até 2001, em qualquer vôo doméstico era servida comida quente, e o carrinho de bebidas incluía whisky, vinho e cerveja. Foi só com a chegada da Gol, em 2001, que o serviço de bordo ficou minimalista. A opinião pública reagiu inconformada ao fato de serem servidas apenas barrinhas de cereal, mesmo em vôos de longa distância. A Gol quer matar os passageiros de fome! (LOL)

O fim do acúmulo de milhas em todas as tarifas

O fato de nem todas as tarifas darem direito ao acúmulo de milhas ainda hoje traz indignação aos participantes dos programas de milhagem.

Por que tantos direitos foram perdidos? Será que é porque as cias. aéreas são malvadas e estão pouco se lixando para os seus clientes?

As cias. estão longe de ser santas — como toda empresa, querem obter a maior rentabilidade possível.

Do outro lado do balcão, porém, estamos nós, os passageiros, que decidimos a compra de passagens basicamente por um fator: o preço.

Para oferecer preços mais baixos (e, internacionalmente, competir com as low-costs), as cias. aéreas precisaram enxugar custos, cortar privilégios e luxos (ao menos do passageiro da classe econômica).

Trocamos os nossos direitos pelos preços baixos que procuramos.

Tarifação de passagem: como funciona

Entender a tarifação das cias. aéreas não é para amadores. É o puro suco do capitalismo. O sistema atual foi inventado na década de 80 nos Estados Unidos e é conhecido como yield management (gestão de rendimento).

Esse sistema maluco é o que faz com que o seu vizinho de assento no avião possa ter pago o triplo do preço que você pagou — ou um terço do preço que você pagou.

É esse sistema que permite que exista a megapromo — e que faz o preço da passagem subir à estratosfera nas férias.

É esse sistema que faz com que um vôo direto a Paris custe mais caro do que um vôo a Roma com conexão em Paris, porque vôo direto tem mais valor (e, por isso, mais chance de atrair compradores dispostos a pagar mais caro) do que vôo com conexão.

É esse sistema que faz com que a ponte aérea entre Rio e São Paulo custe entre R$ 120 e R$ 1.400 o trecho, dependendo do dia e do horário do vôo e da antecedência da compra (eu já paguei esses dois preços, agorinha há pouco, e no mesmo mês — abril).

Uma explicação bem grosso modo de como a coisa funciona:

  • O software da cia. aérea calcula quantas passagens podem ser vendidas pela tarifa mais cara possível num determinado trecho, dia e horário.
  • A partir desse número o software, baseado em histórico de vendas e buscando a máxima rentabilidade possível, determina quantas passagens podem ser vendidas em outras faixas de preço, e com quais antecedências devem ser postas à venda.
  • A conta inclui a expectativa de receita com alterações e cancelamento de bilhetes, além de receitas auxiliares (venda de produtos a bordo, embarque prioritário, marcação de assentos e despacho de bagagem por clientes que compraram a tarifa mais barata).

O objetivo das cias. aéreas, obter a maior rentabilidade possível, é o oposto do objetivo do passageiro, que é pagar o menos possível pela passagem.

Por isso as cias. aéreas, copiando o modelo das low-costs, retiram do preço da passagem tudo o que pode ser cobrado à parte, para a passagem parecer mais barata na hora em que o passageiro faz a pesquisa de preços.

Só não dá pra dizer que isso é uma trapaça porque você pode de fato voar com a tarifa mais barata publicada, sem pagar nada extra. Basta viajar com bagagem de mão e se conformar com não marcar assento na hora da reserva.

Ou seja: aquela tarifa de 1.800 reais ida e volta para Londres da Norwegian é de verdade. A ponte aérea de 120 reais ida, quando aparece, também é de verdade.

(É diferente de quando você fazia uma pesquisa de passagens e apareciam preços sem taxas incluídas. Na hora de fechar a compra, as taxas sempre acabam incluídas — não dava para comprar a passagem sem pagar por elas. Mas não me lembro das pessoas reclamarem disso naquela época como reclamam hoje da bagagem.)

Se voltar a regra da gratuidade de bagagem em todas as tarifas, então a expectativa de receita de despacho de bagagem vai ser incorporada ao preço das passagens de todo mundo, até de quem não despacha bagagem.

Desde 2001 o preço das passagens é livre no Brasil. As cias. aéreas podem cobrar o que quiserem pelas passagens. O que não puder por lei ser cobrado de maneira avulsa pode ser cobrado, sem nenhum impedimento legal, dentro do preço da passagem.

As cias. aéreas sempre vão cobrar o máximo que puderem. O aumento da concorrência é a regulação mais eficiente que existe.

Por que o preço da passagem não caiu com a nova regra?

É unânime: o consumidor não percebeu diminuição no preço das passagens depois do início da cobrança da bagagem nas tarifas mais baratas. Em muitos casos, percebeu um aumento de preço.

Existem muitas razões para isso.

O início para valer da cobrança coincidiu com uma nova escalada do preço internacional do petróleo. Para complicar, estamos vivendo um novo ciclo de desvalorização do real. Dois fatores que encarecem as passagens.

Além disso, as cias. aéreas seguiram eliminando vôos e reduzindo a oferta de assentos, o que tende também a aumentar as tarifas — sobretudo nas rotas em que sobre apenas uma cia. operando.

Quando a regra começou a ser implantada, eu avisei que não se deveria nutrir grandes expectativas. A grande qualidade da lei, eu escrevi, era preparar o terreno para a chegada de low-costs. Aí sim a gente ia ver vantagem.

A única low-cost que veio baixou o preço, sim

Pois bem: a única low-cost que veio para o Brasil depois da regra, a Norwegian, é prova de que eu estava certo. Se você entrar hoje no site da Norwegian, vai achar facilmente datas em que pode voar do Rio a Londres por 450 dólares ida e volta (sem bagagem; com bagagem, a conta sobe a 550 dólares — ainda uma tarifa baratíssima para um vôo direto).

A Air Europa, que é uma semi-low cost, também tem oferecido tarifas parecidas para Madri.

Para que low-costs como a própria Norwegian (que abriu uma subsidiária na Argentina) possam operar vôos domésticos no Brasil e trazer os preços para baixo, é preciso que a legislação permita o funcionamento do modelo low-cost.

Só assim a liberação do capital estrangeiro em cias. brasileiras terá resultado no nosso bolso.

Por que lutar contra a vinda de low-costs?

É muito desagradável pagar para despachar bagagem, mas é o que acontece no mundo inteiro. Se essa regra não emplacar no Brasil agora, vai emplacar mais tarde, é questão de tempo.

A vantagem dessa regra ser validada agora é que pode acelerar a vinda de cias. verdadeiramente low-costs ao Brasil, como já ocorre na Argentina, no Chile, no Peru e na Colômbia.

Cias. low-cost que possam oferecer concorrência de verdade às cias. que a gente já têm — e cuja vinda pode ajudar a forçar o governo a desarmar as outras bombas que encarecem a aviação no Brasil.

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81 comentários

O artigo foi muito bem construído, estruturado e coerente.

Uma pena discordar que no Brasil as coisas sejam bem diferentes do resto do mundo. 3 players no mercado não gera concorrência, e não vai ser o fato de se cobrar mala ou não que low-costs virão para o Brasil. O custo Brasil já esta inserido essa precificação. Enfim, a prática se mostrou danosa, e discordo veementemente do custo do petróleo, crise, política, porque todas as cias aéreas brasileiras oferecem serviço de low cost e cobram como se não fossem.
Minha opinião, mas acho engraçado falar que “brasileiro médio” não entende de finanças, besteira total, afinal, quero viver com 1/2/3 salários mínimos, tem que ter doutorado em economia.

    Olá, Flavio! Ainda não houve a vigência da lei que permite 100% do capital estrangeiro em cias. aéreas no mercado doméstico. Enquanto esta lei não estiver devidamente regulamentada, convivendo com a legalidade do sistema de low-costs, você não pode dizer que as low-costs não virão. No internacional já veio: a Norwegian. E a Air Europe, que é uma semi-low-cost, está com preços ótimos também. Se você prefere que o mercado doméstico não mude, e fiquem apenas as três que aí estão, cobrando o que querem, é com você.

O Brasil é um dos poucos países onde se corta os custos de fornecedores (como não precisar transportar uma mala de graça) e não ocorre o aguardado desconto nas passagens. A regulação por parte do governo em qualquer setor da economia causa distorções, porém, nossa economia não é de mercado e a concorrência está longe de ser livre, o que beneficiaria os usuários. Penso que, enquanto não tivermos uma economia 100% “de mercado”, pequenas regulações como a exigência de transportar uma mala extra em voos nacionais é boa para os viajantes. Afinal, se a low cost quiser diferenciar quem despacha mala de quem viaja apenas com uma mochila, basta dar um desconto para o segundo viajante.

    Olá, Ricardo! Desde o início de validade da regra, o petróleo só fez subir, o real só fez desvalorizar, e a crise provocou retração de vôos e assentos. O preço só vai baixar com entrada de empresas novas estrangeiras, e só vai baixar significativamente se elas forem low-cost. Sem legislação que ampare o modelo low-cost, elas não virão e continuaremos com o mesmo oligopólio cobrando o que quiser, incluído no preço ou à parte.

    Exatamente! A bagagem despachada incluída ou não é apenas um aspecto exemplificativo da cultura regulatória brasileira: instável, rasa e contrária à livre concorrência. Uma empresa low-cost, toda estruturada na contenção de custos, precisa de ambiente estável para atuar no mercado. O Brasil é o ambiente mais adverso possível, porque a qualquer momento nossos doutos governantes põem o dedo em qualquer assunto que lhes dá na cabeça e que se explodam o planejamento, o investimento, o lucro e o serviço ao consumidor.

Ricardo, ótimo post. É uma pena que muita gente não entenda, mas enfim, lidar com finanças não é forte do brasileiro médio.

Dica para as companhias aéreas: ao anunciar o preço da passagem, ao invés de mostrar 200 reais, por exemplo, mostre 160 e mais 40 de franquia de bagagem, como algo obrigatório. Não sei se o valor seria 40, mas enfim, algum valor que pode ser facilmente demonstrado numa composição dos custos dividido pelo número de passagens promo e clássica – os prejudicados de fato, já que passagens mais caras já tinham uma bagagem incluída, via de regra.

Vai ser divertido uma galera que geralmente não despacha mala puta da vida reclamando que não quer pagar o adicional de mala obrigatório por lei, hehehe. No fim, tem que jogar o jogo psicológico e inverter a opinião pública.

Mas pensando bem… Não serão as três brasileiras que farão isso. Pra elas até é bom esses penduricalhos, evita a temida entrada das low-costs.

Parabéns pelo artigo. Brasileiros tem que perceber que não é a cobrança ou não de bagagem que o preço irá cair e sim a concorrência. Sem menos empresas para concorrer preçosais altos. Mas fiquem tranquilo para os que comemoraram a retirada da cobrança. Bus esta tranquilo. Rio/Sao/ norte, nordeste, sul e sudeste leito lembrando daqui a pouco as empresas de onibus também vão cobrar. Devido a demanda . Rs vamos. Vamos

Bom dia! Ótimo post. O Brasil continua sendo o país do “me engana que eu gosto”. Continuamos esperando que nossos nobres políticos regulem tudo que possa influenciar nossa vida, nem que seja o transporte de uma simples mala em um avião. Na verdade, nem é a ilusão da “bagagem grátis” que impede a chegada firme das low-costs, porque se as companhias aéreas quiserem elas poderão inverter o procedimento de compra e, no ponto exato, oferecer desconto a quem viajar sem bagagem (“voe sem bagagem despachada e economize tantos reais”). O que de fato atrapalha é a nossa cultura de o Estado regular tudo aquilo que não deve ser regulado. O Estado deveria permitir que as aéreas cobrassem as tarifas que quisessem e fossem agregando livremente tarifas para serviços adicionais, como despacho de bagagem, alimentação, amenidades durante o voo, acesso a sala VIP, assentos premium etc. Com isso, as low cost poderiam se estabelecer em um ambiente de estabilidade (está aí o nó: instabilidade regulatória é o que afasta qualquer companhia estrangeira séria). A partir daí, que todas elas possam competir livremente pelo consumidor. Por outro lado, o transporte aéreo é uma atividade econômica de especial interesse do Estado, porque é um dos motores da atividade econômica em geral, principalmente num país gigantesco como o Brasil. O Estado não pode simplesmente liberar tudo e deixar que o mercado simplesmente se autorregule, pois muitas vezes o próprio mercado se dirige à prática de atos contrários à ordem econômica, como dumping, oligopólio, conduta uniforme, cartel etc. Além disso, o transporte aéreo é extremamente sensível à variação do preço do petróleo e à variação cambial. Qualquer alta do preço do barril do petróleo no mercado internacional e/ou da cotação do dólar americano é um horror para a gestão de custos de uma empresa aérea, porque não há previsibilidade de quanto pagará por combustível e pelas prestações do leasing dos aviões, já no curto prazo. Com isso, claro, o Estado não pode permitir que as empresas simplesmente sucumbam, justamente porque o transporte aéreo é de extrema relevância econômica e social para o país. Devemos cobrar menos intervenção do Estado sobre o que não importa e mais sobre o que importa (como, por exemplo, não ser cego a ponto de deixar uma aérea continuar vendendo passagens estando prestes a quebrar).

Todo livro introdutório de Economia traz a frase: “No capitalismo, não existe almoço grátis”. Então, amigo, se você pensa que sua bagagem despachada é grátis, compre em desses livros.

Parabéns pelo texto lúcido, realista e objetivo sobre um tema sensível no setor aéreo Brasileiro que está agonizando e que infelizmente não foi vislumbrado pelo congresso, onde infelizmente ainda se mantém o foco em medidas populistas de curto prazo.

Já me acostumei a viajar só com a mala de mão é uma bolsa. Quem faz isso uma vez nunca mais quer saber de despachar mala. Só não concordo com o que estão fazendo agora de forçar o despache da mala de mão no portão de embarque.

Parabéns pelo texto. Muito esclarecedor e joga luz sobre o que está por trás da questão da cobrança ou não das bagagens. Há muito mais em jogo do que isso.

Sou totalmente a favor das entradas das low cost, apesar de ter 2 pés atrás que os preços das passagens venham diminuir. Sempre virão os Homens do mercado dizer que não foi possível devido ao dólar, ao petróleo, ao governo, a crise não sei de onde, etc…Porém é uma tentativa.
Bem antes de cobrarem por bagagem despachada já viajava com mala P dentro da cabine, então quando começou a cobrança pouco me importei, entretanto nunca me iludi que a passagem diminuiria pq não teria que pagar pela mala do outro despachada, tem que ser muito iludido para acreditar em promessas de empresas. A única coisa que mudou é que agora todos levam malas dentro do avião, então nunca consigo espaço no bagageiro próximo onde estou sentado, bagageiros entulhados. Mas tudo bem, temos que acostumar a ser gados, o Mercado funciona assim.
Agora, se voltar a ser “gratuita”, o que acontecerá é que cobrarão no valor da passagem aquilo que nunca deixaram de cobrar.

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