Mergulho na Tailândia: as dicas da Carla Z.
Quatro anos depois de ler sobre mergulho nas Ilhas Similan, a Carlinha deu o seu primeiro tchibum nas águas da Tailândia. Ficou hospedada em um barco só com mergulhadores — e com o companheirão Leo, é claro. O intensivo de aventuras submarinas foi o ponto alto de sua viagem à Ásia, mas, de brinde, ela também conta sobre Phi Phi e dá dicas sobre como fazer passeios de barco por lá. Quer mergulhar na Tailândia? Vai pela Carlinha:
Uma viagem pra Ásia pode passar além de templos centenários, metrópoles moderníssimas e praias de cartão postal. Pra quem gosta de juntar uma aventura em cada viagem, a Ásia tem pontos de mergulhos incríveis!
Eu, que não sou uma mergulhadora muito experiente, mas gosto de juntar viagens com mergulhos, acabei optando por ir, na minha 1ª vez na Ásia, para a Tailândia e mergulhar nas ilhas Similan. Mergulhos em águas quentes, com visibilidade quase infinita, uma diversidade enorme de vida marinha e a chance de encontrar uns bichões, mas a pena é que eles estavam tímidos nesse carnaval.
Fiz um liveaboard, que é uma viagem em que os mergulhadores ficam direto no barco de mergulho, dormindo, comendo, mergulhando, por 4 dias e 4 noites (separe 5 dias no total, porque tem todos os deslocamentos). A dica veio do blog da Dri Setti, de um post que eu tinha favoritado desde 2009! E foi a mesma empresa que ela usou, a Khao Lak Scuba Adventures.
É um barco meio albergue, afinal só tem banheiro coletivo. Eu tinha meu quarto de casal, mas também tem os quartos com beliches. São 4 mergulhos por dia, algumas paradas em praias (as mais lindas que já vi na vida! Sem palavras pra descrever) e comida deliciosa no barco. Para quem é fresco pra comer, é uma ótima introdução à comida tailandesa.
Todo o material de mergulho é incluído, o que é uma boa pra quem não quer viajar até o outro lado do mundo carregado, mas pra quem leva o próprio equipamento tem desconto. No barco somos muito mimados, a equipe faz tudo pra gente, só precisamos realmente dar o passo de gigante e cair no mar.
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Outra vantagem que vi nessa empresa é que tem os traslados incluídos para quem está em Phuket ou Khao Lak, ou seja, sem dor de cabeça pra mais um planejamento. É bem chatinho se comunicar e combinar preços com taxistas tailandeses. Voei para Phuket e a empresa pegou no aeroporto e levou até a escola de mergulho.
Foi incrível! O ponto alto da viagem! Mas só é aconselhável pra quem mergulha. Fazer esse liveaboard sem mergulhar é um tédio total, não tem outras distrações no barco.
Após os dias de mergulho, ainda aproveitamos mais uns dias pelas ilhas tailandesas. A escolha foi Phi Phi, que ficou famosa pelo filme A Praia e depois mais famosa ainda pela passagem do tsunami em 2004.
Eu já tinha lido bastante de lá, visto fotos, conversado com as pessoas que foram, mas nada tinha me passado a idéia de como a ilha realmente é. Imaginava que eram dois tipos de hospedagem: perto da muvuca ou isolado em resorts.
Só sabia que não queria ficar num lugar muito isolado, afinal antes passaria 4 dias no mar com 30 pessoas, já era isolamento demais numa viagem. As resenhas no Booking e no TripAdvisor não ajudavam, têm as piores notas que já vi.
Só chegando lá que entendi a ilha. Tem o píer em que os barcos chegam e o centrinho, com restaurantes, bares, lojinhas, agências. Quanto mais você se afasta desse centrinho, mais isolado estará. Mas também há hotéis fora do agito onde é possível chegar arrastando sua mala de rodinhas e que ficam numa curta distância tanto para o centrinho quanto para Long Beach, a praia pra quem quer pegar praia na ilha (se tem outras, não conheci). Não posso dizer nada dos resorts mais bacanas e isolados, já que não conheci.
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Ficamos hospedados no Phi Phi Banyan Villa por indicação da Ana Carla. O hotel é bem na muvuca, mas não tinha barulho no nosso quarto, que era bom e com ar-condicionado ótimo (essencial!). Tem piscina e o café da manhã é servido num restaurante na beira da praia. Não tem nenhum serviço, se precisar perguntar alguma coisa na recepção não vão nem saber responder, e a possibilidade de early check-in e late check-out é nula. Chegando na balsa da manhã, terá que esperar até 14h pra entrar no quarto.
Phi Phi é acessível por barcos a partir de Phuket ou Krabi e apesar de ter barcos rápidos para a ilha, a maioria das pessoas chega e sai de balsa. É meio confusa, difícil saber se está indo para o lugar certo, tem que largar a mala com mais um monte de malas em algum lugar que determinarem, mas no fim tudo dá certo, é só mais uma etapa da viagem.
Para a ida, marquei no hotel que passei a noite em Phuket, com direito a buscar no hotel. Na volta é fácil comprar em qualquer agência de Phi Phi. Assim que chega em Phi Phi, cada passageiro tem que pagar uma taxa em dinheiro (20 Baht, que não são nem 2 dólares), deixando ainda mais tumultuada a chegada. Nosso ferry de ida levou umas 2 horas, mais o tempo de embarque e desembarque. Já a volta foi bem zoneada, acrescentando mais uma hora no percurso.
A maioria das pessoas opta por passar o dia em passeios de barco pelas ilhas da região. O mais popular é o que vai para Maya Bay, aquela baía de cartão postal que todo mundo lembra quando ouve falar de Phi Phi, e por isso mesmo é cheia de turistas todos os dias. De tanto ouvir isso, achei melhor chegar bem cedinho, mas tão cedo que foi antes do sol! Foi muito bom, peguei a ilha com no máximo uns 6 barcos, dos pequenos, pouquinha gente. Durante o dia chegam barcos grandes vindo de vários lugares e uma multidão.
A Maya Bay foi a primeira parada de um passeio de 6 horas de long tail boat, parando em várias outras praias e cantinhos lindos, e ótimos pontos para snorkel. Marcamos esse passeio numa barraca de praia e, apesar de não pesquisar preços, foi bem barato pro tempo e era exclusiva para nós 2.
Em Phi Phi é possível ver dezenas de agências vendendo vários passeios, com muitas ou poucas pessoas e com barcos de vários tamanhos. Escolhemos ir assim para sair cedo e ter mais privacidade e flexibilidade, mas cabem mais pessoas nos long tail boats. Pra quem vai em família, em grupo ou quer dividir com alguém, fica super barato. Só combine antes o que quer fazer, porque a comunicação com os barqueiros não é muito fácil.
Phi Phi é um ótimo lugar para mergulho e snorkel. Tem que levar máscara, snorkel e nadadeiras para todos os passeios. E imperdível o snorkel em Shark Point, no canto esquerdo da Long Beach, para ver os tubarõezinhos, eles estão sempre por lá, e pelo que nos falaram, de preferência no final da tarde. E também aproveite para fazer uma massagem tailandesa na beira da praia, uma maravilha.
Lá ainda fizemos mais uma saída de mergulho. São muitas as operadoras na ilha e fomos com a Hippo Divers. Pegamos indicação de uma dive master do liveaboard. Pra quem estava mergulhando cheio de mordomias no outro barco foi um choque, eles não têm uma equipe para ajudar, cada guia tem o seu grupo e a gente sai no mesmo barco, e só. E claramente o objetivo é ir atrás dos tubarões, procurar mesmo, o que pra gente foi ótimo, já que não tínhamos visto nenhum até esse mergulho.
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Um dos lerês da ilha é ir até o View Point, ter uma linda vista da ilha. É uma subida infernal! Muita escada, muito calor (pelo menos na hora que fui) e precisa levar muita água! Achei total programa de índio.
A noite me pareceu ser bem agitada pela quantidade de bares e pelo lixo que formava, mas sempre ia dormir cedo e no máximo vi que tinham uns shows de fogos nos bares da praia e muitos outros bares pelo centrinho. Pra quem quer apenas jantar antes de dormir, são muitos restaurantes e com todos os tipos de comida, não vai ser problema achar um.
Em todos os lugares que li sobre a Tailândia diziam que a primeira coisa a fazer quando desembarcasse no aeroporto seria passar pelo “Health Control”, para mostrar a carteira de vacinação e só depois na imigração. Cheguei por Phuket e, como era feriado, o “Health Control” estava em feriado. Ninguém cobrou nada de vacina na imigração.
Essa viagem foi feita durante o período de ano novo chinês, então tinham muitos turistas chineses em todos os lugares. Eu sei que é difícil evitar essas datas, sabia que seria assim e não quis mudar, fui preparada pra isso. Mas em Cingapura, que foi nossa primeira parada, era feriado e estava tudo fechado, lojinhas de rua, restaurantes de rua e até a maioria das lojas dos shoppings.
Não podia ter ficado mais feliz com essas férias. Passamos também por Bangkok, Siem Reap (Camboja) e Cingapura, tudo foi tão legal desde o início do planejamento, das mil leituras das caixas de comentários dos posts que falam da Ásia aqui no VnV e dos blogs dos trips que foram antes de mim, sem dúvida as melhores fontes de pesquisa.
Obrigada pelo relato, Carlinha!
Leia mais:
- Tailândia | Bangkok e as praias: o relato da Georgia
- Koh Phi Phi: vale a pena o bate-volta?
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29 comentários
Acabei mergulhando com a Khao Lak scuba adventures pela recomendação desse blog. Eles são muito bons e profissionais. É exatamente o que a Carla descreve no post dela. Eles me pegaram num hotel em Phuket e me levaram até a operação em Khao Lak, fui no Manta Queen 7, 5 noites e 5 dias de mergulho. Eu acho liveabord válido só para quem realmente ama mergulhar e está disposto a passar por essa maratona. Se voce calcular tambem o numero total de mergulhos (fiz 19) o custo benefício de um live aboard é muito bom. Isso fora a ótima comida, as amizades internacionais que voce faz no barco. As instruções são todas dadas em Inglês e os instrutores todos falam Inglês. Eu mergulhei usando Nitrox o que aumentou em uns 3000 Baht o preço total. Recomendo mesmo!
carla, amei as informações, obrigada!
Tenho 8 dias nas praias, pensei em 2 em Railay, 3 em PhiPhi e um live aboard de 3 dias. Tu acha que vale a pena dividir, ou fico só com Railay e Phi Phi e mergulhamos por lá mesmo?
Obrigada!!
Olá, Camila! A Carla não entra nesta caixa todos os dias, então vou deixar meu palpite, baseado em puro senso comum: calcule os prazeres e sacrifícios do live aboard e decida se você vai gostar ou se vai preferir pegar passeios locais de mergulho mais perto da costa. Só você pode decidir.
Otimas dicas, ja vou anotar os hoteis, pq sempre adoro suas escolhas.
Show, Carlinha! Estava doida para ler desde que ouvi falar do seu post. Minha experiêcia máxima em mergulho foi o batismo em Noronha, não pretendo fazer curso de mergulho, mas essa região pode ir para minha wish list. Vou recomendar para os amigos mergulhadores, por que está bem completo. Parabéns!