Restaurantes no Leblon pra Lili
A Lili de Fortaleza está indo essa semana pro Rio. Ela vai ficar meio confinada num congresso no Sheraton do Vidigal, mas quer dar suas escapulidinhas, claro. E pergunta onde pode comer ali perto.
O final do Leblon está a cinco minutos de táxi do Sheraton; uma corrida até lá (em táxi comum que use o taxímetro) não deve sair mais do que 8 reais.
As três ou quatro primeiras quadras tanto da Ataulfo de Paiva quanto da Dias Ferreira têm mais restaurantes, botequins e delis do que alguém pode experimentar num mês inteiro. Tirando um ou outro restaurante mais metido (ou que feche entre o almoço e o jantar), dá pra escolher na hora, na base da empatia. Mas querendo já sair do hotel com algumas idéias engatilhadas, aí vai uma listinha dos meus preferidos — devidamente calçada com links para dois gourmets cariocas que eu particularmente respeito: a Constance Escobar e o Bruno Agostini.
Botequins. Dois clássicos “incontornáveis”, como se diz nas revistas de viagem portuguesas: o Jobi, na Ataulfo, e o Bracarense, na João José Linhares. O Jobi é boêmio, enquanto o Bracarense brilha na saída de praia e no happy hour. Ambos recentemente deixaram de ser pés-sujos para ganhar um vernizinho de pé-limpo; na minha opinião, o resultado caiu melhor no Jobi do que no Braca. Esse ano o Bracarense sofreu perdas sensíveis: sua cozinheira e seu garçom mais carismático abriram o Chico & Alaíde, na Dias Ferreira (mas fora da zona mais chique, já na esquina com a Bartolomeu Mitre). O Chico & Alaíde já nasceu pé-limpo, pós-neobotequins, e com uma aura de baixa gastronomia de autor. Leia o que a Constance e o Bruno acham dele.
Comidinhas. A qualquer hora do dia, o Talho Capixaba, na Ataulfo, é um pit stop perfeito para matar a fome com coisinhas bem-feitas, com ingredientes de qualidade (resenha da Constance aqui). A parte da frente do complexo Garcia & Rodrigues funciona como café/delicatessen. No mesmo departamento, brilham o novo Café Aquim (leia a Constance) e a tradicional confeitaria Kurt (de novo Constance). Vizinhas, a temakeria Koni Store (resenha do Bruno) e kebaberia Keb (posts da Constance e do Bruno) fazem a fast food da hora; tome a sobremesa no Yogoberry (Constance; Bruno). A novidade mais muderninha, porém, é o bar de tapas Venga!, na Dias Ferreira (as opiniões da Constance e do Bruno).
Quilos. O Leblon tem pelo menos dois restaurantes de comida por quilo com algum apelo gastronômico: o La Cigale, de Christophe Lidy, o mesmo chef do Garcia & Rodrigues (a Constance adora), e o Fellini, na General Urquiza.
Exóticos. Os dois tailandeses do Rio ficam a poucas quadras de distância. O pioneiro Nam Thai, que veio de Itaipava e é o meu favorito, e o novo Sawasdee, que veio de Búzios (e é o favorito do Bruno). Mas o lugar onde eu sempre quero voltar é o pequenino Togu, um japa que tem um cardápio de entradas espetacular (nele eu dispenso o sushi; os Destemperados gostaram também).
Grifes. As melhores saladas do Brasil estão no Celeiro, que só funciona de dia, e por peso (leia o Bruno). O Carlota nem parece que nasceu em São Paulo; vá acompanhado, comece com o mix de rolinhos e termine com um petit-gâteau de doce de leite (Constance, aqui). O Garcia & Rodrigues tem dois cardápios: um mais prêt-à-porter, servido na parte da frente e no mezzanino, e o de alta gastronomia, no salão dos fundos (leia a Constance). No Sushi Leblon, experimente o sushi de foie gras (veja também o Bruno). O Zuka pratica uma cozinha contemporânea leve, baseada em grelhados (opinião da Constance, aqui). Finalmente, o Antiquarius é com certeza um dos três ou quatro restaurantes mais caros da cidade; mas seu couvert vale a viagem (resenha do Bruno, aqui).
Isso que não listei os neobotequins e neocafeterias de rede, os cafés das livrarias, os bares de sucos, as sorveterias, a mauriçolândia do fim da General San Martín, os bares da Conde de Bernadotte, os pés-sujos da Cobal, as novidades do Shopping Leblon…
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Atualização: Falando nisso, Marcelo e Camila lembram que nas próximas duas semanas tem Restaurant Week no Rio! (Obrigado!)
42 comentários
Faltou o Degrau: https://www.restaurantedegrau.com.br/
Ataulfo de Paiva 517 B.
Os pastéis antes do prato principal são indispensáveis.
A Lu tem razão: o melhor escondidinho do Rio é o da Academia da Cachaça. E agora, pra completar, eles fazem um batido de tapioca (com sorvete Cairu) que ameniza bem a saudade do milk-shake da Sorveteria da Ribeira, em Salvador.
Tô boba!!! Esse post parece um guia gastronômico do Leblon! Fantástico! E ainda por cima, super atualizado! Eu acrescentaria ainda na Dias Ferreira a varanda do Quadrucci (de dia), que é mto gostosa, independente do que vc vá comer. E tem uma novidade que são as caipiras c/picolé de fruta dentro!! Ainda na Dias Ferreira, apenas p/registro, o Celeiro tem saladas mto interessantes, e de excelente qualidade, mas prepare o bolso, pois é bem caro p/um restaurante a quilo. Ñ deixaria de ir à Academia da Cachaça (à noite), na Conde Bernadote, que tem o melhor escondidinho do Rio, além de caipirinhas mto boas, c/frutas variadas. Ñ deixe de provar a cocadinha – uma batida de coco c/pedaços de cocada, que, pasme vc, ñ é mto doce!!
Agora, se der p/dar uma chegadinha em Ipanema, tem vários BBB, p/almoço ou jantar: O Gula-Gula (está no Restaurant week), na rua Henrique Dumont, que é uma casa antiga super-charmosa, e vc pode ficar ao ar livre, tem preços bons e nada do que vc pedir será ruim, o Market, na Visconde de Pirajá, em frente ao Zona Sul, perto da Garcia d’Avila, um restaurante escondidinho, numa ex-vila, que tem pratos, chás, sanduiches, saladas, drinques, a preços ótimos, astral legal, e qdo vc pede o cafezinho, vem junto uma colher de brigadeiro, maravilhoso por sinal! E p/um jantar mais arrumadinho, mas a preços super honestos e uma carta de vinhos extensa e barata, o Pomodorino, na Lagoa.
E, finamente, se vc ainda estiver por aqui no domingo, p/queimar as calorias que vc ingeriu a semana toda, ñ deixe de dar um rolé pela orla de Ipanema e Leblon. É onde todo mundo se encontra. Aliás, vc pode começar tomando café da manhã no Talho, faz uma social (e a digestão tb) na orla, dá um mergulho, depois vai pro Braca ou pro Jobi tomar um chopp.
Mas, se vc gostar de moqueca de camarão, vai até o Arpoador (mas tem que ser no almoço) e come uma (que dá prá 3) no Azul Marinho – restaurante do Arpoador Inn, e depois vai ver o por do sol da pedra do Arpoador.
Acho que estiquei um pouco, mas me empolguei c/a cidade maravilhosa!!! Desculpem, mas eu seu carioca da gema mesmo!!! Apesar de toda a falta de ordem, o que me deixa mto triste!!
Bem, aproveite muuuuuito !!!
Adorei o post! Agora, tenho chegado atrasada em todos os posts dos meus blogs preferidos. Motivo? O Twitter tá me deixando zureta! Aquilo não é coisa pra amador…
Se for ao Fellini recomendo o bufê de sobremesas, considero o melhor entre os restaurantes à quilo da cidade, o Carlota também vale, fora isso não estou muito por dentro, eu frequentava mais o bairro nos tempos do Final do Leblon, Bozó, Pronto (este ainda existe mas mudou)… enfim quando a Dias Ferreira não era chique.
E para quem gosta de shopping vale passear no Shopping Leblon, um dos mais agradáveis da cidade e com vista para o Corcovado da área de cinema e alimentação.
Denise Mustafa, entre tantas opções, eu ia me esquecendo de vc! Em Madri, fui ao Botin, http://www.botin.es, Calle Cuchilleros, 17 e gostei bastante, tanto da atmosfera quanto da comida!
Adooooro o Outback!
Como eu acho que em Fortaleza não tem Outback, assim como Recife, tem um Outback no Shopping Leblon. Eu sei que não é algo com a cara do Rio, mas sempre que eu vou ao Rio ou a São Paulo, eu tenho que passar num Outback. 🙂
Acabei de ver as dicas do Bruno Agostini para a Restaurant Week: https://viajeaqui.abril.com.br/blog/restaurant-week-carioca-aonde-ir-166546_comentarios.shtml?3604300