TAM aumenta milhas para América do Sul; Gol diz que não muda

Farellones, nos arredores de Santiago

Como diz o Rodrigo Purisch, milha boa é milha gasta. (Eu concordo, e completo: milha boa é milha grátis — que você ganha no cartão de crédito.) Os regulamentos dos programas de milhagem permitem que as companhias mudem a regra quando queiram. E na maioria dos casos, quem sai perdendo é o freguês.

Eu sou do tempo que meras 12.500 milhas compravam um upgrade na executiva para o exterior, não importando a tarifa de classe econômica que você pagasse. Foi assim que passei anos e anos voando na business da Varig. Valia muito a pena. Mas daí a American subiu a cota para 30.000 milhas em cada perna — e logo todas seguiram o exemplo. Hoje, para ganhar upgrade na executiva, além dessa quantidade toda de milhas você ainda precisa ter comprado uma passagem tarifa quase cheia. Já me conformei e dei adeus à executiva há um tempão.


Para vôos dentro do Brasil e da América do Sul, o Fidelidade TAM é o programa mais generoso: não há limitação de assentos-prêmio por vôo. Aos poucos, porém, a cia. vai endurecendo as regras. Primeiro instituiu a antecipação de 7 dias para emitir a passagem pela pontuação normal. E agora criou a distinção entre vôos domésticos (que continuam sendo emitidos por 10.000 pontos o trecho) e vôos para a América do Sul (que agora só são emitidos por 15.000 pontos o trecho).

O problema desse endurecimento de regras é que normalmente a coisa se espalha rápido; assim que recebi o newsletter do Fidelidade, temi que o Smiles enveredasse pelo mesmo caminho.

Acionei minhas fontes na Gol e, pelo menos por enquanto, não se fala em mudar a quantidade de milhas para a América do Sul. (Na Gol os vôos domésticos e para a América do Sul custam 10.000 milhas o trecho; para o Caribe, 15.000.)

É inteligente não mexer — até porque o Smiles tem outras maneiras de controlar a emissão de passagens-prêmio, já que os assentos-prêmio são limitados (depois de esgotados os assentos  na milhagem normal, só cacifando o Smiles Any Day, que cobra o dobro das milhas). O sistema, contudo, está bem mais mão-aberta do que na época da Varig. Se você tiver uma certa flexibilidade de horário e não deixar para a última hora tem grandes chances de confirmar o seu trecho pela milhagem normal (no Brasil e na América do Sul; já para o Caribe é mais difícil).

Bem, o moral da história é o de sempre: não deixe milhas acumuladas na sua conta. Use na primeira oportunidade.

Aproveite as promoções de milhas reduzidas que volta e meia reaparecem, nas duas companhias. É o jeito mais inteligente de não deixar suas milhas desvalorizarem com as mudanças de regras.

Leia no Aquela Passagem:

Fidelidade TAM cobrará 15.000 pontos por trecho na América do Sul (exceto Brasil)

Leitores do Aquela Passagem avaliam os programas de fidelidade das cias. aéreas

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77 comentários

Gabriel, qquer dia em janeiro, ano passado consegui reservar em setembro p/ embarcar em janeiro e tinha sobrando, mas desta vez ñ consigo nada entre dez e março…

Alguém conseguiu emitir American com milhas Smiles ultimamente?! Pque eu ñ consegui nada, to decepcionada, sempre achei fácil, mas este ano pelo jeito vai ser impossível…

Acho um absurdo o que a TAMtem feito com seu programa de fidelidade: além de aumentar de 10000 para 15000 pontos o trecho na América do Sul, ainda tem deixado de pontuar trechos voados, mesmo não sendo tarifa promocional. É um desrespeito!A partir de agora não dou mais preferência à TAM!

Acho um absurdo o que a TAMtem feito com seu programa de fidelidade: além de aumentar de 10000 para 15000 pontos o trecho na América do Sul, ainda tem deixado de pontuar trechos voados, mesmo não sendo tarifa promocional. É um desrespeito!

Olá Fábio !
Particularmente, eu prefiro o Smiles.
A maior desvantagem em relação ao Fidelidade é o número de assentos por voo. Por exemplo, Campinas / F.Noronha, que já utilizei 2 vezes, só tem 4 assentos Smiles.
Já consegui ótimos voos com 4.000 (internos) e 6.000 (América do Sul).

Minha opinião talvez seja diferente das demais.
Mas se baseia de uma experiência que tive nos últimos dias.
A missão era emitir uma passagem para Santiago. O Smiles exigia 20.000 milhas, no Smiles Any Day, acho muito provável que os assentos normais tenham se esgotados 3 ou 4 meses com antecedência. Pois bem, não emiti pelo Smiles.
O Fidelidade ofertava 10.000, e alguns vôos, em sua maioria com uma rápida conexão em Asuncion por 4.000. Resultado. Emiti para a família toda ida e volta para Santiago por 32.000 pontos Fidelidade. Se fizesse a emissão na Gol precisaria de 160.000 milhas.
A Gol pede 10.000 para voar pela América do Sul. Ótimo! Mas não liberam vôos por 10.000. Assim, fica fácil!

Estou precisando emitir um trecho agora: Campinas – Recife, para junho, a TAM pede 8.000. O Smiles pede 10.000.
O Smiles esta anunciando para junho a promoção de emissão por 4.000 para vôos pelo Brasil. Até agora não vi nenhuma disponibilidade. Isso porque tentei vôos relativamente “fáceis”, em dias poucos concorridos e de curtos. E nada….
Obviamente não fiquei feliz pela “inflação” do Fidelidade, e não achei justo. Mas a MINHA impressão é que Smiles é ótimo de marketing, mas no “vamos ver” o Fidelidade, ao menos, nas minhas últimas experiências, tem sido bem mais atraente.

    Sejamos justos.
    Coincidência ou não após inserir minha reclamação aqui.
    O Smiles disponibilizou trechos por 4.000.
    E consegui emitir Guarulhos – João Pessoa.

Comprei 3 passagens da TAM para a Europa indo por Paris e voltando por Milão, para junho agora.Como é a 1ª vez no velho continente e fiz toda a minha programação baseada nos amados VnV, CP etc, me permiti pagar mais caro, pois dividi em 10 vezes no Itau Tam Fidelidade e vou usar uma companhia brasileira de + facil comunicação, etc.Cada passagem com direito a 12.000 milhas (não dá para trocar por qualquer outra passagem agora que são necessárias 15.000).Acho que não haverá uma próxima vez, me sindo ultrajada com esta mudança sacana, e no smiles tenho aproveitado ótimas ofertas de 4.000 pontos por perna dentro do Brasil …

Olha, eu já cheguei a organizar a vida inteira em função de usar cartão de crédito que acumula milhas, pensar “estrategicamente” na hora de comprar um bilhete em code-share para pagar um pouco mais, mas acumular mais milhas, mas eu desisti.

Estou inscrito em alguns programas, e hj faço assim: eu acho o melhor bilhete (mais barato e conveniente etc.) Depois de comprada a passagem, vejo se é possível acumular milhas, com qual plano (em casos de vôos que permitem acumular em cias. diferentes) etc. Mas eu não me estresso mais tentando acompanhar tudo, só para ver milhas ou pontos perdidos ou prazos de resgate alterados a qualquer momento.

Comprar passagem aérea ficou muito mais tranquilo assim. Não deixo de acumular milhas, mas não viro um escravo dos programas de fidelidade na hora de fazer cotações. Se puder viajar (já emiti vários trechos no Brasil com milhas, e trechos caros como Boa Vista – Campinas), ótimo! Mas se alguém resolver mudar as regras, não fico me sentindo ruim por ter gasto mais grana, ou usado um cartão de crédito menos conveniente, só para acumular as milhas.

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