Não falo inglês. Posso viajar ao exterior mesmo assim?

Placa em papiamento, em Curaçao

Volta e meia essa pergunta aparece aqui no site. Às vezes o inglês vem substituído por espanhol ou francês, mas a origem da preocupação é a mesma.

Dominar um idioma — arranhar também já vale — ajuda muito quando você viaja ao exterior. No entanto, não falar línguas não é impedimento para fazer nenhuma viagem.

O que não falta por aí é gente que viaja só com a cara de pau e a mímica, e volta com histórias deliciosas para contar. É preciso desprendimento e um certo espírito de aventura, mas na imensa maioria das vezes tudo dá certo. O turismo é a maior indústria do planeta, e você vai se surpreender com as maneiras com que você vai ser ajudado.

Minhas recomendações para você encarar uma viagem ao exterior mesmo sem saber nada de gringuês:

1. Vá com tempo sobrando

Nada de agenda cronometrada. Você precisa ter tempo de cometer uma ou outra mancada e refazer a operação. Viajar slow diminui a tensão e dá a chance de você superar o pânico inicial.

2. Estude o destino antes de viajar

Leia tudo o que puder sobre o destino. Faça Google Maps com os seus objetivos de cada dia. Leve guias de bolso do destino junto com você. Serão seus guias em português.

3. Comece por lugares fáceis

É mais fácil aprender os macetes das viagens internacionais em destinos simples de ser entendidos. Vá a Buenos Aires (com passaporte, não com RG). Faça sua primeira viagem a Europa em Portugal ou na Espanha — Itália, quem sabe. A Flórida é um lugar onde você vai estar sempre a dois passos de alguém que fale espanhol. No Caribe de fala espanhola (Cancún, República Dominicana, Cuba), além de Aruba e Curaçao, não há barreira da língua. Tudo o que você experimentar nessa viagem de iniciação terá utilidade em lugares onde o portunhol não tem uso.

4. Não pense que os outros não pagam mico

Viagem sem ao menos um mico não é viagem. Todo mundo está sujeito a eles — inclusive os que dominam vários idiomas, e podem ser vítimas do excesso de autoconfiança. Leve o bom-humor na bagagem e aprenda a se divertir dos (eventuais) pratos incomíveis ou voltas dadas à toa.

A propósito, lembre-se: a língua internacional das viagens não é o inglês. É o inglês macarrônico!

5. Use e abuse dos postos de turismo e agências de receptivo

Os postos de informação e as agências de receptivo (a recepção do seu hotel representa várias) têm paciência infinita com turistas malversados no idioma local. Os postos de informação estão acostumados a lidar com quem não fala inglês. E os tours organizados são ideais para quando você não tiver tempo disponível para corrigir eventuais erros de percurso.

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118 comentários

Nesta área, uso-o e abuse muito dele: o Google translator “órrrr” tradutor. É muito bom! E está com uma nova versão.

Suas dicas foram ótimas!
Embora o português esteja sendo cada vez mais usado, pelo menos nos bons hoteis e nos aeroportos, é fundamental que a pessoa comece com destinos mais fáceis.
Minha dica? Evite Nova Iorque na primeira viagem. A não ser que vc vá com alguém que fale bem o inglês. Os nova-iorquinos não têm muita paciência com quem não fala inglês. E além do mais a cidade está cheia de imigrantes que falam um inglês muito enrolado. Se pra quem sabe já é difícil…
abração

    Julio,

    mas só o que se vê o dia inteiro em Nova York é gente falando em português!

Nunca tivemos problemas com idioma em nossas viagens… Para dizer a verdade alguns micos acontecem, mas depois chega ate a ser divertido..
Mas tenho que dizer que o negocio fica mais complicado quando o alfabeto e diferente do nosso…. Pois de uma forma ou de outra muitas palavras chaves sao muito parecidas nas linguas ocidentais.. Mas quando pensamos em chines, japones, o negocio e mais complicado.

Sabendo falar pizza e taxi a gente se vira no mundo (quase) todo…não morre de fome nem fica perdida..rs…essa é a minha filosofia…rs

    Meninas, vou ter essas 4 palavrinhas na ponta da língua na Ásia… 😆 (Eu, que sempre fui perfeccionista com essa coisa de falar idiomas direitinho, estou só esperando pra ver no que vai dar essa minha incursão por esses lugares de língua desconhecida… 😆 )

    Hehe vais adorar , Carlinha !
    Pra quem fala papiamento é uma degustação permanente de sotaques e misturanças 😆

    Sylvitcha, eu tenho é medo de voltar com uma listinha de uns 4 ou 5 idiomas “exóticos” que eu PRECISO aprender… 😉

Em inglês, francês, alemão, espanhol, português, “brasileiro” hahaha, russo, japones ,eu faço cara de que estou entendendo tudo sempre. Meu marido me pergunta: ” o que ele te perguntou?” minha resposta é : sei lá!!!! Continua andando!”
Mas vamos combinar: as pessoas podiam ganhar sessões de fono gratuitas!

Amei o post, sou meio travada para falar outros idiomas e meu ouvido é bem ruim (até para portugês!). Não sou surda, só não entendo mesmo… Mas para mímica não tenho vergonha. Usei bastante agora na última viagem pela Europa.

Eu falo espanhol – morei no Chile e na Argentina por algum tempo. Inglês, me viro bem. Leio, falo, não escrevo. Francês, só dou vexame. Mas, mico mesmo, passei em Portugal. Gente! Que idioma eles falam por lá?

    eles não vêm com legenda yara! Muito menos tecla SAP pra ” brasileiro” como eles chamam nossa língua tropicalmente mestiça, do lado de cá do Atlântico

    Yara, achei que só eu tinha essa percepção!!!!!!!!! Ás vezes, é mais fácil entender qualquer outra língua do que o português de Portugal! Estou lembrando de váááários micos por lá…

    ai, eu também sofro muuuito… quando advogava tive uma cliente portuguesa e era um parto entendê-la (bem mais fácil entender outros gringos, argentinos, italianos e até um iraniano).

    Pois. é meus amigos também acham graça, mas tinha vindo de 1 semana em Madrid, outra em Paris, mas a mais sofrível foi em Portugal. Acho que eles nos entende, mas entender aquela língua foi barra.

Eu não preciso nem sair daqui pra dar fora! Mas quando fui a Buenos Aires, a guia do meu pacote estava nos esperando no hotel pra explicar como funcionaria nossa estada por lá, daí que fiquei feliz da vida por estar entendendo tudo que ela dizia e pensei com os meus botões que espanhol nem era tão difícil assim. No final da conversa, meu amigo disse a ela: “Parabéns fulana. Você fala muito bem português”. Aí descobri que ela tava falando português com sotaque e eu pensando que era espanhol, hahahaha!

Até quem acha que sabe a lingua, na primeira vez que tem que realmente se virar fora do Brasil, pode tropeçar!
O que vale é a vontade!
E fui pra França, sem falar uma palavra de francês e morrendo de medo porque todo mundo dizia que o povo não gosta de falar inglês. Levei um dicionário de bolso, estudei as palavras mais comuns e na primeira oportunidade voltava pro Ingles. Fui sozinha e me virei por duas semanas!
Não sei se acontece com vocês, mas por ser brasileira, sempre fui muito bem recebida em todo mundo. Tem sempre alguém pra contar uma história, pra dizer um Tudo Bem, perguntar de Pelé e carnaval.

    Minha experiência é igual a sua Claudia! Fui morrendo de medo pra França e não encontrei nenhum francês carrancudo porque eu não falava francês. Sempre fui muito bem tratada, tanto na França quanto no Japão, embora só falasse obrigada e por favor, bom dia e boa noite, essas coisas aprendidas em guias de viagem. Faltava vocabulário, mas nunca faltava cara-de-pau!

    Excelente sua colocação Claudia.
    Muitas pessoas acabam tendo impressões erradas sobre alguns lugares, simplemente pela referência de “outras” pessoas. O melhor é viajar e depois tirar a própria conclusão. Em Paris não encontrei nenhum “monstro” pela fente. Aliás, fui MUITO bem tratada em todos os lugares (hotel, comércios, restaurantes, cafés, etc.). Acho que a gente precisa sempre lembrar que a nossa postura também influi no tratamento que recebemos. E a palavra mágica é educação… não tem jeito!
    E concordo 100% com a colocação que brasileiro é MUITO bem tratado no exterior. Então, se você é marinheiro de 1ª viagem, não tenha medo. Jogue fora os pré-conceitos que te passaram e saiba que o mundo AMA o Brasil e os brasileiros.

Lembre=se sempre existe a língua dos sinais e mímicas.
Prepare-se para a apontar e fazer negativo e positivo (este com algumas interpretações diferentes em algumas culturas).
Realmente informação é o importante!!!

    Viajar é muito bom, e não é fato de não falar a lingua. Até porque para ser realemnto bem entendido vc tem que falar muito bem.
    Sem falar nada (apeser de ter boas noções) sempre me virei bem.

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