Inhotim e Tiradentes

Belo Horizonte, Inhotim, Ouro Preto e Tiradentes na mesma viagem

Oito (ou nove) noites e um carro alugado (por seis dias): é tudo que você precisa para fazer o circuito dos três destinos mais desejados de Minas — Inhotim e as cidades históricas Ouro Preto e Tiradentes — e de quebra descobrir que grande cidade é Belo Horizonte.

Este roteiro leva você a esses quatro lugares nos dias da semana mais apropriados para curtir cada um deles. A ordem das escalas também foi pensada para não criar nenhuma seqüência monótona.

Este itinerário reserva a noite de 6ª, o sábado e o domingo a Belo Horizonte; 2ª e 3ª a Ouro Preto; 4ª e 5ª a Inhotim; 6ª e sábado a Tiradentes; a volta, no domingo, prevê a passagem por Congonhas.

Caso você não queira usar carro, veja como dá para fazer de ônibus.

Belo Horizonte

Edifício Niemeyer e Pampulha

O fim de semana é perfeito para curtir Belo Horizonte. Os hotéis têm tarifas amigáveis, o trânsito flui melhor e você aproveita a viagem desde o primeiro instante — quer dizer, desde o primeiro instante depois de vencer os 60 a 90 minutos que separam o aeroporto de Confins da área central da cidade.

O táxi do aeroporto sai entre R$ 100 e R$ 160 (em bandeira 2) até as regiões de Lourdes ou Savassi. O ônibus Conexão Aeroporto custa R$ 29,40 por pessoa até um terminal na região central que estará a até R$ 18 de táxi do seu hotel.

Para não se atrapalhar no grid enviezado de Belo Horizonte (uma cidade cheia de esquinas de três ruas) e não esquentar a cabeça com Lei Seca, é melhor usar táxi e caminhar enquanto estiver na capital, e alugar o carro só ao seguir viagem.

Confira (se possível com alguma antecedência) a programação cultural: o site SouBH tem ótimas seções de shows e teatro, com opção de pesquisar por mês.

Dá para chegar tanto na sexta à noite quanto no sábado de manhã — o que ficar melhor para você encaixar.

Sexta à noite

Chegando na sexta ainda a tempo de sair, uma pedida certeira para um fim de noite animado é a região de botequins da rua Pium-í, que os belo-horizontinos ora dizem que fica no Sion, ora no Carmo, outras vezes ainda no Anchieta. O importante é que fica a uma corrida curtinha de qualquer hotel da Savassi.

A quadra entre as ruas Passatempo e Montes Claros é enfileirada por botequins (intercalados por restaurantes que também abrem até tarde). Ali estão o Bar da Neca (esquina com Passatempo, tel. 31/2555-9132), o Café do Carmo (a outra esquina, tel. 31/3221-9156), o Almanaque (nº 675, tel. 31/3287-9044), a Cia. do Boi (nº 653, tel. 31/3287-9103), o tradicional Albano’s (nº 611, tel. 31/3281-2644) e o esportivo Itatiaia Rádio Bar (nº 620, tel. 31/2551-4844).

A paralela Francisco Deslandes é um pouco mais descolada, com casas como o Bar 222 (nº 222, tel. 31/3287-7712). Fora desse miolinho, considere o brejeiro Quermesse (importado de Curitiba; Pium-í, 1175, tel. 31/3284-9683) e o autêntico pé-sujo Bar do Antônio, mais conhecido como Pé de Cana por ter um pé de cana-de-açúcar plantado na calçada (Flórida, 15, tel. 31/3221-2099).

Estando hospedado em Lourdes (ou na região da Praça da Liberdade), você não perderá a viagem se der uma incerta na esquina da ruas Curitiba e Tomás Gonzaga, o epicentro da noite de Lourdes. Bem ali fica o sempre lotadíssimo Tizé, com mesas na calçada (tel. 31/3337-4374). Se for para jantar tarde e levinho, pense nos japas Rokkon (Curitiba, 2227, tel. 31/3259-3177) e Udon (Gonçalves Dias, 1965, esquina São Paulo, tel. 31/3243-8005) ou na hamburgueria Deli Handmade (Antônio Aleixo, 591, tel. 31/3564-6370).

Sábado

Caso você não tenha dormido na sexta em BH, tente chegar ainda de manhã. Em qualquer das situações, comece o sábado com um passeio pelo carismático Mercado Central (Augusto de Lima, 744, entre Curitiba e Santa Catarina). Depois de rodar pelas bancas olhando os queijos Canastra, os doces de leite, as cachaças, os cacarecos e os bichinhos vivos à venda, tente penetrar no cercadinho do Bar da Lôra, onde se eu fosse você pedia uma porção de fígado com jiló, verdadeiro tratado (comestível) de belo-horizontice.

Do Mercado, em menos de 10 minutos de táxi você chega à Praça da Liberdade, que nos últimos anos foi transformada num circuito cultural completo, uma pequenina ‘Ilha dos Museus’. O mais bacana da turma é o Memorial Minas Gerais, gerido pela Vale do Rio Doce (aberto até as 18h). Nos fins de semana, não perca a chance de fazer a visita guiada ao Palácio da Liberdade (a entrada é por um portão da lateral esquerda de quem olha para o palácio, na direção da av. Cristóvão Colombo; a última visita sai às 16h30).

Mercado e Palácio

Para almoçar por ali, a filial do buffet mineirinho de Dona Lucinha está super à mão (Sergipe, 811, tel. 31/3261-5930); se não quiser nem sair da praça, aproveite a filial do Café com Letras no térreo inferior do CCBB (tel. 31/3267-9929).

Caso caibam no seu tempo e você ainda tenha disposição, dá para conferir as exposições do Centro Cultural Banco do Brasil (aberto até as 21h) e da Casa Fiat de Cultura (na rua que sai da lateral direita de quem olha para o Palácio; aberta até as 18h).

O Museu das Minas e do Metal perdeu um pouco do brilho inicial e está passando por reformas, agora administrado pela Gerdau (continua aberto à visitação, até as 18h).

Vale a pena voltar a Lourdes na noite de sábado com reserva para jantar num dos restaurantes do momento, como o novíssimo Alma Chef, misto de empório, espaço de cursos e restaurante, que ocupa um lindo predinho anos 60 onde funcionava uma locadora (Curitiba, 2081, tel. 31/2551-5950), o bistronômico Glouton (Bárbara Heliodora, 59, tel. 31/3292-4237), ou ainda o superclássico francês Taste-Vin (Curitiba, 2105, tel. 31/3292-5423).

Alma Chef

Ou faça sua própria pesquisa in loco: todo esse miolinho é pontilhado por restaurantes de todos os credos culinários.

Domingo

Já daria para pegar o carro alugado nesta manhã, mas acho que você vai esquentar menos a cabeça (e gastar menos) se combinar com um taxista do ponto do seu hotel um passeio à Pampulha (com paradas na Casa do Baile e na Capela de São Francisco, dois pontos da via sacra niemeyriana), com fim da viagem no restaurante Xapuri (Mandacaru, 260, tel. 31/3496-6198), o mais nobre endereço da comida mineira na capital, que fica para aqueles lados. (Para você ter uma base: a corrida em bandeira 2 de Lourdes à Pampulha dá R$ 45.)

Outro programa para a manhã é ir à Feira Hippie, na Av. Afonso Pena entre Bahia e Guajajaras. Eu ainda não fui, mas a falta desse programa no primeiro texto deste post foi duramente criticada por belo-horizontinos. Pronto, tá incluído 🙂

À tarde dá para voltar à Praça da Liberdade e completar o circuito visitando os museus que você não conseguiu cobrir na véspera. O que não dá para fazer à tarde é ir ao Mercado Central: no domingo, o funcionamento é das 7h às 13h, então se você não conseguiu ir no sábado, inclua no seu programa do domingo de manhã.

Domingo à noite, muitos restaurantes de BH fecham. Se eu fosse você, faria uma reserva no Café com Letras da Savassi (Antônio de Albuquerque, 781, tel. 31/3225-9973), onde aos domingos sempre rola um jazz bacana a partir das 19h30 (e a comida é ótima).

Onde ficar em BH

Hotéis em Lourdes

O hotel mais próximo da muvuca chic de Lourdes é o básico San Diego Convention Lourdes. Numa categoria mais confortável estão o Quality Belo Horizonte Lourdes, uma quadra adiante, e o Promenade BH Platinum, um nadinha mais distante, mas que tem o bônus de ser vizinho do Diamond Mall. A novidade (glamurosíssima) da área é o Fasano Belo Horizonte, primeiro autêntico 5 estrelas da cidade.

Entre Lourdes e o Mercado Central

Fora da área glamurosa do bairro, dois hotéis têm localização estratégica entre o miolo de Lourdes (a menos de 10 minutos a pé) e o Mercado Central: o Ibis Budget Minascentro e o Ibis Styles Minascentro. Ambos estão a distância caminhável (8/10 minutos) do terminal do ônibus Conexão Aeroporto.

A Savassi foi o bairro mais favorecido com a expansão da rede hoteleira para a Copa do Mundo. Os hotéis mais novos do bairro são o eSuites Savassi Toscanini, de onde dá para ir a pé a bons restaurantes (Café com Letras Savassi, Restaurante do Ano, Fogo de Chão), o Holiday Inn Belo Horizonte Savassi e os siameses Ibis Belo Horizonte Savassi e Ibis Budget Afonso Pena.

Ouro Preto

Ouro Preto

A 95 km de Belo Horizonte, Ouro Preto é viável também como bate-volta. Mas ficar e dormir é muito mais bacana do que normalmente se imagina. Ao contrário de Tiradentes, Ouro Preto não vive só do turismo; é interessante ver uma cidade ‘normal’ funcionando no casario histórico.

Por ter grande população universitária, Ouro Preto tem noites animadas, e não morre no início da semana. É ideal para o início de semana — quando Belo Horizonte tem hospedagem mais cara, Tiradentes está funcionando a meio-pau e Inhotim está fechado (na segunda).

Segunda-feira

Pegue o carro na locadora e siga viagem a Ouro Preto. O GPS deve mandar você sair da cidade pela av. Nossa Senhora do Carmo (começa na av. do Contorno, à altura do shopping Pátio Savassi). O caminho, bem-sinalizado, leva à BR 040, que vai para o Rio de Janeiro (as placas ora indicam o Rio, ora Ouro Preto).

Mercearia Paraopeba

Você vai sair da estrada uns 25 km depois da saída de BH: as placas vão indicar Itabirito e Ouro Preto. Aproveite para entrar em Itabirito e fazer um pit-stop na mitológica Mercearia Paraopeba, uma espécie de museu temático da vendinha tradicional do interior — só que de verdade. Em meio a tralhas, utilidades e banalidades, a mercearia vende as mais finas iguarias mineiras — goiabada cascão feita em tacho de cobre, queijos excepcionais da Serra da Canastra, doces de leite de todas as consistências, biscoitos de polvilho artesanais, produtos cultuados por gente como a chef Roberta Sudbrack.

Roninho, o dono (e bisneto do fundador), estará atrás do balcão, oferecendo provinhas disso e daquilo. Faça um farnelzinho para comer na estrada (nosso almoço naquele dia foi goiabada com queijo; compramos faca e guardanapo lá também) e aproveite para resolver alguns presentes (tem fubá de moinho d’água, carne de porco em lata conservada em banha de porco, pimentas, alho frito em conserva, doce de leite…).

Ouro Preto está 35 km depois de Itabirito. Mas não entre na cidade: pegue o anel viário à direita seguindo as placas para Mariana. A idéia é aproveitar que as igrejas de Ouro Preto estão fechadas e visitar a Mina da Passagem, a 3 km de Mariana, onde um trolley sobre trilhos leva às catacumbas de uma antiga mina de ouro (tel. 31/3557-5000, aberta diariamente até as 17h).

Seria bacana chegar em Ouro Preto no meio da tarde, para ainda dar tempo de uma voltinha de reconhecimento de campo depois do check-in. Se chegar com pique de visitar alguma atração, vá ao curioso Museu do Oratório, devotado a relicários e oratórios, que não abre às terças. Foi organizado por Ângela Gutierrez, a mesma por trás do Museu de Artes de Ofícios de BH (anexo à Igreja do Carmo, tel. 31/3551-5369, aberto das 9h30 às 17h30).

Dois lugares simpáticos para um lanchinho de fim de tarde são o Ópera Café (rua Direita/Conde de Bobadela, 110) e a Cafeteria Chocolates Ouro Preto (Getúlio Vargas, 66, tel. 31/3551-7330).

Para jantar, O Passo (São José, 56, tel. 31/3552-5089), num casarão de vários ambientes superbem-decorados, tem cardápio criativo, pizzas e música ao vivo. O Senhora Gastronomia, no hotel Solar do Rosário (Getúlio Vargas, 270, tel. 31/3551-4200), fica aberto também para não-hóspedes. O Bené da Flauta, ao lado da igreja de São Francisco (São Francisco de Assis, 32, tel. 31/3551-1036), oferece uma linda vista de Ouro Preto iluminada. A dupla Café Geraes + Escadabaixo Pub (rua Direita/Conde de Bobadela, 122, tel. 31/3551-5097) vale tanto para o jantar quanto para a saideira da noite.

Terça-feira

Dia de subir e descer ladeira.

As paradas imexíveis do roteiro mais essencial incluem:

A magnífica Igreja de São Francisco de Assis, obra maior de Aleijadinho (Largo de Coimbra, aberta das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h).

A douradíssima Matriz de N. Sra. do Pilar, com seus 400 kg de ouro e o Museu de Arte Sacra anexo (Praça Monsenhor Castilho Barbosa, missa às 7h, visitas das 9h às 10h45 e das 12h às 16h45).

A portuguesamente azulejada Igreja do Carmo (r. Brigadeiro Musqueira, aberta das 8h30 às 11h20 e das 13h às 17h10)

O bem-iluminado Museu da Inconfidência, que conta a história de Minas e dos inconfidentes (Praça Tiradentes, tel. 31/3551-1123, aberto das 10h às 18h)

O caidinho-porém-interessante Museu Casa dos Contos (São José, 12, tel. 3551-1444, aberto das 10h às 17h), que conta a história da cobrança de impostos no Brasil-colônia, e vale pela educativa sala em que estão expostas cédulas de todos os dinheiros que já tivemos em nossa história — incluindo os inúmeros cruzeiros e cruzados das décadas de 70, 80 e 90.

Na hora do almoço, além dos restaurantes e cafés indicados na segunda-feira, considere o impecável buffet mineiro do Chafariz (São José, 167, tel. 31/3551-2828), ou o supertradicional Casa do Ouvidor (rua Direita/Conde de Bobadela, 42, tel. 31/3551-2141).

Na hora do jantar, saiba que as terças n’O Passo são concorridíssimas por causa do rodízio de pizzas (mas o cardápio continua valendo). O Tropea oferece especialidades italianas feitas com capricho.

Onde ficar em Ouro Preto

Ouro Preto

O ideal é que a sua pousada não obrigue você a um sobe-desce ladeira desnecessário — já basta os que a gente precisa enfrentar durante a turistagem. Tem uma ladeira que é quase inevitável em quase todo percurso: a rua Direita (Conde de Bobadela), que liga a Praça Tiradentes à zona mais comercial do centro histórico. Aqui vai um garimpo de pousadas localizadas no eixo mais interessante de Ouro Preto, e sem ladeironas desnecessárias. Note que é raro uma pousada no centro histórico ter ar-condicionado.

Com orçamento mais folgado, recomendo o Solar do Rosário: adorei a localização — no plano, num canto sossegado do centro histórico — e, como cacifei a suíte, pude curtir a vista para a Igreja do Rosário.

O outro hotel top da cidade é a Pousada do Mondego (sem ar), dos Roteiros de Charme, que fica entre a Igreja de São Francisco de Assis e a Praça Tiradentes (e dá de frente para a feira de artesanato).

ouro preto pousada do douro

A Pousada do Douro (sem ar) pertence aos mesmos donos. Fica a pouquíssimos metros do Museu da Inconfidência e tem bom custo x benefício.

Dentre as pousadas tradicionais, o Pouso do Chico Rey oferece instalações super-históricas (sem ar) com localização bastante central. Já entre as mais novas, a Pousada dos Meninos, junto à Matriz da Conceição (sem ar), e o Solar da Ópera, na rua Direita, oferecem ótimas instalações. Procurando conforto e preços camaradas, dê uma olhadinha na Mezanino (sem ar).

Inhotim

Inhotim

A inclusão de Inhotim neste momento evita seqüência das cidades históricas: um choque de arte contemporânea entre duas sessões barroco e o rococó aumenta a intensidade das três experiências.

Inhotim fica a 105 km de Ouro Preto. Faça de volta o caminho até o trevo da BR 040. Ali você vai virar em direção ao Rio de Janeiro e, 2 km adiante, já vai sair da estrada, seguindo a placa para Retiro do Chalé e Inhotim. São quase 40 km bem sinalizados, mas lentos. Espere gastar umas duas horas entre Ouro Preto e Inhotim. A estrada já está reaberta, depois de interditada devido ao rompimento da barragem da Vale.

Abrace Brumadinho

Muita gente passou a desconsiderar uma viagem ao Inhotim e arredores por causa do rompimento da barragem da Vale em Córrego do Feijão.

Devia ser o contrário. Se você se compadeceu com a tragédia de Brumadinho, tem mais um motivo para ir ao Inhotim e se hospedar na região: é a melhor e mais valiosa contribuição que você pode fazer.

E veja, não é sacrifício nenhum — pelo contrário. As estradas estão desobstruídas. As pousadas e atrações, reabertas. E o Inhotim ficou fora da rota dos estragos.

Visite Inhotim. Abrace Brumadinho. Você vai fazer um bem para você e para muita gente.

Siga direto ao instituto e aproveite o guarda-volumes para não deixar as malas no carro. O complexo abre até 16h30; você ainda terá meio dia útil para sua primeira visita. Se ao final da quinta-feira você ainda não tiver visto tudo o que gostaria, ainda terá a manhã de sexta como reserva técnica.

Inhotim

Visitar Inhotim significa caminhar bastante e digerir obras conceituais. Ao fim do dia você estará exausto, física e intelectualmente. Você vai me agradecer pela sugestão de se hospedar em Brumadinho ou na vizinhança mais imediata.

O guia de Inhotim no Viaje na Viagem traz tudo o que você precisa saber para planejar esses dois dias:

Tiradentes

Tiradentes

Pequenina, com ladeiras gentis e dona de um número sensivelmente maior de restaurantes estrelados do que de igrejas tombadas, Tiradentes funciona como a sobremesa do nosso cardápio. A cidade é uma bela adormecida que esteve esquecida até pouco mais de 30 anos atrás, quando foi redescoberta e recolonizada por artistas e cozinheiros. A idéia é terminar nossa viagem com boa mesa e boas compras, no cenário mais charmoso do roteiro.

De Brumadinho a Tiradentes são 210 km, que você roda confortavelmente em três horas. Saia de Brumadinho em direção a Mário Campos, e continue seguindo as placas para a BR 381, a estrada duplicada que leva a São Paulo (os paulistas conhecem como Fernão Dias). A saída para São João del Rei/Tiradentes é bem sinalizada: você continua pela BR 494, via São Tiago, uma estrada de pista simples mas de bom asfalto e pouco movimento.

Veja como organizar seus dois dias na cidade no nosso Guia de Tiradentes:

Congonhas

Você pode usar a última manhã em Tiradentes para visitar igrejas ou voltar a Bichinho. A tarefa mais importante do dia, porém, é voltar a Belo Horizonte. Serão 250 km até o aeroporto de Confins — com trânsito, umas quatro horas de viagem.

Os primeiros 100 km são percorridos na BR 383, desembocando na BR 040, a estrada que leva a Belo Horizonte. 10 km adiante você pode (pode, não: deve!) entrar em Congonhas, para visitar os Apóstolos de Aleijadinho, na Basílica de Bom Senhor de Matosinhos. É um jeito de esticar as pernas e tornar menos monótono o caminho de volta. (Deixe o carro num estacionamento fechado, com toda a bagagem escondida no porta-malas.)

Congonhas

Caso seu destino seja o Rio de Janeiro, vale mais a pena devolver o carro em São João del Rei e voltar de ônibus para casa: são 5h30 de viagem pela Paraibuna.

Como fazer o circuito de ônibus

Não há ligação de ônibus entre as cidades do circuito: você precisaria fazer um ziguezague via Belo Horizonte a cada mudança de cidade.

Vindo do Rio ou de São Paulo, o ziguezague fica menor se você for de ônibus direto a Ouro Preto (6h30 do Rio ou 10h40 de São Paulo, pela Util), então de Ouro Preto a BH pela Pássaro Verde (2h), daí BH-Inhotim-BH pela Saritur (1h30 cada perna), prosseguindo de Belo Horizonte para São João del-Rei com a Viação Sandra (3h45) e voltando para casa direto de São João del-Rei (5h30 ao Rio pela Paraibuna, 8h a São Paulo pela Util).

Tiradentes dicas

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    383 comentários

    Oi Boia,

    No texto, vcs falam para colocar o carro em um estacionamento fechado e esconder as malas na cidade de Congonhas. Precaução msm ou algum alerta de segurança em relação a cidade?

    Obg

      Olá, Hilton! Precaução que vale para qualquer lugar em que você deixe malas no carro, no Brasil ou fora.

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