Quando me pedem para destrinchar viagens à Europa no fim do ano e nas férias de janeiro, a minha reação inicial é tentar demover o perguntador. Me vêm à cabeça os dias curtos e gelados, às vezes molhados e ventosos, que desconvidam às caminhadas e deixam as fotos sombrias.
Claro que de vez em quando acontece aquele dia (ou, com sorte, aquela seqüência de dias) com céu claro e luz espetacular, em que as fotos saem mais bonitas do que nunca e você descobre o prazer de andar, andar, andar e não suar.
Mas na média acredito que não valha a pena torrar uma grana que nos faz falta para passar as férias brigando com as condições atmosféricas.
Mas se você só pode viajar no inverno europeu, bom, então sugiro que não monte um desses roteiros cheios de escalas e coisas para ver, ver e ver. O inverno é mais apropriado a experimentar.
Faça base numa cidade grande, aloje-se com conforto, e planeje seus dias em torno não de monumentos e vistas, mas de cultura e gastronomia. Fez um dia bonito? Ótimo, saia para para passear. Está chuviscando e ventando? Museu, cinema, exposição, visita ao mercado para fazer um piquenique no quarto. Alugar um apartamento é ideal: ao brincar de morador, você não sente o tempo passado em casa como perdido.
O inverno é uma época especialmente difícil para ir com dinheiro contado; ficar na rua o dia inteiro é muito mais tranqüilo no verão.
E você? Tem alguma experiência de férias no inverno europeu para contar?
E os nossos correspondentes europeus, o que dizem? O que podemos fazer para encarar a Europa no frio e aproveitar que os lugares não estão abarrotados de turistas?
Contem pra gente, pufavô...
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