A Sílvia Oliveira do Matraqueando se viu às voltas com um problema que a gente normalmente enfrenta quando viaja com milhas ou passagens muito muito baratas a uma capital da América do Sul, e depois quer continuar, de avião, a outro ponto do país.
Ela já tinha na mão a passagem para Santiago e precisava comprar o vôo até Calama, no norte do país, que é a porta de entrada para o deserto do Atacama.
Quando integrado à passagem internacional, o trecho doméstico até que não fica tããão caro. Por exemplo: orçando no site da Lan com ida em 21 e volta em 28 de outubro, cotei US$ 428 São Paulo-Santiago-São Paulo (um preço bem razoável!) e US$ 778 São Paulo-Santiago-Calama-Santiago-São Paulo. Ou seja: uma diferença de US$ 350 para continuar a viagem ao Atacama.
Cotado separadamente, porém, o trecho Santiago-Calama-Santiago saiu quase o dobro: US$ 642. Praticamente o preço da viagem desde São Paulo -- o que significaria jogar fora suas milhas (ou a economia da passagem promocional a Santiago).
O que acontece nesses casos é que existem preços diferentes para o mercado local e internacional. Nossos cartões não funcionam em sites locais de cias. aéreas e em agências online, tipo Rumbo, de países da região.
Mas a Sílvia não se deixou abater e foi atrás de uma solução, que ela generosamente divide com seus leitores e os trips:
Muitos brasileiros compram a passagem Santiago-Calama-Santiago pelo site brasileiro da Lan que cobra, em média, US$ 600 por pessoa, mesmo comprando com muita antecedência. No site chileno da Lan as tarifas são infinitamente menores, mas NÃO aceitam cartão de crédito emitido no Brasil, só no Chile. Portanto, a gente não consegue comprar daqui com as tarifas chilenas.
Pesquisando, consegui comprar nossas passagens Santiago-Calama-Santiago (Calama está a uma hora de estrada de San Pedro de Atacama) pela Sky Airline. O mesmo trajeto (ida e volta) ficou US$ 209 por pessoa, com taxas incluídas. Detallecito: a Sky Airline também NÃO aceita cartão brasileiro, mas ao contrário da Lan chilena, emite seu bilhete se você passar o número do cartão de crédito por e-mail (através de uma autorização que eles mandam) ou por telefone.
Você deve fazer a reserva por e-mail – reservas@skyairline.cl – com os dias que pretende viajar (pode escolher antes no site) e depois confirmar a compra da mesma maneira. Eu resolvi telefonar e fui (muito bem) atendida por Caroline Figueroa – VentasAnf@skyairline.cl . Por opção pessoal, passei os números do cartão de crédito por telefone.
Está tudo certo, passagens emitidas! E por NÃO ter optado pela LAN brasileira economizamos cerca de US$ 800 nas duas passagens. Agora, sobre a qualidade da Sky Airline isso eu conto quando voltar. Mas pela economia eu viajaria até em pé!
A Lu Malheiros também soube contornar esse problema quando foi ao Peru. Com uma passagem baratinha só até Lima na mão, suou para descolar um preço honesto de Lima a Cusco. Ela conseguiu uma low-cost que seguraria a reserva dela até a chegada (a StarPeru), mas acabou pedindo ajuda a uma agência de viagem local. O relato da Lu está aqui.
(Parênteses: o mercado de vôos é muito, ahn, volátil. É bom saber todos os caminhos, para poder simular/orçar todas as alternativas e escolher não só pelo preço, mas avaliar também o custo x benefício. A qualquer momento as coisas podem mudar -- para melhor ou para pior, hehe. Outro fator importante, sempre: não programe conexões entre vôos não-relacionados. Se o primeiro vôo atrasa e você perde a conexão, nenhuma das cias. tem obrigações com você. Deixe um bom intervalo entre os vôos ou, de preferência, passe uma noite na cidade de conexão.)
Alguém mais tem experiências parecidas para relatar -- não só no Chile e no Peru, mas também na Argentina (para a Patagônia) e Colômbia (para Cartagena)? Conta pra gente!
E obrigadííííííssssimo, Sílvia!
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