Centro Cívico
Muita gente torce o nariz para Bariloche. Reconhecemos que, mesmo dentro da Argentina, existem lugares mais tranqüilos e charmosos para passar o inverno (Villa La Angostura, San Martín de Los Andes), ou onde se encontra neve de melhor qualidade para esquiar (Ushuaia). Mas isso não tira qualquer mérito de Bariloche, que oferece uma experiência completa para quem quer se divertir na neve, especialmente em família.
Conheça a seguir 10 motivos que fazem de Bariloche um destino de inverno tão querido entre nós, no Brasil:
1 | Bariloche é super turística – e cheia de brasileiros
Calle Mitre
Não seria esse um motivo para justamente se evitar a cidade? Não se a sua família é estreante em viagens para o exterior. Para muitos brasileiros, a visita a Bariloche é o primeiro contato com a neve, e também com um país estrangeiro. Fica mais fácil ir a um lugar onde o nosso português é bem compreendido, e onde os nossos reais são aceitos no comércio (mas atenção: vale mais a pena levar dólar). Para quem viaja com excursão, dá mais segurança para aproveitar o tempo livre fora do hotel. Para quem viaja por conta própria, é a certeza de que se virar sozinho não vai ser um problema.
2 | Bariloche é fácil de chegar
Aeroporto Internacional de Bariloche
Um vôo com conexão em Buenos Aires e mais vinte minutos de carro é o que separa você do centro de Bariloche. Outros vilarejos e centros de esqui podem pedir mais um longo trajeto de carro ou van depois do desembarque no aeroporto.
Além do mais, a estação de esqui de Bariloche, o Cerro Catedral, fica a apenas 19 km do centro.
3 | As atividades de neve são amigáveis para iniciantes
Esquibunda (foto: Natalie Soares)
Estreando na neve, não é todo mundo que se sente confortável para se aventurar sobre um par de esquis ou sobre uma prancha de snowboard. No Cerro Catedral, há teleféricos para esquiadores mas também para pedestres, que podem passear pela estação e brincar com a neve sem a necessidade de equipamentos (algo que nem todo centro de esqui permite). Tubing e esquibunda garantem risadas e um primeiro contato seguro com atividades de neve na estação, no Cerro Otto e em Piedras Blancas (que não tem tubing, mas tem o circuito mais clássico de esquibunda de Bariloche).
4 | Há passeios bacanas fora do centro de esqui
Motos de neve
Subir de teleférico o Cerro Campanario, pilotar motos de neve em trilhas na montanha, passear de barco pelo lago Nahuel Huapi e conhecer o lindo Bosque de Arrayanes são experiências bem especiais que se pode ter em Bariloche fora da estação de esqui. Bom para quem não tem intimidade com esportes de inverno, e quer ver a neve, mas não ficar nela o tempo inteiro. E também para quem, por alguma infelicidade meteorológica, acabar não encontrando os cerros nevados, mesmo viajando na época certa para isso. A viagem pode não ser exatamente aquela com que se sonhava, mas nunca vai ser totalmente perdida.
5 | Tem um centrinho por onde passear a pé
Centro de Bariloche (foto: Natalie Soares)
Em alguns vilarejos de montanha só há uma rotina possível: ir do hotel para a estação de esqui, e da estação de esqui para o hotel. Excelente para quem quer efetivamente fazer atividades de neve pelo maior tempo possível, mas numa família em que nem todos esquiam, por exemplo, é bom poder ter alternativas de passeio para além desse circuito. Bariloche tem ruas para caminhar, vitrines para ver, e uma orla linda, à beira do lago Nahuel Huapi, para se apreciar.
6 | Existem hotéis de todos os tipos
Hotel Llao Llao (foto: Natalie Soares)
Famílias numerosas se acomodam bem nos equipados hotéis do centro. Casais se aninham nos hotéis mais charmosos, com vista para o lago. Há pousadinhas para os econômicos, e hotelões tradicionais para os mais abonados. É só escolher.
- Onde ficar, no guia de Bariloche do Viaje na Viagem
7 | Dá para brincar de comer fora
La Parrilla de Julián
Em hotéis de montanha mais isolados, as opções para almoço e jantar são limitadas ao buffet ou ao restaurante do resort, o que atende perfeitamente a quem precisa de mais comodidade. Mas, para muitos turistas, visitar restaurantes e conhecer a culinária local são atividades indispensáveis em uma viagem. A cena gastronômica de Bariloche não é badalada como a de Buenos Aires, mas lá se pode experimentar a cozinha patagônica em restaurantes classudos como o Cassis (Ruta Provincial 82, km 6500, tel. 294/447-6167) ou perder a compostura em autênticas churrascarias argentinas como o El Boliche de Alberto (Villegas 347, tel. 294/443-1433) e La Parrilla de Julián (San Martín 590, tel. 294/443-3252).
- Onde comer, no guia de Bariloche do Viaje na Viagem
8 | À noite, a cidade não morre
Berlina Pueblo
Todo brasileiro merece uma recompensa depois de um dia inteiro tentando se entender com os esquis. À noite, além de restaurantes, há também bares animados para se aproveitar. Bariloche é reconhecida por suas ótimas cervejas artesanais, como a Berlina, que tem três bares próprios na cidade – um deles, o recém-inaugurado Berlina Pueblo (Neumeyer 30, tel. 294/442-4316), fica bem no centro.
(Há baladinhas também, mas são mais voltadas para os estudantes argentinos em excursão.)
9 | Dá para matar as saudades em outras épocas do ano
Bariloche é um destino de inverno que rende também uma viagem de verão maravilhosa. Os lagos e bosques ficam lindos nesta época do ano, e o tempo é mais firme. Na primavera, florescem as ameixeiras e o centro da cidade fica todo cor-de-rosa. Bom para repetir a visita, mas não repetir a paisagem.
10 | Dá para combinar com outros destinos incríveis
Cruce de Lagos
Aproveitar a conexão na capital argentina para passar uns dias em Buenos Aires e enriquecer culturalmente a viagem é uma excelente idéia. Ou dirigir pela Rota dos 7 Lagos e colecionar mais lindas paisagens pelo caminho. Adicionar romance com alguns dias em San Martín de Los Andes ou Villa La Angostura. Ou carimbar mais uma vez o passaporte, combinando Chile e Argentina na travessia dos lagos andinos.
Mariana viajou a convite do Cruce Andino.
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