O aeroporto de Lima fica ao norte da cidade, na municipalidade de Callao. De lá são 17 km até o centrinho de Miraflores, principal zona hoteleira da capital. Sem trânsito, o Google Maps diz que dá para fazer o trajeto em meia hora. Mas como é sempre difícil não pegar trânsito em Lima, pense aí em pelo menos 1 hora de viagem.
Transporte do aeroporto de Lima para o hotel
Trânsfer
Os hotéis de Lima costumam oferecer trânsfer privativo por US$ 20 por carro, até três pessoas. Fiquei em três hotéis na cidade, e dois me enviaram propostas idênticas. O bom dessa alternativa é que você não precisa se incomodar com câmbio nem enfrentar uma eventual fila de táxi.
Caso você tenha acertado um trânsfer com o seu hotel, dirija-se ao balcão de remises que você encontrará ainda no setor de desembarque, logo depois do raio-X de bagagens. É uma espécie de ante-sala do saguão principal do aeroporto, onde haverá também guichês das locadoras de carro e de um certo "táxi oficial" (falo dele no próximo tópico). É só então se identificar. A corrida provavelmente será cobrada direto na sua conta de hotel (confirme isso na troca de emails).
Caso você não tenha combinado trânsfer com o hotel pegue o Taxi Green. Mas atenção para a pegadinha: logo depois do raio-X das bagagens você passará por uma ante-sala do saguão principal do aeroporto, onde estarão os guichês das locadoras de carros, dos remises (trânsfers) e de um certo "táxi oficial". Fuja dele! É um táxi especial com tarifa de US$ 50 para o seu hotel.
Passe reto e, ao chegar ao saguão principal do aeroporto, à esquerda, você encontrará o Green Taxi, que tem carros em ótimo estado e que cobra 60 soles até Miraflores -- e não 50 dólares. Antes só aceitavam dinheiro, mas agora já aceitam cartão de crédito.
Você paga para a moça do guichê, em soles, e sai com o voucher para pegar o táxi. E onde você arranja esses soles? Próximo tópico.
Câmbio no aeroporto de Lima
Se você precisa de soles para o primeiro dia, troque uma besteirinha (50 ou 100 dólares) no guichê de câmbio do desembarque, entre as esteiras de bagagem e o raio-X da bagagem. A cotação não é das melhores e eles ainda cobram uma comissãozinha de 3%, mas o preju será pequeno.
Não vale a pena fazer saque no caixa automático do aeroporto. A única rede que opera em todo o aeroporto (e existe um terminal no desembarque, junto às esteiras de bagagem) é a GlobalNet, que cobra 14 soles de comissão (US$ 4,30) e permite retiradas de no máximo 400 soles (US$ 125). Some a isso a tarifa de saque internacional do seu banco e o IOF brasileiro, e você acaba perdendo uns 15%, o que dá raiva.
Não leve reais. Acredite: por mais caro que esteja o dólar, a moeda americana baliza a cotação do real no Peru -- e o real, por ser uma moeda sem demanda no Peru, tem um deságio acentuado nas casas de câmbio. Compre bem o seu dólar no Brasil (faça uma pesquisa; o site jooin.com.br ajuda). Na segunda semana de setembro de 2015, quando estive em Lima, com o dólar a 4 reais, 1.000 dólares rendiam 3.200 soles, enquanto a mesma quantia levada em reais rendia 2.800 soles. A diferença é de 10%, amig@s; você perde mais do que usando cartão... Não adianta lutar contra a força do dólar.
Além disso, se você seguir viagem pelo Peru, vai poder usar os dólares diretamente para pagar passeios, sem precisar fazer câmbio.
Chegando em Lima apenas para fazer conexão
Mesmo se você for pegar o primeiro avião para Cusco, você vai precisar catar as bagagens, passar pela aduana e despachar novamente as bagagens em Lima.
Com uma particularidade: não é possível ir da ala de desembarque para a de embarque por dentro do saguão. Você vai precisar sair do aeroporto e caminhar um pouco até a próxima entrada. Isso porque só é permitida a entrada na área de check-in de quem tem passagem na mão. Você vai precisar mostrar a passagem para o guardinha. Uma vez de novo dentro do aeroporto, procure o balcão de entrega de bagagem do seu vôo e suba para a área de embarque (que tem fartura de restaurantes, cafés, lanchonetes e lojinhas).
Caso você não tenha trânsfer agendado em Cusco, vale a pena trocar aqueles 50 ou 100 dólares no câmbio do desembarque. O táxi do aeroporto em Cusco é tabelado, custa 35 soles (11 dólares).
Câmbio em Lima, fora do aeroporto
Se levou dinheiro vivo, troque em casas de câmbio de verdade, como as da avenida Larco. Eu fui camelando de portinha em portinha na avenida Pardo em cambistas independentes, consegui uma cotação 2 centavos mais favorável ao real, mas em compensação levei de brinde uma nota falsa de 100 soles (naquele momento, 130 reais).
E caso você não tenha lido acima: leve dólares. Vou repetir o parágrafo inteiro. Por mais caro que esteja o dólar, a moeda americana baliza a cotação do real no Peru -- e o real, por ser uma moeda sem demanda no Peru, tem um deságio acentuado nas casas de câmbio. Compre bem o seu dólar no Brasil (faça uma pesquisa; o site jooin.com.br ajuda). Na segunda semana de setembro de 2015, quando estive em Lima, com o dólar a 4 reais, 1.000 dólares rendiam 3.200 soles, enquanto a mesma quantia levada em reais rendia 2.800 soles. A diferença é de 10%, amig@s; você perde mais do que usando cartão.... Não adianta lutar contra a força do dólar. Além disso, se você seguir viagem pelo Peru, vai poder usar os dólares diretamente para pagar passeios e hotéis, sem precisar fazer câmbio.
Transporte em Lima, fora do aeroporto
O táxi urbano é uma das dádivas do turismo no Peru: é bem mais barato que no Brasil. As corridas dentro de Lima ficam entre 8 e 15 soles (R$ 11 e R$ 20). O estado dos táxis, porém, varia muito -- há muitos carros velhos e alguns decididamente decrépitos. Ao pegar um táxi na rua, sempre negocie antes de entrar: "A Miraflores, cuanto?". Se você for bom de regatear, aproveite. O Sundaycooks tem um post divertido sobre barganhar táxis no Peru.
Mas se você for sair de hotel ou restaurante, não vai precisar de lábia nem negociação. Basta usar os aplicativos EasyTaxi ou o Uber -- o mesmo que você tem no celular.
E nunca pegue os táxis amarelinhos em frente ao shopping Larco. São os mais careiros da cidade.
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