Lençóis Maranhenses: onde comer
Veja nesta página um guia de restaurantes dos Lençóis Maranhenses. Se preferir, clique para ir direto ao tópico:
- Comer nos Lençóis Maranhenses: o que esperar
- Restaurantes em Santo Amaro
- Restaurantes em Barreirinhas
- Restaurantes em Atins
Comer nos Lençóis: o que esperar
Onde quer que você esteja, seu dia vai começar com uma tapioca fofinha, lambuzada na manteiga e enrolada feito panqueca, que fica divina dividindo o prato com um ovinho mexido. Tomara que o bolo seja de macaxeira -- não há melhor. (O bolo de leite, com consistência quase de pudim, também é mara.)
No almoço e no jantar, um peixe frito com os acompanhamentos de praxe nunca vai decepcionar. Mas se puder, experimente as especialidades locais: camarões normalmente graúdos, deliciosas tortas de caranguejo, e as duas estrelas da culinária sertaneja: a galinha caipira ensopada e o cabrito no leite de coco.
Se for a Atins, não deixe de experimentar o camarão da Luzia.
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Restaurantes em Santo Amaro
As melhores pousadas de Santo Amaro têm bons restaurantes, abertos a não-hóspedes. Se você estiver hospedado, escolha do cardápio com antecedência e marque um horário para ser servido. Se for passante, chegue sem pressa, peça um aperitivo, já sabendo que pode haver pedidos na sua frente de gente que ainda nem sentou à mesa.
Se houver no cardápio, não deixe de pedir como acompanhamento o arroz de cuxá, que só existe no Maranhão. É um arroz turbinado com vinagreira, que dá um azedinho, e microcamarõezinhos secos, que dão o salgadinho.
Outra receita típica da região é a camaroada, que leva leite de coco.
Pousada Cajueiro
Na Cajueiro o restaurante é ventilado pela brisa do rio. Peça o peixinho fresco ou a camaroada. Se vier de dia, vai ter vista (tel. 98 3369-1119).
Pousada Água Doce
O restaurante da Água Doce é um dos maiores e mais eficientes da vila. Tem um gostoso arroz de cuxá. A TV costuma estar ligada, aproveite para ver o jornal (tel. 98 3369-1105).
Sol de Amaro - Restaurante do Gordo
Dois bons restaurantes funcionam fora de pousadas. O Restaurante do Gordo tem PFs e pratos mais elaborados, como o camarão graúdo na manteiga com arroz de cuxá (tel. 98 98820-2417).
O Sol de Amaro é vizinho da Água Doce e prepara ótima cozinha caseira, como esse arroz de mariscos da foto. Se estiver num grupo maior, peça a torta de caranguejo (tel. 98 3369-1282)
Depois do jantar, é de lei ir caminhando até a praça e fechar a noite com um sorvete na Casa do Picolé.
Fora da vila
Rancho das Dunas
Fora do povoado, o (enorme) restaurante da Rancho das Dunas costuma ser usado para pit-stop de almoço por grupos voltando das lagoas de Santo Amaro. O cardápio é extenso e o serviço, superprofissional. Não deixe de fechar a refeição com uma das deliciosas mousses de bacuri ou graviola.
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Restaurantes em Barreirinhas
Na beira-rio
À noite, em Barreirinhas, não tem jeito: todo mundo acaba indo à beira-rio. Ao longo do bonito deck enfileiram-se restaurantes de cardápio variado e pratos, em sua maioria, para dividir. Alguns também servem em mesas no deck. (Ah, sim: e também tem um Subway.) De sobremesa, escolha um picolé de fruta do Cerrado ou da Amazônia na loja da Frutos de Goiás.
Peixe frito e camarão no leite de coco n'O Jacaré
O Jacaré tem o ambiente mais interessante da beira-rio. Experimente o camarão no leite de coco ou no wok. (tel. 98 98785-1965).
O Bambu
O O Bambu é praticamente uma praça de alimentação num restaurante só: de sushi a pizza, o cardápio tem de tudo. (tel. 98 3349-0264)
Seu vizinho Canoa é o mais concorrido do pedaço. O cardápio, extenso, tem filés, salmão e frutos do mar. (tel. 98 3349-1724)
Divino Cafeteria
Numa das transversaizinhas do porto, a Divino Cafeteria serve tapiocas, sandubas, cuscuz, bolos e tortas. O café é bem tirado (r. Professor Viana, 62).
Fora do Centro
Bambaê
Caso você esteja em Barreirinhas na hora do almoço, não há melhor lugar para ir do que o Bambaê, nos fundos da pousada Encantes do Nordeste, à beira-rio. O robalo é pescado em Caburé. Aproveite para aproveitar a prainha, que é bem montada. Se vier à noite, há tambem a opção de pizza (tel. 98 3349-0691).
Porto Preguiças
Uma reserva para almoçar ou jantar no restaurante do Porto Preguiças serve de passaporte para conhecer o resort. O cardápio tem um pé no regional (carne de sol, cabrito, galinha caipira) e outro no mundo (paella, risotos, pizza). Como não poderia deixar de ser, a carta de vinhos é a mais completa da cidade (tel. 98 3349 6050).
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Restaurantes em Atins
Na praia
Zero Estresse, Restaurante do Rico e refeição no Rico
Se você for passar o dia na praia, os melhores apoios são o Restaurante do Rico, com boa comida, e a barraca Estresse Zero, que é mais pé na areia (e pode ter música ao vivo no fim de tarde).
Se você for até a ponta da praia e fizer sinal, o pessoal da Cabana da Isabel, que se mudou para a Ponta da Brasília, em mar aberto, atravessa o canal de barco para te buscar.
Um almoço tardio é a pedida também para aproveitar a boa cozinha da Vila Guará (e dar uma espiada na pousada, que é das melhores do pedaço). O restaurante também abre à noite, mas é bem mais fácil chegar de dia (tel. 98 99720-3720).
Na vila
Muitas pousadas têm restaurantes próprios. Sair à noite, porém, é uma experiência e tanto: você anda por ruas de areia iluminadas apenas pela lua e pelas estrelas.
La Pizzeria
A pizza da La Pizzeria, na pousada Maresia, é feita com farinha de fermentação natural. Na última visita, porém, não achei nem o sabor nem o ponto de cozimento muito napolitanos, não. A pizza continua boa, mas pelo jeito se dobrou ao paladar do brasileiro, que prefere pizza menos azeda e mais assada. De todo modo, chegue cedo (tipo 19h), porque a base feita para o dia costuma acabar antes das 21h. Serve também massas e saladas (tel. 98 98816-7265).
Cajueiro
O restaurante da pousada Cajueiro também serve uma ótima pizza em forno a lenha (igualmente preparada por italiano), além de massas e pratos de pescados e frutos do mar (tel. 98 99204-0222).
O Estresse Zero também tem um bar/restaurante na vila, com ambiente de botequim. Experimente as cachaças curtidas com ervas maranhenses.
Entre os restaurantes dos nativos, considere o Céu Aberto, com cardápio enxuto que muitas vezes traz pratos regionais fora do óbvio, como a moqueca de arraia e a torta de caranguejo (tel. 98 98831-7087).
Urra! Bier
A novidades da temporada 2019 é a cervejaria Urra! Bier, que produz na casa pelo menos seis estilos de cerveja (IPA, APA, stout, fruit beer, Weiss e Pilsen). No cardápio, burgers e pratos completos (tel. 98 99146-3505).
Camarão da Luzia
Camarão da Luzia
Comer camarão no Canto do Atins é o final praticamente obrigatório de qualquer passeio às lagoas de Atins. Os guias passam no início do passeio nos restaurantes para reservar a quantidade e o horário em que a refeição vai ser servida.
A responsável por transformar esse fim de mundo perdido no areal num point gastronômico é a Luzia, que prepara camarão de um jeito que você não vai comer em nenhum outro canto do Brasil.
Esqueça suas referências de camarão. O camarão à moda da Luzia não é esturricado, nem oleoso, nem cozido demais, como estamos acostumados Brasil afora, sobretudo em lugares simples. O camarão da Luzia é posto numa marinada com tempero secreto. Depois são cuidadosamente encaixados numa grelha fechada, dessas de assar peixe, e vão para a brasa por pouquíssimo tempo. Chegam à mesa num ponto sensacional, ainda al dente porém tenros pela marinada, e descolando naturalmente da casca (atualmente, inclusive, já chegam sem casca à mesa).
A iguaria é servida com acompanhamentos simples -- arroz, feijão, farinha grossa, salada de tomate. Custa R$ 40 por pessoa. De sobremesa, doces caseiros. Depois, dá para usar as redes para descansar. Não perca!
O camarão é da Luzia
Era uma vez um restalrante com L...
É impossível falar do camarão da Luzia sem entrar nas fofocas sobre o camarão da Luzia. A poucos metros da Luzia, seu cunhado (e antigo funcionário) abriu, há alguns anos, o Restaurante do Antônio. Antônio certamente tem tino comercial muito melhor do que Luzia. Remunera melhor os guias e conseguiu disseminar a história de que ele seria, de fato, o autor da receita. Resultado: seu restaurante virou praticamente uma filial do Posto Graal no meio dos Lençóis Maranhenses.
Vou contar a minha história com o camarão da Luzia.
Em setembro de 2005, na primeira viagem aos Lençóis Maranhenses, eu cheguei a Atins pegando o passeio do rio Preguiças e negociando para ser deixado na outra margem (e buscado no dia seguinte). A última parada antes disso era em Caburé. Eu estava almoçando e, quando o garçom soube que eu iria a Atins, falou:
- Então você vai comer o camarão da Luzia, não vai?
2005, gente. 14 anos atrás. Depois do garçom de Caburé, mais duas pessoas comentaram comigo do camarão da Luzia, que era de outro mundo.
Cheguei a Atins e, juro, eu era o único turista na cidade. Tinha chovido pouco naquele ano e as lagoas de Atins estavam praticamente secas. O kitesurf ainda não tinha chegado. Havia duas ou três pousadas na cidade, e só.
Fiz um passeio às lagoas a cavalo -- era o único meio de transporte disponível. Paramos no restaurante da Luzia, cuja placa era grafada como Restalrante, com L.
Luzia em 2005
Não existia cunhado da Luzia. Era só a Luzia na cozinha. E o camarão era igualzinho. A persistência dessa mulher em preparar um camarão tão fora do padrão brasileiro num lugar tão remoto até hoje me assombra.
Não fui eu que descobri a Luzia. O restaurante já tinha sido listado pelo Guia 4 Rodas. (Acho que, no ano em que eu fui, não estava no guia, mas depois voltou.) Eu publiquei a minha história no Viaje na Viagem (ainda na época do Zip.net -- clique aqui e dê um F5 buscando o texto "Vou até ali movimentar uma economia e já volto"), e depois, na coluna que eu tinha na revista Época (Enquadra e pendura, Luzia).
O restaurante da Luzia pode não ter virado o posto Graal do cunhado (ainda bem), mas estava lotado na minha última visita. No salão, só vi clientes contentes. Um dos italianos que estavam no meu grupo queria repetir o prato, mas não dava pra fazer o pedido em cima da hora por causa dos outros agendados. Quase não consegui tirar Luzia da cozinha pra lhe dar um beijo. Sucesso, Luzia!
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Guia dos Lençóis Maranhenses
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