O caso da garota de Orlando

orlando

O tristíssimo caso de Jacqueline Ruas, a menina que morreu, aparentemente de pneumonia, no vôo de volta entre a Disney e o Brasil, ainda não foi completamente esclarecido.

Pelo que acompanho na imprensa, não consigo depreender se ainda há a possibilidade de confirmarem gripe suína como causa. (Neste caso, o diagnóstico do hospital de Orlando teria sido falso negativo.)

Na hipótese de vir a se confirmar gripe suína, o caso se torna exemplar para todos os que temem viajar por conta da gripe: seria a primeira morte de um turista.

No entanto, se for mantido o diagnóstico de pneumonia, o caso vira exemplar para o outro lado: mostra que gripes comuns também evoluem para pneumonia e também podem matar. (Mas só se tornam notícia quando ocorrem, por exemplo, a bordo de um avião.)

Não importa o que tenha acometido essa pobre garota, me parece que o procedimento correto teria sido manter a menina na Flórida e embarcar alguém da família imediatamente para cuidar dela por lá.

É bom lembrar outros dois fatores de risco dentro de um avião: trombose (evite ficar imobilizado o tempo todo; faça exercício e caminhe no avião) e acidentes durante turbulências (sempre que estiver sentado, mantenha o cinto afivelado).

10 comentários

Polêeeeeemico demais…
Muita coisa para ser averiguada, como disse o Dionísio ai acima.
Concordo com ele… e tenho uma opinião embasada em quem ja fez isso mil vezes (levar adolescentes desacompanhados pra Disney).
Não é facil ser guia gente boa com menor desacompanhado (e doente) na Disney. Quem quiser ler algo sob a ótica de quem ja ja passou por situações digamos complicadas na Disney, faz uma visitinha no meu blog.

Concordo com a Luciana. Aqui no Canada estamos no mesmo pe. O Michael Moore ate fez campanha falando do sistema de saude daqui do Canada, mas va por mim, ta loooooooonge de ser uma Brastemp. Se fose aqui a menina seria mandada pra casa com o Tylenol na cabeca.

É, Luciana, bem diferente de nosso Vice-Presidente, que tem tratamento de rei aí nos EUA! Tb está gastando aos tubos!
Cinthia Rangel.

Olha, conhecendo de perto o atendimento medico americano, nao duvido nada que tenha sido culpa do hospital de Orlando. Aqui eles acham que tudo e frescura e mandam todo mundo pra casa a nao ser que voce esteja morrendo. Inclusive um amigo querido quase morreu ano passado por causa disso – ele foi ao medico trocentas vezes, teve um diagnostico errado, foi tratado errado, ficou internado, voltou pra casa com medicamento errado, voltou pra emergencia e foi mandado pra casa e finalmente foi pra emergencia de um outro hospital que o operou imediatamente, o medico disse que em algumas horas ele estaria morto. E isso em hospitais considerados muito bons, ele e cidadao americano, tem plano de saude e o escambau. Imagina uma menina brasileira que fala pouco ingles e nao tem plano de saude local? Pra quem viu o filme Sicko do Michael Moore que mostra o pessimo atendimento do sistema americano, vai entender bem o que estou falando – os medicos aqui pedem o minimo de exames necessarios, acham sempre que nao e nada.

Desde que eu li certa vez sobre algumas pessoas que se machucaram em turbulência por não estarem com o cinto afivelado, passei a manter o cinto SEMPRE afivelado.

RIQ, como advogado que atua na área de Direito do Consumidor – afeita ao caso da pobre menina que faleceu no voo -, queria dar um pitaco.

Acho muito precoce se falar em responsabilidades de quem quer que seja pela morte da menina. Sem conhecer os fatos bem direitinho, sem ver os exames feitos nos EUA e o respectivo prontuário médico e sem ter certeza de qual foi a atitude da operadora e da agência de tursimo, é bastante frágil que a tia da garota fale em negligência.

Fico pensando em algumas coisas: 1) qual o verdadeiro diagnóstico do médico que atendeu a garota e quais as suas recomendações para tratamento? 2) tendo a garota sido liberada pelo médico, haveria responsabilidade da operadora e da agência pela decisão médica? 3) quem desconfiaria do médico, em um país que conta com a Medicina mais avançada do mundo? 4) será que mesmo os pais da moça, sabendo que o médico a liberou para viajar, diriam que ela teria que ficar nos EUA e procurar outro atendimento? 5) diante da liberação médica, quem pensaria ser necessário mandar alguém da família aos EUA?

Existe um chavão no Direito: “vamos ver o que dizem os autos”. Ou seja, sem saber exatamente o que aconteceu, quais foram os fatos, é mera especulação o que se pode dizer sobre o caso.

Infelizmente, via de regra, a imprensa noticia casos com repercussões jurídicas de forma superficial ou tecnicamente incorreta, dando – muitas vezes – a entender que “focinho de porco é tomada”, quando não é.

Vamos acompanhar os desdobramentos, pois realmente é um acontecimento que interessa a todos os que gostam de viajar, afinal, como ficamos quando temos problema de saúde no exterior?

Abraço!

Zebrão !
MÃÃÃS , fica o alerta : quem se conheçe , sabe quando algo está errado , e tem que exigir atendimento especializado .
Nada de minimizar sintomas , e ficar dizendo que não é nada e que vai passar ..

Riq
li em algum lugar que a menina só dizia que queria ir para casa. Se sou eu ou vc, nem embarcaríamos, tenho certeza, mas adolescente talvez reagíssemos assim. A agência de viagens, no caso o guia, fica numa situação difícil não? O que vale outro aviso – agradar o cliente nem sempre é a melhor solução. Vi que serão processados inclusive.

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